PSD quer que lei que revê estatutos das ordens seja discutida em mais comissões parlamentares

  • Lusa
  • 27 Junho 2023

O PSD defende que a proposta do Governo que altera os estatutos de 12 ordens profissionais deve ser discutida em mais comissões parlamentares além da comissão do Trabalho.

O PSD defende que a proposta do Governo que altera os estatutos de 12 ordens profissionais deve ser discutida em mais comissões parlamentares além da comissão do Trabalho, invocando que há matérias que extravasam a competência desta comissão.

Num requerimento divulgado na segunda-feira, o PSD pede à Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, para que solicite ao presidente da Assembleia da República “a redistribuição da proposta de Lei n.º96/XV/1.ª (GOV) para que esta possa, também, ser distribuída em conexão com a 1.ª Comissão, quer na fase de generalidade, quer na fase de especialidade”.

O PSD propõe ainda a audição das ordens dos advogados, dos solicitadores, dos agentes de execução e dos notários naquela comissão, “tendo em conta a importância que esta matéria reveste para estes profissionais da Justiça”.

Para o PSD, estas audições presenciais são necessárias e obrigatórias neste processo legislativo e a comissão de Assuntos Constitucionais é “a única materialmente competente para apreciar estas alterações à legislação específica destes profissionais”.

Em apreciação na comissão de Trabalho, este diploma revê os estatutos de um conjunto de ordens profissionais e associações profissionais, em matéria de condições de acesso à profissão, remuneração de estágios e regulação, entre outras, e tem sido alvo de críticas por parte de algumas Ordens.

A vice-presidente da bancada do PSD Clara Marques Mendes já tinha levado este assunto à reunião da conferência de líderes parlamentares, cuja súmula foi divulgada na segunda-feira, alegando que há matérias do diploma que extravasam a competência da comissão de Trabalho, considerando que “as demais comissões competentes” deviam ser envolvidas no processo legislativo.

Segundo a deputada, citada na súmula, estão colocadas “questões de incompetência material“, por exemplo, “com a Ordem dos Médicos, para que é competente a Comissão de Saúde, ou com a Ordem dos Advogados, da competência da 1.ª Comissão [de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias].

A deputada Clara Marques Mendes considerou “formalmente errada” a opção do Governo de reunir numa única proposta de lei as alterações aos estatutos de todas as ordens profissionais, indicando que em ocasiões anteriores “tinha dado entrada uma proposta de lei para cada ordem profissional”.

Na mesma reunião, o deputado Pedro Delgado Alves, do PS, afirmou que “o Governo não estava obrigado a apresentar várias propostas de lei e que, tendo apresentado uma única proposta de lei, só podia baixar a uma comissão, sem prejuízo das conexões e dos pedidos de parecer que se vierem a entender necessários por parte de outras comissões, em função das matérias em causa”.

O socialista destacou igualmente a existência de um grupo de trabalho das ordens profissionais, criado no âmbito da Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão (10.ª), referindo que tem uma “composição alargada a deputados de diferentes comissões“.

Por seu lado, o presidente da Assembleia da República apontou que esta não é a primeira vez que uma proposta de lei abrange matérias transversais a várias comissões e assinalou que a solução tem passado por “assegurar conexões e constituir um grupo de trabalho numa comissão-piloto, com deputados de várias comissões”.

Augusto Santos Silva recordou que o diploma vai ser discutido em plenário no dia 19 de julho pelo que o processo legislativo na especialidade ocorrerá já na próxima sessão legislativa, dizendo que voltará ao tema na próxima reunião da conferência de líderes, no dia 5 de julho.

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Bruxelas alerta que fusão da Orange e MásMóvil pode levar a aumento de preços “significativo”

Comissão Europeia opõem-se à proposta de joint venture das operadoras Orange e MásMóvil, avaliada em 18,6 mil milhões de euros, frisando que os "efeitos anti concorrenciais" são "substanciais".

A Comissão Europeia rejeitou a proposta de fusão entre as operadoras espanholas Orange e MásMóvil, argumentando que a nova operação poderá provocar “efeitos anticoncorrenciais” resultando num aumento de preços “significativo para os clientes no mercado retalhista.

A objeção à joint venture já era esperada, tal como tinha avançado a Bloomberg, mas esta terça-feira, o executivo comunitário deu mais detalhes sobre os motivos que levam a bloquear a fusão avaliada em 18,6 mil milhões de euros.

Na nota publicada, a Comissão Europeia diz ter “receio” de que a operação proposta possa reduzir o número de operadores de rede em Espanha, “eliminando assim uma pressão concorrencial significativa e um rival inovador nos mercados retalhistas espanhóis de serviços de telecomunicações móveis, serviços de Internet fixa e pacotes de serviços múltiplos (incluindo os convergentes fixo-móvel)”.

A fusão proposta, considera ainda o Executivo de Ursula von der Leyen, poderá “conduzir a aumentos de preços significativos para os clientes retalhistas” em todo o mercado espanhol. Em Bruxelas, a conclusão é clara: os “efeitos anticoncorrenciais” desta joint venture são “substanciais”, mesmo tendo em conta as potenciais economias de custos.

A lista de objeções da Comissão Europeia é resultado de uma “investigação exaustiva” conduzida pela Autoridade de Concorrência Europeia, em abril, à possível fusão da Orange e da MásMóvil, que alegava estar “preocupada” que da operação de concentração resulte um aumento dos preços e uma redução da qualidade dos serviços.

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Paula Amorim lidera lista das 50 mais poderosas nos negócios em Portugal

  • Lusa
  • 27 Junho 2023

Acionista e administradora da Galp comanda lista das 50 mulheres mais poderosas nos negócios elaborada pela Forbes Portugal. Cláudia Azevedo, Mafalda Duarte, Inês Caldeira e Manuela Ferro no top 5.

Cláudia Azevedo agarra, a partir de 2019, os destinos da Sonae. Já Paula Amorim está desde 2017 na liderança da empresa criada pelo pai, Américo.Montagem de Lídia Leão.

Paula Amorim lidera a lista das 50 mulheres mais poderosas nos negócios, publicada pela Forbes Portugal. Cláudia Azevedo, Mafalda Duarte, Inês Caldeira e Manuela Ferro completam o top 5.

Esta edição destaca “as portuguesas que estão a dar cartas dentro e fora de Portugal” e foi “elaborada com base numa avaliação de centenas de empresas, das quais são retirados mais de 100 nomes de CEO [presidente executivas], diretoras-gerais, administradoras, acionistas e empreendedoras, a lista está ordenada por uma pontuação final para cada nome, feita com base em cinco critérios, pontuados de zero a 20″.

A Forbes Portugal “avaliou e pontuou estes nomes pela fortuna, pessoal ou familiar; pelo poder de decisão — se é CEO, presidente do Conselho de Administração, administradora ou acionista -, poder de influência, ou seja a sua projeção fora da empresa, projetos em que se envolve, artigos que escreve e participação ativa nas redes sociais; dimensão do negócio — se são grandes negócios internacionais, em que países estão presentes, qual a área geográfica de ação; e pelo seu empreendedorismo, se apenas fez carreira numa área ou várias, ou se se envolveu na criação de empresas”, refere a revista.

Assim, no primeiro lugar está Paula Amorim, acionista e administradora na Galp, Corticeira Amorim, grupo Américo Amorim, Amorim Luxury Group, seguida de Cláudia Azevedo, acionista e CEO da Sonae. Em terceiro lugar está a diretora-geral do Fundo Verde para o Clima, Mafalda Duarte, seguida da diretora-adjunta mundial da L’Óreal Paris, Inês Caldeira. Em quinto, está Manuela Ferro, vice-presidente do Banco Mundial – Ásia e Pacífico.

A Forbes Portugal é uma revista de negócios, licenciada pela Forbes Internacional, detida pelo grupo Media Nove, que publica a Forbes África Lusófona, o semanário Jornal Económico e o Novo Semanário. A maior parte do capital social pertence ao acionista N’Gunu Tiny, empresário dono do Emerald Group.

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Portugal Ventures dá impulso de 1,7 milhões para internacionalização de duas novas startups

A sociedade de capital de risco investiu na MyCareforce e da De Risk International, startup sul-africana que abriu em Portugal.

A Portugal Ventures, sociedade de capital de risco do Grupo Banco Português de Fomento, investiu 1,7 milhões para impulsionar a internacionalização da portuguesa MyCareforce e da De Risk International, startup sul-africana que abriu em Portugal. Investimento não está integrado na primeira “Call Expand”, para apoiar a internacionalização das startups, para a qual a receberam 37 candidaturas, com um potencial de investimento de 34,5 milhões de euros.

“É com muito orgulho que anunciamos a entrada no portefólio da MyCareforce e da De Risk International, os dois primeiros investimentos que vêm dar o exemplo na necessidade de uma resposta clara para uma tipologia de falha de mercado — investir/financiar empresas que pretendem iniciar a sua expansão para novos mercados e/ou estabelecerem a sua atividade e entrada no mercado europeu a partir de Portugal. A MyCareForce e a De Risk International, vão trabalhar de forma muito próxima com a nossa equipa para continuarem a criar as condições na valorização e rentabilidade dos seus negócios além-fronteiras”, diz Teresa Fiúza, vice-presidente da Portugal Ventures, citada em comunicado.

Embora, o investimento de 1,7 milhões seja para apoiar os processos de expansão das duas empresas, o mesmo não resulta da “Call Expand” lançada em março pela sociedade de capital de risco com esse mesmo objetivo, explica fonte oficial ao ECO. A call, com um ticket de investimento “entre 500 mil euros e dois milhões de euros”, fechou em maio tendo a PV recebido 37 candidaturas, com um potencial de investimento de 34,5 milhões de euros.

A PV foi um dos investidores — juntamente com a Shilling, Demium e de Humberto Ayres Pereira, angel investor que integra o Programa de Aceleração da Accel “Accel Starter programme” — que participaram na ronda de investimento de 1,22 milhões da MyCareforce, tal como noticiou o ECO, com vista à expansão do negócio da empresa, que liga enfermeiros a instituições de saúde, para o mercado brasileiro. O valor do investimento da PV não foi revelado.

Parte do investimento de 1,7 milhões foi feito na sul-africana De Risk International, liderada pelo advogado Marc Johnstone, empresa especialista em soluções e plataformas de cobertura de riscos de recompensas nas áreas de programas de fidelidade e promoção de marketing ao consumidor, com escritórios e desenvolvimento de negócio na África do Sul, Holanda e Argentina.

“Através do investimento da Portugal Ventures a empresa criou empresa em Portugal, sendo o ponto de partida para o mercado europeu e replicar o modelo de negócio bem-sucedido na África do Sul“, informa a sociedade de capital de risco.

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Sonae Sierra junta-se à britânica Signal para desenvolver o República 5 em Lisboa

  • Ana Petronilho
  • 27 Junho 2023

Edifício no centro de Lisboa foi comprado em 2020 pela Signal a uma subsidiária da Sonangol por 30 milhões de euros. Terá habitação, escritórios e retalho, ficando concluído no início de 2024.

A Sonae Sierra torna-se aliada da britânica Signalno projeto imobiliário República 5, no centro de Lisboa. As obras no edifício que será de uso misto – habitação, escritórios e retalho – já estão em curso e deverão ficar concluídas no início de 2024, diz ao ECO a Sonae Sierra, que escusa revelar o investimento nas obras.

O edifício localizado na Avenida da República, na zona do Saldanha, foi comprado no final de 2020 pela Signal Capital Partners à Puaça, uma subsidiária da Sonangol, por cerca de 30 milhões de euros. A Puaça tinha posto o imóvel no mercado em 2019 para ser vendido com urgência e o Jornal Económico escreveu, na altura, que o edifício teria um potencial de venda de 60 milhões de euros. Mas a Sonangol rejeitou as propostas que foram sendo apresentadas.

À data da transação com a Signal, o edifício com cerca de 30 mil metros quadrados de área bruta de construção e 12 pisos estava inacabado.

Está agora a ser convertido em 20 apartamentos de diferentes tipologias (2.400 metros quadrados de área total) com acesso a partir da Rua de Picoas, a que se somam 11.600 metros quadrados para escritórios. O projeto conta ainda com cerca de 250 lugares de estacionamento.

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Desafios 5.0 envolveu mais de 200 empreendedores e 40 empresas do Norte e Centro

No último ano e meio, projeto da AEP abrangeu mais de 460 horas de capacitação, 720 horas de mentoria e 500 horas de consultoria de consolidação do plano de negócios para alavancar o empreendedorismo.

No âmbito do projeto “Desafios 5.0”, que decorreu entre novembro de 2021 e junho de 2023, a Associação Empresarial de Portugal (AEP) calcula que este projeto tenha apoiado mais de 200 empreendedores e 40 empresas, constituídas há menos de dois anos no Norte e Centro do país,

A iniciativa foi lançada pela AEP com a missão de “promover o espírito empresarial do Norte e Centro” do país. No total, segundo contas da associação patronal nortenha, foram realizadas mais de 460 horas de capacitação, 720 horas de mentoria e 500 horas de consultoria de consolidação do plano de negócios para os 25 melhores projetos concorrentes.

Estes projetos em destaque contaram com apoio para consolidar o plano de negócios, viabilizar oportunidades de negócio e robustecer e potenciar a viabilização das ideias apresentadas. Abordam temas transversais como saúde, alterações demográficas e bem-estar, segurança alimentar, agricultura e silvicultura sustentáveis, energia não poluente, transportes inteligentes e ecológicos, ação climática, ambiente e eficiência de recursos e matérias-primas.

Aos seis melhores projetos do Desafios 5.0 vai ser atribuído o Prémio SpeedUp, no valor individual de cinco mil euros. Os vencedores vão ser conhecidos ao final da tarde desta terça-feira, durante a cerimónia de encerramento do projeto, que decorre em Leça da Palmeira (Matosinhos).

O júri dos prémios Speed Up é composto por Ricardo Luz (partner da Gestluz e presidenO Desafios 5.0 te da Invicta Angels), Hugo Ramos (co-founder and partner da Matching Ventures), Tim Vieira (founder and CEO da Brave Generation Academy), Helena Maio, (diretor new business and adviser to the board of Portugal Ventures) e Pedro Janeiro, strategy and consulting director da Accenture Portugal).

Em declarações ao ECO, o líder da AEP salienta que este foi um “projeto relevante na promoção do espírito empresarial destas duas regiões“, tendo sido “criadas condições que facilitam, apoiam e incrementam a materialização das ideias de negócio e minimizam as dificuldades apresentadas por empreendedores”.

“A AEP contribuiu para um ambiente mobilizador e propício ao empreendedorismo qualificado e criativo, que se traduz em iniciativas empresariais que promovem soluções inovadoras aos desafios sociais, com impacto significativo na melhoria do bem-estar social e no crescimento inteligente, inclusivo e sustentável”, acrescentou Luís Miguel Ribeiro.

Este projeto assentou em três ações centrais: Call For Ideas (captação de ideias em fase embrionária), Call For Acceleration (captação de ideias numa fase mais desenvolvida ou startups constituídas há menos de 2 anos) e Call For Needs (para empresas interessadas em lançar desafios que possam ser resolvidos pelos empreendedores).

O Desafios 5.0 representou um investimento total de 720 mil euros, cofinanciado pelo Compete 2020, no âmbito do Portugal 2020 e com o apoio da União Europeia através do Fundo Social Europeu. Conta com o apoio de empresários, startups, administração pública, municípios e outras associações empresariais.

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Tribunal Constitucional não se entende sobre a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético

  • ECO
  • 27 Junho 2023

Acórdãos de maio e junho contrariam decisão de março, na qual o Tribunal Constitucional tinha considerado que parte do regime da CESE violava a Constituição.

O Tribunal Constitucional (TC) voltou a dar um passo atrás no entendimento sobre a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE). Num acórdão datado a 25 de maio, não só concluiu que o regime jurídico da CESE não viola o princípio constitucional da igualdade, como assinala que excluir as empresas do subsetor do gás natural seria “um tratamento tributário desigual e injustificado”, noticia o Jornal de Negócios esta terça-feira.

Este entendimento contraria um outro emitido a 16 de março que veio, pela primeira vez, admitir uma inconstitucionalidade no regime, considerando que é inválida, por violação do princípio da igualdade, a norma que obriga as empresas concessionárias das atividades de transporte, de distribuição ou de armazenamento subterrâneo de gás natural a suportar este tributo. Há ainda um terceiro acórdão, de 6 de junho, que vem também decidir pela inexistência de inconstitucionalidade, ainda que por um motivo diferente.

Havendo duas decisões contraditórias, o contribuinte pode avançar com um recurso para o plenário do Tribunal Constitucional, pelo que é de esperar que em breve os juízes do Palácio Ratton voltem a posicionar-se sobre este assunto.

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Hoje nas notícias: imposto na energia, rendas e emprego

  • ECO
  • 27 Junho 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Depois de um acórdão de março do Tribunal Constitucional ter concluído que parte do regime da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE) violava a Constituição, outros dois, mais recentes, vêm concluir que, afinal, não é assim. Quase um terço dos inquilinos em Portugal gasta mais de 40% do seu rendimento com os custos da habitação. O número de vagas de trabalho caiu para 48 mil no primeiro trimestre do ano, numa altura em que o desemprego tem subido. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Constitucional não se entende sobre a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético

O Tribunal Constitucional considerou que o regime jurídico da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE) não viola o princípio constitucional da igualdade e diz que, se as empresas do subsetor do gás natural fossem excluídas, tal representaria “um tratamento tributário desigual e injustificado”. Este entendimento, que surge num novo acórdão de 25 de maio, contraria um outro emitido a 16 de março que veio, pela primeira vez, admitir uma inconstitucionalidade no regime, considerando que é inválida, por violação do princípio da igualdade, a norma que obriga as empresas concessionárias das atividades de transporte, de distribuição ou de armazenamento subterrâneo de gás natural a suportar este tributo. Já um terceiro acordo, datado a 6 de junho, veio também decidir pela inexistência de inconstitucionalidade.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Em Portugal, um terço dos inquilinos gasta mais de 40% do rendimento com a casa

Quase um terço das famílias que arrendam casa em Portugal estão em situação de sobrecarga financeira, sendo obrigadas a gastar mais de 40% do seu rendimento disponível para suportar os custos com habitação. É uma proporção que fica muito acima da percentagem de pouco mais de 1% das famílias que habitam em casa própria e que se encontram também em sobrecarga financeira. Em 2010, apenas 17,8% dos inquilinos estavam nesta situação de sobrecarga financeira

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Vagas de trabalho caem para 48 mil e pressionam desemprego a subir

Entre janeiro e março, havia 48.103 vagas de trabalho por preencher, menos 6.830 face ao trimestre anterior, correspondendo a uma quebra de 12,4%, segundo a mais recente síntese estatística publicada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho. Foi o segundo trimestre consecutivo em que as vagas de emprego recuaram, sendo que esta queda acontece numa altura em que a taxa de desemprego sobe — embora em abril tenha voltado a cair para 6,8%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Governo alarga acesso a mestrados para atrair alunos para a docência

O país precisa, até ao final da década, de mais de 34 mil docentes, pelo que o Governo está a rever o regime jurídico de habilitação profissional para a docência. Da proposta de decreto-lei, que brevemente estará em consulta pública, deverão fazer parte medidas como alargar o acesso a mestrados de ensino, dar mais autonomia às instituições de Ensino Superior na definição dos critérios de entrada e reforçar o papel dos professores orientadores.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Lei nacional dá margem para travar investimento chinês

Em situações que envolvam ativos estratégicos essenciais para a garantia da segurança pública, o Estado português pode limitar ou opor-se a investimentos em empresas nacionais, concordam os especialistas jurídicos. Trata-se de um “mecanismo de análise de investimentos estrangeiros”, consagrado num decreto-lei de setembro de 2014, que “permite ao Conselho de Ministros vetar a aquisição de posições estratégicas por parte de operadores de Estados terceiros”. Significa isto que o que aconteceu com a Pirelli – cujo acionista maioritário chinês viu ser-lhe retirado poder de decisão por parte do Governo italiano – podia ter acontecido em Portugal.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

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Putin diz que rebelião do Grupo Wagner só ajudou a Ucrânia

  • Lusa
  • 27 Junho 2023

Presidente russo acusou os responsáveis da revolta de tentarem forçar os mercenários do Grupo Wagner a "disparar contra os seus", numa referência aos soldados do exército russo.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou os responsáveis pela rebelião do último fim de semana de serem traidores e disse que as suas ações só beneficiaram a Ucrânia e aliados.

Num discurso de cerca de cinco minutos, transmitido pela televisão russa perto da meia-noite (22h em Lisboa), Putin acusou os responsáveis da revolta de tentarem forçar os mercenários do Grupo Wagner a “disparar contra os seus”, numa referência aos soldados do exército russo.

Sem se referir ao líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, o chefe de Estado russo disse que “os inimigos da Rússia” esperavam que a rebelião armada dividisse e enfraquecesse o país, “mas eles calcularam mal”.

Apesar de terem surgido, em vídeos publicados nas redes sociais, sinais de apoio da população à revolta, Putin garantiu que a Rússia permanece unida e elogiou os mercenários por terem evitado o “derramamento de sangue”.

Horas antes, o Presidente russo tinha-se dirigido diretamente aos mercenários do Grupo Wagner, oferecendo-lhes a possibilidade de assinarem um contrato com o exército e de “regressarem às suas famílias e entes queridos” ou de “partirem para a Bielorrússia”.

Putin teve ainda uma “reunião de trabalho” com responsáveis pela segurança do Estado, aos quais agradeceu o trabalho realizado durante a rebelião do Grupo Wagner.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, garantiu na segunda-feira que o seu país e a NATO não tiveram qualquer envolvimento na rebelião na Rússia pelas forças mercenárias do Grupo Wagner. Confirmou que realizou uma videochamada com aliados no fim de semana e que todos estão em sintonia na necessidade de não dar ao Presidente russo “uma desculpa para culpar o Ocidente” ou a NATO pela rebelião.

Na rebelião armada de 24 horas, liderada por Yevgeny Prigozhin, os mercenários tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançaram até 200 quilómetros de Moscovo. A rebelião terminou com um acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, segundo o Kremlin, estabelece que Prigozhin fique exilado na Bielorrússia, em troca de imunidade para si e para os seus mercenários.

Yevgeny Prigozhin justificou na segunda-feira a “rebelião” do grupo com a necessidade de “salvar” a organização, rejeitando ter tentando um golpe de Estado e adiantando que 30 dos seus mercenários morreram em confrontos com militares russos. O grupo Wagner “estava ameaçado de desmantelamento pelas autoridades” russas.

“O objetivo da marcha era evitar a destruição do Grupo Wagner”, disse Prigozhin numa mensagem áudio de 11 minutos, em que quebrou o silêncio que mantinha desde sábado, quando recuou na “marcha sobre Moscovo”, sem revelar onde se encontra, embora o Kremlin tenha garantido ao líder da organização paramilitar a possibilidade de se deslocar para a Bielorrússia.

 

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Quem entra, quem fica e quem sai da administração da Fidelidade

  • ECO Seguros
  • 27 Junho 2023

Seis novos administradores da Fidelidade entraram em funções para o mandato que vai até 2025. Seis saem e a liderança mantém-se com Jorge Magalhães Correia e Rogério Campos Henriques.

A Fidelidade renovou a sua administração para o período de 2023 a 2025. Entraram Eduardo Stock da Cunha, presidente do Novo Banco entre 2014 e 2016 e que foi até fevereiro deste ano CEO do Lloyds Bank Corporate Markets, Maria João Sales Luís, CEO da Multicare e Miguel Namorado Rosa, que vem da CGD que detém 15% do capital da Fidelidade e foi até agora presidente da Caixa Participações.

Quatro dos seis novos administradores: Faye Jiefei Wang, Maria João Sales Luís, Eduardo Stock da Cunha e Tao Li.

Para a administração entraram ainda António Valente, Tao Li que foi presidente da Peak Re, a resseguradora que a Fosun vendeu em 2022 e Faye Jiefei Wang, especialista em recursos humanos e vice-presidente da área bancária e seguradora do grupo chinês.

Saíram da administração José Joao Guilherme, Francisco Cary, Maria João Carioca, Peng Yulong, Andrew Zeissink e José Alvarez Quintero.

Jorge Magalhães Correia continua Presidente do conselho de administração e Rogério Campos Henriques como Vice-Presidente. Prosseguem igualmente nos cargos António Noronha, Wai Lam William Mak, André Simões Cardoso, Hui Chen, Juan Arsuaga, Miguel Abecasis e Lingjiang Xu.

A comissão executiva até 2025 terá Rogério Campos Henriques como CEO, contando ainda com António Noronha, Wai Lam William MAK, André Cardoso, Hui CHEN, Juan Arsuaga e Miguel Abecasis.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 27 de junho

  • ECO
  • 27 Junho 2023

Ao longo desta terça-feira, 27 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 27 Junho 2023

Naquele que é o segundo dia do fórum anual do BCE, a Virgin Galactic realiza também o seu primeiro voo comercial de passageiros ao espaço. O Presidente da República continua em Itália na COTEC Europa.

Várias personalidades da política monetária global continuam reunidas em Sintra, no encontro anual do Banco Central Europeu. Com o Presidente da República em Itália a marcar presença na 16.ª edição do encontro da COTEC Europa, o Instituto Nacional de Administração apresenta o seu programa de formação para 2024 e o INE revela os dados das rendas da habitação ao nível local. Lá fora, a Virgin Galactic inicia a sua primeira missão comercial de passageiros.

Discurso de Lagarde arranca fórum BCE em Sintra

O fórum do Banco Central Europeu (BCE) prossegue esta terça-feira em Sintra e o dia arranca com um discurso da presidente, Christine Lagarde. Seguem-se debates sobre política monetária, os custos da inflação e as mudanças nos mercados energéticos com governadores de bancos centrais, académicos, economistas e representantes dos mercados financeiros. O evento anual do BCE decorre até quarta-feira, no Penha Longa Resort, sob o tema “Estabilização macroeconómica em um ambiente de inflação volátil”.

Como evoluem as rendas das casas no país?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga as estatísticas das rendas da habitação ao nível local relativas ao primeiro trimestre deste ano. Entre outubro e dezembro de 2022, o valor mediano das rendas dos novos contratos foi de 6,91 euros por metro quadrado, o que traduz um aumento de 10,6% face ao período homólogo.

Vieira da Silva encerra evento do INA

O Instituto Nacional de Administração (INA) apresenta o seu programa de formação para o próximo ano. A oferta formativa do INA inclui cursos de curta e de longa duração, destinados aos trabalhadores da Função Pública, em áreas como cidadania e participação, competências digitais, inovação, interesse e serviço público e liderança. A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, encerra o evento pelas 16h30.

Marcelo no último dia da COTEC

Termina esta terça-feira a deslocação do Presidente da República a Palermo, Itália, para participar no XVI encontro da organização empresarial COTEC Europa, juntamente com o seu homólogo italiano e o Rei de Espanha. Ao final da manhã, Marcelo Rebelo de Sousa intervém na sessão de encerramento do encontro, consagrado ao tema “inovação em finanças sustentáveis”. Segundo o Público, o Presidente da República vai tentar chegar a Portugal a tempo de ainda participar na inauguração formal do memorial às vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande de 2017, marcada para as 19h.

Primeiro voo comercial da Virgin Calactic ao espaço

A Virgin Galactic, empresa de turismo espacial do empresário britânico Richard Branson, inicia a sua primeira missão comercial de passageiros. Cada passageiro pagou cerca de 450 mil dólares para o voo, denominado “Galactic 01”. Esta missão, que inclui investigadores da Força Aérea Italiana e do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, decorre até 30 de junho, estando prevista a segunda para inícios de agosto.

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