Antigo banco do BPN Efisa já foi liquidado

Após duas tentativas falhadas de venda, chegou ao fim o Banco Efisa. Parvalorem ficou com o património avaliado em 30 milhões. Os 14 trabalhadores que ficaram sem emprego foram indemnizados.

O Banco Efisa já foi liquidado, com o património do antigo banco de investimento do BPN avaliado em cerca de 30 milhões de euros a ser transferido para o veículo financeiro Parvalorem, enquanto 14 trabalhadores foram despedidos — alguns dos quais já encontraram novo emprego.

“A liquidação do Banco Efisa estava prevista para este ano, tendo sido efetuado o seu registo com data de 18 de dezembro”, adiantou a Parvalorem em declarações ao ECO.

Foi há cerca de dois anos que se deu o início do processo de liquidação do Efisa, um desfecho precipitado pelas duas tentativas falhadas de venda, primeiro à Pivot (2015) e depois ao grupo árabe Bahrein IIBG Holdings (2021).

Fundado em 1994, o banco fechou 2022 com capitais próprios de 30,8 milhões de euros, após ter registado prejuízos de 1,3 milhões. As contas mostram que tinha cerca de 20 milhões de euros em depósitos e ainda participações na Nexponor, Fund Box e Portugal Ventures e outros fundos internacionais no valor de 3,8 milhões. O património foi transferido para a Parvalorem, um dos três veículos criados em 2012 para gerir os despojos do BPN – que foi vendido ao BIC em 2012 por 40 milhões.

Em relação aos 14 trabalhadores que ficaram sem emprego no âmbito do processo de liquidação, a Parvalorem garante que “foi-lhes colocado à disposição todos os créditos laborais e as indemnizações previstas na lei”. “Alguns já assumiram novos desafios”, assegura ainda a mesma fonte.

Com a liquidação do banco, a Parparticipadas fica um passo mais perto da sua extinção por via da fusão na Parvalorem, seguindo o caminho da Parups (geria as obras de arte). “A Parparticipadas será fusionada na Parvalorem no primeiro semestre do próximo ano”, revela a sociedade liderada por Sofia Torres.

Falta saber o futuro da sociedade gestora Imofundos que está na Parparticipadas. A Parvalorem tentou vender a Imofundos e o fundo Imonegócios (um pacote de imóveis avaliados em 230 milhões) este ano, mas o processo caiu por terra por falta de interesse do mercado. A Parvalorem justificou o insucesso da operação com as regras menos flexíveis dos concursos públicos. E poderá vir a ficar com a Imofundos para não atrasar o fim da Parparticipadas.

O Estado é o único credor das PAR: devem 5,4 mil milhões de euros.

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