Grupo Wagner retira-se de Bakhmut cedendo posições ao Exército russo
Patrão da empresa russa de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, diz que os combatentes vão dar início à retirada da cidade ucraniana de Bakhmut. Número de baixas Wagner na cidade não foi verificada.
O patrão da empresa russa de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse nesta quinta-feira que as unidades de combatentes contratados iniciam a retirada da cidade ucraniana de Bakhmut, cedendo as posições às forças regulares de Moscovo. “Estamos a retirar com muito cuidado“, disse o oligarca Yevgeny Prigozhin, numa mensagem vídeo publicada na rede digital de mensagens Telegram.
No domingo, após o anúncio sobre a “tomada total” de Bakhmut, após 10 meses de combates, o empresário já tinha dito que os combatentes do grupo Wagner iam retirar-se a partir desta quinta-feira. De acordo com Prigozhin, os combatentes contratados a soldo de Moscovo vão ficar acantonados em “campos de treino em zonas da retaguarda“. “Vamos trocar de posições com os militares [Exército da Rússia] e deixar ficar munições e rações de combate”. Em tom irónico, o oligarca disse que “deixa ficar dois homens contratados pelo grupo Wagner”, caso os “militares (russos) precisem de ajuda para defender as posições”.
“Antes do dia 1 de junho vamos reunir-nos, descansar e preparar-nos. Depois receberemos outra missão“, disse o empresário.
Na quarta-feira, Prigozhin reconheceu que o grupo Wagner perdeu na campanha ucraniana 10 mil reclusos que se encontravam no sistema prisional russo e que foram contratados para combater em território ucraniano.
Numa entrevista recente ao ideólogo oficial de Moscovo Konstantin Dolgov, o oligarca admitiu ter contratado 50 homens que se encontravam presos em estabelecimentos prisionais russos.
Anteriormente, Prigozhin disse que tinham morrido entre 15 mil a 16 mil homens (mercenários do grupo Wagner) na campanha de Bakhmut.
O oligarca russo estimou que entre 50 mil a 70 mil efetivos das forças ucranianas morreram na batalha. Os Estados Unidos afirmam que a Rússia perdeu cerca de 100 mil combatentes em Bakhmut. A situação sobre a batalha do leste da Ucrânia ainda não foi verificada por fontes independentes.
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