Maioria dos proprietários de Alojamento Local recusam mudar para arrendamento de longa duração

  • Lusa
  • 27 Junho 2023

Maioria dos proprietários de Alojamento Local (AL) recusam mudar para arrendamento de longa duração, caso tenham de desistir do negócio, preferindo usar a casa "só nas férias" ou vender o imóvel.

A maioria dos proprietários de Alojamento Local (AL) recusa colocar estas unidades no mercado de arrendamento de longa duração, caso tenham de desistir do AL, preferindo utilizar a casa “só nas férias” ou vender. A conclusão resulta de uma análise preliminar a um inquérito realizado em junho de 2023 junto de agentes económicos, no âmbito de um estudo sobre AL desenvolvido na Nova SBE, que validou 1.820 respostas de proprietários e gestores de unidades de alojamento.

A maior parte dos inquiridos considera que, caso sejam impossibilitados de utilizar o atual alojamento como AL, na sequência das novas medidas para o setor previstas no programa do Governo Mais Habitação, o “mais plausível” é passarem a usar a casa “só nas férias”, “como arrendamento a estrangeiros” ou então vender o imóvel.

“A opção de arrendar a casa a estudantes ou em arrendamentos de longa duração [contratos de três anos ou mais] só é considerada por menos de 15% dos proprietários”, salientou o economista Pedro Brinca, um dos autores do estudo, durante uma conferência promovida esta terça-feira pela Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP).

A maioria dos inquiridos está cética em relação às medidas do Governo para o setor e considera que o pacote Mais Habitação não será uma boa oportunidade para fazer investimentos, admitindo como muito provável ter de reduzir custos, encerrar a atividade ou cortar em futuros investimentos.

Segundo os dados divulgados esta terça-feira, a maioria dos proprietários ou gestores que responderam ao inquérito são homens (57%), em idade ativa, com habilitações literárias superiores à média nacional (75% tem o ensino superior). Mais de metade (51%) tem apenas um AL e apenas 9% exploram mais de cinco AL. Em 76% dos casos a gestão do empreendimento é feita pelo próprio, que em 66% dos casos exerce a atividade como empresário em nome individual.

A maior parte dos AL gera menos de 20 mil euros por ano ao seu proprietário, sendo que em 46% dos casos são gerados menos de 12 mil euros. Cerca de 74% da oferta de AL está disponível para os turistas durante o ano inteiro e apenas 11% está disponível para reserva menos de seis meses por ano.

As receitas do AL representam mais de 60% das receitas do orçamento familiar em apenas em 39% dos casos (incluindo os 16% em que são a totalidade dos rendimentos familiares).

Segundo os resultados preliminares do inquérito, 62% dos proprietários investiram na reabilitação do imóvel antes do início da exploração, considerando que em 22% dos casos os edifícios estavam em mau estado e a necessitar de muitas obras e em outros 22% dos casos os prédios estavam devolutos. Apenas 9% dos imóveis correspondiam a construção nova. Cerca de 36% dos proprietários contraíram empréstimos para pagar o imóvel ou a sua reabilitação.

Em relação à concentração regional dos empreendimentos, Lisboa representa 17% da distribuição de AL pelo todo nacional e o Porto 7%, estando os restantes 76% distribuídos por outros municípios.

Os autores sublinham que a maioria do total de AL registados no Registo Nacional de Alojamento Local (RNAL), disponibilizado pelo Turismo de Portugal, é detida por “pessoas singulares” e só uma parte por empresas, pertencendo, na generalidade, à pessoa que efetuou o registo, embora se verifique também uma parte importante em sistema de arrendamento (20%) e outros (19%).

Durante a apresentação foram confirmados dados preliminares do estudo “Avaliação de Impacto do Alojamento Local em Portugal”, apresentados em maio, desenvolvido pelos professores João Bernardo Duarte, Pedro Brinca e João Pedro Ferreira da Nova SBE, a pedido da ALEP. Segundo estes dados, as dormidas em AL representando cerca de 40% do total de dormidas em Portugal e os turistas que em 2019 ficaram alojados em unidades de AL gastaram mais de oito mil milhões de euros na economia portuguesa.

“Os turistas que ficam alojados em AL serão responsáveis por cerca de 110 mil empregos. Destes, quase 75% são em outros setores que não o alojamento e corresponde às restantes despesas que os turistas fazem enquanto visitam o país”, foi sublinhado.

O programa Mais Habitação inclui medidas como o arrendamento forçado de casas devolutas, a suspensão de novas licenças de alojamento local ou o fim dos vistos gold.

Uma das soluções propostas pelo Governo passa por incentivos ao arrendamento, que incluem maiores restrições ao Alojamento Local. Assim, as novas licenças vão ser suspensas até 31 de dezembro de 2030, em todo o território nacional, com exceção de cerca de 200 concelhos e freguesias do interior. A proposta do Governo prevê ainda que os registos emitidos à data de entrada em vigor das novas regras caduquem a 31 de dezembro de 2030, sendo, a partir daí, renováveis por cinco anos.

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Venda de carteira Generali por 22 mil milhões dificultada

  • ECO Seguros
  • 27 Junho 2023

A companhia associou-se à Goldman Sachs para sondar possíveis compradores para a carteira. Estes incluem a GamaLife, a Athora e a MedVida.

Os planos da Assicurazioni Generali para reduzir até 20 mil milhões de euros de responsabilidades de seguros estão a ser dificultados pelo aumento das taxas de juro, que complicou as conversações com os compradores, segundo três fontes próximas do assunto citadas pela agência Reuters.

A seguradora italiana iniciou, no final do ano passado, um processo de venda de um grande lote de contratos de seguros de vida nacionais para libertar capital. A companhia associou-se à Goldman Sachs para sondar compradores para a carteira, incluindo a GamaLife, sediada em Portugal, apoiada pela Apax Partners, e a Athora, sediada nas Bermudas, apoiada pela Apollo Global Management, disseram as fontes, que falaram com a Reuters sob condição de anonimato.

A MedVida, sediada em Espanha, propriedade do fundo de cobertura Elliott Management do bilionário americano Paul Singer, também demonstrou interesse na carteira, que é composta por diferentes grupos de apólices, disse uma das pessoas.

Mas a subida das taxas de juro veio aumentar a complexidade do negócio, levantando questões sobre o valor da carteira e a apetência regulamentar para autorizar uma transferência tão grande de riscos para grupos de aquisição.

A Generali pode tentar reavivar as discussões depois de ter concordado em adquirir as operações europeias da Liberty Mutual no início deste mês por 2,3 mil milhões de euros, o que ocupou grande parte da atenção do grupo, disse uma das fontes. A seguradora está aberta a estruturas alternativas para externalizar o risco, por exemplo, através de um acordo de resseguro, acrescentou outro.

A Generali, a Goldman Sachs, a Apax Partners, a Athora e a Elliott não quiseram comentar. Os porta-vozes da Apollo, GamaLife e MedVida não responderam ao pedido de comentários.

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Abertas as candidaturas para os World’s Digital Insurance Awards

  • ECO Seguros
  • 27 Junho 2023

Competição visa premiar as seguradoras mais transformadoras a nível mundial. Procuram-se (Re)seguradoras que impulsionem os seus negócios para a transformação digital.

Até 30 de junho ainda é possível apresentar a candidatura para os World’s Digital Insurance Awards, organizados pela plataforma digital TDI.

Os prémios, na sua 8ª edição, celebram as (re)seguradoras e insurtechs que lideram a transformação digital dos seguros. O objetivo é distinguir equipas que concretizam projetos, assim como elevar a visibilidade das empresas envolvidas.

São 3 as categorias em competição: InsurTech Innovation Award, Insurer Innovation Award e Insurer Transformation Award (a nível global).

As categorias Insurer Innovation e InsurTech Innovation têm provas regionais (APAC, EMEA e Americas). Os respetivos vencedores transitam para uma final global, durante este ano, na qual competem novamente para a eleição dos vencedores globais.

“Todas as candidaturas beneficiam duma visibilidade aumentada, estando listadas na página web dos TDI Awards”, informa a organização em comunicado.

 

O esquema indica as datas limite para concorrer, assim como as datas das finais.

“Esperamos que se junte a nós e submeta a candidatura da sua organização de modo a festejar os inúmeros projetos inovadores que a nossa indústria lança e concretiza“, afirma Vincent Van de Winckel, TDI Ambassador & Klav7 Consultant.

 

 

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UBS pode despedir mais de metade dos trabalhadores do Credit Suisse

Primeira ronda de cortes deverá acontecer no final de julho, com mais duas rondas previstas ainda este ano. Redução de pessoal resulta do resgate ao banco acordado em março.

O UBS prepara-se para despedir mais de metade dos trabalhadores do Credit Suisse, avança a Bloomberg. A reestruturação, que arranca já em julho, acontece depois de a instituição bancária ter sido comprada em março pelo UBS num resgate de emergência. O Credit Suisse emprega cerca de 45 mil pessoas.

Bancários, traders e pessoal de apoio nas filiais do Credit Suisse em Londres, Nova Iorque e em algumas partes da Ásia deverão ser os mais afetados nesta operação de reestruturação, com quase todas as atividades em risco de cortes, avança a agência, citando fontes familiarizadas com o processo. A primeira ronda deverá acontecer já no final de julho, com mais duas previstas para setembro e outubro.

A decisão surge depois de, em março, o suíço UBS ter comprado o banco rival no âmbito de um resgaste à instituição financeira, que enfrentava dificuldades financeiras e uma fuga de depósitos devido à perda de confiança por parte dos clientes.

Com esta operação, o grupo passou a agregar 120 mil pessoas, tendo o UBS já referido a intenção de obter poupanças com pessoal na ordem dos seis mil milhões de dólares nos próximos anos. Globalmente, o UBS tenciona reduzir em 30% o número global de trabalhadores, ou seja, cerca de 35 mil pessoas.

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Corretora F.Rego quer fazer seguros especiais para 250 transitários

  • ECO Seguros
  • 27 Junho 2023

A corretora formalizou um acordo que vai abranger 250 transitários membros da associação, oferecendo gestão de risco e coberturas em áreas de responsabilidade civil, cyber, crédito, carga e litígios.

A Associação dos Transitários de Portugal (APAT) e a F. REGO, 8ª maior corretora de seguros no mercado nacional, fizeram um acordo para apoiar os cerca de 250 sócios da APAT na gestão de risco, em condições financeiras vantajosas, “com coberturas por seguros adequadas às suas necessidades”.

Acordo oficial: Luís Teixeira, Diretor-Geral da Unidade Porto da F. REGO, Pedro Rego, CEO F. REGO, Inês Simões, Responsável Regional Norte da APAT e António Nabo Martins, Presidente da APAT.

A APAT é a instituição nacional que possui legitimidade para filiar e representar as empresas que se dedicam à atividade transitária, entendida como a planificação e organização de todas as operações relativas ao transporte internacional de mercadorias, atividades logísticas complementares e sua respetiva distribuição.

O protocolo abrange uma gestão integrada de riscos e inclui coberturas responsabilidade civil transitário, cyber risk, seguro de crédito, seguro de transportes de mercadorias e serviço de gestão de litígios.

Pedro Rego, presidente da F.Rego, salienta a “preponderância de uma gestão de risco especializada no quadro de uma cadeia logística internacional cada vez mais instável e sujeita a múltiplos riscos, com impactos financeiros altamente severos para as empresas”.

Segundo dados da PORDATA de 2022, o setor transitário representa cerca de 1,1% do PIB nacional. Cerca de 62% das empresas transitárias importam mercadorias, sendo que 98,9% destas fazem-no dentro da zona comunitária, num volume total de 303 723 041 milhões de euros anuais. E são 78,4% as empresas que realizam trocas com o exterior, num total de 704 milhões de euros.

António Nabo Martins, presidente da APAT, considera este acordo “cada vez mais pertinente, uma vez que os tempos atuais, marcados pela volatilidade e imprevisibilidade, são um autêntico repto à estabilidade das cadeias logísticas e à gestão do risco por parte das empresas transitárias”.

A F.Rego obteve um volume de negócio de quase 10,3 milhões de euros em 2022, devido ao crescimento orgânico e à integração das adquirida Wise Broker integrada que também foi razão parcial para um incremento de 60% dos resultados líquidos que atingiram 1,9 milhões.

No ano passado a empresa cresceu o número de empregados para 71 e colocou seguros principalmente na Fidelidade, Tranquilidade, na seguradora austríaca VAV e na sucursal alemã da AXA.

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Nogueira Leite é o novo presidente da MAPFRE Seguros Gerais

  • ECO Seguros
  • 27 Junho 2023

O economista já era vogal do conselho de administração da seguradora Não Vida da companhia espanhola em Portugal, mas será chairman até 2026, não executivo como é tradicional na MAPFRE.

António Nogueira Leite foi nomeado Presidente do Conselho de Administração da MAPFRE Seguros Gerais, com mandato até 2026. O cargo é não executivo e está ainda dependente da autorização da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

António Nogueira Leite será chairman não executivo na seguradora Não Vida da companhia espanhola até 2026.

Nogueira Leite, já era vogal do Conselho de Administração da MAPFRE Seguros Gerais desde abril de 2021, substitui no cargo José Manuel Inchausti, também CEO da MAPFRE Ibéria, mantendo a tradição das empresas do Grupo terem o cargo de presidente não executivo.

Professor universitário desde 1995 na Nova School of Business and Economics, António Nogueira Leite foi também Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças no XIV Governo Constitucional. É ainda autor de inúmeros livros e colunista de temas sobre Economia, Finanças e gestão de empresas.

A Mapfre Seguros Gerais é, com 107 milhões de euros de produção em 2022, a 10ª maior seguradora Não Vida do mercado nacional com presença relevante nos ramos automóvel e multiriscos industriais. Em Portugal, a companhia espanhola detém ainda a Mapfre seguros de Vida, a Mapfre Assistência e a Mapfre Santander, uma parceria com o banco espanhol para alguns ramos, essencialmente automóvel.

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Marketing e Customer Service fortalecidos em protocolo entre associações

A promoção da acreditação e certificação dos profissionais de marketing e customer service figura como um dos "pontos-chave" do protocolo.

Foi com o objetivo de dinamizar e fortalecer as atividades relacionadas com o marketing e customer service que a APPM (Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing) e a AproCS (Associação dos Profissionais de Customer Service) assinaram um protocolo de colaboração estratégica.

Mediante este acordo, e visando impulsionar a área de marketing, as duas entidades comprometeram-se a cooperar no desenvolvimento de um conjunto de iniciativas como estudos e pesquisas, organização de eventos, webinars, seminários ou conferências, destinadas aos seus associados.

A promoção da acreditação e certificação dos profissionais de marketing e customer service figura como um dos “pontos-chave” do protocolo, cuja iniciativa tem como objetivo “elevar os requisitos e critérios para o exercício destas profissões, contribuindo assim para o desenvolvimento e reconhecimento dos profissionais que atuam nessas áreas“, explica-se em nota de imprensa.

Rui Santos e Carlos Sá

Para Carlos Sá, presidente da APPM, é digno de nota o fortalecimento e elevação das profissões relacionadas ao marketing permitida por esta colaboração, e “enfatiza que a realização conjunta de várias ações e a troca de conhecimentos trarão benefícios significativos para os associados, permitindo que eles se mantenham atualizados e se destaquem nesse setor dinâmico“, refere-se.

Já Rui Santos, presidente de direção da AproCS, ressalta em comunicado “que a união de esforços entre as diferentes associações na área de marketing é fundamental para criar e desenvolver uma nova geração de profissionais com habilidades técnicas e relacionais aprimoradas”, acreditando que “este protocolo fortalecerá a imagem e as atividades de cada associação, gerando valor adicional para o mercado“.

“A parceria estabelecida entre a APPM e a AproCS representa um marco importante na busca pela excelência profissional no campo do marketing. Ambas as associações estão empenhadas em impulsionar o setor, promovendo a formação contínua, a colaboração e o intercâmbio de conhecimentos entre os seus associados”, lê-se também no comunicado.

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Recuo de seguradoras encoraja cobertura paramétrica de incêndios florestais

  • ECO Seguros
  • 27 Junho 2023

A cobertura paramétrica de incêndios florestais está a ganhar força num ambiente exigente para os riscos de propriedade expostos a catástrofes. A evolução de bases de dados hi-res contribui.

A hesitação das seguradoras e a evolução das bases de dados e das imagens de satélite são razões para uma maior aceitação das coberturas paramétricas de incêndios florestais. Dados mais eficientes traduzem-se em melhores conceções de cobertura e numa maior confiança entre os utilizadores, de acordo com os peritos citados pela publicação Business Insurance.

“Os incêndios florestais são casos de uso claro para paramétricos porque são fáceis de medir“, disse Laurent Sabatié, cofundador e diretor executivo da Skyline Partners, sediado em Londres, um insurtech managing general agent especializado em coberturas paramétricas.

Com o ‘hardening’ do mercado tradicional de seguros de bens, a diminuição da capacidade para riscos de incêndios florestais e o aumento das retenções, a cobertura paramétrica pode ajudar a fornecer capacidade adicional.

“Estamos definitivamente a receber mais pedidos de informação sobre a cobertura paramétrica de incêndios florestais, principalmente devido à redução da capacidade no mercado de indemnizações”, disse Jacob Choi, chefe global de análise do grupo de soluções paramétricas da Marsh Specialty, com sede em Nova Iorque.

É provável que as “deficiências de capacidade” no mercado de catástrofes imobiliárias se mantenham “num futuro previsível”, afirmou Paul Schultz, CEO da Aon Securities, uma unidade da Aon PLC, sediada em Chicago. A cobertura paramétrica constitui uma outra opção para fazer face a esses desafios.

Os subscritores do setor dos incêndios florestais estão “hesitantes” e preocupados em serem adequadamente compensados pelos riscos que assumem ou cansados da volatilidade envolvida, o que os leva a diminuírem as coberturas, disse Schultz. “Consideramos que a parametrização é uma das nossas principais estratégias para o futuro”, em especial no caso dos incêndios florestais, que se encontram entre os chamados “riscos secundários“, juntamente com as tempestades convectivas severas, afirmou o CEO da Aon Securities.

“Estamos a receber um número crescente de pedidos de informação sobre incêndios florestais, inevitavelmente devido, em parte, ao ‘hardening’ do mercado de indemnizações, mas também porque o ambiente de risco é mais complexo devido às alterações climáticas. O recuo do atual mercado tradicional na Califórnia reduziu a capacidade disponível, com graves picos nas retenções e franquias impostas pelas seguradoras comerciais”, afirmou Sébastien Piguet, diretor de subscrição da Descartes Underwriting SAS, com sede em Paris, um agente geral de gestão de seguros paramétricos.

Várias seguradoras de linhas pessoais, incluindo a State Farm Mutual Automobile Insurance e a Allstate Insurance, anunciaram recentemente que deixarão de subscrever novos seguros de propriedade comercial e pessoal na Califórnia devido, entre outros fatores, ao aumento dos riscos de incêndios florestais. Tem havido um aumento “muito significativo” do interesse pelas coberturas paramétricas, o que “se traduz na concretização de mais negócios“, disse Cole Mayer, diretor de parametria da Aon PLC, com sede em São Francisco, que recentemente se juntou à corretora vindo da Swiss Re Corporate Solutions, parte da Swiss Re Ltd.

Dados detalhados em formato de imagens de alta resolução e melhor disponibilidade também ajudaram no desenvolvimento das coberturas paramétricas, permitindo um melhor design de triggers e novos índices, disseram as fontes à publicação Business Insurance, como a percentagem de área ardida de uma base de ativos de uma operação florestal.

Novos dados de satélites comerciais e públicos como o Sentinel 2 contribuíram significativamente para o crescimento do mercado, oferecendo imagens de alta resolução de forma eficiente”, disse Kevin Dedieu, diretor de investigação e desenvolvimento da Descartes. “A combinação de dados melhorados, mais investigação e melhor modelização permite ao setor dos seguros detetar e monitorizar os incêndios florestais com maior precisão e quase em tempo real”, afirmou Choi.

Sabatié, da Skyline, afirmou que o Landsat é amplamente utilizado pelo setor dos seguros. O programa Landsat, gerido conjuntamente pela NASA e pelo U.S. Geological Survey, é uma série de missões de observação da Terra por satélite, que consiste atualmente nos satélites Landsat 8 e Landsat 9, em órbita e ativos, de acordo com o USGS. “Em última análise, são os dados e as informações sobre as perdas que informam sobre o risco” e se este pode ou deve ser coberto, afirmou Sabatié. Segundo as fontes, a cobertura paramétrica pode ser utilizada isoladamente ou em conjunto com um seguro de indemnização tradicional.

“Os nossos clientes podem utilizar a cobertura paramétrica contra incêndios florestais como uma apólice autónoma ou como uma cobertura adicional para colmatar lacunas na cobertura, tais como interrupções de atividade sem danos, ou ser utilizada como uma redução da apólice“, afirmou Choi, da Marsh. Os clientes típicos da paramétrica podem incluir operações florestais e adegas, acrescentou. “A parametrização pode ajudar a alargar o âmbito da cobertura e das ferramentas para riscos como os incêndios florestais, que anteriormente os nossos clientes não conseguiam transferir adequadamente”, afirmou Mayer.

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Garrigues e ML na aquisição do edifício “Pier III” pelo BNP Paribas

A equipa da Garrigues foi liderada pelo sócio Miguel Menezes da Silva, com a colaboração da associada Laura Santana Falé. A Morais Leitão representou legalmente o vendedor.

A Garrigues assessorou o BNP Paribas REIM na aquisição do edifício “Pier III”, um edifício “state-of-the-art” na zona ribeirinha de Lisboa, com certificação LEED Gold, que a Accenture Portugal escolheu como nova sede social em Portugal.

A equipa da Garrigues foi liderada pelo sócio Miguel Menezes da Silva, com a colaboração da Associada Laura Santana Falé. A Morais Leitão representou legalmente o vendedor.

A BNP Paribas REIM adquiriu o edifício de escritórios Pier III, onde se encontra a nova sede da Accenture em Portugal. A CBRE assessorou a Períptero – Empreendimentos Imobiliário na venda do edifício, envolvendo várias linhas de negócio com uma abordagem integrada de 360 graus.

O edifício compreende um total de 4.500 metros quadrados e oferece 101 lugares de estacionamento. Com um projeto do Arquiteto – Carrilho da Graça, a Periptero criou um edifício “state-of-the-art” que é um dos mais emblemáticos da zona ribeirinha de Lisboa.

O edifício de escritórios Pier III é «um dos mais modernos do mercado, pelas suas características técnicas, certificação LEED Gold, entre outros aspetos totalmente em linha com as atuais necessidades dos utilizadores, no que respeita a tecnologia e bem-estar», lê-se em comunicado.

«O edifício Pier III foi alvo de uma consultoria totalmente integrada da nossa parte, com cerca de 25 colaboradores da CBRE envolvidos em diferentes ciclos do edifício, nomeadamente, tendo participado no arrendamento à Accenture, no Design e Gestão de Projeto de fit-out, na certificação ambiental e na gestão do edifício. Agora, no momento da venda, fica mais uma vez comprovado, que mesmo num contexto de alguma incerteza, não existe relutância por parte dos investidores na aquisição de edifícios icónicos em localizações prime», declara José Hermozilha, Head of Investment Properties CBRE.

Gonzalo Bueno, Head do BNP Paribas REIM Iberia, indica que «esta aquisição reforça o nosso portefólio e enquadra-se perfeitamente na nossa estratégia, adicionando um ativo moderno, totalmente ocupado e arrendado, e localizado numa das zonas mais privilegiadas de Lisboa. A certificação LEED Gold obtida no Pier III, demonstra um alto padrão de qualidade e uma abordagem ESG abrangente, fundamental para os nossos inquilinos, investidores e, de forma mais geral, para todos os nossos stakeholders».

José António Fernandes, Administrador na Periptero – Empreendimentos Imobiliário, refere que «o projeto Pier III representa um importante marco no crescimento desta zona lisboeta – uma área pouco desenvolvida da cidade, previamente ocupada por construções de logística e industrial», acrescentando que «o fit-out interior, desenvolvido em colaboração com a CBRE e personalizado para a Accenture (ocupante de toda a área de escritórios), procura oferecer um espaço tecnologicamente moderno e capaz de responder às novas filosofias de trabalho».

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Duarte Cordeiro: “É incontornável” adoção de abordagem ESG para as empresas

  • Capital Verde
  • 27 Junho 2023

Esta é apenas uma das conclusões do estudo NetZero Survey Portugal, que foi apresentado na passada sexta-feira, 23 de junho, na sede da PwC.

O ministro Duarte Cordeiro assinalou que “é incontornável”, para empresas pequenas ou grandes, a adoção de uma abordagem ESG.

Estas declarações foram proferidas no âmbito da apresentação de um estudo levado a cabo pela consultora PwC. Os autores consideram a percentagem de empresas sem planos de ação para o clima “preocupante”, depois de ter concluído que seis em cada dez empresas portuguesas não têm um plano de ação para a redução de emissões e/ou para o cumprimento das suas metas climáticas.

Esta é apenas uma das conclusões do estudo NetZero Survey Portugal, que foi apresentado na passada sexta-feira, 23 de junho, na sede da PwC, em Lisboa. A conferência arrancou com as boas-vindas de António Brochado Correia, Territory Senior Partner da PwC, seguindo-se a intervenção do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro.

O ministro acredita que “as empresas hoje reconhecem a oportunidade” que existe na transição climática, e afirma que “é incortornável”, para empresas pequenas ou grandes, a adoção de uma abordagem ESG, por uma questão de “sobrevivência do seu negócio”.

Cláudia Coelho, Sustainability and Climate Change Partner da PwC, apresentou depois o estudo, onde se conclui também que, apesar da falta de planos de ação, 54% das empresas dizem já ter definido metas de redução de emissões, embora só 22% estejam comprometidas com a neutralidade carbónica.

A conferência fechou com uma discussão que contou com os contributos de Cristina Câmara, diretora de Sustentabilidade da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), João Wengorovius Meneses, secretário-geral do BCSD Portugal, e Pedro Paes, consultor na direcção de Sustentabilidade do Centro Corporativo da EDP, na área de Clima. O debate foi moderado pelo diretor do ECO, António Costa.

Veja aqui o vídeo completo da conferência:

 

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BPI recusa pagar “qualquer preço” para reter depósitos dos clientes

  • Lusa
  • 27 Junho 2023

"Quero preservar os depósitos dos meus clientes, mas não estou disponível para pagar depósitos a qualquer preço", afirmou o presidente do BPI esta terça-feira.

O presidente do BPI disse esta terça-feira que as taxas de juro dos depósitos continuarão a subir, mas que não está disponível para pagar depósitos a qualquer preço, pois quer preservar a rentabilidade do banco.

“A [subida] da remuneração dos depósitos está a acontecer”, afirmou João Pedro Oliveira e Costa aos jornalistas, à margem de um almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal, num hotel em Lisboa, admitindo que a subida “é devagar” pois o banco quer preservar a sua rentabilidade.

“Quero preservar os depósitos dos meus clientes, mas não estou disponível para pagar depósitos a qualquer preço”, afirmou.

Segundo o gestor, atualmente, em termos médios, os depósitos a prazo a um ano têm taxas de juro de 2%, mas sublinhou que isto é nos depósitos “remunerados”.

Sobre se a decisão do Governo de baixar a remuneração na nova série certificados de aforro ajudou a banca a sentir menos pressão sobre os depósitos, o gestor concordou, mas disse que o BPI já vinha sentindo abrandamento na transferência de depósitos para certificados de aforro (pelos limites que os particulares podiam aplicar em certificados de aforro e pela subida dos juros de depósitos que já vinha fazendo, justificou), pelo que “não teve alteração significativa” após essa medida.

Quanto ao Presidente da República ter pedido um “esforçozinho” aos bancos para “tornar mais atraente” o pagamento dos depósitos aos portugueses, o gestor disse que o BPI “não tem feito um esforçozinho, tem feito um trabalho de casa permanente”.

João Pedro Oliveira e Costa foi esta segunda-feira o orador do almoço-debate do International Club of Portugal, tendo afirmado que, perante o aumento das taxas de juro que tem impacto nas prestações da casa ao banco, o BPI vai fazer “o grande esforço de conseguir que todos os portugueses mantenham as suas casas independentemente da evolução taxas de juro” e disse que contará “com a folga financeira” que tem acumulado para isso.

Na sua intervenção, o presidente do BPI frisou ainda, por várias vezes, o trabalho que o banco em outras áreas que considerou que pouco são faladas (referiu os impostos que paga, o aumento dos salários, sobretudo os mais baixos, e o trabalho da Fundação La Caixa), considerando que a banca é muitas vezes culpabilizada de vários problemas, pois é o fácil.

“Temos de apontar alguém, estão aqueles tipos ali, apontamos aqueles senhores ali”, disse, afirmando que quando se diz: “todos gastámos 23 mil milhões de euros para salvar bancos” isso “não é verdade, foi para salvar depositantes” e que quatro bancos desapareceram e “dois pagaram tudo e com juros com margem de 5% ao Estado, o BPI e o BCP”, considerando que “há muita ignorância e muita demagogia”.

O gestor relatou que, na altura da pandemia da Covid-19, ouviu a presidente do Banco Alimentar, Isabel Jonet, dizer na televisão que tinha os armazéns vazios e que fez então um grupo na rede social whats app com presidentes de outros bancos e que angariaram 2,5 milhões de euros entre empresas e particulares.

“Foi uma grande angariação de dinheiro, não foi notícia, ninguém disse nada (..,). Eu não fiz isto para reconhecimento, o reconhecimento é a consciência”, afirmou.

No almoço-debate no International Club of Portugal, João Pedro Oliveira e Silva disse ainda que, apesar da diminuição das transações de casas, não tem havido “diminuição de preços porque não há oferta, não há nova construção” e defendeu que devia haver “um programa de construção de dezenas de milhares de casas”, alavancado em privados com benefícios fiscais.

“Caso contrário não resolvemos o problema, podemos ter paliativos, mas não soluções”, afirmou.

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Combustíveis fósseis continuarão a definir preços da eletricidade para lá de 2030

Apesar de as energias renováveis passarem a ser responsáveis pela produção de um terço da eletricidade até 2030, o carvão e o gás continuarão a ser determinantes no preço da energia elétrica.

Miguel Gil Tertre
Painel “Mudanças estruturais nos mercados da energia e implicações para a inflação” (da esquerda para a direita): Javier Blas, colunista da Bloomberg; Christiane Baumeister, professor da universidade de Notre Dame; Isabel Schnabel, membro da administração executiva do BCE; Ida Wolden Bache, governadora do Banco da Noruega; e Miguel Gil Tertre, economista-chefe da Comissão Europeia

Ainda está longe o dia em que a Europa conseguirá livrar-se da volatilidade dos preços dos combustíveis fósseis. Miguel Gil Tertre, economista-chefe da Comissão Europeia, antevê que “os combustíveis fósseis continuem a fixar os preços da eletricidade durante um número significativo de horas em 2030.”

Apesar dessa realidade, Miguel Gil Tertre estima que, dentro de sete anos, “as energias renováveis vão ser responsáveis pela produção de um terço da eletricidade.” À margem do Fórum do BCE, que está a decorrer entre esta terça e quarta-feira em Sintra, o responsável da Comissão Europeia adianta ainda que antevê uma redução do consumo de energia até 2030 em cerca de um terço face aos números de hoje.

Energias renovaveis

Todas essas variáveis contribuirão para o processo de descarbonização da Europa e teriam sido bastante úteis na proteção da economia europeia durante o último ano contra a subida dos preços dos combustíveis fósseis, que promoveram a galopante subida da taxa de inflação no espaço do euro. “O aumento da capacidade instalada de fontes de energia renováveis pode ajudar a limitar os picos de preços, minimizando o papel do gás na produção de eletricidade. Mas levará tempo a produzir efeitos muito dramáticos e variará de país para país”, nota o economista.

Para os quatro participantes do painel de discussão “Mudanças estruturais nos mercados da energia e implicações para a inflação”, é notório que a crise de preços 2021-2022 não foi provocada pelas tecnologias verdes/limpas. O foco principal da escalada da inflação prendeu-se a três variáveis: redução do fornecimento de gás natural da Rússia, incerteza e receio de escassez (grande pico entre junho de 2021 e setembro de 2022), como documenta Miguel Gil Tertre na sua intervenção.

Na economia norte-americana e da Zona Euro, a escalada da inflação foi sentida com muitas semelhanças. Christiane Baumeister, professora da universidade de Notre Dame, relata que tanto a inflação dos EUA como a da Zona Euro registaram saltos semelhantes em termos de impacto face ao choque da oferta no mercado dos combustíveis fósseis no último ano.

No entanto, nota que a “repercussão foi muito mais rápida nos EUA, enquanto as consequências inflacionistas são mais persistentes na zona euro, o que aponta para importantes efeitos de segunda ordem.”

Christiane Baumeister salienta, por exemplo, que “as expectativas de inflação das famílias reagem mais fortemente ao impacto nos EUA, mas o aumento inicial desvanece-se rapidamente”. Enquanto que as expectativas em redor da inflação aumentam mais gradualmente na região da moeda única, “o que indica que o aumento dos preços do petróleo está mais enraizado nas expectativas.”

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