Subida dos custos de construção de habitação nova abranda para 1,5% em outubro

Custo da mão-de-obra continua a subir, mas preço dos materiais recua há sete meses consecutivos, permitindo um alívio no ritmo da subida dos custos de construção de habitação nova.

Os custos de construir uma casa nova continuam a aumentar, mas o ritmo da subida está a abrandar, mostram os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira. O índice que mede estes custos subiu 1,5% em outubro face ao mesmo mês do ano passado, o que compara com uma subida homóloga de 2,1% em setembro. Enquanto o custo da mão-de-obra continua a aumentar, o dos materiais está a descer há sete meses consecutivos, o que tem contribuído para aliviar a pressão.

Segundo o INE, o preço dos materiais apresentou uma variação homóloga de -2,3% em outubro, mas o custo da mão-de-obra aumentou 6,9%. Foi a redução dos custos dos materiais que contribuiu para aliviar a subida dos custos de construção de habitação nova, mas ainda insuficiente para amparar a subida dos custos com a mão-de-obra.

Fonte: INE

Dentro dos materiais, destaca-se a descida do aço para betão e perfilados pesados e ligeiros, “que apresentou um decréscimo de cerca de 20% em termos homólogos”, bem como a “chapa de aço macio e galvanizada e os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização, todos com descidas de cerca de 15%”.

O índice que mede o preço dos materiais já está a descer desde abril deste ano, sendo de notar, ainda assim, que a comparação é com um período de aumento, quando a invasão da Ucrânia fez subir os preços na construção. Enquanto isso, os custos da mão-de-obra têm registado sempre subidas homólogas acima de 5% no último ano.

O INE disponibiliza também a comparação em cadeia, ou seja, com o mês anterior, que revela que a “taxa de variação mensal do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) foi de -0,5% em outubro, 0,9 pontos percentuais inferior à do mês anterior”. Nesta ótica, o custo dos materiais e o da mão-de-obra desceram 0,7% e 0,2%, respetivamente.

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