Recurso a trabalhadores temporários cai e já está 11% abaixo do nível pré-pandemia
Foram feitas cerca de 101 mil colocações de trabalho temporário no segundo trimestre, o que é inferior ao registado no período homólogo de 2022 e até de 2019.
O recurso ao trabalho temporário está a cair e já está mesmo 11% abaixo do nível pré-pandemia. Os números foram divulgados esta quarta-feira pela Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE-RH) e pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE).
“Verificou-se um decréscimo nas colocações de trabalho temporário no segundo trimestre de 2023, face ao mesmo período de 2022, com diminuição de menos 342 pessoas em abril (-1%); 422 pessoas em maio (-1,2%) e 754 pessoas em junho (-2,2%)”, indica o Barómetro do Trabalho Temporário.
No total, entre abril e junho, foram colocados 101.634 trabalhadores temporários, quando há um ano 103.152 pessoas estavam nessa situação. Ou seja, houve uma diminuição de 1,5%.
A APESPE-RH e o ISCTE destacam que esse total de colocações ficou mesmo abaixo do segundo trimestre de 2019. Nessa altura, 114 mil pessoas estavam em trabalho temporário, o que significa que o número registado no segundo trimestre de 2023 está 11% abaixo desse nível.
“O Índice do Trabalho Temporário, que tinha estabilizado desde novembro de 2022, volta a demonstrar um decréscimo gradual desde o início do ano, fixando-se em 0,99 em abril e maio e 0,98 em junho. Estes valores são inferiores ao índice registado nos meses homólogos do ano anterior”, acrescenta o barómetro conhecido esta tarde.
Quanto à caracterização dos trabalhadores temporários, de notar que os homens estão em maioria, que quase três em cada dez dos colocados têm idade média acima dos 40 anos e que o ensino básico é o nível de escolaridade predominante. “As colocações de ensino secundário (entre 33% a 34%) ocupam o segundo lugar. Pessoas com licenciatura mantêm cerca de 6% das colocações”, frisa a APESPE-RH e o ISCTE
“As empresas de ‘fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis‘ continuaram em primeiro lugar no segundo trimestre de 2023 (cerca de 11% a 12%). Já as empresas de “fornecimento de refeições para eventos e outras atividades” assumem o segundo lugar nos setores de atividade do trabalho temporário, representando cerca de 8% a 9%. Por outro lado, as empresas de “atividades auxiliares dos transportes” alcançam o terceiro lugar no mês de abril e junho (cerca de 6% a 7%)”, é detalho.
Apesar das pressões e incertezas que os empregadores enfrentam atualmente, o mercado de trabalho tem estado relativamente estável.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Recurso a trabalhadores temporários cai e já está 11% abaixo do nível pré-pandemia
{{ noCommentsLabel }}