Danone diz que vai proteger direitos como acionista de filial na Rússia
Francesa Danone vai analisar e proteger os seus direitos como acionista perante a decisão russa e assegura que decisão da Rússia não terá impacto nos objetivos financeiros para 2023.
O grupo francês Danone anunciou esta segunda-feira que irá analisar e proteger os seus direitos como acionista perante a decisão da Rússia de assumir o controlo dos ativos daquela multinacional na filial russa.
O Estado russo assumiu o controlo dos ativos da subsidiária da Danone na Rússia, e também do grupo dinamarquês Carlsberg, que tinham anunciado a intenção de abandonar o mercado russo após a ofensiva na Ucrânia.
Em reação a esta medida, a multinacional francesa disse que tenciona garantir a continuidade das operações no país e proteger os interesses dos seus trabalhadores.
Em comunicado, a Danone assegura que a decisão da Rússia não terá impacto nos objetivos financeiros traçados para 2023, ano em que espera um crescimento global de faturação entre 4% e 6%.
De acordo com o decreto assinado por Vladimir Putin e publicado no portal jurídico oficial russo, 98,56% das ações da cervejeira russa Baltika, propriedade da Carlsberg, e dezenas de milhares de ações da Danone foram colocadas “temporariamente” sob o controlo do Estado russo.
Em meados de outubro, o gigante alimentar francês anunciou a sua intenção de se retirar da maior parte das suas atividades na Rússia.
O grupo, que tinha inicialmente assumido a sua presença na Rússia para satisfazer “as necessidades alimentares essenciais das populações civis”, tinha declarado que tencionava ceder o controlo do seu ramo de “produtos lácteos e vegetais”, conservando apenas o da nutrição infantil.
A multinacional francesa declarou que esta retirada poderia “resultar numa redução de valor até mil milhões de euros” nas suas contas.
A Danone comercializa leite e iogurte na Rússia sob as marcas Danone, Danissimo e Prostokvashino.
Em 2010, o grupo comprou 57,5% da segunda maior empresa russa de produtos lácteos, a Unimilk (21% de quota de mercado e 25 fábricas).
Desde o ataque da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro, e as primeiras sanções económicas impostas pelo Ocidente, muitas multinacionais abandonaram a Rússia, enquanto outras suspenderam as suas atividades nos setores petrolífero, automóvel e do luxo.
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