Lagarde insiste que “governos devem continuar a retirar medidas de apoio à economia”

A presidente do BCE abriu a porta a um fim do ciclo de subidas das taxas de juro, mas salientou a importância de os governos retirarem os apoios à economia para trazer a inflação até aos 2%.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) voltou a sinalizar a importância de os governos da Zona Euro reduzirem as medidas de apoio a empresas e famílias, à medida que a crise energética se for dissipando.

“Isto é essencial para evitar o aumento das pressões inflacionistas a médio prazo, que, de outro modo, exigiriam uma reação ainda mais forte da política monetária”, anunciou Christine Lagarde na conferência de imprensa após o anúncio do décimo aumento das taxas de juro desde julho do ano passado e ter aberto a porta para o fim deste ciclo de subidas.

Para a presidente do BCE, “as políticas orçamentais devem ser concebidas para tornar a nossa economia mais produtiva e para reduzir gradualmente a elevada dívida pública.”

Recorde-se que, de acordo com o comunicado do BCE publicado esta quinta-feira, “as projeções macroeconómicas de setembro para a área do euro elaboradas por especialistas do BCE indicam uma inflação média de 5,6% em 2023, 3,2% em 2024 e 2,1% em 2025, o que representa uma revisão em alta para 2023 e 2024 e uma revisão em baixa relativamente a 2025″, refere o BCE.”

Lagarde reforçou a ideia de que a inflação continua a estar “demasiada elevada durante demasiado tempo” e que, por isso, o “BCE continua empenhado em baixar a taxa de juro para 2%”, considerando que a subida das taxas de juro diretoras anunciadas esta quinta-feira vão nesse sentido.

Além disso, a presidente da autoridade monetária da Zona Euro citou o comunicado do BCE ao anunciar que “o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras atingiram os níveis que – se forem mantidos durante um período suficientemente longo – darão um contributo substancial para o retorno atempado da inflação ao objetivo.”

Sobre a economia europeia, Lagarde referiu que o crescimento dos 20 países da moeda única continua a ser moderado e que os dados mais recentes sugerem “um crescimento mais fraco no terceiro trimestre”, sublinhando que “os riscos para o crescimento económico estão inclinados para o lado negativo.”

Lagarde referiu que o “mercado de trabalho tem-se mantido resistente, apesar do abrandamento da economia”, mas que o setor dos serviços, que tem sido um dos principais motores do crescimento do emprego desde meados de 2022, “está agora também a criar menos postos de trabalho.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cabaz de alimentos com IVA zero volta a ficar mais caro e atinge 130 euros

Depois de recuar no início do mês, o cabaz com 41 produtos abrangidos pela isenção de IVA monitorizado pela Deco encareceu na semana de 13 de setembro.

O preço de um cabaz de bens essenciais, composto por um conjunto de produtos alimentares abrangidos pelo IVA zero, voltou a ficar mais caro na semana terminada a 13 de setembro, depois de ter caído na semana anterior. Segundo as contas da Deco Proteste, o cabaz com produtos isentos de IVA ficou 5,20 euros mais caro, atingindo os 130 euros.

Em causa está a monitorização de 41 dos 46 alimentos – que incluem peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga –, que, desde 18 de abril, passaram a estar isentos de IVA, na sequência do acordo tripartido entre Governo, distribuição e produção.

Este conjunto de 41 produtos custava na semana passada 130,47 euros, uma subida face à semana anterior, ainda que se mantenha abaixo do preço do cabaz antes da entrada em vigor desta medida (quando estava nos 138,77 euros).

Comparando com a véspera do arranque do IVA zero, todas as categorias de produtos ficaram mais baratas, beneficiando da medida do Governo, com exceção de uma: fruta e legumes ficaram mais caros quando se compara com abril, sendo que se destacam os brócolos, com um aumento de 50%, e a laranja, cujo preço aumentou 38%.

Já na variação semanal, entre os produtos que mais aumentaram de preço de uma semana para a outra destaca-se a pescada fresca, que encareceu 58%, o bacalhau graúdo, que ficou 16% mais caro, o iogurte líquido, cujo preço subiu 12%, e o azeite virgem extra, que aumentou 9%.

A Deco Proteste faz também as contas para um cabaz de produtos alimentares essenciais mais alargado, com 63 produtos, cuja evolução também revelou uma subida nos preços. Esse conjunto de produtos custa agora 215,75 euros, mais 4,42 euros do que na semana anterior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Como Lagarde justificou a décima subida dos juros

  • ECO
  • 14 Setembro 2023

Banco central aumentou as taxas de juro de referência na Zona Euro para nível recorde com o objetivo de controlar a inflação. Reveja a conferência de imprensa com Christine Lagarde.

O Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) voltou a subir as taxas de referência na Zona Euro. Foi a décima subida, que atira os juros para nível recorde. A decisão era aguardada com expectativa por um mercado muito dividido quanto ao que o banco central iria decidir. Veja as explicações da presidente, Christine Lagarde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE mais pessimista para 2024 vê inflação na Zona Euro em 3,2% e crescimento de 1%

O staff do banco central reviu em alta a projeção da inflação de 3% para 3,2% no próximo ano. Para 2025, a revisão é em baixa, para 2,1%.

O Banco Central Europeu (BCE) reviu em alta as projeções da inflação na Zona Euro para este ano e para 2024, e em baixa as do crescimento económico. Mais pessimista, o staff do banco central liderado por Christine Lagarde vê agora a inflação no bloco da moeda única a atingir os 3,2% em 2024, face aos 3% nas projeções de junho. Para este ano, a projeção é de 5,6%, face à anterior de 5,3%. Em 2025 a inflação deverá atingir os 2,1%, uma revisão em ligeira baixa face aos 2,2% de junho, e já muito perto da meta de 2%.

“A revisão em alta para 2023 e 2024 reflete principalmente uma trajetória mais elevada para os preços da energia“, referiu o BCE, num comunicado divulgado após a reunião do Conselho de Governadores. “As pressões subjacentes sobre os preços permanecem elevadas, embora a maioria dos indicadores tenha começado a diminuir.”

O BCE explica que os anteriores aumentos das taxas de juro “continuam a ser transmitidos com força” e que as condições de financiamento tornaram-se ainda mais restritivas e estão a atenuar cada vez mais a procura, “o que é um fator importante para trazer a inflação de volta ao objetivo”.

“Com o impacto crescente deste aperto na procura interna e o enfraquecimento do ambiente comercial internacional, o staff do BCE reduziu significativamente as suas projeções de crescimento económico“, adiantou. O BCE vê a economia da Zona Euro a expandir 0,7% em 2023 (0,9% na projeção anterior), 1% em 2024 (de 1,5%) e 1,5% e 2025 (de 1,6% antes).

De acordo com a decisão tomada esta quinta-feira pelo Comité de Política Monetária do BCE, as taxas diretoras vão aumentar 25 pontos base, com efeitos a partir de 20 de setembro. O BCE sinalizou, no entanto, que o ciclo de subidas das taxas de juro desde julho do ano passado tenha chegado ao fim. “Com base na sua atual avaliação, o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras atingiram os níveis que – se forem mantidos durante um período suficientemente longo – darão um contributo substancial para o retorno atempado da inflação ao objetivo.”

(Notícia atualizada pela última vez às 14h)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Saiba se está num dos grupos de risco elegíveis para receber a vacina contra a Covid

Entre os grupos prioritários constam os diabéticos, pessoas com imunossupressão, com baixo peso, obesas, doentes renais, pessoas com doença hepática crónica, entre outras.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) já publicou a norma que define os grupos elegíveis para a vacinação sazonal contra a Covid-19. Entre os grupos prioritários constam os diabéticos, pessoas com imunossupressão, pessoas com baixo peso e doentes renais.

A campanha sazonal contra a Covid e a gripe para este outono-inverno vai arrancar a 29 de setembro. Ambas as vacinas são gratuitas para todas as pessoas com mais de 60 anos e para outros grupos prioritários, que foram agora definidos pela DGS em função do risco de desenvolver doença grave, de hospitalização ou morte por Covid-19.

De acordo com a norma 005/2023, além das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos estão ainda elegíveis para vacinação contra a Covid:

  • Profissionais e residentes em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI), instituições similares e na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados;
  • Profissionais de saúde que trabalhem em instituições públicas ou privadas, bem como de “outros serviços prestadores de cuidados de saúde, os estudantes em estágio clínico, bombeiros envolvidos no transporte de doentes e os “prestadores de cuidados a pessoas dependentes”;
  • Grávidas;
  • Pessoas entre os 5 e os 59 anos com patologias consideradas de de risco.

Entre as patologias de risco elegíveis para vacinação contra a Covid a partir dos 18 anos estão:

  • Pessoas com neoplasia maligna ativa, isto é, doentes crónicos que estejam “a fazer ou a aguardar o início de terapêutica antineoplásica sistémica (citotóxicos, imunomoduladores, antihormonas ou terapêuticas dirigidas a alvos moleculares tumorais) e/ou radioterapia”;
  • Doentes transplantados ou a aguardar o transplante;
  • Pessoas com imunossupressão;
  • Pessoas com infeção por VIH;
  • Doentes neurológicos “com comprometimento da função respiratória, da eliminação de secreções ou risco aumentado de aspiração de secreções”;
  • Pessoas com doenças mentais, nomeadamente esquizofrenia, doença bipolar grave ou “outras perturbações psicóticas”;
  • Pessoas com doença hepática crónica, como cirrose hepática ou insuficiência hepática crónica;
  • Diabéticos;
  • Pessoas consideradas obesas, isto é, que tenham um índice de massa corporal igual ou superior (IMC) a 35kg/m2;
  • Pessoas consideradas de baixo peso, ou seja, que tenham um IMC igual ou superior a 18,5 kg/m2;
  • Pessoas com doença cardiovascular, nomeadamente insuficiência cardíaca, miocardiopatias (incluindo cardiopatias congénitas), hipertensão pulmonar e cor pulmonal e crónico, bem como pessoas com doença coronária/enfarte agudo do miocárdio;
  • Doentes renais, que tenham insuficiência renal com estadio III, IV ou V ou que estejam a fazer diálise;
  • Pessoas com doença pulmonar crónica, nomeadamente com asma grave, bribose quística, fibrose pulmonar, assim como pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica ou com doença respiratória crónica sob oxigenoterapia de longa duração (OLD) ou ventiloterapia (excluindo quem sofre de apneia do sono);
  • Pessoas com trissomia 21 ou doenças lisossomais.

A entidade liderada em regime de substituição por André Peralta Santos definiu ainda os grupos de risco elegíveis para vacinação contra a Covid para os doentes entre os 5 aos 17 anos de idade. Os grupos elegíveis convergem com os grupos de risco definidos para a população adulta, excetuando-se os infetados por VIH, as crianças e adolescentes com doenças mentais, os doentes hepáticos e as crianças e adolescentes com baixo peso.

Tal como ECO avançou, as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos pode agendar a vacina na sua farmácia, enquanto a vacinação das pessoas de risco abaixo dessa idade ficará a cargo dos centros de saúde. Ao que o ECO apurou, o Estado vai pagar as farmácias comunitárias 2,50 euros por cada administração da vacina.

Nesta campanha de vacinação, as autoridades de saúde esperam vacinar entre 1,9 milhões e 2,6 milhões de pessoas contra a Covid-19 e contra a gripe. Para o efeito, estão a ser preparados “cinco mil espaços de vacinação”, dos quais quase três mil em farmácias. As vacinas a administrar nesta campanha serão as “mais recentes” que foram aprovadas pelo regulador europeu, explicou o ministro da Saúde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE aumenta juros para níveis históricos e sinaliza fim das subidas

O Banco Central Europeu não tirou o pé do acelerado e aumentou pela décima vez consecutiva as taxas de juro de referência. Taxa de depósitos ficará agora nos 4%, o valor mais elevado de sempre.

As taxas de juro na Zona Euro voltaram a subir. De acordo com a decisão tomada esta quinta-feira pelo Comité de Política Monetária do Banco Central Europeu (BCE), as taxas diretoras do BCE vão aumentar 25 pontos base, com efeitos a partir de 20 de setembro. No entanto, o BCE sinaliza também, e pela primeira vez, que não deverá voltar a subir as taxas.

A inflação continua a descer, mas ainda se espera que permaneça demasiado elevada durante demasiado tempo“, justifica o BCE em comunicado.

Trata-se da décima subida consecutiva desde que em julho do ano passado a autoridade monetária da Zona Euro iniciou um ciclo de subida das taxas de juro. Com esta decisão, a taxa de facilidade permanente de depósitos aumenta para 4%, situando-se no valor mais elevado de sempre.

Significa que, a partir de agora, os recursos depositados pelos bancos comerciais junto do BCE em overnight passarão a ser remunerados à taxa de 4%.

powered by Advanced iFrame

As restantes taxas diretoras do BCE também sofrem um aumento de 25 pontos base. Desta forma, a taxa de juro das principais operações de refinanciamento passa para 4,5% e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez aumenta para 4,75%.

A decisão anunciada pelo BCE não apanhou o mercado totalmente de surpresa, sobretudo depois de na quarta-feira a Reuters ter revelado que o BCE prepara-se para rever em alta as previsões da inflação para o espaço da moeda única para o próximo ano, colocando o Índice Harmonizado de Preços do Consumidor acima dos 3% em 2024.

No seguimento da conferência de imprensa após o anúncio das medidas, Christine Lagarde revelou que a decisão de aumentar as taxas em 25 pontos base não foi unânime. “Alguns membros teriam preferido fazer uma pausa”, referiu a presidente do BCE.

“As projeções macroeconómicas de setembro para a área do euro elaboradas por especialistas do BCE indicam uma inflação média de 5,6% em 2023, 3,2% em 2024 e 2,1% em 2025, o que representa uma revisão em alta para 2023 e 2024 e uma revisão em baixa relativamente a 2025″, refere o BCE.

A autoridade monetária da Zona Euro liderada por Christine Lagarde justifica que a revisão em alta da inflação em relação a 2023 e 2024 reflete uma trajetória mais elevada para os preços dos produtos energéticos. “As pressões subjacentes sobre os preços permanecem altas, embora a maioria dos indicadores tenha começado a abrandar.”

O BCE considera também que as condições de financiamento tornaram-se mais restritivas e estão a refrear cada vez mais a procura, “o que constitui um importante fator para fazer a inflação regressar ao objetivo”. O efeito desta dinâmica é espelhado por um maior enfraquecimento do enquadramento do comércio internacional, que levou os especialistas do BCE a reduzirem significativamente as suas projeções para o crescimento económico. O BCE espera agora que economia do espaço do euro cresça apenas 0,7% em 2023, 1,0% em 2024 e 1,5% em 2025.

BCE perspetiva que não haverá mais subidas

Pela primeira vez, o BCE abre também a porta a que o ciclo de subidas das taxas de juro desde julho do ano passado tenha chegado ao fim. “Com base na sua atual avaliação, o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras atingiram os níveis que – se forem mantidos durante um período suficientemente longo – darão um contributo substancial para o retorno atempado da inflação ao objetivo.

Na sua declaração, o BCE salienta que “as futuras decisões do Conselho do BCE assegurarão que as taxas de juro diretoras sejam fixadas em níveis suficientemente restritivos, durante o tempo que for necessário.”

No entanto, o BCE sublinha que continuará a seguir uma abordagem dependente dos dados na determinação do nível e da duração adequados da restritividade. “As decisões do Conselho do BCE sobre as taxas de juro continuarão a basear-se na avaliação das perspetivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros que forem sendo disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária.”

Além disso, na conferência de imprensa, Christine Lagarde sublinhou que, no Conselho do BCE, os governadores “não discutiram” o conceito de “suficientemente longo” da manutenção das taxas de juros e que o BCE não está a anunciar “que estamos perante o pico das taxas”.

Além da decisão das taxas de juro, o BCE não pretende fazer qualquer alteração na gestão do programa de compra de ativos (asset purchase programme – APP). Em comunicado, o BCE anunciou apenas que o APP “está a diminuir a um ritmo comedido e previsível, dado que o Eurosistema deixou de reinvestir os pagamentos de capital de títulos vincendos.”

Em relação ao programa de compra de ativos lançado pelo BCE para fazer face à pandemia (pandemic emergency purchase programme – PEPP), o Conselho do BCE anunciou que “tenciona reinvestir os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos no contexto do programa até, pelo menos, ao final de 2024”, lê-se no comunicado do BCE.

No entanto, Christine Lagarde, após classificar “o PEPP como a primeira linha de defesa para a transmissão“, referiu que, na última reunião do BCE, “não discutimos o programa PEPP e as redes de reinvestimento.”

Porém, anuncia que “a futura descontinuação gradual da carteira do PEPP será gerida de modo a evitar interferências com a orientação de política monetária apropriada.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo fixa “critério complicado” para acesso ao novo apoio ao emprego na indústria

Novo apoio ao emprego na indústria depende de quebra de faturação de, pelo menos, 25%. "É estar a complicar", queixam-se os empresários do têxtil, que defendem a baixa ou a eliminação desse requisito.

Numa altura em que a indústria está a passar por maiores dificuldades, o Governo decidiu lançar um novo apoio ao emprego, de modo a evitar despedimentos e, à boleia, promover a formação dos trabalhadores do têxtil e do calçado. Mas determinou que essa medida só poderá ser atribuída às empresas com uma quebra de faturação de, pelo menos, 25%, valor que os empresários ouvidos pelo ECO consideram demasiado elevado. É que esperar que os empregadores cheguem a esse cenário para terem direito a ajuda é estar a administrar “o antibiótico só quando os órgãos do paciente estão em falência”.

“O apoio peca pela limitação a quebras de faturação de, pelo menos, 25%. Esse critério pode penalizar as empresas, pondo em causa o número delas que tem acesso”, salienta César Araújo, presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC).

Mário Jorge Machado, líder da Associação Têxtil e Vestuário (ATP), concorda, frisando que uma quebra de 25% é já uma “situação muito dramática”. “É a situação de só estar a dar o antibiótico quando o doente já está em falência de órgãos”, critica.

Pior. “É estar a complicar” o acesso ao apoio ao emprego, já que há empresas que, mesmo não tendo encomendas, têm stock, o que significa que podem continuar a faturar, ainda que tenham quebras da sua atividade diária e que os trabalhadores estejam, assim, como menos funções a cumprir e mais aptos a fazerem formação.

Além disso, Mário Jorge Machado realça que a carteira de encomendas das empresas do têxtil oscila de forma significativa, “quase à semana”. “Daí esta limitação poder ser uma situação complicada para as empresas“, avisa o empresário nortenho.

O responsável da ATP diz que o critério da quebra de faturação não é o mais adequado, mas, a manter-se, deveria rondar os 10%, em vez de 25%. Na opinião do líder da ATP, o acesso ao apoio deveria depender, antes, dos outros requisitos incluídos na portaria, nomeadamente não haver salários em atraso, não ter dívidas ao Fisco e não ter feito despedimentos.

Também César Araújo defende que o apoio não deveria depender de uma quebra de faturação, já que o foco deveria ser, sobretudo, a formação dos trabalhadores, que será essencial para que o setor e o país consigam ser mais produtivos e competitivos. “Tudo o que seja formar os nossos recursos humanos é extremamente importante”, completa o líder da ANIVEC.

Ambos os responsáveis destacam que o Governo tem sido flexível e mostrado abertura a ir avaliando a aplicação desta medida, pelo que têm esperança que a medida ainda seja ajustada e melhorada. “Acredito que vai haver ajustamentos da medida”, garante César Araújo. “Houve o compromisso no processo negocial de ir fazendo ajustes”, corrobora Mário Jorge Machado.

Em causa está o programa Qualifica Indústria, que consiste num apoio à formação dos trabalhadores de empresas com quebras de, pelo menos, 25% da faturação trimestral. O apoio varia entre sete e dez euros por trabalhador, sendo que essa ajuda servirá para ajudar as empresas a cobrirem os salários, numa altura em que as encomendas têm decrescido e, portanto, as empresas têm estado em dificuldades.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IRS, poder de compra e inteligência artificial. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" leva até si, todas as quintas-feiras, tudo o que precisa de saber sobre o que está a fazer mexer o mercado de trabalho nessa semana.

O que está a fazer mexer o mercado de trabalho? Todas as quintas-feiras, o podcast “Ao trabalho” conta-lhe tudo o precisa de saber. Esta semana falamos sobre o IRS, os salários e a perda de poder de compra, o impacto da inteligência artificial no emprego e o arranque do ano letivo, bem como as condições de trabalho dos professores. Oiça o episódio no leitor abaixo, ou aqui.

Asfixia. Foi essa a palavra utilizada esta semana pelo maior partido da oposição, o PSD, para descrever o atual peso do IRS na carteira das famílias portuguesas. Perante esse cenário, o partido laranja avançou com cinco propostas para aliviar a carga fiscal colocada, nomeadamente, sobre os salários. O PSD sugere, por exemplo, baixar as taxas marginais do IRS, reduzindo, assim, o imposto em 1,2 mil milhões de euros.

Dos impostos para os salários, os trabalhadores portugueses deverão continuar a perder poder de compra. De acordo com um estudo publicado esta semana pela Mercer, nos próximos meses, os empregadores estão a contar dar subidas remuneratórias de 4%, valor que voltará, contudo, a ser inferior à inflação projetada.

A inteligência artificial vai mudar o mercado de trabalho, mas a maioria dos trabalhadores está otimista. Os trabalhadores ouvidos pela Randstad reconhecem, porém, “que a aprendizagem e o desenvolvimento serão importantes para garantir o futuro da sua carreira”. Enquanto isso, as oportunidades de formação nesse sentido ainda escasseiam.

Por fim, o arranque do ano letivo. Em entrevista ao ECO, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, sublinhou que a recuperação do tempo de serviço congelado continua a ser uma das principais lutas. E garantiu que não irá ceder até que os anos sejam reconhecidos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD vai abster-se na moção de censura do Chega ao Governo. Liberais votam a favor e o PCP contra

  • ECO
  • 14 Setembro 2023

Luís Montenegro classifica moção de censura do Chega ao Governo como "uma criancice e uma infantilidade" e manda deputados abster-se na votação. Iniciativa Liberal vai votar a favor e o PCP contra.

O presidente do PSD transmitiu esta quinta-feira aos deputados que o partido vai abster-se na moção de censura do Chega ao Governo, que classificou como “uma criancice e uma infantilidade”.

“Nós não somos o partido das moções, somos o partido das soluções”, afirmou Luís Montenegro na reunião do grupo parlamentar do PSD, na qual participa, de acordo com relatos feitos à Lusa do encontro que decorre à porta fechada.

Nós não somos o partido das moções, somos o partido das soluções.

Luís Montenegro

Presidente do PSD

A moção do Chega vai ser formalizada na sexta-feira, primeiro dia da segunda sessão legislativa, e deverá ser debatida e votada na próxima terça-feira.

Apesar de reconhecer que esta moção de censura do Chega é “mais uma manobra de distração e de comunicação”, como disse ao Público a deputada Patrícia Gilvaz, a Iniciativa Liberal vai votar a favor da iniciativa.

“Face ao panorama atual do país, ao contexto socioeconómico, à falta do poder de compra, ao degradar das condições de vida dos portugueses, temos de continuar ao lado dos cidadãos e votar a favor da censura ao Governo”, argumentou a parlamentar eleita pelos liberais nas últimas eleições legislativas.

Face ao contexto socioeconómico, à falta do poder de compra, ao degradar das condições de vida dos portugueses, temos de continuar ao lado dos cidadãos e votar a favor.

Patrícia Gilvaz

Deputada da IL

À esquerda, o PCP anunciou esta manhã que vai votar contra a moção de censura do Chega ao Governo, considerando que desprestigia o recurso a este instrumento constitucional e que a iniciativa se insere numa disputa “entre a direita”.

“Representa até a utilização desprestigiante de um instrumento. É suposto a moção de censura ser um instrumento de urgência que é debatido nos três dias parlamentares seguintes. Neste caso, essa moção de censura já foi anunciada há meses como forma de acertar posições entre a direita. Portanto, não serve os interesses dos portugueses”, justificou a deputada comunista Alma Rivera.

Moção foi anunciada há meses como forma de acertar posições entre a direita. Portanto, não serve os interesses dos portugueses.

Alma Rivera

Deputada do PCP

Depois de ter anunciado em julho, no final de uma audiência com o Presidente da República, a intenção de voltar a censurar o Governo na nova sessão legislativa, a atual terceira maior força política no Parlamento concretizou os planos nesta rentrée política. “Este país socialista vai acabar cedo ou tarde”, declarou André Ventura, frisando que esta iniciativa é “o primeiro passo para o fazer”.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h45)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PLMJ e Fundação PLMJ são mecenas do novo CAM da Gulbenkian

A PLMJ e a Fundação PLMJ acabam de assinar um protocolo com a Gulbenkian, tornando-se mecenas fundadores do novo Centro de Arte Moderna (CAM).

A PLMJ e a Fundação PLMJ acabam de assinar um protocolo com a Gulbenkian, tornando-se mecenas fundadores do novo Centro de Arte Moderna (CAM).

O protocolo que formaliza esta parceria foi assinado por Bruno Ferreira, managing partner da PLMJ, Eduardo Nogueira Pinto, presidente executivo da Fundação PLMJ, Nuno Ferreira Morgado, do Conselho de Administração da Fundação PLMJ, António Feijó, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian e Guilherme d’Oliveira Martins, Administrador da Gulbenkian.

Bruno Ferreira sublinhou que “foi com muita honra e orgulho que recebemos o convite da Fundação Calouste Gulbenkian para estarmos entre os mecenas fundadores do novo CAM, que é o maior projeto cultural do país em várias décadas e eleva a cidade e Portugal para um novo patamar do ponto de vista da programação cultural, além do projeto arquitetónico absolutamente extraordinário”.

Eduardo Nogueira Pinto sublinhou que “a Fundação Calouste Gulbenkian desempenha um papel vital nos domínios da arte, do conhecimento e da ciência e este protocolo está também intrinsecamente ligado à história da PLMJ, que há mais de 20 anos criou a Fundação PLMJ, elegendo a cultura como foco da sua atividade mecenática. Hoje é bem visível o papel ativo que a Fundação tem desempenhado na promoção da cultura emergente em Portugal, e nos países de Língua portuguesa, com uma coleção de mais de 1400 obras de mais de 500 artistas e apoio permanente a diversas entidades e iniciativas culturais. Este apoio à Gulbenkian é também o reflexo e o reiterar do compromisso da Fundação PLMJ com a cultura e a comunidade”.

António Feijó, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, disse que esta parceria “é um passo importante para aumentar o impacto das iniciativas culturais e artísticas do novo CAM, promovendo o acesso a novos públicos. Parceiros como a PLMJ contribuem para a missão da Fundação de divulgar a arte contemporânea, apoiando novos artistas e a cultura em Portugal”.

O novo CAM abre portas na Primavera do próximo ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Passageiros no metro de Lisboa ainda estão 5% abaixo do nível anterior à pandemia

Até agosto, o Metropolitano de Lisboa transportou mais pessoas que no ano passado, mas continua abaixo dos números registados em 2019. Metro do Porto já recuperou face ao nível anterior à pandemia.

O número de passageiros transportados no metro de Lisboa está a aumentar, mas continua 5% abaixo do tráfego registado no período antes da pandemia, segundo destacou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática esta quinta-feira. Por outro lado, a procura no Metro do Porto e na Transtejo já supera os números de 2019.

“Nos primeiros oito meses de 2023 verificou-se um aumento de 27% no número de passageiros transportados no Metropolitano de Lisboa, no Metro do Porto e na Transtejo/Soflusa, face ao período homólogo de 2022″, adianta em comunicado o Ministério liderado por Duarte Cordeiro.

Este desempenho reflete-se em resultados mais positivos do que no período pré-pandemia para o Metro do Porto, onde a procura nos oito primeiros meses de 2023 superou em 14% a registada em 2019, bem como na Transtejo/Soflusa, que registou uma procura 3% superior à registada no período antes da Covid-19.

Esse não é o caso na capital, onde o Metropolitano transportou 104 milhões de passageiros nos primeiros oito meses do ano, número que compara com 111 milhões no mesmo período de 2019. Ainda que não tenha para já recuperado da pandemia, transportou mais 22 milhões do que no mesmo período de 2022.

Já no Metro do Porto, os números evoluíram de 45 milhões transportados até agosto em 2019 para 51 milhões este ano, enquanto na Transjeto/Soflusa passou de 12,6 milhões para 12,9 milhões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor sobe a três e seis meses para novos máximos desde 2008

  • Lusa
  • 14 Setembro 2023

Esta quinta-feira, a taxa Euribor subiu de novo a três, a seis e a 12 meses, para 3,867%, 4,040% e 4,159%, respetivamente.

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira de novo a três, a seis e a 12 meses, nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde novembro de 2008 e a seis meses a romper a barreira de 4%.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta quinta-feira para 4,159%, mais 0,047 pontos que na quarta-feira, depois de ter subido até 4,193% em 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
  • No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, subiu esta quinta-feira para 4,040%, mais 0,041 pontos do que na sessão anterior e um novo máximo desde novembro de 2008.
  • Por sua vez, a Euribor a três meses avançou 0,022 pontos face à anterior sessão, ao ser fixada esta quinta-feira em 3,867%, também um novo máximo desde novembro de 2008.

Esta quinta-feira, os mercados estão pendentes da decisão do Banco Central Europeu (BCE) de subir as taxas de juro diretoras ou de as manter em 4,25%, num contexto de fraqueza económica e de inflação elevada.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base — tal como em 15 de junho e 4 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.