Taxa de juro no crédito à habitação sobe para 3,39% e renova máximos de 14 anos
Em maio, a prestação média do crédito à habitação fixou-se em 352 euros, mais 11 euros que em abril e mais 92 euros face ao mês homólogo.
A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação subiu para 3,398% em maio, o valor mais elevado desde junho de 2009 e 28,8 pontos base acima da de abril, divulgou esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 20,7 pontos base, de 3,675% em abril para 3,882% em maio, atingindo o valor mais elevado desde agosto de 2012, revelam os dados publicados pelo INE.
Para financiar a aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 3,383% (+28,5 pontos base face a abril). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 21 pontos base face ao mês anterior, fixando-se em 3,871%.
Considerando a totalidade dos contratos, em maio, a prestação média do crédito à habitação fixou-se em 352 euros, mais 11 euros que em abril e mais 92 euros face ao mês homólogo, traduzindo um aumento de 35,4% quando comparado com o valor de maio de 2022.
De acordo com os dados, dos 352 euros da prestação mensal, 179 euros (51%) são pagamento de juros e os restantes 173 euros (49%) a capital amortizado. Em maio de 2022, a componente de juros representava apenas 16% do valor médio da prestação (260 euros).
Entre os contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu um euro face ao mês anterior, para 591 euros em maio (aumento de 51,2% face ao mesmo mês do ano anterior).
O capital médio em dívida aumentou 197 euros, para 63.169 euros.
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