Portugal teve dos maiores aumentos do desemprego da União Europeia em outubro
No conjunto da União Europeia, o desemprego caiu em outubro em termos homólogos, mas 14 países contrariaram a tendência. Estónia registou o aumento mais expressivo; Portugal a quarta maior subida.
Apesar das guerras, da inflação e da escalada dos juros, o mercado de trabalho da União Europeia está estável. Em outubro, a taxa de desemprego fixou-se em 6%, valor idêntico ao verificado no mês anterior e até inferior ao registado há um ano. Mas nem todos os países seguiram essa tendência. Em 14 Estados-membros, o desemprego aumentou entre outubro de 2022 e outubro de 2023, incluindo Portugal. Por cá, a subida foi de 0,6 pontos percentuais, uma das maiores do bloco comunitário.
“Em outubro de 2023, a taxa de desemprego da Zona Euro foi de 6,5%, estável em comparação com setembro de 2023 e abaixo dos 6,6% registados em outubro de 2022. A taxa de desemprego da União Europeia foi de 6% em outubro de 2023, estável em comparação com setembro de 2023 e abaixo dos 6,1% verificados em outubro de 2022″, explica o Eurostat, num destaque estatístico divulgado esta quinta-feira.
Entre os vários Estados-membros, dez seguiram a tendência e viram o desemprego cair em termos homólogos em outubro. O recuo mais acentuado foi registado no Chipre, onde a taxa de desemprego passou de 6,8% em outubro do ano passado para 5,8% em outubro deste ano.
Por outro lado, em dois países europeus (Alemanha e Bélgica) esse indicador estabilizou em termos homólogos. Em 14 Estados-membros, o desemprego agravou-se em outubro. Na Estónia, o aumento foi de 0,9 pontos percentuais, tendo o desemprego passado de 5,4% em outubro de 2022 para 6,3% em outubro deste ano.
No pódio, aparecem ainda a Dinamarca (0,8 pontos percentuais), a Suécia e a República Checa (ambas com aumentos de 0,7 pontos percentuais).
Já Portugal surge logo abaixo. Conforme já tinha indicado o Instituto Nacional de Estatística (INE), por cá, o desemprego fixou-se em outubro em 6,7%, isto é, 0,6 pontos percentuais acima do registado há um ano.
Ainda assim, em cadeia, o aumento foi de apenas 0,1 pontos percentuais. Entre os vários Estados-membros, a Dinamarca (0,7 pontos percentuais), a Itália, a República Checa, a Hungria, a Eslovénia e a Bélgica (todos com subidas de 0,2 pontos percentuais) registaram subidas mais expressivas da taxa de desemprego do que Portugal.
Em outubro, Portugal continuou assim com uma taxa de desemprego superior tanto à média da União Europeia, como da Zona Euro. Entre os vários países, Espanha, com uma taxa de 12%, manteve-se com a situação mais preocupante. Já a menor taxa foi registada em Malta (2,5%).
Esta quarta-feira, à saída de uma reunião da Concertação Social, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, sublinhou que, apesar do aumento, o desemprego em Portugal mantém-se “historicamente baixo”. Assinalou, no entanto, que é preciso “preservar” o mercado de trabalho, por ser “essencial para alavancar o crescimento da economia”, disse aos jornalistas.
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