Maior fundo imobiliário nacional compra edifícios da Dan Cake por 22 milhões

  • Ana Petronilho
  • 3 Maio 2023

Em causa estão os edifícios onde funcionam a sede, os escritórios e os armazéns da empresa, em Póvoa de Santa Iria, e as instalações da fábrica em Coimbra.

O fundo de investimento imobiliário do Crédito Agrícola CA Património Crescente – o maior com atividade em Portugal com mais de 1,1 mil milhões de ativos sob gestão – comprou, por cerca de 22 milhões de euros, os edifícios onde funciona a Dan Cake em Portugal.

Em causa estão os imóveis onde está instalada a sede, os escritórios e os armazéns da empresa, em Póvoa de Santa Iria, a que se somam as instalações da única fábrica da empresa no país, em Coimbra, contou ao ECO Pedro Coelho, CEO da Square Asset Management, a gestora do CA Património Crescente.

Segundo os dados a que o ECO teve acesso, o imóvel onde está a sede e os armazéns foi adquirido por 16,3 milhões de euros. A transação das instalações da fábrica ficou fechada por 5,6 milhões de euros. Nestes valores estão incluídos os custos de aquisição dos imóveis, com data de escritura a 22 de março deste ano.

Pedro Coelho adiantou ainda ao ECO que a Dan Cake – que em 2021 foi comprada pela francesa Biscuit international (BI) que é controlado pela Platinum Equity, uma sociedade de investimento global norte-americana – era a antiga proprietária dos imóveis.

A operação é de contornos de sale and lease back. O CEO da Square AM conta que o contrato de arrendamento à Dan Cake “tem um prazo de dez anos com uma rentabilidade de 7%”.

A Dan Cake Portugal é a principal produtora de bolos e biscoitos no país e foi fundada pela família Jamnadas em 1978. Manteve-se nas mãos da família até ser comprada em 2021. Conta com cerca de 500 trabalhadores e tem uma faturação anual que ronda os 55 milhões de euros.

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João Lopes Ferreira é o novo chief growth officer da Teamlyzer

Novo responsável tem como objetivo "acelerar o processo de crescimento da empresa, ampliando a sua notoriedade e o número de utilizadores individuais e empresariais na plataforma".

João Lopes Ferreira é o novo Chief Growth Officer (CGO) da Teamlyzer, ficando responsável pela ligação entre área de vendas e do marketing da plataforma online de reviews de empresas na área das TI.

“É fantástico receber esta responsabilidade num projeto tão apaixonante e desafiante como é esta comunidade IT com mais de 300 mil utilizadores, que hoje é um ponto de referência para ler avaliações e ter feedback sobre qualquer empresa do setor tecnológico. Sempre em contacto com a comunidade, esperamos este ano apresentar várias novidades. O futuro só pode ser de sucesso”, afirma João Lopes Ferreira, citado em comunicado.

Lopes Ferreira ocupa um cargo criado pela Teamlyzer “com o principal objetivo de acelerar o processo de crescimento da empresa, ampliando a sua notoriedade e o número de utilizadores individuais e empresariais na plataforma“, refere a empresa.

João Lopes Ferreira, Chief Growth Officer da Teamlyzer

Com mais de 20 anos de experiência profissional na área comercial e do marketing, o novo CGO tem no seu portefólio de clientes a L’Oréal, Nivea, Unilever, Johnson & Johnson, Central de Cervejas, entre outros.

Licenciado em Gestão, com especialização em Marketing, pela Universidade de Évora, João Lopes Ferreira iniciou a sua carreira como técnico comercial na empresa do setor elétrico Inpol, e depois na Plaspeças como digital marketing manager e key account manager, especializando-se em marketing digital.

Plataforma independente com mais de 300 mil utilizadores e cerca de 3 milhões de pageviews anuais, a Teamlyzer, fundada em 2017, tem como missão “trazer transparência ao mercado das Tecnologias de Informação (TI) em Portugal com base na partilha de reviews sobre experiências de emprego, entrevistas e salários.”

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Metal aposta em “choque de gestão” com capital e talento estrangeiro até 2030

Indústria metalúrgica e metalomecânica, que tem o estatuto de mais exportadora da economia portuguesa, apresentou um novo plano estratégico e de ação até 2030. Conheça os 11 “projetos estruturantes".

Composto por cerca de 23 mil empresas e por uma força de trabalho de quase 246 mil pessoas – 74% da mão-de-obra é masculina e mais de metade (52%) tem qualificações equivalentes ao 2º ou 3º ciclo –, concentrado sobretudo nas zonas mais industrializadas do Norte e Centro do país, o setor metalúrgico e metalomecânico fatura perto de 35 mil milhões de euros por ano e atingiu em 2022 um novo recorde nas exportações (23,1 mil milhões de euros).

E para chegar ao final desta década com “mais crescimento, mais produtividade, mais sustentabilidade, mais capacitação e mais imagem”, que foram os cinco objetivos traçados para este horizonte pela principal associação do setor (AIMMAP), cuja direção é presidida por Vítor Neves, acaba de ser divulgado esta quarta-feira o novo plano estratégico e de ação para o setor (Metal 2030), elaborado em parceria com a consultora EY.

Apresentado durante um evento organizado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), este documento apresenta seis eixos estratégicos de intervenção – inovação e upgrading; qualificação empresarial e Indústria 4.0; descarbonização e economia circular; atração, retenção e capacitação de talento; internacionalização e IDE; e concertação estratégica e financiamento –, que serviram de base ao seguinte conjunto de 11 projetos estruturantes.

Business Intelligence e boas práticas empresariais:

Criação de uma espécie de observatório temático que funcione como repositório e mecanismo de partilha de informação e conhecimento sobre o setor, incluindo a caracterização e monitorização setorial e/ou subsetorial, a análise de tendências e impactos e trabalho de dados a nível histórico e preditivo, servindo de apoio à tomada de decisão das empresas, da AIMMAP e de outros stakeholders.

Por exemplo, este observatório poderá debruçar-se sobre temáticas como a vigilância tecnológica, as dinâmicas setoriais, a informação sobre mercados externos, os novos modelos de negócio (e.g. servitização) e a sustentabilidade ambiental. E funcionar como um espaço de partilha de experiências e boas práticas entre as várias entidades do setor, nomeadamente academia, centros de conhecimento e empresas.

Projetos colaborativos de I&D+I

Preparação de um roadmap tecnológico para o setor (a atualizar intercalarmente até 2030). Deve seguir-se o apoio à conceção / implementação de projetos que se destaquem pelo elevado conteúdo tecnológico e de inovação, alavancando impactos relevantes para o setor e/ou para os subsetores. Devem visar soluções complexas multissetoriais ou focadas, podendo ser promovidos por consórcios completos alargados (agendas de inovação / projetos mobilizadores) ou mais reduzidos (projetos em copromoção).

A dinamização destes projetos deve ser desenvolvida em regime colaborativo, contando com múltiplos copromotores, incluindo empresas tomadoras de tecnologia, unidades de I&D, end users e entidades de interface.

Programa Metal i5.0

Criação do programa de qualificação e transformação 5.0 da cadeia de valor do Metal, numa parceria conjunta entre o centro tecnológico CATIM, a AIMMAP e as empresas do setor, tendo como primeira ação o desenvolvimento de um roadmap da Indústria 5.0 segmentado em graus de maturidade digital das empresas e ações-tipo para cada nível de maturidade, salientando as vantagens associadas a cada ação-tipo.

Deverá depois traduzir-se em iniciativas de qualificação empresarial de base tecnológica em equipamentos e ferramentas associadas à Indústria 4.0 (Internet das Coisas, inteligência artificial, big data) e à automação (robótica), que inclua também investimentos em inovação produtiva focados na reconversão da indústria.

Qualificação empresarial para o crescimento sustentado

Programa piloto de qualificação empresarial com o objetivo de promover o crescimento empresarial sustentado e perene do setor e o consequente incremento da escala produtiva, através da montagem de um sistema dinâmico com o seguinte processo: (i) caracterização da dinâmica do setor – diagnóstico; (ii) construção de referencial de competências; (iii) plano de necessidades de formação, empresa a empresa; (iv) construção do plano de formação; (v) prestação de serviços de formação; (vi) acompanhamento no terreno em modelo formação – ação – consultoria; (vii) monitorização para adaptação do diagnóstico e do processo em função da evolução da caracterização do setor.

Os targets deste projeto são empresas com capacidade de escala (vocação exportadora e vertente tecnológica); e o pessoal dirigente, gestores superiores, quadros intermédios, operadores e membros de famílias empresárias. Entre os veículos de intervenção destacam-se um programa avançado de capacitação ao nível da gestão e tecnológico, ou programas específicos de desenvolvimento de competências ao nível da gestão e sucessão de empresas familiares / famílias empresárias.

Descarbonização da indústria

São consideradas cinco estratégias principais para descarbonizar os sistemas de energia industriais do setor: (i) melhoria da eficiência energética das indústrias, através da atualização de infraestruturas e tecnologias utilizadas nos processos de produção – novos equipamentos ou renovação de alguns componentes; (ii) adoção de fontes de energia renováveis e combustíveis alternativos limpos; (iii) eletrificação de alguns processos produtivos; (iv) incorporação de processos e tecnologias de baixo carbono; (v) adoção de sistemas de monitorização e gestão de consumos de energia, aproveitando o potencial da digitalização e automação.

Promoção da economia circular

Medidas passíveis de ser implementadas nas indústrias do setor do metal: (i) ecodesign dos produtos, de modo a utilizar na sua produção matérias-primas secundárias (ao invés de virgens), produtos mais ecológicos no ponto de vista da sua composição, cálculo da pegada de carbono associada ao produto, modularidade do produto facilitando a sua reparação; (ii) desclassificação de resíduos metálicos provenientes de aparas da produção ou de material não-conforme para subprodutos de outras indústrias, face ao seu enorme potencial de reincorporação; (iii) reaproveitamento de calor proveniente da produção para aquecimento de instalações fabris e das empresas; (iv) reaproveitamento de águas residuais para determinados processos de arrefecimento, que não requerem de água potável; (v) simbioses industriais.

Programa de atração de talento

Perante fortes entraves ao nível da atração e retenção de pessoal qualificado em várias áreas funcionais, o setor quer responder em várias vertentes: (i) criação e divulgação de condições de atratividade para o talento nacional e internacional; (ii) sensibilização das empresas para a criação das condições de trabalho valorizadas pelos jovens diplomados; (iii) colaboração empresas – academia para acomodar os perfis académicos e formativos às necessidades; (iv) plano de ação para o estabelecimento e/ou revisão de protocolos com universidades e escolas técnicas nacionais e estrangeiras com cursos profissionais ou superiores com vista a uma rápida integração de pessoal qualificado nas empresas do setor; (v) iniciativas de promoção do setor – roadshows, feiras de contratação (temáticas e/ou à escala regional), seminários, conferências, job days, visitas de estudo a empresas; (vi) Clube de Experiências Profissionais, catalisador de bolsas de estágio e contratação para candidatos a primeiro emprego no setor.

Programa de atração de profissionais imigrantes

Plano a desenvolver pela AIMMAP envolvendo medidas como o levantamento dos perfis profissionais necessários à atração de imigrantes; envolvimento com as entidades locais no desenvolvimento, junto dos centros de apoio aos imigrantes e de “balcões de atendimento” orientadores à integração no setor; otimização de parcerias CENFIM / entidades congéneres nos PALOP e outros países de proximidade cultural/regional, com vista à capacitação no local para posterior imigração; criação, por parte do CENFIM, de “certificado de competências” de equivalência, a partir de parcerias com centros de formação de outros países; criação de missões ao estrangeiro para a atração de profissionais; aprofundamento da relação com o EURES (rede de cooperação europeia de serviços de emprego); sensibilização das entidades oficiais para a necessidade de desburocratização e aceleração dos processos de legalização de imigrantes; e estimulo ao desenvolvimento de políticas para o regresso de emigrantes portugueses ao país.

Plano de marketing internacional

Potenciar de forma mais ativa o processo de internacionalização das empresas do setor, particularmente através do aumento da notoriedade da marca Metal Portugal que permita alcançar uma maior visibilidade da oferta no cenário internacional. Projeto deverá incluir iniciativas de afinação do posicionamento da marca Metal Portugal para penetração mais efetiva nos mercados internacionais, o desenvolvimento de materiais gráficos, conteúdos e ferramentas de apoio às empresas e melhoria da atual plataforma digital.

Além disso, pretende ampliar o conhecimento dos mercados externos nos quais o setor nacional já opera e alargar os mercados de atuação, através de estudos de mercado, presença reforçada em feiras / exposições chave e presença em outros eventos internacionais. Vai privilegiar a prospeção e captação de novos clientes, a dinamização de ações de promoção e marketing internacional e a utilização de vários canais digitais.

Programa de ativação de IDE estruturante

Projeto da AIMMAP para o investimento direto estrangeiro (IDE) com vários eixos: intervenção de índole associativa, explorando o IDE como oportunidade de criação de redes de empresas fornecedoras de origem portuguesa (clube de fornecedores), maximizando o potencial do “clube de subcontratação” e promovendo o networking entre investidores estrangeiros e potenciais fornecedores do setor; intervenção de “diplomacia económica”, promovendo as empresas do setor junto dos investidores estrangeiros e estudando o tipo de medidas que incrementem a nível internacional a eficácia dos clubes de fornecedores / clubes de subcontratação).

Setor pede igualmente intervenção política, pugnando pela competitividade e igualdade fiscal entre empresas portuguesas e empresas estrangeiras, sensibilizando no sentido da opção preferencial por empresas que integrem tecnologias de alto valor acrescentado, promovam a I&D nacional, a requalificação dos trabalhadores (das suas unidades e dos seus fornecedores subcontratados) e que acrescentem valor à economia.

Articulação institucional

Este último projeto estruturante prevê o reforço do posicionamento do setor na vertente política e económica, para consciencializar as entidades governamentais para a sua importância na reconversão dos processos produtivos, na reindustrialização, na promoção da resiliência das cadeias de valor e na indução da transição digital e climática da economia, bem como da sua importância na competitividade económica nacional. Visa ainda identificar problemas (sobretudo ao nível dos custos de contexto existentes no setor) e prioridades específicas do setor, tanto a nível nacional como europeu, e reforçar a concertação com o Governo, os representantes portugueses em Bruxelas, a CIP e a associação europeia Orgalim.

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Novo Programa Regional de Ordenamento do Algarve prevê consolidação do litoral

  • Lusa
  • 3 Maio 2023

Novo Programa Regional de Ordenamento do Território do Algarve entra em vigor esta quinta-feira e prevê a consolidação do sistema do litoral algarvio. Reflete as novas realidades sociais e económicas.

A consolidação do sistema do litoral algarvio é um dos objetivos do novo Programa Regional de Ordenamento do Território (PROT) do Algarve, que entra em vigor esta quinta-feira, de acordo com uma resolução publicada em Diário da República.

A resolução — aprovada a 20 de abril em Conselho de Ministros e que abrange também as regiões de Lisboa, Oeste e Vale do Tejo e do Alentejo — pretende converter os planos regionais de ordenamento do território, produzidos na primeira década do século XXI, em programas que reflitam as novas realidades sociais e económicas.

A medida visa “garantir a atualidade dos instrumentos face à intensa transformação social e aos desafios do futuro, designadamente no que respeita às alterações climáticas“, para “permitir que cada uma das regiões de intervenção das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional disponha de um programa estratégico, capaz de suportar as grandes opções territoriais”.

No documento são apontados os objetivos do Programa Regional de Ordenamento do Território do Algarve, nomeadamente, “promover a preservação dos ecossistemas, dos recursos naturais e da paisagem” ou “consolidar o sistema do litoral definido no PROT Algarve, face à elevada sensibilidade ecológica e à vulnerabilidade da zona costeira” da região.

Entre os objetivos estão também o uso sustentável dos recursos para o crescimento económico, assim como a melhoria dos modos e qualidade de vida e do emprego ou a atração e fixação de comunidades no meio rural.

O programa vai também procurar “promover a descarbonização, a transição energética — designadamente, nos domínios da mobilidade, energias renováveis e eficiência energética –, e fomentar uma economia circular, em linha com os desígnios do Pacto Ecológico Europeu”.

Criar um modelo territorial equilibrado e “fomentar a conectividade regional por via da promoção da intermodalidade e do reforço da integração de redes de acessibilidades e de mobilidade, intra e inter-regional” também são metas previstas.

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Conselho de Fiscalização iliba SIS na recuperação de portátil do ex-adjunto de Galamba

  • Joana Abrantes Gomes
  • 3 Maio 2023

Os elementos recolhidos não permitem concluir ter havido uma atuação ilegal, nem qualquer violação de direitos, liberdades e garantias por parte dos Serviços de Informações de Segurança.

O Serviço de Informações de Segurança (SIS) não atuou de forma ilegal no caso da recuperação do portátil do Estado que estava atribuído a Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministro João Galamba,​​​​​ concluiu esta quarta-feira o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).

“Os elementos recolhidos não permitem concluir, pois, no sentido de ter havido uma atuação ilegal por parte do SIS, mormente qualquer violação de direitos, liberdades e garantias”, refere a entidade em comunicado enviado às redações.

O Conselho de Fiscalização do SIRP explica que iniciou diligências no dia 28 de abril, “de imediato e por sua própria iniciativa”, para obter os “elementos necessários ao cumprimento das suas funções” de fiscalização.

Além disso, sublinha que “não existem indícios que sustentem ter sido adotada pelo SIS qualquer medida de polícia aquando da recuperação do computador em causa: tudo aponta no sentido de o computador ter sido entregue voluntariamente por quem o detinha, na via pública, portanto fora do contexto do seu domicílio, e sem recurso a qualquer meio coercivo ou legalmente vedado”.

Segundo a entidade que fiscaliza as secretas, “no mesmo dia em que recebeu o computador e sem que nada permita supor ter havido qualquer intrusão no mesmo, o SIS procedeu à sua entrega ao CEGER, organismo que tem a seu cargo a segurança eletrónica do Estado e a prevenção da perda ou circulação indevida de informação”.

“Estava em causa um quadro de urgência” dado “uma ameaça de divulgação de informação classificada”, que forçaram “a atuação das forças e serviços de segurança”, com o objetivo de “preservar a sua integridade e confidencialidade”, acrescenta.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h59)

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Empresários de Aveiro querem mais tempo para executar PT2020

Empresários de Aveiro querem mais tempo para executar os projetos aprovados pelo PT2020. Alegam atrasos na aprovação das candidaturas e consequente impossibilidade de executar até junho.

Empresários de Aveiro querem que o Ministério da Economia lhes dê mais tempo para concluírem os projetos financiados no âmbito do quadro comunitário Portugal 2020. Caso contrário, arriscam-se a não conseguir executá-los e ainda terem de devolver o dinheiro recebido. “Este é um problema muito grave, porque se as empresas não conseguirem executar financeiramente 20 ou 25% do investimento até junho, muito provavelmente vão ter de devolver a quantia que receberam”, alerta ao ECO o chairman da HM Consultores, Humberto Martinho.

No caso das empresas que “executarem 60% do investimento, já há forte probabilidade de não devolverem o dinheiro”, avisa o responsável que presta consultoria de gestão e negócios a vários empresários que se têm queixado deste problema. A agravar, aponta Humberto Martinho, “não se podem candidatar ao PT2030, porque depois o projeto não é suficientemente elegível para ser submetido e aprovado”.

É o caso da Jamarcol – Acessórios para Motorizadas, de Águeda, que gostaria de ver adiado o prazo para execução do projeto no âmbito do apoio do PT 2020, argumentando com o atraso da aprovação do projeto e, por consequência, a dificuldade em terminá-lo até junho deste ano. Até à data, a empresa de Águeda apresenta uma taxa de execução de 52%. Mesmo assim, o diretor comercial João Dias garante ao ECO/Local Online que é inviável a concretização do projeto até junho, como o Governo determinou.

Não vamos conseguir executar a tempo, pois dentro do projeto global existem dois investimentos que têm trabalhos inerentes que só podem ser feitos durante as férias de verão da empresa e isoladamente cada um deles”, começa por explicar o diretor comercial. Estas empreitadas implicam paragens de produção e “condições climatéricas específicas”.

O projeto em questão consiste na implementação de uma nova linha de cromagem trivalente, de forma a eliminar a utilização do químico crómio hexavalente. Permitirá também melhorar a qualidade da produção e a eficiência energética da unidade produtiva.

Não vamos conseguir executar a tempo, pois dentro do projeto global existem dois investimentos que têm trabalhos inerentes que só podem ser feitos durante as férias de verão da empresa e isoladamente cada um deles.

João Dias

Diretor comercial da Jamarcol - Acessórios para Motorizadas

“A aprovação do projeto atrasou alguns meses e a Jamarcol já realizou em agosto 2022 um desses trabalhos – uma obra civil para a nova linha de cromagem”. Agora, completa o diretor comercial, “só em agosto de 2023 é que a empresa pode proceder ao segundo trabalho que diz respeito à substituição da cobertura de fibrocimento do pavilhão da linha de pintura por painel de sandwich”. Só depois é que a Jamarcol pode executar os outros dois investimentos previstos num pavilhão: a instalação de iluminação LED e de uma central fotovoltaica na cobertura.

“A candidatura foi submetida a 20 de setembro de 2021, tendo sido comunicada a aprovação em maio de 2022. Atendendo que o projeto teria que estar concluído a 30 de junho de 2023, ficámos apenas com um ano para realizar os investimentos“, explica João Dias. Ainda assim, a empresa foi executando os investimentos com capital próprio.

“Este atraso na comunicação da aprovação acabou por gerar algum atraso na aquisição do principal equipamento do projeto – a linha de cromagem trivalente –, uma vez que tivemos que recorrer totalmente a fundos próprios, obrigando a um prolongamento do tempo de recurso a subcontratação dos serviços de cromagem”, adianta João Dias. O que contribuiu para o aumento dos custos de produção.

“A única forma de contornar a situação é concluir o projeto o mais rapidamente possível para que possamos retomar a competitividade a nível produtivo”, destacou o responsável ao ECO/Local Online.

O processo de aprovação foi demorado e o timing de execução disponibilizado para um projeto desta envergadura é inverosímil.

Armelim Hipólito

CEO da Seveme - Indústrias Metalúrgicas

Para o CEO da Seveme – Indústrias Metalúrgicas, Armelim Hipólito, o adiamento do prazo para execução dos projetos “é essencial, pois – a correr bem – um projeto desta envergadura demora um ano e meio a executar e esse tempo não pode ser reduzido a metade”. A demorada aprovação do projeto acarretou problemas para a empresa, como a dificuldade de execução a tempo do projeto da construção de uma nova unidade de tratamentos de superfície de materiais metálicos – produzidos pela empresa – e de uma nova unidade de construção de fachadas modulares em alumínio.

“O processo de aprovação foi demorado e o timing de execução disponibilizado para um projeto desta envergadura é inverosímil”, lamenta o CEO da Seveme – Indústrias Metalúrgicas. Aliás, completa Armelim Hipólito, “a demora da aprovação impactou diretamente na impossibilidade de se agilizar ou antecipar estes procedimentos“. Pelo que, assegura, “será impossível ter o projeto concluído na data imposta“.

“Este retardar da aprovação e consequente atraso na entrada em velocidade de cruzeiro daquilo a que nos propomos com este investimento obriga a empresa a repensar a sua estratégia e orçamento“, frisa o empresário. Logo, será necessário “prolongar a atual subcontratação de serviços, que iria começar a fazer em casa, e atrasar a sua participação em projetos de maior envergadura que seriam municiados por estes novos equipamentos”.

Por tudo isto, o chairman da HM Consultores garante que “as empresas não conseguem executar fisicamente e financeiramente os projetos em junho de 2023, porque o Governo, ao deferir os projetos, decidiu-os muito mais tarde e grande parte das empresas não iniciou o investimento antes de ter o projeto aprovado”.

Ainda assim, Humberto Martinho diz que já teve indicação da parte do secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, de que o prazo poderá ser prorrogado, indo ao encontro das reivindicações dos empresários.

Entretanto, a HM Consultores já solicitou às associações empresariais de Aveiro, Águeda e de Lisboa para intervirem junto do Governo no sentido do prazo de execução dos projetos ser alargado.

A propósito do evento “Portugal 2030: Os desafios e a transformação empresarial”, que teve lugar no Parque de Exposições de Aveiro, Humberto Martinho é apologista de que “uma economia nacional competitiva e robusta passa pela capacidade de se gerar cada vez mais produtos e serviços exportáveis, com maior valor acrescentado, inovadores e verdes”. O responsável crê, por isso, que “o Portugal 2030 cria o ecossistema ideal para esse desígnio.”

Dados do Portugal 2020 a 28 de fevereiro de 2023, segundo o responsável da HM Consultores:

  • Número total de candidaturas: 80.539 candidaturas das quais estão encerradas 27,7%
  • Percentagem de execução dos projetos: 69,2%
  • Valor recebido pelas empresas: 4.740.056.000
  • Inovação e empreendedorismo – 15.305 candidaturas das quais 36.6% estão encerradas
  • Qualificação e internacionalização das PME – 25.659 candidaturas das quais 32,5% estão encerradas
  • I&DT – 6.115 candidaturas das quais 4,5% estão encerradas.

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Supremo Tribunal nega fim de sigilo a advogados da TAP e de Alexandra Reis para falarem sem reservas na CPI

O Supremo não é competente para decidir sobre o levantamento do sigilo profissional a César Sá Esteves, que esteve com a TAP, e Helena Tapp Barroso, que esteve com Alexandra Reis. Bleck espera decisão

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou os pedidos de levantamento de sigilo profissional aos escritórios de advogados SRS Legal – cujo sócio, César Sá Esteves, assessorou a TAP – e Morais Leitão – cuja sócia, Helena Tapp Barroso, assessorou Alexandra Reis, à data da sua saída da companhia aérea.

A comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP tinha solicitado o levantamento do sigilo profissional relativamente a três sociedades de advogados: SRS Legal, gerida por Pedro Rebelo de Sousa, irmão de Marcelo, Morais Leitão e Vieira de Almeida. O Supremo Tribunal de Justiça rejeitou dois desses pedidos. Agora, resta ao sócio Jorge Bleck, da Vieira de Almeida, saber qual a decisão a seu respeito.

Mas o sócio da VdA já o fez de modo próprio ao Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, o órgão objetivamente competente para decidir estas questões. Que foi aceite.

A recusa do Supremo foi avançada pelo presidente da CPI na reunião desta quinta-feira, no Parlamento. “Recebemos da parte do Supremo Tribunal de Justiça duas respostas relativamente aos incidentes de quebra de segredo profissional. Esses pedidos foram indeferidos“, afirmou Jorge Seguro Sanches. “Foi pedido aos nossos serviços e a quem nos ajudou a preparar o pedido, ao auditor jurídico, a apreciação dos fundamentos apresentados“, acrescentou o presidente do CPI, com o objetivo de garantir a audição dos advogados das sociedades em causa.

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP, Jorge Seguro Sanches, na Assembleia da República, em Lisboa, 29 de março de 2023. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSAANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

 

O ECO sabe que o Supremo nem chegou a notificar os advogados em causa – César Sá Esteves e Helena Tapp Barroso – por considerar que os pedidos não tinham viabilidade. E, por isso, indeferiu liminarmente o pedido dos deputados sem sequer citar as os escritórios em questão.

Em causa o facto de ter sido o advogado César Sá Esteves, sócio da SRS Legal, a assessorar a TAP na questão da demissão da antiga administradora executiva Alexandra Reis; a advogada Helena Tapp Barroso, sócia da Morais Leitão, ter assessorado Alexandra Reis no processo da sua saída. E, mais recentemente, o advogado Jorge Bleck, sócio do escritório Vieira de Almeida, ter sido contactado pelo Ministério das Finanças para prestar serviços jurídicos relacionados com as conclusões do parecer da IGF que foram invocadas pelo Governo para demitir a CEO da TAP, segundo o próprio garantiu ao Jornal Económico, a 17 de março.

Na altura, o PSD apresentou sete requerimentos sendo pedidas “informações sobre alegada prospeção e ou adjudicação a escritórios de advogados para auxiliar no processo de despedimento de Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja, informações sobre a tramitação processual do despedimento e sobre se houve recusa por parte do ministro João Galamba em homologar o despacho oriundo da DGTF e Parpública”.

Num dos requerimentos, o PSD pediu a audição de Jorge Bleck, advogado e sócio do escritório Vieira de Almeida, “considerando as notícias veiculadas pelo Jornal Económico, refutadas pelo Ministério das Finanças, a propósito de uma alegada solicitação da parte do Governo para aquisição de serviços jurídicos para dar sequência ao parecer da IGF relativamente à CEO”.

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À procura de uma experiência de trabalho? Critical Software está a recrutar estudantes universitários

O programa da empresa especializada em soluções de software e serviços de engenharia para o suporte de sistemas críticos começa a 10 de julho e as inscrições estão abertas até 21 de maio.

A Critical Software acaba de anunciar a nova edição do programa “Summer Camp”, que pretende integrar estudantes universitários e dar-lhes um primeiro contacto com o mundo do trabalho. O programa da empresa, especializada em soluções de software e serviços de engenharia para o suporte de sistemas críticos, começa a 10 de julho e as inscrições estão abertas até 21 de maio.

“O crescimento através da experiência é fundamental para um bom desenvolvimento pessoal e profissional. Este programa permite-nos cultivar a boa relação que estabelecemos com universidades portuguesas, garantindo uma experiência diferente e que esperamos inesquecível aos alunos”, afirma Sara Brás, talent manager na Critical Software, em comunicado.

Por outro lado, a gestora de pessoas considera que esta iniciativa traz benefícios também à própria Critical Software, por “enriquecer e diversificar o leque de atividades desenvolvidas pelas nossas equipas de engenharia”.

O “Summer Camp” estará dividido em dois momentos: a “Innovation Experience” e o “Summer Internship”. No primeiro momento, que decorrerá entre 10 e 14 de julho, os estagiários poderão trabalhar em conjunto com as equipas da Critical Software em Coimbra e desenvolver protótipos através da robótica, Internet of Things e inteligência artificial. Já o “Summer Internship” durará três semanas, entre 17 de julho e 4 agosto, em formato híbrido, com a possibilidade de estar nos escritórios da Critical Software alguns dias.

O programa de estágios de verão começa dia 10 de julho e é destinado a alunos de engenharia e tecnologia. Os alunos interessados podem submeter a sua candidatura aqui.

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Comissão de inquérito à TAP aprova audição de Galamba e vai pedir documentos do computador de Frederico Pinheiro

Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP aprovou requerimentos para audição de João Galamba, da sua chefe de gabinete e do seu ex-adjunto, Frederico Pinheiro.

A comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP aprovou o pedido dos documentos relativos à companhia aérea que se encontram no computador de Frederico Pinheiro, apreendido pelas autoridades policiais. As audições do antigo adjunto do ministro das Infraestruturas e da sua chefe de gabinete tiveram também luz verde dos deputados. João Galamba também será ouvido com “máxima urgência”.

A proposta para ter acesso à informação que consta no computador levado por Frederico Pinheiro do Ministério das Infraestruturas após a sua exoneração partiu de Mariana Mortágua. A deputada do Bloco assinalou que foi referido que “o computador tinha documentos importantíssimos” ao ponto de se recear que fossem acedidos por terceiros, “pedindo que seja enviado o conteúdo desse computador que tenha a ver com a TAP, de forma a aferir se “há nesse computador documentação a que a CPI não teve acesso”.

O requerimento foi aprovado por unanimidade, com o PS a notar as dificuldades operacionais por o computador estar à guarda das autoridades policiais e poder constituir um meio de prova.

Foram também aprovados os pedidos de PSD e Chega para ouvir o antigo adjunto do ministro das Infraestruturas e da chefe de gabinete de João Galamba, Eugénia Correia. Filipe Melo, do Chega, justificou a audição desta última “não pela polémica da bicicleta e do quarto de banho, mas por uma questão documental”.

A audição de João Galamba, com “caráter de urgência”, foi também aprovada pela comissão de inquérito. A presença do ministro das Infraestruturas estava prevista para mais tarde.

Paulo Moniz, do PSD, acusou o Ministério das Infraestruturas de “falhar o envio de mais de uma centena de emails, dizendo que o Governo e o PS “estão a sonegar informação a esta comissão”. O deputado pediu a intervenção do presidente da CPI, o socialista Jorge Seguro Sanches, gerando-se uma troca de argumentos entre ambos.

Jorge Seguro Sanches apelou aos deputados para sempre que detetem a falta de envio de documentos para informarem a mesa da comissão e os serviços. “Não estamos aqui para dizer a conta-gotas o que o Governo tem de enviar. Não somos fiscais a identificar” a informação em falta”, respondeu Paulo Moniz. “O senhor presidente é que tem de garantir junto de quem tem de enviar se enviou tudo”, acrescentou. Após uma troca mais acintosa de argumentos, Jorge Seguro Sanches terminou a repetir o apelo inicial.

Em discussão esteve também um requerimento de Bernardo Blanco, da IL, para receber informação sobre pedidos de alteração de voos na TAP feitos pela Presidência da República. O deputado acedeu a alterar o requerimento para que a informação seja solicitada apenas à agência de viagens envolvida.

A comissão parlamentar de inquérito para “avaliar o exercício da tutela política da gestão da TAP” foi proposta pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelo Parlamento no início de fevereiro com as abstenções de PS e PCP e o voto a favor dos restantes partidos. Nasceu da polémica sobre a indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis para deixar a administração executiva da TAP em fevereiro de 2022, mas vai recuar até à privatização da companhia em 2015. Tomou posse a 22 de fevereiro, estendendo-se por um período de 90 dias.

(notícia atualizada às 18h50 )

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Restrições à importação de painéis solares chineses atrasam projetos da EDPR nos EUA

Restrições impostas pelos EUA a fornecedor chinês de painéis solares estão a atrasar a execução de projetos da EDP Renováveis no país, alertou CEO.

O CEO da EDP Renováveis, Miguel Stillwell d’Andrade, admitiu que a energética portuguesa está a ter dificuldades em concretizar os projetos de energia solar nos Estados Unidos devido às restrições impostas à importação de painéis solares provenientes da China e que visam a empresa Longi.

Durante uma chamada com analistas, no âmbito dos resultados da energética referentes ao primeiro trimestre, Miguel Stillwell d’Andrade alertou que “um fornecedor asiático está a levar mais tempo do que o previsto” a entregar os documentos exigidos pela autoridade aduaneira dos EUA. Estes são requeridos no âmbito do Uyghur Forced Labor Prevention Act (UFLPA), legislação norte-americana contra a violação de direitos humanos na China.

Segundo o responsável, este atraso obrigou a que o grupo adiasse a instalação prevista de projetos fotovoltaicos previstos para 2023, para o ano seguinte. Em causa está a instalação de 0,9 gigawatts (GW).

Ainda assim, o CEO mantém-se confiante na execução do portefólio previsto, salientando que a EDP Renováveis tem uma capacidade “recorde” de instalação de energia solar e eólica em construção para o ano de 2023 e 2024, de 5 GW. De momento, “75% da nova capacidade para o período combinado de 2023 e 2024 está já assegurada”.

“Até ao final do ano vamos ter uma melhor visibilidade dos projetos em construção, não apenas os de 2023, mas também os de 2024”, apontou Stillwell d’Andrade.

Esta quarta-feira, a EDP Renováveis deu conta dos resultados obtidos nos primeiros três meses do ano. Até março, a energética registou um resultado líquido de 65 milhões de euros com o crescimento dos resultados operacionais a ser “anulado pelo aumento dos custos financeiros” — o custo médio da dívida aumentou para 4,6% —, “penalizados pela valorização a mercado de impactos cambiais”.

Em comunicado, a empresa destaca o crescimento de 24% nas receitas entre janeiro e março, que alcançaram os 706 milhões de euros, que diz ter sido suportado por um aumento de 11% na produção de eletricidade renovável e pela subida do preço médio de venda.

Ocean Winds de olho em leilões offshore

Durante a chamada, o CEO salientou que a joint venture entre a EDP Renováveis e a francesa Engie, a Ocean Winds, está atenta aos vários leilões para a instalação de turbinas eólicas offshore que serão lançados nos vários mercados onde operam, incluindo o português.

“A Ocean Winds tem sido muito bem sucedida em assegurar projetos nos últimos dois anos. Em muitos casos não só cumprimos como também ultrapassámos os objetivos definidos. Há vários processos que estão em curso, tanto na Austrália, Noruega, Lituânia, França, o caso português, na Irlanda… há vários processos em que vamos participar“, frisou Miguell Stilwell.

No entanto, o CEO deixa claro que a objetivo na participação destes concursos será assegurar a rentabilidade dos projetos. “Seremos disciplinados em termos de retorno“, frisou, acrescentando que esse será o principal critério.

Relembrando que a Ocean Winds é uma das responsáveis pela instalação do primeiro parque de eólico offshore flutuante do mundo, o WindFloat Atlantic, ao largo de Viana do Castelo, é detentora de outras duas infraestruturas na Coreia do Sul e nos Estados Unidos, e que tem em desenvolvimento um parque na Escócia, o CFO da EDP Renováveis, Rui Teixeira, sublinhou que existe “uma oportunidade de crescimento” neste segmento com os leilões que serão lançados.

O leilão português, o primeiro concurso no país para a instalação de parques eólicos no mar, será lançado até ao final do deste ano, estando em cima da mesa uma capacidade de 10 GW. Até ao momento, já várias empresas manifestarem interesse em participar no projeto, tendo a Repsol (uma das parceiras do consórcio responsável pelo Windfloat Atlantic) revelado ao Capital Verde estar disponível para também entrar na corrida.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, estimou em março que o setor energético atrairá ao longo da próxima década investimentos de 60 mil milhões de euros para Portugal, dos quais 30 a 40 mil milhões só para as eólicas no mar.

Noticia atualizada às 16h25

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Lucros do grupo Brisa sobem 17% para 240,8 milhões em 2022

  • ECO
  • 3 Maio 2023

Empresa que detém a maior concessionária de autoestradas em Portugal aumentou as receitas em 17,1% face a 2021 e investiu 79,4 milhões de euros.

O grupo Brisa atingiu lucros de 240,8 milhões de euros em 2022. Os resultados foram aprovados nesta quarta-feira pelos acionistas da empresa que detém a maior concessionária de autoestradas do país. Foi o negócio rodoviário que mais contribuiu para o desempenho do grupo fundado em 1972.

Em 2022, a empresa que gere a operação nas autoestradas, Brisa Concessão Rodoviária (BCR), registou resultados positivos de 220,2 milhões de euros. Além das autoestradas, o grupo Brisa também atingiu estes resultados com o contributo de outras empresas, como as áreas de serviço Colibri – que aumentou as receitas para níveis pré-pandemia –, as oficinas da Controlauto, a empresa de software A-To-Be e a Via Verde.

O último ano também ficou marcado pelo acordo de viabilização da Brisal, concessionária da região do Litoral Central, que passou a integrar os resultados do grupo Brisa. Ao longo de 2022, o grupo Brisa investiu 79,4 milhões de euros, mais 24,7 milhões de euros do que em 2021.

Os acionistas também aprovaram um novo mandato de três anos, até ao final de 2025, de António Pires de Lima como presidente executivo do grupo Brisa e de Vasco de Mello como presidente do conselho de administração.

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ERC coloca critérios para a apreciação dos pedidos de confidencialidade em consulta pública

Os critérios que entre 2020 e 2023 orientaram a análise de 130 pedidos de confidencialidade são agora submetidos a consulta pública.

A ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) colocou, esta quarta-feira, as linhas de orientação para a apreciação dos pedidos de confidencialidade que lhe são submetidos ao abrigo do regime jurídico da transparência em consulta pública.

A Lei da Transparência, que visa regular a “promoção da transparência da titularidade, da gestão e dos meios de financiamento das entidades que prosseguem atividades de comunicação social”, estipula que se publiquem os elementos transmitidos à ERC através do Portal da Transparência, criado para o efeito.

No entanto, está prevista como “única exceção casos em que são invocados ‘interesses fundamentais dos interessados‘”, pelo que, para apreciar estes casos, a ERC tinha definido internamente as “Linhas de orientação para apreciação dos pedidos de confidencialidade”, aprovadas em 2019 pelo Conselho Regulador.

Foram estes os critérios que, entre 2020 e 2023, orientaram a análise de 130 pedidos de confidencialidade, e que são submetidos a consulta pública, explica a ERC em comunicado.

Os objetivos principais desta ação passam por “incrementar o conhecimento público dos critérios em que a ERC tem baseado as suas decisões sobre os pedidos de confidencialidade que lhe são solicitados pelos regulados”, bem como “dar oportunidade às entidades reguladas, diretamente afetadas pelas decisões aos pedidos de confidencialidade, de se pronunciarem sobre as linhas de orientação”.

Visa-se ainda “permitir a outros stakeholders, nomeadamente, jornalistas, académicos e à sociedade em geral, pronunciarem-se sobre a adequação destes critérios”, lê-se na nota de imprensa da ERC.

As sugestões devem assim ser enviadas por escrito, até ao dia 5 de junho de 2023. A entidade/cidadão deve estar identificada e deve ser indicada a referência “Transparência dos órgãos de comunicação social: Consulta Pública sobre as linhas de orientação para apreciação dos pedidos de confidencialidade”.

O envio deve ser feito, preferencialmente por email através do endereço [email protected], ou para a morada Av. 24 de Julho, 58, 1200-869 Lisboa.

Os contributos “serão ponderados numa futura revisão das linhas de orientação“, assegura a ERC, referindo que os resultados da consulta pública serão publicados no seu site. Nesta divulgação pública, “se relevante”, o participante será identificado, pelo que caso o mesmo não o queira que isso aconteça (ou considere que o seu contributo tem dados confidenciais), deve solicitar expressamente isso mesmo no envio do contributo.

A título de exemplo de um dos casos analisados pela ERC nos últimos três anos, em setembro de 2021 a ERC encontrava-se a apreciar um pedido de confidencialidade da Agência Lusa relativo aos dados financeiros do ano anterior.

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