Lucros da Euronext aumentam 13,5% para 383 milhões
Os lucros da Euronext ao longo deste ano tiveram um forte impulso da operação do terceiro trimestre.
A Euronext fechou os primeiros nove meses do ano com lucros de 383 milhões de euros, cerca de 13,5% acima dos resultados contabilizados no mesmo período em 2022, e mais do dobro dos lucros contabilizados nos primeiros nove meses de 2019.
A sustentar grande parte destes resultados esteve a operação do grupo ao longo do terceiro trimestre, que revelaram um crescimento homólogo de 119,7% dos lucros para 166,5 milhões de euros, ficando inclusive 17% acima dos 142,4 milhões de euros esperados pelos analistas que acompanham a empresa, de acordo com dados da Refinitiv.
Recorde-se que, no primeiro trimestre, os lucros da empresa liderada por Stéphane Boujnah registaram uma queda homóloga de 33% e no segundo trimestre tiveram um aumento inferior a 1%.
Em comunicado, o grupo que gere a bolsa de Lisboa e mais seis praças europeias revela que os resultados alcançados entre julho e setembro foram impulsionados “pelo crescimento orgânico em negócios não relacionados com o volume”, e “pela contínua disciplina de custos, acima das expectativas do mercado”.
Os números apresentados esta quarta-feira notam também um crescimento no terceiro trimestre de 39,3% do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) face ao mesmo período do ano passado, contabilizando entre julho e setembro deste ano 206,6 milhões de euros. Este valor ficou em linha com as estimativas dos analistas que acompanham a empresa que apontavam os 205,5 milhões de euros.
As contas da Euronext mostram ainda um crescimento homólogo de 19,8% das receitas do grupo, fechando o terceiro trimestre deste ano com uma faturação de 360,2 milhões de euros, e com quase um terço a derivar do segmento de negociação “como resultado da diversificação das atividades de negociação da Euronext e do reforço da liderança na negociação a dinheiro num ambiente de baixa volatilidade para a negociação de ações”, justifica o grupo em comunicado.
Na gestão da dívida, os resultados da Euronext revelam também uma diminuição do nível de endividamento do grupo. Se no final do ano passado o grupo apresentava uma dívida líquida equivalente a 2,6 vezes o seu EBTIDA, no final do terceiro trimestre esse rácio caiu para 2 vezes.
“O ambiente de taxas de juro elevadas permitiu-nos, pela primeira vez, gerar receitas financeiras positivas, o que significa que ganhamos mais com o nosso depósito em dinheiro do que pagamos de juros pela nossa dívida”, justifica a Euronext, sublinhando ainda que, “de um modo geral, a nossa saúde financeira é muito boa, uma vez que a nossa atividade continuou a ser fortemente geradora de caixa e a nossa conversão do fluxo de caixa atingiu 100,7%.”
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