“Sou um grande defensor da privatização”, diz CEO da TAP. “Vai resultar bem”

O presidente executivo da TAP salientou no World Aviation Festival que a companhia é "uma enorme prova de resiliência", tendo em conta o que passou nos últimos anos.

“Sou um grande defensor da privatização”, afirmou o presidente executivo da TAP, na sua intervenção no World Aviation Festival, que decorre até quinta-feira, na FIL, em Lisboa. Luís Rodrigues acredita que o processo “vai resultar bem”, esperando que fique fechado no próximo ano.

“Amanhã é suposto ser um grande dia”, disse o CEO, antecipando a aprovação do decreto-lei de reprivatização da TAP, em que vão constar as condições da operação. O anúncio de que o diploma iria ao Conselho de Ministros desta quinta-feira foi feito pelo primeiro-ministro, no debate na moção de censura do Chega, na semana passada.

Os governos não estão desenhados para gerir empresas em ambientes altamente competitivos.

Luís Rodrigues

CEO da TAP

Luís Rodrigues defendeu a operação de venda da participação do Estado. “Os governos não estão desenhados para gerir empresas em ambientes altamente competitivos” como é o setor da aviação, afirmou.

Decisão sobre novo aeroporto é urgente

O presidente executivo da TAP salientou a necessidade urgente de um novo aeroporto: “Precisamos de uma decisão.” “Andar para a frente e para trás não ajuda ninguém”, disse, antecipando que a companhia irá continuar no aeroporto Humberto Delgado mais 15 anos.

Luís Rodrigues defendeu que a nova infraestrutura é fundamental para manter e aumentar o turismo e que é preciso tirar o aeroporto do centro da cidade de Lisboa. E acredita que será “um projeto de grande transformação social e económica para um país da nossa dimensão”.

O novo aeroporto é um projeto de grande transformação social e económica para um país da nossa dimensão.

Luís Rodrigues

CEO da TAP

O CEO da transportadora começou a sua intervenção no World Aviation Festival salientando que “a TAP é uma enorme prova de resiliência”, tendo “passado por muito no passado recente”. Lembrou o processo de reestruturação que se seguiu à privatização de 2015, a nacionalização da companhia e o plano de reestruturação que se seguiu à Covid-19, que levou à saída de 3000 trabalhadores). Apontou ainda a Comissão Parlamentar de Inquérito, com notícias sobre a TAP “todos os dias durante três meses”.

Depois de um verão forte, o CEO da transportadora portuguesa espera um “segundo ano de resultados robustos”. O objetivo, disse, é “transformar a TAP numa das companhias mais atrativas do mundo“.

A TAP é a companhia parceira oficial da edição de 2023 do World Aviation Festival, que decorre entre terça e quinta-feira na FIL, em Lisboa. O evento conta com a presença de líderes das operadoras aéreas e aeroportos de todo o mundo, tem mais de 100 expositores e espera receber mais de cinco mil participantes.

(Notícia atualizada às 10h05)

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