Bruxelas considera rebelião “notícia preocupante” para Putin
A Comissão Europeia considerou a rebelião do grupo paramilitar Wagner na Rússia "uma notícia muito preocupante para o Kremlin".
A Comissão Europeia considerou hoje a rebelião do grupo paramilitar Wagner na Rússia “uma notícia muito preocupante para o Kremlin”. “A verdade é que foi perdido o controlo durante 24 horas na Rússia e isso deve ser uma notícia muito preocupante para o Kremlin“, disse fonte de Bruxelas a um grupo restrito de órgãos de comunicação social, incluindo a agência de notícias EFE.
O executivo comunitário insistiu que a insurreição que o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, tentou executar “é um assunto interno da Rússia”, no qual “não houve intervenção do exterior”. “Ainda não percebemos os acontecimentos de ontem [sábado] e vai demorar”, realçou a fonte da Comissão Europeia, referindo que “é muito cedo para dizer quais são as consequências“. Evitando avaliar as implicações que o motim pode ter no futuro da guerra na Ucrânia, a mesma fonte insistiu que “é muito cedo para dizer em que direção a situação vai evoluir“.
O chefe do grupo paramilitar Wagner suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
Antes da suspensão, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma “ameaça mortal” ao Estado russo e uma traição, enquanto Prigozshin acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
Ao fim do dia, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
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