Portugal tem terceira maior queda da dívida pública e cola-se a Espanha e França
Portugal fechou março deste ano com um rácio da dívida pública de 113,8% do PIB, uma queda de mais de 10 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado, colando-se a Espanha e França.
Portugal registou a terceira maior queda da dívida pública na Zona Euro no primeiro trimestre, com uma descida de 10,8 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano passado.
Fechou março deste ano com um rácio da dívida pública de 113,8% do Produto Interno Bruto (PIB), praticamente colando-se a Espanha e França, que também viram a dívida pública cair neste período, mas a um ritmo inferior, para 112,8% e 112,4%, respetivamente, de acordo com os dados revelados esta sexta-feira o Eurostat. Em termos absolutos, Portugal tem uma dívida pública de 279,3 mil milhões de euros, mais 3,1 mil milhões em termos anuais.
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Fernando Medina tem como objetivo tirar Portugal do grupo de países da Zona Euro com as maiores dívidas públicas e tem beneficiado em grande medida do crescimento da economia nacional para fazer baixar o rácio que, de acordo com as previsões do Governo, deverá cair para 107,5% do PIB no final deste ano.
Isto ajuda a perceber a razão pela qual a dívida pública portuguesa aumentou em termos absolutos, mas caiu em relação ao PIB.
Segundo o Eurostat, a Grécia registou a maior descida da dívida pública, mas também é o país mais endividado: atingiu um rácio da dívida pública de 168,3% do PIB no final do primeiro trimestre, observando uma baixa de 21,2 pontos percentuais face ao mesmo período de 2022. Segue-se a Itália com a segunda maior dívida pública da região: 143,5% do PIB, recuando 7,9 pontos percentuais.
Estónia, Bulgária e Luxemburgo têm as dívidas públicas mais baixas da região da moeda única, entre os 20% e os 30% do PIB. Quanto à média da Zona Euro, a dívida pública registou um decréscimo de cerca de quatro pontos base para 91,2% do PIB.
Quarto maior excedente da Zona Euro
Por outro lado, Portugal foi um dos cinco Estados-membros da Zona Euro que teve um excedente das contas públicas no primeiro trimestre. Apurou um saldo orçamental positivo de 1,2% do PIB, o quarto maior da região da moeda única. Trata-se de uma melhoria de 1,8 pontos percentuais em relação ao défice orçamental registado no primeiro trimestre do ano passado.
Apenas Chipre (4,8%), Países Baixos (2,4%) e Irlanda (1,4%) registaram maiores excedentes do que Portugal nos três primeiros meses do ano, sendo que o Luxemburgo foi o quinto país a ter um saldo positivo de 0,4% do PIB.
Itália, Hungria e Bélgica tiveram os maiores défices, por seu turno, com saldos orçamentais negativos de 12,1%, 11,2% e 10% do PIB, respetivamente.
A Zona Euro registou um défice de 4,2% do PIB, piorando 0,2 pontos, enquanto a União Europeia teve um défice de 4%.
Dentro do espaço da UE, a Dinamarca também teve um excedente superior a Portugal, de 2,8%, segundo revelou o gabinete de estatísticas oficiais de Bruxelas.
(Notícia atualizada às 11h07)
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