Do IUC à habitação, conheça as propostas de alteração ao OE da oposição

À direita, o foco vai para a redução de impostos, nomeadamente do IRC e IRS. A esquerda quer um travão à atualização das rendas. E num ponto há consenso: eliminação do agravamento do IUC.

Na reta final para a aprovação final global do Orçamento do Estado (OE) para 2024, os partidos com assento parlamentar já apresentaram as propostas de alteração, cujo prazo limite se estendeu das 18h para as 23h45 desta terça-feira.

E este será um Orçamento para vigorar ao longo do próximo ano, pelo menos até que o novo Governo, saído das eleições antecipadas de 10 de março, apresente um retificativo, como já admite PSD e Chega.

Dos impostos à habitação, os seis partidos da oposição já submeteram centenas de alterações. E, num ponto, há consenso: a eliminação do agravamento do Imposto Único de Circulação (IUC) para automóveis anteriores a julho de 2007, como propõe o Governo, ainda que esse aumento esteja limitado a um travão anual de 25 euros.

Eliminação do aumento do IUC reúne consenso

Tal como o ECO noticiou, praticamente todos os partidos da oposição têm medidas para anular a subida do IUC para três milhões de viaturas e 500 mil motociclos. À direita do Parlamento, PSD e Iniciativa Liberal (IL) querem eliminar a penalização do imposto para viaturas entre 1981 e junho de 2007. O Chega também defende a revogação da medida e uma redução transversal do imposto sobre todas as viaturas.

À esquerda do PS, o PCP propõe também a eliminação do aumento do IUC. Já o Bloco de Esquerda não tenciona entregar projeto de alteração, remetendo o assunto para o debate na especialidade, ainda que seja contra a medida.

O PAN e o Livre, igualmente contra o agravamento do imposto por uma questão de justiça fiscal, têm iniciativas que visam compensar os 84 milhões de euros que os cofres do Estado poderiam perder caso a medida caísse.

Apesar desta unanimidade entre os vários partidos da oposição, o ministro das Finanças, Fernando Medina, parece relutante a mudar de posição. “O Governo sustenta a proposta que fez quanto a um aumento máximo de 25 euros por ano”, afirmou o governante esta terça-feira, durante a audição no Parlamento sobre o Orçamento do Estado para 2024.

Redução de impostos

Em matéria de impostos, PSD e IL vão bater-se por um maior desagravamento fiscal. O maior partido da oposição, presidido por Luís Montenegro, defende uma redução maior das taxas de cada escalão do IRS. E insiste num IRS Jovem mais baixo para trabalhadores até aos 35 anos, com taxas de imposto a começar nos 4,33%. Quanto ao IRC, os sociais-democratas defendem a redução da taxa de IRC de 21% para 19% já em 2024.

A IL mantém o objetivo de ter um único IRS, “mais baixo, mais simples e mais justo”. Deste modo, o partido, liderado por Rui Rocha, propõe “três escalões, duas taxas e a eliminação dos programas dos residentes não habituais, do programa regressar e do IRS jovem”. A proposta dos liberais é que seja aplicada uma taxa de 0% até aos 7.400 euros de rendimento coletável com o objetivo de substituir o “atual e complexo” mínimo de existência.

O PCP vai bater-se pelo aumento da dedução específica do IRS, que está congelada nos 4.104 euros desde 2010, ou seja, há mais de uma década. Este instrumento permite abater aquele valor ao rendimento anual declarado, baixando assim os ganhos sujeitos a IRS. Se este valor fosse atualizado, a carga fiscal baixaria automaticamente para todos os trabalhadores e pensionistas. Em julho, o PCP propôs o aumento daquele instrumento em 800 euros ou cerca de 19,5% para 4.804 euros, mas a proposta acabou por ser chumbada por PS, PSD, Chega e Iniciativa Liberal.

Para resolver a crise na habitação, o Chega vai propor a isenção de IMI para imóveis de habitação própria e permanente até 350 mil euros e a isenção de IMT para habitação própria para jovens até aos 35 anos.

Já o Livre exige um agravamento do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) sobre os imóveis de luxo para travar a fuga de habitação para grandes fundos. Fernando Medina admite avaliar a proposta.

Ainda na área fiscal, o PAN, liderado por Inês de Sousa Real, defende a redução do IVA da ração para animais de companhia da taxa máxima, de 23%, para a mínima, de 6%.

Travão ao aumento das rendas

O Governo decidiu não replicar, no próximo ano, o travão de 2% ao aumento das rendas da habitação que vão subir 6,94%. Em alternativa, foi aprovado o reforço do subsídio de forma a garantir que as famílias só irão suportar um agravamento dos encargos em 2%. Contudo, este apoio só está acessível a agregados com rendimentos brutos anuais até ao 6.º escalão de IRS, ou seja, até 38.632 euros anuais (cerca de 2.760 euros líquidos por mês), e que evidenciem uma taxa de esforço superior a 35%. Também só beneficiam desta ajuda contratos de arrendamento celebrados até 15 de março deste ano.

Perante estas condicionantes, PCP e BE apresentaram medidas que visam travar um novo aumento das rendas no próximo ano. O partido, liderado por Paulo Raimundo, propõe um limite de 0,43% aos aumentos nas rendas. Os bloquistas, coordenados por Mariana Mortágua, também defendem um limite máximo ao valor da atualização das rendas.

Ainda na área da habitação, o Livre propõe a criação de um programa em que o Estado comparticipa uma parte da entrada para a compra da primeira casa de até 30% do valor de mercado do imóvel, sob a forma de empréstimo de capital próprio. Com esta comparticipação, o Estado fica coproprietário do percentual correspondente ao dinheiro que tiver adiantado e, uma vez ultrapassado um período de carência, as pessoas podem ou recomprar ao Estado esse apoio à entrada ou pagar um juro razoável sobre esse apoio à entrada.

Em matéria de habitação, o PSD quer eliminar a contribuição extraordinária de 15% sobre o Alojamento Local localizado em zonas de pressão urbanística, que abrange praticamente todo o litoral. A medida do Governo, e depois aperfeiçoada pelo PS, foi aprovado, no âmbito do Pacote Mais Habitação.

Passe social e aumentos na Função Pública

No que toca ao passe social, o Governo já anunciou que, no próximo ano, irá manter o valor congelado nos 30 euros e 40 euros mensais, consoante se trate do navegante municipal ou metropolitano, estando ainda previsto o alargamento da gratuitidade dos títulos de transporte a estudantes menores de 23 anos.

Mas os comunistas querem mais, até porque esta medida foi uma das conquistas do partido no tempo da geringonça. Assim, o PCP vai propor a redução do preço do passe para 20 euros, além de defender o fim de pagamento de portagens nas ex-SCUT.

Neste ponto, o PAN exige o alargamento do gratuitidade do passe a todos jovens com menos de 23 anos, independentemente se são estudantes, retirando assim esta condição imposta pelo Executivo.

As exigências dos ex-parceiros da geringonça em relação aos aumentos salariais da Função Pública também são mais ambiciosas do que a proposta do Governo, que já foi aprovada em Conselho de Ministros e promulgada. O BE defende um aumento salarial de 15%. O PCP propõe igualmente uma atualização de 15%, mas com um mínimo de 150 euros de aumento por trabalhador, em linha com a proposta da Frente Comum, afeta à CGTP.

Recorde-se que o Executivo aprovou aumentos salariais de cerca de 52,63 euros para ordenados brutos mensais até 1.807 euros e de 3% para vencimentos superiores.

Contagem do tempo de serviço dos professores

Na educação, PSD e Chega parecem estar alinhados. Ao contrário do PS, os dois partidos defendem a contagem integral do tempo de serviço dos professores (6 anos, 6 meses e 23 dias), para efeitos de progressão na carreira, mas de forma faseada no tempo.

“O Governo inicia, em 2024, o processo de reposição da contagem do tempo de serviço dos professores, à razão de 20% ao ano, assegurando a reposição integral no prazo de cinco anos”, de acordo com a proposta do PSD. Mas o partido também quer que o Executivo divulgue “o custo orçamental da reposição integral da contagem de tempo de serviço dos professores”.

O PSD já pediu à Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) para fazer o cálculo, mas o coordenador da entidade, Rui Baleiras, revelou que a análise não ficará concluída a tempo das votações em comissão e no plenário sobre propostas de alteração à proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano.

Já o Chega, liderado por André Ventura, propõe recuperar o tempo de serviço que falta ao longo de quatro anos, a um ritmo de 40% no primeiro ano e dividindo o restante por três anos.

 

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“O financiamento ‘verde’ deveria ser mais barato”, diz Mourinho Félix

O vice-presidente do BEI afirmou na Web Summit que é preciso trazer mais dinheiro 'verde' para o mercado, mas sublinhou que é preciso pagar um prémio menor e alargar as emissões à escala global.

O vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ricardo Mourinho Félix, afirmou esta terça-feira que as obrigações ‘verdes’ deveriam ser mais baratas para os investidores, pois são desenhadas para financiar projetos de sustentabilidade específicos e com riscos próprios, ao invés de orçamentos gerais com riscos mais diluídos.

“O financiamento ‘verde’ é uma área fascinante”, começou por dizer o ex-secretário de Estado das Finanças, numa sessão na Web Summit, em Lisboa. “Começámos com a primeira obrigação ‘verde’ em 2008 e, desde então, o mercado cresceu e vale agora 1 bilião de dólares“.

“Pode parecer muito dinheiro, mas não é. O mercado global de dívida é de 100 biliões de dólares, portanto representa só 1% do total“, sublinhou.

Sobre os desafios de integrar os títulos ‘verdes’, no mainstream do mercado de financiamento, o vice do BEI referiu que “uma coisa que é necessária, claro, são os projetos”. Em relação à discussão sobre se não há projetos suficientes ou se não há dinheiro suficiente, disse alinhar-se “pelo lado que acredita que não há financiamento verde suficiente“.

Explicou que é sempre necessário ter mais projetos do que financiamento, para que se financie apenas os melhores projetos e não tudo, inclusive “coisas que não fazem sentido”.

Precisamos de trazer mais dinheiro ‘verde’ para o mercado e de desenvolver o mercado de tal forma que este greenium não seja um Santo Graal, mas algo que se possa encontrar facilmente e que faça todo o sentido”, salientou.

Adiantou que o BEI está a financiar projetos, a alocar dinheiro a projetos, acrescentando que “portanto o risco de vincular dinheiro a um projeto que conhecemos deve ser menor do que simplesmente financiarmos um orçamento“.

“Deve haver um prémio de risco mais baixo, o que significa que este financiamento verde deveria estar mais barato“, frisou. Para Mourinho Félix, o mercado de financiamento sustentável está bastante desenvolvido na Europa e nos EUA, mas é preciso desenvolvê-lo à escala global.

“Estamos, juntamente com a Comissão Europeia, a apresentar a iniciativa global de obrigações ‘verdes‘”, referiu, sobre um fundo que está a ser criado em conjunto com as Nações Unidas, “um fundo climático global que pode ser usado para desenvolver títulos verdes noutros mercados, nomeadamente na América Latina, em África e na Ásia“.

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Ministério Público instaura inquérito a incidentes na assembleia-geral do FC Porto

  • Lusa
  • 14 Novembro 2023

O Ministério Público indica que os acontecimentos de 13 de novembro, durante a assembleia-geral do FC Porto, são "suscetíveis de integrarem infrações criminais de natureza pública".

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito aos incidentes ocorridos na Assembleia Geral (AG) extraordinária do FC Porto, que havia sido suspensa na segunda-feira, informou esta terça-feira a Procuradoria-Geral Distrital do Porto, em comunicado.

Tendo em conta os acontecimentos sucedidos na AG do FC Porto, que teve início em 13 de novembro, amplamente divulgados na comunicação social e suscetíveis de integrarem infrações criminais de natureza pública, foi determinada a instauração de inquérito, que corre termos no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] da Procuradoria da República do Porto“, sinalizou o órgão superior do MP, que engloba a Comarca do Porto.

O presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) dos ‘dragões’, José Lourenço Pinto, suspendeu os trabalhos na segunda-feira, na sequência de uma sessão magna agitada e com confrontação entre sócios, que incidia na deliberação dos novos estatutos dos vice-campeões nacionais de futebol, mas, face à forte afluência, mudou de local à última hora.

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PSOE estima amnistia para 309 independentistas e 73 polícias

  • Lusa
  • 14 Novembro 2023

Neste grupo estão políticos catalães, mas também – e são estes a maioria – funcionários públicos, bombeiros ou diretores de escolas, segundo o PSOE.

A amnistia de independentistas catalães que o parlamento de Espanha se prepara para aprovar abrangerá previsivelmente 309 pessoas ligadas ao movimento de autodeterminação da Catalunha e 73 polícias, disseram esta terça-feira fontes do partido socialista (PSOE).

Em causa estão 309 pessoas envolvidas em processos penais e passíveis de serem condenadas a diversas penas, incluindo de prisão ou de proibição de exercício de cargos públicos. Neste grupo estão políticos catalães, mas também – e são estes a maioria – funcionários públicos, bombeiros ou diretores de escolas, segundo o PSOE.

Os diretores de escola, por exemplo, estão a braços com a justiça por terem sido instaladas nas instituições de ensino em 1 de outubro de 2017 assembleias de voto no referendo sobre a independência da Catalunha que tinha sido declarado ilegal pelo Tribunal Constitucional.

Sempre segundo as mesmas fontes, trata-se de funcionários públicos, bombeiros ou diretores de escolas que responderam a decisões que haviam sido aprovadas no parlamento regional (embora ilegais) e que, “em circunstâncias normais”, fora do contexto do conflito e tensão política que então se vivia, nunca teriam cometido um crime.

Quanto aos políticos que vão ser potencialmente amnistiados, como o antigo presidente do Governo regional Carles Puigdemont, que vive na Bélgica desde 2017 para fugir à justiça espanhola, o PSOE considera que a amnistia é a forma para os recuperar para o sistema constitucional e os fazer voltar a fazer política dentro das instituições.

Já os 73 polícias que potencialmente serão amnistiados estão envolvidos em processos penais por causa de atuações na resposta ao movimento independentista, como aconteceu, por exemplo, em manifestações. Além destas quase 400 pessoas com processos penais e outras já condenadas, a amnistia poderá ainda abranger outras com processos administrativos, sancionáveis com multas, por exemplo.

O PSOE afirma que, porém, a maioria desses casos estão fechados e prescritos e a amnistia não lhes será aplicável. Em resposta a críticas dos partidos da direita e de outros setores em Espanha, como associações de juízes e procuradores, o PSOE afirma que a lei de amnistia é constitucional “sem nenhuma dúvida” e que, por outro lado, a União Europeia (UE) não colocará objeções.

O presidente do Partido Popular espanhol (PP, direita), Alberto Núñez Feijóo, considerou esta terça que o parlamento de Espanha se prepara para aprovar uma amnistia “claramente antidemocrática” e espera uma intervenção da UE. Na semana passada, o comissário europeu da Justiça, Didier Reynders, pediu já “informação detalhada” a Espanha sobre a amnistia, com o argumento de que estava a gerar “sérias preocupações”.

O Governo espanhol assegurou que explicará à Comissão “todos os detalhes” e enviou hoje para Bruxelas a proposta de lei de amnistia que o PSOE entregou na segunda-feira no parlamento, pedindo ainda uma reunião para explicar o documento aos responsáveis europeus. A amnistia resulta de acordos do PSOE com dois partidos independentistas catalães, que em troca vão viabilizar esta semana o novo governo de Espanha, saído das legislativas de 23 de julho e liderado pelo socialista Pedro Sánchez.

Na última legislatura, o PSOE já indultou independentistas que estavam na prisão e tem sublinhado que desde então diminuiu a tensão na Catalunha, não existe atualmente um movimento unilateral de autodeterminação e os partidos separatistas perderam todos votos nas sucessivas eleições.

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WTW faz acordo para seguros com 40 empresas de trabalho temporário

  • ECO Seguros
  • 14 Novembro 2023

A corretora vai calcular riscos, fornecer seguros específicos e dar capacidade de negociação às sócias da APESPE RH, que colocam mensalmente 35 mil trabalhadores temporários em empresas portuguesas.

A WTW acaba de estabelecer um protocolo com a APESPE RH, Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos, para serviços de identificação e quantificação dos seus riscos das empresas sócias, fornecer acesso a seguros específicos para a atividade e dar capacidade para negociar com seguradoras.

Nuno Arruda, head da WTW em Portugal, quer que este passo “constitua uma efetiva mais-valia para os associados da APESPE-RH dados os desafios que a economia e o setor enfrentam”.

A APESP RH agrupa 40 empresas de trabalho temporário que, em média, colocam, todos os meses, cerca de 35 mil trabalhadores em empresas portuguesas. Segundo fontes do setor, este serviço tem aumentado perante uma elevada procura de mão-de-obra temporária, e uma disponibilidade para trabalhos extra parte de pessoas empregadas para fazer face à atual crise económica das famílias portuguesas.

A WTW refere que o protocolo abrange a totalidade da carteira de seguros das empresas. “Destacamos o seguro de Acidentes de Trabalho que tem um peso significativo na estrutura de custos das empresas deste setor, mas também o seguro de caução, crédito e saúde são áreas de interesse para estas empresas”, informou a corretora, acrescentando que “os seguros mais específicos são os seguros de Directors & Officers (D&O) e Cyber”.

“A negociação dos seguros, a gestão dos mesmos e a gestão dos sinistros ao abrigo de cada seguro será realizada pela WTW em parceria com a empresa e com a seguradora”, adianta a corretora.

Nuno Arruda, Head of Portugal na WTW, afirma “acreditamos e tudo faremos para que este protocolo constitua uma efetiva mais-valia para os associados da APESPE-RH dados os desafios que a economia e o setor enfrentam”, conclui.

As pessoas colocadas pelas empresas sócias da APESP RH destinam-se principalmente à fabricação de componentes e acessórios para automóveis, fornecimento de refeições para eventos e outras atividades, transportes, empregados de aprovisionamento e armazéns e trabalhadores qualificados do fabrico de instrumentos de precisão, joalheiros e artesãos.

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Ministra britânica despedida acusa Rishi Sunak de ser “incerto e fraco”

  • Lusa
  • 14 Novembro 2023

A ex-ministra do Interior britânica considerou que o primeiro-ministro britânico "falhou manifesta e repetidamente" no cumprimento de promessas essenciais.

A ex-ministra do Interior britânica, Suella Braverman, acusou esta terça-feira o primeiro-ministro, que a demitiu na segunda-feira, de ter uma postura “incerta, fraca” e de trair as promessas feitas aos britânicos.

Numa carta de demissão que publicou esta tarde, Braverman considerou que o primeiro-ministro Rishi Sunak “falhou manifesta e repetidamente” no cumprimento de promessas essenciais e alegou que ele “nunca teve qualquer intenção” de as cumprir. Sunak demitiu Braverman por telefone na segunda-feira, depois de esta ter feito uma série de declarações inadequadas que se desviaram da linha do governo.

Nas últimas semanas, qualificou os sem-abrigo como uma “escolha de estilo de vida” e acusou a polícia de ser demasiado branda com os protestos pró-palestinianos, aos quais chamou “marchas de ódio”. No sábado, militantes de extrema-direita entraram em confronto com a polícia e tentaram atacar uma manifestação pró-palestiniana de centenas de milhares de pessoas pelas ruas de Londres.

Os críticos acusaram a linguagem de Braverman de contribuir para inflamar as tensões. Na carta, a antiga ministra revelou que Sunak rejeitou os apelos para proibir as manifestações pró-palestinianas que pediam um cessar-fogo em Gaza. “O Reino Unido está num ponto de viragem da nossa história e enfrenta uma ameaça de radicalização e extremismo como não se via há 20 anos. Lamento dizer que a sua resposta tem sido incerta, fraca e sem as qualidades de liderança de que este país precisa”, escreveu.

Enquanto ministra do Interior, Braverman defendeu o plano do Governo, que está suspenso, de deportar requerentes de asilo que chegam ao Reino Unido em barcos através do Canal da Mancha para o Ruanda. A decisão do Supremo Tribunal do Reino Unido sobre a legalidade desta política está prevista para quarta-feira. Braverman defende a saída britânica da Convenção Europeia dos Direitos do Homem se a medida for rejeitada, o que Sunak rejeitou.

A agora deputada acusou o primeiro-ministro de não ter um “Plano B” para o caso de o Governo perder o processo no Tribunal Supremo, a última instância judicial, e acrescentou que a relutância em retirar o Reino Unido de acordos internacionais de direitos era “uma traição à promessa à nação de que faria ‘o que fosse preciso’ para parar os barcos”.

O gabinete de Sunak disse que o primeiro-ministro “vai continuar a combater a migração ilegal”, independentemente do resultado no Tribunal. “O primeiro-ministro orgulhou-se de ter nomeado ontem [segunda-feira] uma equipa forte e unida, concentrada em defender os interesses do povo britânico”, afirmou um porta-voz.

Na remodelação governamental na segunda-feira, para o lugar de Braverman transferiu o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, James Cleverly, que foi substituído pelo antigo primeiro-ministro David Cameron.

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+M

Jornalistas de desporto denunciam tentativas de coação antes da AG do FC Porto

  • Lusa
  • 14 Novembro 2023

"Vários jornalistas, nomeadamente a equipa de reportagem da CMTV, foram verbalmente agredidos, ao mesmo tempo que adeptos batiam nos carros e intimavam os jornalistas", indica a associação CNID.

O CNID – Associação dos Jornalistas de Desporto anunciou esta terça-feira ter havido tentativas de coação a jornalistas por parte de adeptos instantes antes da Assembleia Geral (AG) extraordinária do FC Porto, que foi suspensa na segunda-feira.

Vários jornalistas, nomeadamente a equipa de reportagem da CMTV, foram verbalmente agredidos, ao mesmo tempo que adeptos batiam nos carros e intimavam os jornalistas a abandonar a via pública”, transmitiu a associação, em comunicado enviado às redações.

Denunciando as “atitudes cobardes e de incitação à violência” de uma “pequena minoria ruidosa”, o CNID solicitou “especial atenção” às forças policiais e pediu ao FC Porto que, dentro das suas diligências aos desacatos ocorridos durante a AG, inclua uma “pequena investigação” para poder “ajudar a responsabilizar gente que não interessa ao desporto”.

O presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), José Lourenço Pinto, suspendeu os trabalhos na segunda-feira, na sequência de uma sessão magna agitada e com confrontação entre sócios, que incidia na deliberação dos novos estatutos do clube, mas, face à forte afluência, mudou de local à última hora.

A AG extraordinária estava agendada para começar a partir das 21:00, num auditório do Estádio do Dragão, com lotação para quase 400 pessoas, número largamente abaixo dos milhares de sócios que se juntaram nas imediações, com a MAG a transferir os trabalhos para o pavilhão Dragão Arena, que ultrapassa os 2.000 espetadores em dias de jogos.

A reunião magna reiniciou já depois das 22:30, mas várias pessoas abandonariam o local ao fim de pouco tempo, na sequência de altercações verificadas nas bancadas, conforme atestam vídeos divulgados nas redes sociais e relatos de sócios que conseguiram entrar.

Os trabalhos foram suspensos e remarcados para 20 de novembro, às 21:00, no Dragão Arena, com o FC Porto a assegurar hoje que utilizará “os meios que tem ao seu alcance” para identificar os responsáveis pelas “agressões físicas” e abrir processos disciplinares.

A hipotética adoção do voto eletrónico e por correspondência, a filiação sénior mínima de 15 anos, em vez dos atuais 10, para se concorrer à presidência ou o acesso ao direito de voto após dois anos ininterruptos como sócio são algumas das mudanças em discussão.

Elaborado pelo Conselho Superior, órgão consultivo do FC Porto, o documento protege a manutenção da maioria do capital social da SAD perante uma eventual entrada de novos investidores, alargando ainda a abertura à realização de negócios entre os titulares dos órgãos sociais e os ‘dragões’, desde que salvaguardem o “manifesto interesse do clube”.

Qualquer alteração dos estatutos necessitará de dois terços de votos favoráveis para ser aprovada, entrando em vigor no dia seguinte ao da publicação da escritura pública, que deverá ser realizada num prazo de 30 dias junto da Conservatória do Registo Comercial.

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Britânica AVIVA investigada na Índia por alegada evasão fiscal

  • ECO Seguros
  • 14 Novembro 2023

A Aviva indiana foi alvo de apreensão de documentos e computadores e alguns dos seus executivos foram interrogados. A seguradora afirma estar "em total cooperação" com as investigações.

Inspetores das finanças da Índia interrogaram o CEO da Aviva Life Insurance, Índia, Asit Rath e o diretor do departamento financeiro, Sonali Athalye, também apreenderam documentos e computadores da sede da seguradora em Nova Deli na semana passada, no âmbito de uma investigação sobre alegada prática de evasão fiscal por seguradoras indianas, avançaram fontes próximas do caso à Reuters.

A Aviva Índia confirmou a presença de agentes da tributária indiana na sua sede e indicou à Reuters estar “em total cooperação” com os agentes, mas recusaram-se a tecer comentários sobre o interrogatório aos executivos.

O ministro das finanças indiano, que tutela a autoridade tributária, não respondeu às questões feitas pela agência de comunicação britânica.

As buscas na sede da Aviva fazem parte de uma vasta investigação que envolve várias seguradoras a operar no país mais populoso do mundo, por alegadamente terem transferido os seus custos com comissões de vendas superiores ao legalmente permitido para custos de publicidade e depois terem pedido créditos tributários ilegalmente. Feitas as contas, seguradoras indianas enfrentam alegações de não terem pago dívidas num valor total de, pelo menos, 569 milhões de euros, afirmou um alto funcionário do governo indiano à Reuters.

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Medina abre Conferência da ASF

  • ECO Seguros
  • 14 Novembro 2023

A entidade supervisora escolheu a Saúde para a sua conferência anual. Vai apresentar os novos Observatório e Portal e conta com a participação de protagonistas da economia, do setor e dos seguros.

A Autoridade de Seguros e Fundos de Pensão (ASF) divulgou o programa da sua Conferência Anual que terá lugar está sexta-feira no Auditório do Hotel Lux Lisboa Park, Lisboa, revelando que contará com a presença de Fernando Medina, ministro das Finanças.

A sessão de abertura, programada para ter início às 9h30, contará com Margarida Corrêa de Aguiar, Presidente da ASF, para além de Fernando Medina. Às 10h00 será a “Apresentação do Portal dos Seguros de saúde e do Observatório dos seguros de saúde” pelo consultor e professor universitário Pedro Borrego.

Das 10h30 às 11h30, será a vez de Miguel Gouveia, Professor Associado da Católica Lisbon School of Business and Economics, da Universidade Católica Portuguesa, moderar o debate “Os seguros de saúde ao serviço do consumidor”, contando com a participação de Ana Cristina Tapadinhas, Diretora-Geral da DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor; Maria João Sales Luís, Presidente da Multicare; Eduardo Consiglieri Pedroso, Membro da Comissão Executiva e ChiefHealthEcosystemOfficer do Grupo Ageas Portugal e José Pedro Inácio, Presidente da Comissão Executiva da AdvanceCare.

O último debate será sobre “regulação e o mercado dos seguros de saúde” e contará com a contribuição de Adalberto Campos Fernandes, Professor universitário, especialista em Políticas e Administração de Saúde e Eduardo Costa, Professor da School of Business and Economics, da Universidade NOVA de Lisboa.

A entidade reguladora dá especial destaque à apresentação do Portal dos Seguros de Saúde e do Observatório dos Seguros de Saúde, “projeto da sua iniciativa que está a ser desenvolvido em parceria com a NOVA Information Management School (IMS), da Universidade Nova de Lisboa”, lê-se no site.

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Depois do Beato, fábrica de unicórnios aposta em novos hubs de inovação

Hub de Well Tech e de Gaming no Saldanha e de Web 3 em Alvalade são algumas das apostas da fábrica de unicórnios, projeto que arrancou há um ano.

Depois do Beato, a fábrica dos unicórnios está a trabalhar em novos distritos de inovação assentes em verticais temáticos na cidade de Lisboa. Saldanha e Alvalade deverão ser as novas zonas a acolher verticais de well tech, gaming e web3. Para já, está em curso o apoio ao desenvolvimento de comunidades de inovação em áreas como AI, gaming, blue tech, fintech, sustainability, foodtech e XR.

O primeiro grande distrito de inovação é o Beato que tem aqui a primeira fase. Estamos a expandir para outras zonas. O hub de gaming está neste momento numa fase de soft launch e será lançado em breve, localizado na zona do Saldanha, onde há poucas semanas foi inaugurado o centro de inovação do Técnico, e onde está também a Fintech House. A zona do Saldanha pode transformar-se num centro de inovação”, adianta Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, em declarações ao ECO, à margem da conferência de balanço de um ano da fábrica de unicórnios, esta terça-feira na Web Summit.

“Há outras áreas, outros verticais onde temos vindo a trabalhar e que onde estamos a assinar acordos de colaboração com parceiros privados para desenvolver esses verticais. Alguns tornar-se-ão hubs, se ganharem escala suficiente, outros irão criar uma comunidade forte, que pode não ter um espaço físico associado, mas onde teremos uma rede de parceiros para desenvolver esse vertical através de programas de aceleração, de incubação, sessões de inovação aberta etc.”, continua.

“O objetivo é criar verticais fortes, alguns deles ganharão escala suficiente para se tornarem hubs outros ficarão numa lógica de comunidade e colaboração”, refere o responsável.

Gamingem parceria com a norte-americana Fortis, tal como noticiou em julho o ECO – no Saldanha é o primeiro hub a avançar e, para o primeiro trimestre de 2024 espera-se a abertura do well tech instalado no Técnico Innovation Center, no Arco do Cego.

Gil Azevedo não avança possíveis novos hubs, mas das nove áreas elencadas para a criação de comunidades temáticas admite que a de IA – “área que acredito que possa ganhar escala” – e a de web3 – “onde temos muito talento em Portugal” – talvez sejam os próximos hubs/verticais a nascer.

Será Alvalade o próximo distrito para um hub web3? “Alvalade já é um pouco o centro. Está lá Poolside e a Cv Labs com espaços para startups nesta área. De certa forma já o é, se vai ser no futuro ou não…”, reage o responsável, admitindo, no entanto, que a Poolside e a CvLabs “são dois dos parceiros com os quais temos vindo a desenvolver esforços conjuntos. E mais alguns.” Quais não revela.

80 delegações internacionais visitaram Lisboa

Esta é a segunda fase da fábrica de unicórnios, projeto que arrancou há cerca de um ano com o lançamento de programas de Soft Launch e de Scaling Up.

Com três edições, o programa Scaling Up recebeu mais de 100 candidaturas e juntou fundadores de scaleups a empresas corporativas em mais de 200 horas de mentoria e formação. O programa agrega 24 scaleups que receberam mais de 150 milhões de euros de investimento.

Gil Azevedo partilhou ainda os resultados da primeira edição do Scaling Up. Segundo o responsável, depois dos oito meses do programa as empresas registaram um aumento de 40% no financiamento e de 14% dos postos de trabalho gerados, empregando, as oito scaleups finalistas, mais de 340 pessoas.

As scaleups internacionais participantes – a ORNA e a HolyWally – expandiram operações para Portugal, tendo a HolyWally fechado ainda uma parceria com a Universidade Nova IMS.

A Bairro, outra das scaleups participantes no programa, está a fechar uma parceria com a Delta Cafés e os CTT; a Sensei, a primeira a integrar a primeira edição, fechou uma parceria com o grupo Brisa, e a Automaise com a Sonae.

Ao nível do programa de Soft Landing, mais de 80 visitas de delegações, de mais de 25 nacionalidades, visitaram o país, tendo, nos últimos 12-18 meses, cerca de 54 empresas tecnológicas optado por se instalar algum tipo de operação em Portugal, das quais 12 unicórnios.

Este ano a Startup Lisboa, que tinha como objetivo incubar 80 novas startups num ano, duplicando assim o número de projetos incubados historicamente por ano, incubou mais de 120, o triplo de projetos apoiados só em 2023, destacou ainda o também diretor executivo da Startup Lisboa.

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14 mil empresas recebem selo por se destacarem na promoção da igualdade salarial entre géneros

Selo da igualdade salarial é atribuído às empresas que apresentam uma taxa de desigualdade salarial entre mulheres e homens entre 1% e -1%. Cerca de 14 mil foram distinguidas esta terça-feira.

A Comissão para a Igualdade no Trabalho e Emprego atribuiu esta terça-feira, dia 14 de novembro, o selo da igualdade salarial a 14.114 empresas portuguesas. Em causa estão empregadores que se distinguem pelas boas práticas de promoção da igualdade remuneratória entre elas e eles.

“Foi hoje atribuído, no Dia Nacional da Igualdade Salarial, o selo da igualdade salarial a 14.114 empresas, abrangendo mais de 295.600 trabalhadores“, informou o Ministério do Trabalho, numa nota enviada às redações.

Esta distinção visa destacar as empresas que têm as melhores práticas de promoção da igualdade salarial entre géneros por igual trabalho e de igual valor, sendo que a seleção dos empregadores é feita com base nos balanços salariais que todas as empresas submetem no Relatório Único.

A partir desses dados, o CITE destaca as empresas que apresentam uma taxa de desigualdade salarial entre mulheres e homens entre 1% e -1%.

Esta manhã, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, notou numa audição parlamentar que em Portugal a diferença salarial entre mulheres e homens baixou de 16% em 2015, para 11,9% em 2021.

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Governo tem condições para fechar acordo com médicos, diz Montenegro

  • Lusa
  • 14 Novembro 2023

"Embora demissionário, o Governo está na plenitude das suas funções", considera o presidente do PSD, antes de acrescentar que desejava "que o acordo com os médicos já estivesse celebrado".

O presidente do PSD defendeu esta terça-feira que o Governo tem condições para fechar um acordo com os médicos porque “formalmente ainda está” em plenitude de funções. Luís Montenegro falava aos jornalistas numa reação à greve dos médicos de dois dias, na Fortaleza de Sagres, no distrito de Faro, no final de uma visita ao monumento nacional, no âmbito da iniciativa dos sociais-democratas Sentir Portugal.

Questionado sobre as condições do Governo para fechar um acordo com os médicos como defendeu a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Montenegro lembrou que, “embora demissionário, o Governo está na plenitude das suas funções”. “O meu desejo era que o acordo com os médicos já estivesse celebrado, porque já passaram várias semanas de reuniões em que foi dada uma expectativa de que se iria chegar a um entendimento”, destacou.

Contudo, adiantou, um acordo com os médicos “é crucial para resolver um problema imediato e não um problema de fundo do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. Para o líder social-democrata, “é sempre desejável um entendimento” entre as estruturas representativas dos médicos e o Governo, mas “não digam que vai resolver todos os problemas das urgências em Portugal e da resposta do SNS, porque isso não é verdade”.

Montenegro adiantou que este processo negocial “tem um histórico com este Governo que lhe permite tomar uma decisão e, desse ponto de vista, não vale a pena usar essa desculpa [a de um Governo em gestão] para não haver acordo”. “Não há acordo porque simplesmente as partes não se conseguiram entender, essa é que é a verdade. Aquilo que acho é que depois de todo o trabalho que foi feito haveria condições para decidir”, reforçou.

Luís Montenegro disse que se recusa a meter no meio de uma negociação, “porque cabe ao Governo em nome do Estado e aos médicos, através das suas estruturas representativas chegarem a um entendimento” para resolver um dos problemas da saúde em Portugal. “Estamos a falar num Governo que vai em oito anos de exercício de funções. É bom lembrar que as pessoas que agora vão sair, não chegaram há oito dias nem há oito meses na condução da política do Governo”, concluiu.

Os médicos iniciaram esta terça uma paralisação de dois dias decretada pela Federação Nacional dos Médicos depois das negociações, entre o Ministério da Saúde e os sindicatos representativos dos médicos, terem sido canceladas pelo Governo em 8 de novembro na sequência da demissão do primeiro-ministro.

Num comunicado enviado às redações na segunda-feira, a FNAM considera que o Governo tem a obrigação de chegar a acordo com os médicos sobre “uma atualização salarial, transversal, para todos os médicos, para que deixem de ser dos médicos mais mal pagos da Europa, e para que melhorem as suas condições de trabalho, sem perda de direitos que coloquem médicos e doentes em risco”.

O presidente do PSD cumpre esta terça o segundo dia da visita de quatro dias que se iniciou na segunda-feira ao distrito de Faro, onde prevê deslocar-se aos 16 concelhos algarvios para auscultar os problemas da região.

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