Crédito ao consumo abranda pelo quarto mês consecutivo

Apesar de o crédito automóvel continuar a crescer, tem-se mostrado incapaz de contornar a contração do crédito pessoal que em julho registou uma queda homóloga de 12,6%.

O crédito ao consumo voltou a cair pelo segundo mês consecutivo, ao contrair 2,1% em julho para 620 milhões de euros. Além disso, está a abrandar há quatro meses consecutivos, como resultado do efeito da subida das taxas de juro.

De acordo com dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal, o total de crédito ao consumo registou uma contração homóloga de 3,4% em julho. Este ano, apenas em janeiro e março o crédito ao consumo não registou uma contração homóloga face ao mesmo período do ano passado.

A pressionar o abrandamento do crédito ao consumo tem estado o crédito pessoal, concedido para efeitos de educação, saúde, obras e outras finalidades. Segundo dados do Banco de Portugal, a banca nacional concedeu cerca de 269 milhões de euros em crédito pessoal em julho, menos 4% face aos valores de junho e menos 12,6% face a julho de 2022. Desde fevereiro de 2021 que o crédito ao consumo não apresentava uma contração homóloga tão significativa.

Em contraciclo está o crédito automóvel, que além de registar um aumento de 1,7% entre junho e julho, fechando o mês de julho com mais de 250 milhões de euros concedidos aos consumidores, contabilizou em julho um crescimento homólogo de 7,5% face a julho do ano passado. Este ano, apenas por uma ocasião (em fevereiro), o crédito automóvel apresentou uma contração homóloga.

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