Preço da mão-de-obra sobe 7,5% e faz aumentar custos de construção de habitação em setembro
Com o preço dos materiais a cair desde abril, é a mão-de-obra que continua a penalizar os custos da construção de casas, cujo custo aumentou 7,5%.
Os preços dos materiais voltaram a descer em setembro, mas construir uma casa continua a ser mais caro do que há um ano. O Instituto Nacional de Estatística (INE) estimou esta sexta-feira que os custos de construção de habitação nova aumentaram 2,1% em setembro face ao mesmo mês do ano anterior, sobretudo devido ao aumento de 7,5% do custo da mão-de-obra.
Apesar do aumento de 2,1% no custo de construir uma casa nova, o ritmo representa um abrandamento de 0,3 pontos percentuais (p.p.) em comparação com os 2,4% registados em agosto. Na componente dos materiais, os preços caíram 1,7% em setembro — a maior descida desde abril, mês em que começaram a baixar –, enquanto os custos da mão-de-obra sofreram a maior subida desde junho.
Entre os materiais, que tiveram um peso de -1,0 p.p. no cálculo da taxa homóloga, foram o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros, com um decréscimo de preços de cerca de 25% face a setembro de 2022, e a chapa de aço macio e galvanizada e os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização, todos com descidas de cerca de 20%, que mais contribuíram para esta evolução negativa.
Os restantes materiais — cimento; betão pronto; tintas, primários, subcapas e vernizes; mármores e produtos de mármore; e os equipamentos de cozinha — apresentaram, segundo o gabinete de estatísticas, “crescimentos homólogos de cerca de 10%”.
Já a componente de mão-de-obra aumentou a sua contribuição para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) em setembro para 3,1 p.p., face a 2,8 p.p. no mês anterior.
A taxa de variação mensal do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova fixou-se em 0,4% em setembro (-0,1% em agosto), enquanto o custo dos materiais subiu 0,1% e o custo da mão-de-obra cresceu 0,8%, de acordo com o INE.
(Notícia atualizada às 11h57)
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