Aprovado apoio à renda para professores deslocados até 2025
Apoio é atribuído a docentes colocados em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve com uma taxa de esforço acima de 35% nos encargos com a habitação. Serão abrangidos cerca de quatro mil docentes.
O Governo aprovou em Conselho de Ministros um apoio às rendas para os professores do básico e secundário colocados numa escola nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve, que fique a mais de 70 quilómetros de casa. Este apoio vai vigorar até 2025 e estarão abrangidos cerca de quatro mil docentes com um custo previsto de cerca de oito milhões de euros.
Esta era, aliás, uma medida no Orçamento do Estado para 2024 e que o diploma agora aprovado em Conselho de Ministros vem regulamentar para que seja executada, explicou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva. A produção de efeitos é 1 de janeiro de 2024, mas o diploma prevê a inclusão de contratos celebrados a partir de 1 de setembro deste ano.
As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve são as zonas com maiores dificuldades para colocar os professores, que recusam horários nas escolas por causa dos preços “bastante mais elevados” da habitação. O ministro da Educação, João Costa, acrescenta que o apoio vai funcionar de forma semelhante ao apoio extraordinário às rendas já em vigor, ou seja, vai ser atribuído a docentes com uma taxa de esforço acima de 35% com os encargos de habitação sendo que para o cálculo de esforço “será considerado o encargo com a habitação permanente”.
Sendo este um apoio com as regras semelhantes ao apoio extraordinário em vigor, o valor máximo de apoio atribuído aos professores é de 200 euros mensais.
Na conferência de imprensa, o ministro João Costa refere que a estimativa da tutela é que serão cerca de quatro mil os professores deslocados nestas duas regiões sendo para já estes os abrangidos com a medida, mas o número ainda pode subir tendo em conta que serão incluídos “todos os docentes que cumpram com os requisitos de elegibilidade para o apoio”.
Recorde-se que a 2 de março deste ano foi assinado um protocolo entre o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e a Direção Geral da Administração Escolar (DGAE) de apoio ao arrendamento de casas a preços mais baixos para professores deslocados, sendo que a ideia é estender o programa também a profissionais de saúde deslocados. Para o início deste ano letivo, o ministério da Educação anunciou 29 casas com renda acessível, mas foram atribuídos 11 apartamentos entre TO e T4. E entre os 388 candidatos, apenas 15 professores (8 em Portimão e 7 em Lisboa) conseguiram casa com renda acessível.
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