Crédito ao consumo trava em junho para 633 milhões
Consumidores pediram 633,3 milhões de euros aos bancos em junho, menos 7% do que no mês anterior. O primeiro semestre fechou com valores recorde, mas o crédito ao consumo está a travar a fundo.
O crédito aos consumidores travou em junho. Os bancos e financeiras concederam 633,3 milhões de euros em empréstimos às famílias para o consumo naquele mês, o que representa uma queda de 6,9% em relação a maio.
Mesmo em comparação com junho do ano passado houve uma quebra de 3,8%, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.
Apesar do forte travão registado em junho, o primeiro semestre do ano fechou com um ligeiro aumento de 0,15% nos novos empréstimos ao consumo em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando os 3,82 mil milhões de euros, um valor recorde. Há dez anos, quando começa a série estatística do Banco de Portugal, os montantes de novos créditos ao consumo ascendiam a 1,75 mil milhões de euros nos seis primeiros meses do ano, tendo mais do que duplicado, entretanto.
Em junho, os três grandes segmentos do crédito aos consumidores tiveram quedas mensais expressivas, mas há quem consiga manter, ainda assim, um desempenho positivo desde o início do ano.
É o caso do crédito automóvel: sofreu um decréscimo de 7% em relação a maio, para 246,6 milhões de euros, mas continua a ser o motor do crescimento do crédito ao consumo este ano, com os empréstimos para a compra de carro novo ou usado a subirem 6% para 1,4 mil milhões de euros nos seis primeiros meses.
Quanto ao crédito pessoal caiu em junho 6,7% para 280 milhões e, em termos semestrais, regista uma queda de 6% para 1,75 mil milhões.
Por seu turno, o crédito concedido através de cartão cedeu 6,9% para 106,4 milhões de euros. Ainda assim, mantém um crescimento de 7% na primeira metade do ano, ascendendo a 655 milhões de euros.
(Notícia atualizada às 12h02)
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