Santos Cabral diz que houve um “atropelo de competências” da PJ pelo SIS
Antigo diretor da Polícia Judiciária critica atuação do SIS no caso que envolve Galamba e o ex-adjunto, considerando que apenas a PJ atuou corretamente.
O ex-diretor da Polícia Judiciária (PJ) José Santos Cabral considera que houve um “atropelo de competências” do Serviço de Informações de Segurança (SIS) em relação à PJ no caso do alegado roubo de um computador do ex-adjunto do ministro João Galamba. “Se fosse um crime, seria a PJ a fazer a investigação criminal porque é da sua competência. Se não existe um crime, então nessa altura seria o Gabinete Nacional de Segurança, que é quem, na minha perspetiva, deveria tomar as providências adequadas”, afirma o agora juiz jubilado, em entrevista ao Público (acesso condicionado) e à Renascença (acesso livre).
Para Santos Cabral, a PJ foi a “única entidade que atuou corretamente”, visto que “recebeu uma comunicação, entendeu que não se justificava naquele momento estar a ir ter com um cidadão às tantas da manhã e interpelá-lo para a entrega do computador e aguardou pelo dia seguinte; foi ter com o senhor e nessa altura tomou conhecimento de que a situação até já está resolvida”.
Além disso, o antigo responsável da Judiciária diz que “pode ser considerado” intimidatório, da parte das secretas, ter ido a casa de Frederico Pinheiro à meia-noite e ir buscar-lhe um computador. “Pode ser considerado como algo que exorbita aquilo que é o contacto normal entre uma força de segurança e um cidadão em concreto, portanto, invadindo a esfera da privacidade desse mesmo cidadão”, aponta.
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