Produção elétrica da EDP cai 7% no semestre. El Niño prejudica EDP Renováveis

Empresa liderada por Miguel Stilwell d'Andrade viu produção total descer 7% no primeiro semestre de 2023. Já a produção da EDP Renováveis caiu 8% nos EUA com impacto do El Niño.

A EDP EDP 0,83% produziu 7% menos eletricidade entre janeiro e junho do que nos mesmos seis meses do ano passado, revelou a empresa esta sexta-feira, numa súmula de dados operacionais divulgada através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No mesmo período, a EDP Renováveis EDPR 1,82% , que é detida em mais de 71% pela EDP, conseguiu aumentar a produção de eletricidade em 1%. Num balanço semelhante, também remetido esta sexta-feira à CMVM, a empresa nota as “condições eólicas anormalmente fracas” nos EUA no segundo trimestre.

EDP duplica geração solar

Segundo os dados agora conhecidos, a EDP viu a produção total cair 7% no semestre, em termos homólogos. O segundo trimestre foi particularmente negativo: a produção desceu 20% em comparação com o mesmo trimestre de 2022.

A produção eólica desceu 3%, a produção a partir do gás na Península Ibérica baixou 45% e a produção total com recurso a carvão desceu para menos de metade, após uma queda de 51%. No sentido inverso, a geração hídrica melhorou 20% e a solar mais do que duplicou, ao registar uma melhoria de 105% no semestre.

Neste balanço operacional, é referido que a capacidade instalada da EDP aumentou em 2,1 GW de projetos renováveis nos últimos 12 meses. A empresa nota ainda que a eletricidade distribuída no primeiro semestre aumentou 1% em Portugal, mas desceu 1% no conjunto do mercado ibérico, “refletindo a diminuição dos volumes vendidos a clientes empresariais em Espanha”.

Cotação das ações da EDP

El Niño castiga EDP Renováveis

O fenómeno meteorológico El Niño já prejudicou a atividade da EDP Renováveis no segundo trimestre: “O segundo trimestre de 2023 apresentou condições eólicas anormalmente fracas nos EUA, impactadas pelo evento El Niño que está a afetar principalmente a região Centro-Oeste, e que compara com as fortes condições de vento no primeiro semestre de 2022″, nota a EDP Renováveis.

“Os recursos eólicos nas nossas operações na América do Norte estiveram 5% abaixo da média a longo prazo no primeiro semestre de 2023, versus 2% acima da média no primeiro trimestre de 2023 e 10% acima da média no primeiro semestre de 2022″, detalha a empresa. Tal “resultou numa queda de 8%” na produção renovável neste mercado em termos homólogos, quando, no total, como referido, aumentou 1%.

Desagregando as estatísticas, a produção elétrica da EDP Renováveis em Espanha caiu 7% e em Portugal desceu 5%. Feitas as contas, no conjunto da Europa, encolheu 7%. Apesar da descida de 8% na América do Norte, pelo contrário, na América do Sul, a produção da EDP Renováveis cresce 113%, ou seja, mais do que duplicou.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h12)

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