Subida das rendas afasta nómadas digitais de Lisboa. Capital portuguesa é destronada pelo Dubai
Dubai eleito pelos nómadas digitais executivos como melhor destino para viver. Em 2022, Lisboa foi a preferida pelos trabalhadores remotos que cai este ano para a 5.ª posição.
Lisboa foi destronada pelo Dubai como melhor destino para um nómada digital executivo viver, por causa da subida dos valores das rendas. No ano passado, entre as 15 cidades e regiões analisadas pela consultora Savills, Lisboa foi a cidade eleita para viver pelos trabalhadores executivos remotos, ocupando a primeira posição da tabela. Este ano – entre as 20 cidades analisadas – a capital portuguesa cai para o quinto lugar da tabela, atrás do Dubai, Málaga, Miami e Abu Dhabi.
“Os preços das rendas em habitações premium é um fator crucial” na hora de um nómada digital “decidir para onde se mudar a seguir”. E, “Lisboa, que liderou o ranking do ano passado, caiu para a 5.ª posição depois de as rendas terem disparado na cidade”, diz a Savills.
Também o Algarve no ano passado surgia como a quarta região preferida pelos nómadas digitais e em 2023 cai para a 9.ª posição da tabela.
Entre os critérios avaliados pelos nómadas digitais estão a velocidade da internet, a qualidade de vida, o clima, as ligações aéreas e os valores das rendas das casas.
Segundo a Savills, o rápido crescimento das empresas das áreas de fintech e tecnológicas no Dubai está a atrair os trabalhadores remotos que depois de terem sido afetados pelos mais de 200 mil despedimentos no setor tecnológico ou pelos lay-off deste ano, se estão a mudar para o país árabe que tem ligações aéreas com mais de 100 países e com um total de mais de 240 destinos.
Málaga foi uma surpresa com a entrada este ano no ranking ocupando a segunda posição, depois de a Google ter anunciado que vai abrir na cidade espanhola um centro global de cibersegurança, o Google Safety Engineering Centre, no segundo semestre deste ano.
Logo de seguida, entre as preferências dos nómadas digitais como destino para viver está Miami, com o clima quente, as praias e uma baixa carga fiscal a pesar na eleição de trabalhadores remotos que se mudam de centros financeiros como Nova Iorque ou Chicago. No entanto, os trabalhadores remotos que se mudam para a capital da Florida com as famílias estão a enfrentar uma elevada competição e dificuldades no acesso a escolas para os filhos, alerta a Savills.
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