Carneiro “dá boas garantias de política de contas certas”, defende Medina
O ministro das Finanças, Fernando Medina, considera que José Luís Carneiro é o candidato à liderança do PS que dá "mais consistência" e "continuidade" às políticas do atual Governo.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, apresentou esta sexta-feira as razões do seu apoio a José Luís Carneiro enquanto candidato à liderança do PS, defendendo que o socialista e ministro da Administração Interna “dá boas garantias de uma continuidade da política, de uma política de contas certas”.
“É o candidato com uma visão mais próxima do atual Governo, de uma política de redução da dívida”, destacou, alertando que o País enfrenta hoje um contexto de “forte instabilidade internacional, com taxas de juro muito elevadas”. “E “Portugal não pode vacilar quanto à sua consistência relativamente à sua política económica e financeira”.
Medina considera ainda que “José Luís Carneiro encarna bem os valores fundamentais da moderna social-democracia que o PS representa há algumas décadas, os valores de um partido empenhado na causa europeísta, que consegue assegurar as respostas aos mais vulneráveis, mas também de modernidade e de progresso, que procura congregar os setores mais dinâmicos da sociedade”.
José Luís Carneiro encarna bem os valores fundamentais da moderna social-democracia que o PS representa há algumas décadas.
Questionado se admite integrar um Governo liderado por Pedro Nuno Santos, o rival de José Luís Carneiro na sucessão de António Costa a secretário-geral do PS, Fernando Medina considera que “é muito precipitado fazer qualquer antevisão”, tendo em conta que “se um dos candidatos ganhar as eleições internas depois tem o desafio de conquistar a confiança dos portugueses”. “Sobre a minha própria vida, guardarei para outro momento” qualquer comentário, sublinhou.
Crise política é “indesejável” para a economia
Sobre o atual contexto político, provocado pela demissão do primeiro-ministro, dissolução do Parlamento e convocação de eleições antecipadas pelo Presidente da República, Medina reconheceu que “esta é uma crise que é naturalmente indesejável do ponto de vista da economia”. “Ninguém pode dizer que ajuda a economia, não ajuda”, frisou.
Ainda assim, lembrou que “a economia tem forças que são muito, muito importantes que nos estão a apoiar e que nos vão continuar a apoiar durante 2024”, defendeu o socialista. “Portugal é uma democracia madura, consolidada, tem a resposta, nos momentos de crise, está no processo democrático, é bem compreendido pelos mercados financeiros onde não há praticamente oscilações relativamente à classificação do juro da dívida”, reforçou.
Fernando Medina destacou ainda que, nos mercados internacionais, “tem havido grande reconhecimento da grande redução da trajetória da dívida, das contas certas, de que a economia portuguesa tem demonstrado uma capacidade de resiliência muito grande aos vários choques que vêm do exterior, primeiro da pandemia, depois da guerra na Ucrânia, e depois do Médio-Oriente”.
Sobre a “Operação Influencer”, que investiga suspeita de crimes de corrupção ligados aos negócios do lítio, hidrogénio verde e centro de dados de Sines, e que levou à demissão do primeiro-ministro, Medina afirmou apenas que “partilha com milhões de portugueses a expectativa de um esclarecimento muitíssimo rápido de toda a situação que abrange os envolvidos e em particular uma clarificação o mais rápido possível do que ficou escrito num parágrafo da PGR (Procuradoria-Geral da República”, o qual implica António Costa.
“Fui surpreendido como todos os portugueses e ainda mais com a forma. Acho que é um momento difícil e ambiciono que haja informação mais rapidamente possível por parte da autoridades judiciais”, rematou
(Notícia atualizada pela última vez às 12h45)
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