25 maiores scaleups nacionais já levantaram 275 milhões. Conheça o top 25
A Critical Techworks, a Powerdot e a Flaner lideram o top 3 do ranking. Tem havido uma "descida constante no nascimento de startups nos últimos cinco anos", alerta o "Scaleup Portugal 2023", da BGI.
As 25 maiores scaleups nacionais já levantaram um total de 275,45 milhões de euros, cerca de 80% do total de investimento levantado pelo ecossistema de startups digitais em Portugal, entre 2018 e novembro de 2023, revela o relatório “Scaleup Portugal 2023”, da BGI-Building Global Innovators, conhecido esta quinta-feira. A Critical Techworks, a Powerdot e a Flaner lideram o top 3 do ranking. Tem havido uma “descida constante no nascimento de startups nos últimos cinco anos”, alerta o relatório.
As 413 tecnológicas analisadas levantaram, entre 2018 e novembro deste ano, um total de 349.114.931,77 euros, tendo gerado receitas acumuladas de 711.085.544 euros entre 2018 e 2022. Mais de 60% das startups/scaleups identificadas atuam na área de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), seguida de Consumo & Web, com cerca de 17%; CleanTech & Indústria 4.0 (14,5%) e MedTech & Health IT (7%).
Perfil das top 25
Destes montantes, só as 25 empresas que compõem o ranking levantaram no mesmo período um total de 275,450,670 euros, o que seja, cerca de 80% do total de investimento levantado pelo ecossistema de startups tecnológicas digitais, tendo gerado receitas de 529.916.301,87 euros, ou seja, perto de 75% do volume de negócios de todo o ecossistema analisado.
A Critical Techworks, a Powerdot e a Flaner lideram o top 3 do ranking.
Com 12 empresas no top 25, as startups TIC são as mais representadas (48%), seguida da área de CleanTech & Indústria 4.0 (com sete empresas); e da área de Consumo & Web (seis empresas). Nenhuma startup/scaleup da área de MedTech & Health IT faz parte do Top 25.
Do total de investimento levantado é a área de Clean Tech & Indústria 4.0 que absorveu a maior fatia, um total de mais de 191 milhões de euros, tendo gerado mais de 100 milhões de euros de receitas, ou seja, 67% do total de investimento levantado e 19% das receitas geradas. Um resultado em muito influenciado pela montante de investimento levantado pela Powerdot.
As startups TIC levantaram 33,9 milhões (12% do total levantado) tendo gerado receitas na ordem dos 402 milhões de euros (76%). Estes resultados são fortemente influenciados pela Critical TechWorks, joint-venture entre a Critical Software e a BMW, aponta o relatório.
As startups de Consumo & Web, por seu turno, levantaram mais de 47,7 milhões, tendo gerado receitas de mais de 36,45 milhões. Esta categoria é fortemente influenciada ao nível do parâmetro de investimento pelo montante levantado pela Coverflex (42% do top 10 da categoria) e do lado das receitas pela Flaner (62% do top 10 da categoria).
No segmento MedTech & Health IT foi levantado pouco mais de oito milhões tendo sido gerado receitas acima de 5,1 milhões. Nenhuma destas startups faz parte do Top 25 da edição deste ano do relatório. De resto, nos últimos dois anos, apenas quatro startups desta categoria atingiram as 25 posições cimeiras, situação que a BGI aponta ao maior tempo de desenvolvimento tecnológico exigido a este tipo de empresas.
Lisboa concentra startups e investimento
Cerca de metade das startups no Top 25 estão localizadas em Lisboa (12), seguida de Porto (4), Braga (2) e Aveiro (2). Uma distribuição geográfica que reflete a mesma centralização do ecossistema como um todo. Lisboa é a casa mãe de mais de 35% das startups analisadas, que levantaram cerca de 60% do investimento do ecossistema. Porto (20%) e Braga (7%) fecham o top 3 das cidades nacionais mais inovadoras, tendo agregado 13% e 8% do capital levantado entre 2018-2023.
O ecossistema é predominantemente alimentado por investimento estrangeiro. Entre 2018 e 2023, cerca de 95% do total de investimento levantado tem origem no mercado externo. “A França destaca-se como um investidor chave nas empresas portuguesas, contribuindo para 68% do total levantando no Top 25”, aponta o relatório. Uma parte significativa é relativo aos 150 milhões levantados pela Powerdot junto a um fundo de venture capital francês.
O investimento de venture capital representa 88% do investimento total; angel investors contribuem com cerca de 9% do investimento.
Alertas ao ecossistema
A dependência do ecossistema do investimento externo é uma das fragilidades do ecossistema apontadas no relatório, que fala da necessidade de uma maior diversidade de fontes. Mas não só.
Tem havido uma “descida constante no nascimento de startups nos últimos cinco anos”, alerta o relatório que assinala ainda outras áreas problemáticas, como o desequilíbrio de género, pese embora alguma melhoria. Hoje do top 25, uma larga maioria dos fundadores – 87,2% – é do sexo masculino, há um ano representavam 96%.
Além disso, 79,5% do top 25 dos fundadores são portugueses, uma subida dos 67% do ano anterior. “Isto indica uma subida do sucesso empreendedor no seio da comunidade portuguesa. Contudo, também destaca o potencial desafio em atrair fundadores internacionais para o ecossistema.”
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