Parlamento Europeu discute na próxima semana guerra no Médio Oriente e apoio à Ucrânia
"O desprezível ataque" em Israel, após a ofensiva surpresa do movimento islamita palestiniano Hamas no dia 07 de outubro vai estar em discussão.
A guerra entre Israel e Hamas, o apoio da União Europeia (UE) à reconstrução da Ucrânia e o vencedor do prémio Sakharov dominam a sessão plenária do Parlamento Europeu na próxima semana, em que participa o primeiro-ministro da Arménia.
A sessão, que decorre durante a próxima semana em Estrasburgo, tem como destaque, na quarta-feira de manhã, um debate entre os eurodeputados, a Comissão Europeia e o Conselho Europeu sobre “o desprezível ataque” em Israel, após a ofensiva surpresa do movimento islamita palestiniano Hamas no dia 07 de outubro.
O Parlamento Europeu (PE) deverá adotar uma resolução na quinta-feira.
Entre segunda e terça-feira, os eurodeputados vão discutir e votar o programa “Ukraine Facility”, no valor de 50 mil milhões de euros, entre 2024-2027, para apoiar a recuperação, reconstrução e modernização do país. Os eurodeputados defendem que os bens da Rússia confiscados devem ser aplicados na reconstrução da Ucrânia.
Associado a este debate, o PE vai debater, em conjunto com a Comissão e o Conselho, a eficácia das sanções contra a Rússia e como evitar que Moscovo as contorne, após a imposição de 11 pacotes de sanções na sequência da invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro do ano passado.
O primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinyan, vai dirigir-se aos eurodeputados na terça-feira, depois de um encontro bilateral com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
A presença do chefe do Governo arménio em Estrasburgo ocorre quase um mês depois de um ataque-relâmpago do Azerbaijão ao enclave de Nagorno-Karabakh, que levou à capitulação das forças separatistas.
Também nesta sessão plenária, na quinta-feira, será anunciado o vencedor do Prémio Sakharov para a Liberdade do Pensamento 2023, estando nomeados a ativista morta no Irão Mahsa Amini e as mulheres deste país, a ativista Vilma Núñez de Escorcia e o bispo de Matagalpa, Rolando José Álvarez Lagos, que lutam na Nicarágua pela defesa dos direitos humanos e contestam o regime de Daniel Ortega, e a polaca Justyna Wydrzynska, a salvadorenha Morena Herrera e a norte-americana Colleen McNicholas, que lutam pelo direito ao aborto gratuito, seguro e legal.
As três instituições europeias discutem ainda, na quarta-feira de manhã, as expectativas para a cimeira da UE de 26 e 27 de outubro.
Na noite de terça-feira, será entregue o prémio para Jornalismo Daphne Caruana Galizia, que tem 12 finalistas, incluindo o trabalho “Quando o ódio veste farda”, da SIC, por Pedro Coelho, Filipe Teles e outros.
O trabalho forçado, migrações, novas regras para a pesca e um novo instrumento para apoiar o desenvolvimento de projetos europeus em tecnologias estratégicas, como Inteligência Artificial, robótica ou energia renovável (Strategic Technologies for Europe Plataform – STEP), fazem ainda parte do programa da sessão plenária da próxima semana.
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