Ministro da Educação diz que greves dos professores comprometem escola pública
O ministro da Educação, João Costa, afirmou que as greves dos professores decretadas para durante os exames nacionais e as avaliações finais colocam em causa a escola pública.
O ministro da Educação, João Costa, afirmou hoje que as greves dos professores decretadas para durante os exames nacionais e as avaliações finais colocam em causa a escola pública.
“Desejamos é que o ano letivo termine com uma tranquilidade que é devida a todos os alunos, até porque nós já estamos a chegar a um momento em que os que estão a ser mais prejudicados são aqueles que dependem mesmo da escola pública, são os que não têm dinheiro para pagar explicações, são os que não têm outros estímulos. É a essência da escola pública que está a ser posta em causa por estas greves sucessivas”, disse João Costa à agência Lusa.
O Ministério da Educação, que falava à margem da final do concurso do Plano Nacional de Leitura, em Torres Vedras, aguarda uma decisão do Tribunal Arbitral ao pedido de serviços mínimos durante a greve. “É fundamental entendermos que este período de conclusão do ano Letivo, de conclusão das avaliações é um período muito crítico para o futuro“, sublinhou.
Questionado sobre as compensações pedidas pela Confederação Nacional das Associações de Pais, João Costa respondeu que está a equacionar “prorrogar algumas das medidas mais eficazes do plano de recuperação das aprendizagens”, tendo em conta não apenas as greves, mas “um período continuado de prejuízo das aprendizagens.
Sobre o processo negocial com os sindicatos representativos dos professores, o ministro da Educação reiterou que “o Governo tem dado passos importantes na valorização da carreira dos professores”, adotando medidas que ascendem a 300 milhões de euros.
“Queremos agora é que estas medidas entrem em vigor em pleno e os professores sintam o impacto destas medidas nas suas vidas”, sublinhou, dando como exemplos os descongelamentos da carreira e os consequentes aumentos salariais de milhares de professores, assim como a valorização remuneratória dos docentes contratados.
Ainda assim, afirmou, “há matérias para negociar”, dando como exemplos a monodocência e a regularização da situação profissional de assistentes técnicos e técnicos especializados das escolas, “que em muitos casos vivem em situações de precariedade ou têm também uma situação de salarial que é bastante insuficiente”.
Na sessão de abertura da final do concurso do Plano Nacional de Leitura, o governante apelou para a leitura por parte dos jovens e respetivas famílias, considerando que não há crescimento nem desenvolvimento se uma população não lê.
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