“Marcelo esperará todo o tempo necessário” pelo “apodrecimento” do Governo, diz Francisco Louçã
Francisco Louçã diz que António Costa "carregou sobre as responsabilidades" de Pedro Nuno Santos para abrir caminho a outros sucessores à liderança do PS. Atribui crise política à maioria absoluta.
Francisco Louçã considera que António Costa cometeu “um erro enorme” ao entrar em confronto com o Presidente da República. Isso tornou “mais provável que possa haver eleições antes de 2026”, diz na em entrevista conjunta à Renascença e ao Público. “Marcelo esperará todo o tempo necessário para que o Governo se vá desgastando. E, com franqueza, para que haja esse fenómeno de apodrecimento, de degradação”, acrescenta.
António Costa “cometeu um erro enorme ao retirar o seu ponto de apoio, ao criar um ponto de crispação que lhe torna mais difícil continuar a imperar no campo do centro, que era o espaço político onde estabeleceu o medo que lhe permitiu a maioria absoluta”, disse Louçã. “O Governo escolheu fazer um confronto com o Presidente. A aliança entre os dois poderes era o bloco central, que ocupava o centro da política portuguesa e que tinha ramificações à direita e ao centro-esquerda. O Governo decidiu romper isso. Estamos a assistir a um processo entre o extravagante e o patético”, acrescentou.
Segundo o fundador do Bloco de Esquerda, António Costa “carregou sobre as responsabilidades” de Pedro Nuno Santos para abrir caminho a outros sucessores à liderança do PS, atribui a crise política à maioria absoluta que, acredita, “destrói um partido” e considera que João Galamba se tornou “irremodelável“. Louçã acredita ainda que “a República não está a cair. Está magoada, está a sofrer, e por razões que não têm nada a ver, ou muito pouco a ver, com as atribulações de um ministro”.
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