Liga inglesa de futebol retira publicidade a casas de apostas das camisolas

  • Lusa e + M
  • 13 Abril 2023

Em Portugal, recorde-se, a Bwin dá o nome à liga principal de futebol. Ricardo Quaresma, diretor de comunicação, afirma que em Portugal a questão não está em cima da mesa.

Os clubes da Liga inglesa de futebol vão retirar da parte da frente das suas camisolas de jogo a publicidade a casas de apostas a partir de 2026, anunciou hoje o organismo que gere a competição.

Em comunicado, o organizador da principal competição inglesa de futebol explica que os clubes concordaram, após um longo processo negocial, em retirar o patrocínio a jogos de sorte e azar, acrescentando que a medida deverá entrar em vigor no final da temporada 2025/26.

Segundo a Premier League, a medida insere-se no processo de revisão governamental sobre a legislação de jogos de sorte e azar.

O organismo destaca o facto de a Liga inglesa ser a primeira competição desportiva do Reino Unido a reduzir voluntariamente a publicidade a jogos de apostas.

Dos 20 clubes que disputam atualmente a Premier League, são oito os que utilizam o patrocínio de casas de apostas na parte da frente das camisolas: Bournemouth, Brentford, Everton, Fulham, Leeds, Newcastle, Southampton e West Ham.

Em Portugal, recorde-se, a Bwin dá o nome à liga principal de futebol desde 2021. Contactado pelo +M, Ricardo Quaresma, diretor de comunicação da Liga Portugal, afirma que em Portugal questão não está em cima da mesa.

A colocar-se esta hipótese, em Portugal seriam 12 os clubes impactados pela medida. Benfica (Fly Emirates), Arouca (Contruções Carlos Pinho Lda), Vizela (Vizela – Segredos de um vale), Gil Vicente (Barcelos), Portimonense (Cerimony Eve) e Marítimo (Coral) são, de acordo com o jornal O Jogo, as exceções.

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Portugal bate recorde de 13 milhões de passageiros nos aeroportos no primeiro trimestre

  • Ana Petronilho
  • 13 Abril 2023

Em Portugal foi registado um recorde de passageiros no primeiro trimestre deste ano. Em Lisboa circularam mais de sete milhões, o maior número de sempre.

O verão promete congestionamento nos aeroportos portugueses. No primeiro trimestre de 2023, passaram pelos cinco aeroportos nacionais um recorde de cerca de 13 milhões de passageiros, ultrapassando em 15% o número registado no mesmo período em 2019 e 55% face ao período homólogo.

Segundo o último relatório da Vinci, a dona da ANA, Portugal é um dos cinco países – juntamente com a Sérvia, México, República Dominicana e Costa Rica – onde se atingiu o recorde de passageiros, entre janeiro e março deste ano. O documento indica ainda que a subida do número de passageiros resulta do “rápido aumento de lugares oferecidos pelas companhias”, tanto de bandeira como as low cost, que operam em Portugal.

Um cenário que se sente, sobretudo, no aeroporto de Lisboa, por onde, entre janeiro e março, circularam mais de sete milhões de passageiros. O maior número de sempre, ficando 14% acima dos níveis do ano pré-pandémico e 58% face ao período homólogo. A Vinci diz que este aumento resulta das “excelentes” ligações do Humberto Delgado com países como França, Reino Unido ou Brasil.

A Vinci assinala ainda que a aposta da Ryanair no aeroporto do Funchal – que criou uma base na Madeira em abril do ano passado – levou a um aumento de 44% no tráfego na Madeira sendo este um “destino popular” entre os passageiros. No primeiro trimestre deste ano, passaram pelo aeroporto do Funchal cerca de um milhão de viajantes, 43% acima de 2019 e mais 68% que no mesmo período do ano passado.

Pelo aeroporto do Porto, no primeiro trimestre deste ano circularam quase três milhões de viajantes. Mais 12% face ao mesmo período de 2019 e 50% acima do período homólogo. Em Faro, foram assinalados 1,1 milhões de passageiros, mais 46% face ao período homólogo e 9.6% acima de 2019.

Por fim, nos Açores foram registados 480 mil passageiros no início deste ano, mais 42% quando comparado com o período homólogo e mais 18% que em 2019.

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Relação reduz coimas ao Montepio e Tomás Correia no processo por investimentos na PT

  • Lusa
  • 13 Abril 2023

O acórdão aos recursos do Montepio Geral e de Tomás Correia e reduziu as coimas no investimento em duas obrigações emitidas, pelo Crédit Agricole e Morgan Stanley, sobre a Portugal Telecom.

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) considerou parcialmente procedentes os recursos do Montepio Geral e de Tomás Correia no processo contraordenacional por investimentos na PT, reduzindo as coimas aplicadas na primeira instância.

O acórdão proferido na quarta-feira pelo TRL, consultado esta quinta-feira pela Lusa, dá razão à Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) quanto à integração, no cúmulo jurídico, da coima de 100.000 euros (por não observação da ordem de antiguidade cronológica nas operações de compra e venda de dívida pública), de cujo recurso desistiu durante o julgamento no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém.

Com a decisão do TRL, esta coima fica integrada nos 350.000 euros da coima única aplicada à CEMG pelo TCRS, beneficiando igualmente da suspensão na sua execução em 20% durante dois anos. O acórdão absolve a CEMG e o seu antigo presidente da prática de uma das contraordenações, tendo António Tomás Correia sido agora condenado por duas infrações, a título negligente, com o TRL a reduzir a coima de 70.000 para 55.000 euros, suspensa na sua execução em 20% pelo período de dois anos.

No processo está em causa, nomeadamente, o investimento em duas obrigações ‘Credit Linked Notes’ (CLN) emitidas, uma pelo Crédit Agricole e outra pela Morgan Stanley, sobre a Portugal Telecom International Finance (PTIF), no montante total de 75 milhões de euros, às quais estavam agregados contratos de swaps de risco de incumprimento (Credit Default Swap, CDS), no mesmo valor, em que a CEMG assumia a proteção da emitente.

Em outubro de 2021, o Banco de Portugal (BdP) multou a CEMG em 475.000 euros, António Tomás Correia em 70.000 euros, por quatro infrações (três a título negligente e um doloso), e os ex-administradores Jorge Barros Luís (50.000 euros por três contraordenações a título negligente) e João Neves (25.000 euros por uma a título negligente).

Segundo o BdP, o investimento nas duas CLN gerou uma exposição elevada ao risco de crédito dos emitentes e à PTIF, no montante de 75 milhões de euros, e as características muito particulares destas operações exigiam dos diversos intervenientes um cuidado diferenciado. Na sentença proferida em novembro de 2022, o TCRS aplicou uma coima de 350.000 euros à CEMG e manteve em 70.000 euros a aplicada a Tomás Correia, tendo absolvido João Neves e aplicado uma admoestação a Barros Luís.

A juíza Mariana Gomes Machado baixou a coima única da CEMG (condenada, a título doloso, por seis contraordenações) dos 475.000 para os 350.000 euros, tendo em conta a desistência do recurso numa das infrações, cuja multa não abrangeu no cúmulo nem na suspensão da execução em 20%.

O acórdão do TRL, que considerou improcedentes as outras questões suscitadas pela CEMG e por Tomás Correia, contou com voto de vencido da juíza desembargadora Eleanora Viegas, a qual discordou da absolvição e do reflexo dessa decisão na coima única por considerar que a sentença do TCRS estava bem fundamentada quanto a essa matéria.

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Itália e juros em alta multiplicam lucros da seguradora GamaLife por 8

  • ECO Seguros
  • 13 Abril 2023

A Libertação de provisões devido à subida de taxas de juro e a compra de uma carteira Vida da Zurich em Itália produziram um ano extraordinário para a seguradora. É agora o 3º maior grupo por ativos.

A GamaLife, seguradora Vida que com 9,4 mil milhões de euros, será agora a cabeça do 3º maior grupo segurador em Portugal por volume de ativos, conseguiu um lucro líquido de 311 milhões de euros em 2022, quase 8 vezes mais que os 42,5 milhões obtidos no ano anterior.

A gestão de topo da GamaLife: Alistair Bell, Filomena Santos, Matteo Castelvetri e Gonçalo Castro Pereira.

Para além das receitas operacionais verificadas em Portugal e em Itália, os resultados são explicados por fatores não recorrentes que muito influenciaram estes valores. Segundo apurou ECOseguros, cerca de 100 milhões de euros de resultado líquido foram conseguidos através do aproveitamento da subida das taxas de juro nos mercados durante o ano, que permitiram a libertação de provisões técnicas para compromissos de taxas que estavam adstritas a produtos de Vida financeiros.

Outros 200 milhões são explicados por um um ganho extraordinário no balanço de abertura da sucursal italiana – realizada em dezembro de 2022 -, refletindo, adianta a GamaLife, “o justo valor do negócio adquirido ao abrigo das normas contabilísticas”. Com a entrada em Itália a GamaLife entra num grupo restrito de entidades consolidadoras no mercado europeu de seguros de vida. Tudo aconteceu com a compra de uma carteira de seguros de Vida da Zurich naquele país por um valor final de 123 milhões de euros.

“O ano de 2022 foi muito importante para a GamaLife” comentou Matteo Castelvetri, CEO da GamaLife, acrescentado terem concluído a aquisição em Itália, naquele que foi “o primeiro passo para a construção da nossa visão de uma empresa pan-europeia sediada em Portugal. Em Itália, acrescentámos mais de 180.000 novos clientes aos 340.000 já existentes no final de dezembro, e estabelecemos acordos com mais de 400 agentes e corretores de seguros e com quase 60 parceiros bancários”, disse Matteo Castelvetri.

A companhia também confirmou um volume de produção no ano de 2022 de 271 milhões de euros, com a diminuição de 63% na produção em Portugal para 220 milhões de euros, explicada por uma diminuição nas vendas de produtos unit-linked, apenas parcialmente compensada por um aumento dos produtos garantidos e um desempenho estável em produtos de risco.

Fortalecimento da solvência e aposta renovada em rendimentos garantidos

A GamaLife anunciou igualmente um reforço da sua solidez. O rácio de cobertura de Solvência (SCR) era, a 31 de dezembro de 2022, igual a 199%, valor dentro da média do setor segurador em Portugal. Este valor significa 310 milhões de euros, o que representa um aumento de 156 milhões de euros face ao ano anterior. Este aumento significativo deve-se à incorporação da carteira da Zurich adquirida pela sucursal italiana.

A 31 de dezembro de 2022, os Fundos Próprios Elegíveis Solvência II da GamaLife eram de 615 milhões de euros, o que representa um aumento de 88 milhões de euros em relação ao ano anterior. Este montante também reflete a aquisição da unidade de negócio em Itália e inclui o reembolso de 45 milhões de euros de dívida subordinada Tier 2 no 4º trimestre do ano passado.

Os fundos próprios IFRS da GamaLife são de 276 milhões de euros, apresentando, assim, um aumento de 17%.

Matteo Castelvetri afirma que “num ano marcado por um dos maiores aumentos nas taxas de juro e pelo fraco desempenho de todas as classes de ativos, tivemos de ser ágeis e ajustar os nossos caminhos à nova realidade”.

“Em Portugal, as vendas de produtos unit-linked revelaram-se difíceis, pelo que decidimos reabrir os produtos garantidos, que continuam a ter um forte desempenho em 2023”, conclui o CEO da GamaLife.

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+M

FPF entregou prémios do Futebol para Todos

Criado pela FPF em 2018, o Futebol para Todos é um projeto de intervenção social que visa envolver a sociedade civil em temas como o combate à discriminação e a promoção da inclusão social.

O Forjães SC, as Novas Olimpíadas Especiais e o FC Romariz foram os vencedores do Futebol para Todos, iniciativa da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Os prémios foram entregues esta quinta-feira e, entre os vencedores, a FPF distribuiu 50 mil euros.

No total foram 63 os projetos candidatos, um número recorde.

Criado pela FPF em 2018, o Futebol para Todos é um projeto de intervenção social que tem como objetivo “envolver a sociedade civil em temas tão prementes como são o combate à discriminação e a promoção da inclusão social”, explica a FPF.

“O prémio é dirigido a instituições sem fins lucrativos e consubstancia-se na apresentação de projetos que considerem a prática do futebol, o veículo promotor para o combate à discriminação e à promoção da integração social de crianças, jovens, adultos e pessoas portadoras de qualquer tipo de deficiência”, detalha a Federação.

Desde a sua criação, a iniciativa já apoiou 13 projetos/instituições com um total de 200 mil euros.

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António Guterres “não está surpreendido” por ser “espiado”

  • Lusa
  • 13 Abril 2023

O secretário-geral das Nações Unidas "não está surpreendido com o facto de alguns o espiarem e de que as suas conversas privadas sejam escutadas", disse o porta-voz de Guterres.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, “não está surpreendido” por ser “espiado” e as suas conversas privadas “escutadas”, disse esta quinta-feira o seu porta-voz, Stéphane Dujarric.

O porta-voz de Guterres reagiu desta forma à divulgação de documentos secretos norte-americanos sobre a Ucrânia que indicam que Washington tem monitorizado o secretário-geral da ONU.

O secretário-geral está nestas funções há bastante tempo, já esteve na política e é uma figura pública há muito tempo, e não está surpreendido com o facto de alguns o espiarem e de que as suas conversas privadas sejam escutadas”, disse Dujarric na sua conferência de imprensa diária em Nova Iorque.

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Mapfre premiada pela criatividade

  • ECO Seguros
  • 13 Abril 2023

A campanha “Azar é Não Ter Seguro” foi premiada nos Prémios Lusófonos da Criatividade. Duas distinções de ouro nas categorias Relações Públicas e Digital são resultado de aposta em campanha animal.

A Mapfre foi distinguida, nesta terça-feira, com dois galardões de ouro nos Prémios Lusófonos da Criatividade. O projeto responsável pelos prémios foi a campanha “Azar é Não Ter Seguro”, que visa promover a adoção responsável de animais pretos na União Zoófila.

Filipa Alves, responsável pelo canal digital da Mapfre, recebeu os prémios.

“Este reconhecimento deixa-nos muito orgulhosos e alimenta ainda mais o nosso entusiasmo para continuar a promover causas de enorme valor social, como a proteção dos animais”, afirma João Gama, Diretor de Marketing e Clientes da Mapfre.

“Com este projeto, incentivámos a adoção naquela que é uma das associações portuguesas que mais faz por animais desprotegidos e abandonados, em especial os de cor preta”, acrescenta o profissional.

Durante o período da campanha, a empresa ofereceu um ano de seguro de responsabilidade civil e saúde animal a todos os animais pretos adotados na associação, além de 20% de desconto na compra de um novo seguro animal.

Os Prémios Lusófonos da Criatividade são um festival internacional que visa reconhecer as agências que trabalham na área da criatividade na comunicação, dedicado aos mercados publicitários e de comunicação dos países de língua oficial portuguesa.

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Presidente da CMVM investiu em obrigações da TAP e não pode decidir sobre contraordenação

O presidente da supervisor tinha afirmado à Cresap no ano passado que iria vender os instrumentos financeiros de emitentes supervisionados pela CMVM de que era detentor, mas ainda tem títulos da TAP.

O presidente da CMVM, Luís Laginha de Sousa, afirmou na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que comprou obrigações da TAP em 2019, antes de entrar para o supervisor, pelo que não poderá participar na decisão sobre o processo de contraordenação à companhia aérea.

“Por ser titular de obrigações da TAP, que subscrevi na oferta pública em 2019, a lei não me permite participar em decisões do conselho de administração que tenham impacto na TAP”, disse o responsável pelo supervisor aos deputados.

Laginha de Sousa declarou à Cresap em 2022, no âmbito do seu processo de nomeação, ser “detentor de instrumentos financeiros de emitentes supervisionados pela CMVM”, mas comprometeu-se junto daquela entidade que, “caso venha a ser designado para o cargo ao qual me encontro indigitado, tais incompatibilidades e impedimentos cessarão na data do despacho de designação”, segundo o documento a que o ECO teve acesso.

O presidente da CMVM disse esta quinta-feira na CPI à TAP que a companhia foi notificada na quarta-feira passada, dia 5 de abril, do processo de contraordenação e aguarda a resposta, confirmando a informação prestada pelo chairman da companhia na terça-feira. O processo incide sobre a “qualidade e tempestitividade” de informação prestada na cessação de funções da antiga administradora Alexandra Reis. Luís Laginha de Sousa justificou com o cumprimento do segredo de justiça para não dar mais detalhes.

O presidente da CMVM identificou o administrador financeiro da TAP, Gonçalo Pires, como o responsável na companhia aérea pela informação divulgada ao mercado. Questionado pela deputada Mariana Mortágua se era um dos alvos do processo de contraordenação instaurado pelo supervisor, Luís Laginha de Sousa voltou a invocar o segredo de justiça.

A TAP informou o mercado a 4 de fevereiro de 2022 que Alexandra Reis, então administradora executiva, tinha apresentado a “renúncia ao cargo, decidindo encerrar este capítulo da sua vida profissional e abraçando agora novos desafios”. O comunicado é assinado por Gonçalo Pires. Depois de estalar a polémica sobre a indemnização de 500 mil euros, na véspera de Natal, o Governo pediu esclarecimentos à TAP que comprovam que a gestora saiu por iniciativa da CEO.

A informação prestada pela companhia foi enviada para a CMVM e a entidade liderada por Luís Laginha de Sousa obrigou a transportadora a corrigir o comunicado, para dizer que a saída “ocorreu na sequência de um processo negocial de iniciativa da TAP, no sentido de ser consensualizada por acordo a cessação de todos os vínculos contratuais existentes entre Alexandra Reis e a TAP”.

O presidente da CMVM explicou que pediu informações à TAP na sequência das notícias sobre a indemnização de 500 mil euros brutos a Alexandra Reis. Luís Laginha de Sousa diz que a CMVM solicitou esclarecimentos ao emitente, porque a informação “inicial divulgada apontava para contexto de diferente da saída do que o comunicado”.

João Barbosa de Melo, do PSD, deu conta de “uma troca intensa de emails” entre o supervisor e a TAP, até que o primeiro deu à companhia aérea quatro dias para emitir um comunicado a corrigir a informação ao mercado. Luís Laginha de Sousa apontou que “até hoje não houve uma única queixa, reclamação ou pedido de informação” recebido pelo supervisor sobre o processo. “São indicadores habituais de risco e preocupação a que a CMVM está atenta”, apontou.

O responsável do supervisor explicou que o valor da indemnização a Alexandra Reis não tinha de ser comunicado pela TAP. Só seria necessário se fosse de tal forma elevado que tivesse impacto financeiro material nas contas da companhia aérea, disse Luís Laginha de Sousa.

O artigo 389.º do Código dos Valores Mobiliários diz que “a comunicação ou divulgação, por qualquer pessoa ou entidade, e através de qualquer meio, de informação que não seja completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita” constitui uma contraordenação muito grave, punível com coima entre 25 mil e 5 milhões de euros. O presidente da CMVM referiu apenas que “em abstrato”, uma coima a um emitente pode atingir aquele valor máximo.

Luís Laginha de Sousa esclareceu na sua intervenção inicial que no caso da TAP a CMVM não tem supervisão sobre o relatório de governo societário, uma vez que no caso da companhia aérea a obrigação de divulgar esta informação decorre do seu estatuto de empresa pública.

A comissão parlamentar de inquérito para “avaliar o exercício da tutela política da gestão da TAP” foi proposta pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelo Parlamento no início de fevereiro com as abstenções de PS e PCP e o voto a favor dos restantes partidos. Nasceu da polémica sobre a indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis para deixar a administração executiva da TAP em fevereiro de 2022, mas vai recuar até à privatização da companhia em 2015. Tomou posse a 22 de fevereiro, estendendo-se por um período de 90 dias.

(notícia atualizada às 21h12)

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Câmara de Viseu aprova contas de 2022 com saldo positivo de 2,4 milhões de euros

  • Lusa
  • 13 Abril 2023

Presidente da Câmara de Viseu anunciou que a autarquia fechou o ano de 2022 com um saldo positivo de 2,4 milhões de euros, depois de ter fechado 2021 com um saldo negativo de 1,4 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Viseu fechou o ano de 2022 com um saldo positivo de 2,4 milhões de euros, depois de ter fechado 2021 com um saldo negativo de 1,4 milhões de euros, anunciou o autarca Fernando Ruas depois da reunião do executivo.

“As contas foram hoje aprovadas, sem votos contra, só com abstenções, e este ano apresentámos um saldo positivo, pequeno, mas positivo, mas já foi ao contrário do ano passado, em que apresentámos um saldo negativo, relativamente a 2021”, afirmou o social-democrata Fernando Ruas.

No final da reunião do executivo municipal, o autarca disse aos jornalistas que os 2,4 milhões de euros representam “um aumento significativo do resultado líquido, tendo em conta [o saldo negativo] de 1,4 ME do ano anterior” – e a diferença “teve a ver com algum cuidado com a gestão”.

A receita bruta foi superior às despesas correntes com as amortizações médias de empréstimos de médio e longo prazo, num montante de quase 14,1 milhões de euros.

Fernando Ruas

Presidente da Câmara Municipal de Viseu

“A gestão é diferente, como já perceberam”, realçou Fernando Ruas, que, a título de exemplo, apontou “algum tipo de iniciativas que não se fazem”, o que, no seu entender, acabou por “fazer diminuir a despesa, porque ela foi selecionada”.

“Ter um diferencial entre as receitas correntes e as despesas correntes é bom, porque passa para capital, para investimento, e foi o que aconteceu, porque a nossa receita corrente é maior que a despesa, o que é de salientar”, reforçou.

Sobre as contas da Câmara de Viseu relativas ao ano de 2022, Fernando Ruas indicou ainda “alguns números”, entre os quais o da capacidade de endividamento do município, que “é boa, é de 14,4 milhões de euros por ano“.

“Melhorámos em termos comparativos as receitas próprias em 5,6%, mas, o importante, é que se quebrou, pela primeira vez, no que diz respeito ao investimento bancário, a tendência que se verificava em anos anteriores [de registar uma redução no valor de 1,2 milhões de euros]”, sustentou.

Fernando Ruas destacou ainda que “a receita bruta foi superior às despesas correntes com as amortizações médias de empréstimos de médio e longo prazo, num montante de quase 14,1 milhões de euros”.

“Temos um quadro que analisa os fluxos de caixa e o importante é concluir que o saldo de gerência conquistou um aumento de 14,6% em relação ao ano anterior”, frisou o autarca social-democrata.

O ativo do município de Viseu, em 2022, acrescentou Fernando Ruas, “atingiu 298,8 ME, ou seja, 7,5 ME de aumento, em relação ao ano de 2021”.

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Inflação vai continuar a cair “nos próximos meses” devido ao efeito de base, antecipa INE

Os preços subiram tanto no último ano que as subidas vão parecer mais modestas nos próximos meses. A inflação vai continuar a desacelerar, mas muito por culpa do chamado efeito de base.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) antecipa “uma redução progressiva” da taxa de inflação nos próximos meses, uma trajetória que será essencialmente explicada como “consequência aritmética do chamado efeito de base”.

O que acontece é que, uma vez que os preços aceleraram tanto na primeira metade do ano passado – tendo estabilizado no segundo semestre –, a inflação começar a sentir o impacto do “efeito de base”, refletindo-se em subidas dos preços não tão intensas como tivemos até agora.

Este fenómeno já se fez sentir na evolução da inflação em março, em que a taxa registou uma desaceleração para 7,4% em relação ao valor registado em fevereiro. Se não houver um “novo choque que implique aumentos significativos de preços”, o efeito de base deverá continuar a ter impacto na inflação “nos próximos meses”, aponta o INE numa caixa explicativa onde alerta para este efeito de “modo a ser possível interpretar corretamente a evolução das taxas de variação homóloga”.

Para uma melhor compreensão do efeito de base, o INE publicou um gráfico em que mostra a diferença (zona sombreada) entre o índice de preços do mês corrente (linha laranja) e o índice do mesmo mês do ano anterior (linha roxa). Quanto maior for a diferença, mais elevada será a taxa de inflação homóloga.

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Estes efeitos de base têm particular impacto quando ocorrem eventos fora do normal, podendo levar a interpretações que, embora correspondendo aos números, não capturam verdadeiramente a realidade. Como aconteceu durante a pandemia e que praticamente fechou o mercado do turismo. No ano seguinte, e porque comparava com um período em que o número de turistas foi anormalmente inferior, as taxas de crescimento de dormidas e hóspedes dispararam – justamente por causa do efeito de base. Para ultrapassar este efeito, muitas comparações são feitas em relação a 2019, antes do impacto da pandemia.

Nos preços, o choque ocorrido em 2022 – com o início da invasão russa na Ucrânia – levou a um pico da inflação, com os preços a registarem taxas de crescimento acima de 10% (observada em outubro).

Mas agora “começa a evidenciar-se o impacto do efeito de base no comportamento das taxas de variação homóloga”, indica o INE. “Em particular nos meses de fevereiro e março, nos quais houve um aumento do nível absoluto de preços (0,3% e 1,7%, respetivamente) que, por serem menos intensos que em fevereiro e março de 2022 (0,4% e 2,5%, pela mesma ordem), resultaram numa redução da variação homóloga do índice de preços no consumidor”.

Isto significa que, embora se tenha registado um abrandamento da inflação, “o nível médio dos preços tem mantido uma trajetória e subida, atingindo em março de 2023 o valor mais elevado da série, 12,5% superior a 2021”.

O INE acrescenta que para que o nível de preços regressasse a valores comparáveis aos de 2021, “teria de se verificar um período com taxas de variação negativas”. Numa altura em que os bancos centrais continuam a luta contra a alta inflação, o efeito de base vai dar uma ajuda nessa batalha.

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Novos protestos contra a subida da idade da reforma em França

  • Lusa
  • 13 Abril 2023

Após quase três meses de protestos – a jornada desta quinta é a 12.ª convocada pelos sindicatos – as autoridades esperam entre 400.000 e 600.000 manifestantes.

A contestação à reforma do sistema das pensões voltou esta quinta-feira às ruas francesas, nomeadamente da capital Paris, com alguns focos de violência na véspera da aguardada deliberação do Conselho Constitucional sobre a nova lei. Após quase três meses de protestos – a jornada desta quinta é a 12.ª convocada pelos sindicatos – as autoridades esperam entre 400.000 e 600.000 manifestantes, contra os 570.000 registados em 06 de abril e os 740.000 em 28 de março.

A influente Confederação Geral do Trabalho (CGT) já avançou que estarão 400 mil manifestantes em Paris, mas ainda são aguardados os números do Ministério do Interior, que normalmente refletem alguma discrepância com os dados avançados pelas organizações sindicais.

Como ocorreu em jornadas anteriores, foram registados confrontos com a polícia em algumas cidades francesas. Em Nantes (oeste), onde entre 10 mil a 25 mil pessoas estarão nas ruas (segundo os dados fornecidos pela polícia e pelos sindicatos, respetivamente), os manifestantes atiraram projéteis contra a polícia, que responderam com granadas de gás lacrimogéneo, de acordo com o relato das agências internacionais.

Em Paris, os manifestantes invadiram por breves momentos a sede do grupo francês de marcas de luxo LVMH, no reconhecido bairro dos Champs-Elysées. No interior, os manifestantes lançaram engenhos de fumo e entoaram fortes assobios.

O edifício do Conselho Constitucional, que fica no Palais Royal, em pleno centro da capital francesa, foi colocado sob forte vigilância. Esta quinta de manhã, uma tentativa de bloquear o edifício com contentores e bombas de fumo resultou em quatro detenções. O prefeito da polícia de Paris emitiu entretanto uma ordem a proibir todas as manifestações nas proximidades da instituição, a partir de hoje à tarde até ao início da manhã de sábado.

O Conselho Constitucional francês (um conselho de sábios, o equivalente ao Tribunal Constitucional português) deverá pronunciar-se na sexta-feira sobre a constitucionalidade da nova lei das pensões, aprovada com recurso a uma disposição constitucional e sem votação no parlamento.

Entre os vários cenários possíveis, o conselho poderá validar ou rejeitar, parcial ou totalmente, a nova lei das aposentações que prevê, entre outros aspetos, o aumento dos 62 para os 64 anos a idade de reforma sem penalizações financeiras em França.

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TAP: Chega entregou ação popular contra ministérios das Finanças e das Infraestruturas

  • Lusa
  • 13 Abril 2023

O líder do Chega justificou esta ação popular com a existência de "uma lesão profunda do erário público e do dinheiro dos contribuintes" e com a "gestão dolosa ou negligente" da TAP.

O Chega entregou esta quinta-feira uma ação popular contra os ministérios das Finanças e das Infraestruturas por “gestão dolosa” na TAP, pedindo que o dinheiro gasto em indemnizações, remunerações ou compensações indevidas seja devolvido ao erário público.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, André Ventura disse que a ação popular entregue no tribunal administrativo de Lisboa visa os atuais ministros das Finanças, Fernando Medina, e das Infraestruturas, João Galamba, mas também os seus antecessores, João Leão e Pedro Nuno Santos.

O líder do Chega justificou esta ação popular com a existência de “uma lesão profunda do erário público e do dinheiro dos contribuintes” e com a “gestão dolosa ou negligente” da TAP por parte de “vários responsáveis públicos e políticos”.

Para o líder do Chega, houve “mentira deliberada por parte da companhia aérea, já então empresa pública, em relação não só às indemnizações pagas aos seus colaboradores, gestores ou funcionários, como ao próprio regulador”, referindo-se ao facto de o comunicado transmitido à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) sobre Alexandra Reis indicar que a sua saída da TAP foi uma renúncia, quando a própria diz que foi despedida.

Ventura alegou que os depoimentos feitos na comissão de inquérito à TAP indiciam uma “muito possível e provável associação criminosa com vista à diminuição do erário público, ao desvio de recursos públicos e à atribuição de bens públicos a terceiros”.

“Pela análise jurídica que fazemos, parece-nos evidente uma coisa: não só a inexistência de contratos escritos com alguns administradores, como a atribuição de benefícios ilegítimos, os próprios acordos de cessação serem nulos, e a violação das regras contidas no estatuto do gestor público”, disse.

Neste ponto relativo a uma alegada “associação criminosa” na TAP, Ventura destacou também o facto de, na comissão de inquérito, a presidente executiva da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener, ter confirmado que o ex-secretário de Estado Hugo Mendes terá ajudado a redigir os esclarecimentos pedidos pelo próprio Governo sobre a indemnização de Alexandra Reis.

“Quando temos um Governo que pede esclarecimentos à TAP, e alguns desses membros do Governo auxiliam na construção desse esclarecimento para ocultação de factos relevantes ao interesse e ao erário público, nós estamos muito perto daquilo que é uma ação criminosa para efeitos da nossa legislação penal”, referiu. Na ação popular, o Chega pede assim que sejam “devolvidas todas as quantias indevidamente pagas a título de indemnizações, remunerações, compensações e similares, com as demais consequências legais”.

“Pede-se o ressarcimento do Estado em todos estes bens que foram gastos em indemnizações ilegais e a responsabilização dos ministros em funções à altura dos factos, caso o Estado não seja ressarcido devidamente ou os visados não consigam ressarcir o Estado por vários motivos”, explicou Ventura. O líder do Chega salientou que é a primeira vez que uma ação popular é interposta com vista à recuperação de dinheiro público, e disse esperar que “faça jurisprudência”.

“Pedimos a condenação dos visados, a intimação para a obtenção de informações e procuramos fazer jurisprudência para que outras empresas públicas no futuro não tenham o mesmo destino que a TAP teve”, disse. A par desta ação popular, André Ventura anunciou também que o Chega vai pedir, na comissão parlamentar de inquérito, que seja divulgada “toda a documentação” sobre o processo de saída de Alexandra Reis da TAP.

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