Ataque a Israel e contra-ofensiva provocam 600 mortes
Pelo menos 300 pessoas morreram em Israel na sequência do ataque do movimento islâmico Hamas, enquanto pelo menos 313 pessoas palestinianas foram mortas na contraofensiva aérea sobre Gaza.
Pelo menos 300 pessoas morreram em Israel na sequência do ataque do movimento islâmico Hamas, enquanto pelo menos 313 pessoas palestinianas foram mortas no âmbito da forte contraofensiva aérea do Estado judeu sobre Gaza.
Do lado israelita, foram confirmadas até à manhã deste domingo cerca de 300 pessoas mortas e 1.864 feridas, das quais 19 estão em estado crítico, 326 em estado grave e as restantes em estado moderado ou ligeiro, informou o Ministério da Saúde israelita.
Pelo seu lado, o Exército israelita revelou que, entre as vítimas mortais, estavam pelo menos 26 dos seus soldados, revelando as respetivas identidades e salientando que este número irá aumentar ao longo do dia, à medida que as famílias de outros militares forem sendo notificadas. Alguns dos corpos de soldados e civis israelitas foram raptados em Gaza por militantes.
Já de acordo com a última contagem do Ministério da Saúde palestiniano, 313 habitantes de Gaza morreram na ofensiva, incluindo 20 crianças, enquanto outros 1.990 palestinianos ficaram feridos no enclave.
Depois do ataque surpresa do Hamas — grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia — na manhã de sábado, a troca de tiros continuou hoje, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra 426 alvos do Hamas no enclave.
Os ataques aéreos continuam na manhã deste domingo, na Faixa, segundo o Exército.
As Forças de Defesa de Israel “atacaram o quartel-general dos serviços secretos da organização terrorista Hamas e um complexo militar utilizado pelas suas forças aéreas”, além de “dois bancos (…) que financiam as suas atividades terroristas”, indicou um porta-voz do Exército.
Além disso, as forças israelitas atacaram um local de produção de armas aéreas da Jihad Islâmica na cidade de Gaza, “e um edifício que incluía escritórios e unidades de armazenamento, onde a organização terrorista armazena armas e equipamento militar”, acrescentou.
Segundo fontes em Gaza, os bombardeamentos atingiram 17 casas de líderes do Hamas, e afetaram seis torres residenciais e oito casas, além de causarem a morte de vários civis.
Por outro lado, o Exército israelita afirmou que a sua força naval neutralizou cinco milicianos palestinianos na praia de Zikim, no sul de Israel, e impediu a sua infiltração em zonas residenciais.
Entretanto, as tropas israelitas recuperaram o controlo de 29 locais no interior de Israel que foram tomados no sábado pelo Hamas, mas os combates continuam com os milicianos do grupo em oito pontos.
Além disso, Israel resgatou israelitas que foram mantidos como reféns pelo Hamas nas zonas libertadas, embora não tenha fornecido números. Cinquenta pessoas – soldados, mas também civis – continuam sequestradas pelo grupo dentro de Gaza.
As autoridades israelitas declararam estado de emergência em todo o país, além de demarcarem uma zona militar fechada à volta da Faixa de Gaza, enquanto planeiam retirar todos os residentes da área.
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