UE liberta nova parcela de 1,5 mil milhões de euros de assistência macrofinanceira para a Ucrânia

  • Lusa
  • 24 Outubro 2023

A Comissão Europeia aprovou mais 1,5 mil milhões de euros no quadro do programa de assistência macrofinanceira (AMF+) Ucrânia adotado para este ano, num total de 18 mil ME.

A Comissão Europeia aprovou mais 1,5 mil milhões de euros no quadro do programa de assistência macrofinanceira (AMF+) Ucrânia adotado para este ano, num total de 18 mil milhões, foi divulgado esta terça-feira.

Desde o início da guerra, o apoio da União Europeia à Ucrânia ascende já a cerca de 83 mil milhões de euros.

Esta nova parcela foi desbloqueada após Bruxelas ter avaliado que Kiev continuou a fazer progressos satisfatórios na aplicação das condições acordadas e comprovou “a utilização transparente e eficiente dos fundos”.

Segundo um comunicado do executivo comunitário, a Ucrânia registou ainda “progressos significativos no reforço da estabilidade financeira através da eliminação progressiva da tributação de emergência temporária, bem como no reforço do Estado de direito, por exemplo, através da restauração do funcionamento do Conselho Superior da Magistratura e do Conselho Superior de Qualificação dos Juízes”.

Em 20 de junho, Bruxelas propôs a criação de um mecanismo específico de apoio coerente, previsível e flexível à Ucrânia para o período 2024-2027, num montante máximo total de 50 mil milhões de euros.

Este novo mecanismo financeiro depende da aprovação do Parlamento Europeu e do Conselho da UE.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 22 de fevereiro de 2022, originando uma guerra que provocou a maior crise na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

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Ucrânia exportou 700 mil toneladas de cereais através de novo corredor no Mar Negro

  • Lusa
  • 24 Outubro 2023

Ministro ucraniano da Agricultura fixou em seis milhões de toneladas por mês o objetivo de exportações agrícolas que a Ucrânia tem de atingir para que o setor recupere.

A Ucrânia exportou quase 700.000 toneladas de cereais a partir dos seus portos do Mar Negro através do novo corredor aberto em agosto unilateralmente pela Marinha ucraniana, anunciou esta terça-feira o ministro da Agricultura de Kiev.

“Conseguimos exportar quase 700 mil toneladas de cereais”, disse Mikola Solski aos ministros da Agricultura dos países da União Europeia (UE), que estão reunidos no Luxemburgo desde segunda-feira, segundo um comunicado do Ministério da Agricultura ucraniano.

O ministro explicou que um total de 38 navios saiu dos portos ucranianos através deste corredor, “que funciona graças ao apoio” das forças armadas ucranianas e “à confiança” dos países aliados da Ucrânia.

Solski esclareceu que nem todos os navios que utilizam o corredor se dedicam à exportação de cereais e lembrou que a principal rota de exportação dos cereais ucranianos continua a ser o rio Danúbio. Só em setembro, adiantou, foram exportadas 2,3 milhões de toneladas de cereais por via fluvial, valor semelhante ao que foi exportado em agosto também por este rio.

O ministro lembrou que, mesmo com este volume de exportações, ainda não é possível escoar toda a produção agrícola ucraniana, e fixou em 6 milhões de toneladas por mês o objetivo de exportações agrícolas que a Ucrânia tem de atingir para que o setor recupere.

Em julho passado, a Rússia retirou-se do chamado acordo de cereais, assinado com a ONU e a Turquia e que, durante um ano, permitiu exportações ucranianas através de três portos do Mar Negro.

Depois de se retirar do acordo, Moscovo declarou um bloqueio militar ao Mar Negro e iniciou uma campanha de bombardeamento das infraestruturas agrícolas e portuárias ucranianas, que ainda continua a atacar.

A Ucrânia respondeu a estas ações da Rússia com um aumento dos ataques de drones e mísseis contra navios russos no Mar Negro, que forçaram a Rússia a retirar a sua frota militar para leste, permitindo a Kiev abrir unilateralmente este novo corredor, que atravessa em grande parte as águas da Roménia, da Bulgária e da Turquia, todos membros da NATO.

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Confederação do Comércio e Serviços reclama mais apoio público ao setor

  • Lusa
  • 24 Outubro 2023

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal reclamou a criação de um programa de apoio à modernização do comércio e avisos de candidatura no âmbito do PT2030.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considerou hoje “insuficiente” a aposta das políticas públicas no setor, reclamando a criação de um programa de apoio à modernização do comércio e avisos de candidatura no âmbito do PT2030.

Em comunicado, a CCP diz “acompanha[r] as preocupações expressas em recente comunicado por um conjunto de associações empresariais do norte a sul do país, no que respeita à insuficiente aposta das políticas públicas no setor do comércio e de muitos serviços”.

O alerta para a falta de apoios efetivos ao comércio de proximidade foi feito pelas associações empresariais de Viana do Castelo (AEVC) e de Braga (AEB), assim como pelas associações empresariais da região de Coimbra: ACIFF — Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz; AESL – Associação Empresarial da Serra da Lousã; ACIBA – Associação Comercial e Industrial da Bairrada e Aguieira, AEDP – Associação Empresarial de Poiares, CEMC – Clube de Empresários de Miranda do Corvo, APBC — Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, NEP — Núcleo Empresarial de Penela, AEMIRA — Associação Empresarial de Mira e AEPS — Associação Empresarial de Pampilhosa da Serra.

Segundo a CCP, “é inquestionável que estes setores, que pela sua dimensão dão um contributo significativo para a economia e o emprego, têm passado por profundas transformações e estão confrontados com significativos desafios, nomeadamente o desafio da transição digital”.

Contudo, considera, o montante de apoios dirigidos ao setor do comércio e serviços no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “é claramente residual, quer face ao montante total do programa, quer face aos apoios dirigidos especificamente às empresas”, havendo ainda “um risco significativo de estes setores serem novamente marginalizados do âmbito do PT2030 [Portugal 20230]”.

Neste contexto, a CCP entende serem “totalmente fundamentadas as pretensões deste conjunto de associações, que reclamam a criação de um programa de apoio à modernização do comércio, com a maior brevidade possível, assim como a criação de avisos de candidatura no âmbito do PT2030, desenhados especificamente para os desafios, especificidades e reais necessidades do comércio e serviços de proximidade”.

“Estas pretensões vão aliás ao encontro das propostas apresentadas pela CCP ao Governo no contexto da definição de uma Agenda para a Competitividade do Comércio e dos Serviços, prevista no Acordo de Concertação Social de 2022 e reafirmada recentemente no contexto da concertação social”, enfatiza.

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Presidente do Banco Mundial alerta para consequências graves da guerra em Israel

  • Lusa
  • 24 Outubro 2023

"Penso que o que está a acontecer em Israel e em Gaza (...) terá um impacto grave no desenvolvimento económico", afirmou o presidente do Banco Mundial, acrescentando que o momento "é muito perigoso".

O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, advertiu esta terça-feira que a guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas corre o risco de ter consequências económicas graves.

“Penso que o que está a acontecer em Israel e em Gaza (…) terá um impacto grave no desenvolvimento económico”, afirmou Banga, durante uma conferência de investidores em Riade, na Arábia Saudita.

Penso que estamos num momento muito perigoso”, acrescentou, citado pela agência francesa AFP.

Comandos do Hamas realizaram um ataque sem precedentes em Israel a 7 de outubro, a que se seguiu a retaliação israelita com o cerco total da Faixa de Gaza e bombardeamentos constantes contra o território.

As autoridades israelitas dissertam que os ataques do Hamas mataram mais de 1.400 pessoas e que o grupo palestiniano raptou 220 israelitas e estrangeiros, que mantém como reféns na Faixa de Gaza.

O Hamas, que governa Gaza desde 2007, disse que os bombardeamentos israelitas mataram mais de cinco mil pessoas, incluindo mais de duas mil crianças. Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.

O presidente do Banco Mundial está em Riade para participar na conferência anual da Iniciativa de Investimento no Futuro, muitas vezes referida como “Davos do deserto”, numa referência à reunião realizada na Suíça.

Mais de seis delegados participam no fórum de três dias, incluindo os dirigentes dos principais bancos e empresas mundiais, e os presidentes da Coreia do Sul, do Quénia e do Ruanda, segundo os organizadores.

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Grupo DS aposta em nova campanha e hino com Tony Carreira

Com criatividade da Born, a campanha marca presença em televisão (TVI e CNN), redes sociais e internet, através de spots publicitários e cartões promocionais em vários programas.

O Grupo Decisões e Soluções lançou uma nova campanha de forma a dar a conhecer as várias soluções que disponibiliza. Paralelamente, apresentou também um hino da autoria do cantor Tony Carreira.

Subordinada ao tema “Grupo DS, 20 anos de boas decisões”, a campanha surge a propósito da comemoração do 20º aniversário do grupo que é atualmente constituído por oito marcas: Rede Decisões e Soluções, DS Seguros, DS Intermediários de Crédito, DS Private, DS Imobiliária, DS Investimento, DS Auto e DS Travel.

A campanha vai estar no ar até ao final de 2023, marcando presença em televisão (TVI e CNN), redes sociais e internet, através de spots publicitários e cartões promocionais em vários programas. A criatividade é da agência Born.

Com esta campanha “queremos passar uma mensagem de felicidade e de um serviço completo com soluções 360°, pois quando as pessoas recorrem aos nossos serviços, sejam eles consultoria imobiliária, intermediação de crédito, mediação de seguros, a aquisição de um automóvel ou de uma viagem de sonho, poderão ter mais tempo para o que é realmente importante, pagando menos, poupando mais, ficando mais protegidas e assim poderem ter uma vida um pouco melhor”, diz Paulo Abrantes, fundador e diretor-geral do grupo, citado em comunicado.

Já em relação ao hino, Paulo Abrantes refere que com a ajuda do cantor português “conseguimos ter uma canção que muito nos orgulha a todos“, acrescentando que “tudo começou com o nosso apoio como mecenas à Associação Sara Carreira” e que quando falou com Tony Carreira este “de imediato se disponibilizou para tratar de tudo e o resultado não podia ter sido melhor”.

O Grupo Decisões e Soluções vai também ser patrocinador da tour de 2024 de Tony Carreira, composta por cerca de 40 concertos.

O diretor geral do grupo adiantou ainda que existe a ambição de passar das atuais 530 lojas para 700 e dos atuais 4.500 colaboradores para 8.000 até ao final de 2024, assim como aumentar o número de clientes.

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Qual é o futuro das pensões em Portugal?

  • ECO
  • 24 Outubro 2023

Apesar de em 2024 as pensões aumentarem entre 5,2% e 6,2%, as previsões da Comissão Europeia apontam para que o valor das reformas caia para metade nos próximos 25 anos.

Segundo as últimas projeções da Comissão Europeia, o valor das reformas pagas pelo Estado vai cair para quase metade nos próximos anos, passando de um valor equivalente a 84,9% do último vencimento em 2025 para 43,5% em 2050.

No entanto, os portugueses continuam a pensar pouco na reforma. Segundo o último Inquérito à Literacia Financeira dos portugueses, realizado pelo Banco de Portugal e publicado em junho de 2021, apenas 24% dos inquiridos refere que poupa para a reforma.

Numa altura em que a sustentabilidade da Segurança Social volta a ganhar destaque, com o Governo a apontar que o Sistema Previdencial da Segurança Social apresente o seu primeiro saldo deficitário em meados de 2030, é da maior relevância os portugueses mudarem os seus hábitos e deixarem de depender a sua reforma exclusivamente do Estado.

Numa conversa no Estúdio do ECO, Jorge Bravo, professor da Universidade Nova de Lisboa, e Jorge Botelho, responsável pela Gestão de Ativos BBVA, identificam algumas soluções ao alcance dos portugueses para construírem um sólido complemento de reforma e sugerem ainda uma mão cheia de soluções que estão a vingar além-fronteiras que poderiam ser adotadas em Portugal, para que os Anos Dourados possam ser vivos com qualidade e tranquilidade.

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Nos Alive é o festival com melhor reputação global e emocional

O festival organizado pela Everything is New lidera também no ranking de reputação emocional. Na reputação racional a primeira posição é do Rock in Rio, avança a OnStrategy

O Nos Alive é o festival de música com melhor reputação global, liderando também no índice emocional. A conclusão é do estudo anual Festivais de Música mais relevantes, da consultora OnStrategy, que avalia a reputação global dos eventos, a reputação emocional e a reputação racional.

Na reputação global, surge então na primeira posição o Nos Alive, seguido pelo Rock in Rio e pelo Super Bock Super Rock. O festival organizado pela Everything is New ocupa também a primeira posição em termos de reputação emocional, que engloba a relevância, confiança, admiração e preferência. Nestes items o Nos Alive é seguido pelo Rock inRio e, na terceira posição, pelo Nos Primavera Sound (que em 2023 passou apenas a Primavera Sound).

Na reputação racional, que abarca as bandas, serviços, inovação e sustentabilidade, o Nos Alive desce à segunda posição, sendo o primeiro lugar do Rock in Rio. O Super Bock Super Rock encerra o pódio. De notar que, apesar de sempre nas posições cimeiras, o Rock in Rio, que se realiza de dois em dois anos, não teve edição em 2023.

Vodafone Paredes de Coura, Meo Sudoeste, CA Vilar de Mouros, EDP Cool Jazz (que em 2023 já não teve a EDP como naming sponsor -, Sumol Summer Fest e Meo Marés Vivas são os restantes eventos que ocupam os Top 10 dos festivais de música com melhor reputação.

O Meo Kalorama, este ano na segunda edição, não surge ainda no ranking da OnStrategy, que apenas divulga as dez primeiras posições, esclareceu ao +M a consultora.

Os festivais são selecionados após a identificação espontânea dos mesmos. Numa segunda fase é avaliado o reconhecimento induzido/familiaridade e os atributos emocionais (relevância, confiança, admiração e preferência) e racionais (bandas, serviços de apoio, inovação e sustentabilidade).

O estudo é realizado em conformidade com a certificação das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) junto de mais de 20 mil cidadãos que refletem a sociedade portuguesa em termos de distribuição geográfica, género, idade, grau de formação e classe social, descreve a consultora liderada por Pedro Tavares.

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Trinta especialistas alertam para o uso inteligente da água

  • Lusa
  • 24 Outubro 2023

Entre os 24 pontos que compõem a Declaração de Arouca, um refere que "é urgente a utilização inteligente da água numa perspetiva integradora e coordenada dos seus diferentes usos.

Prioridades apontadas por mais de 30 especialistas ligados ao património hídrico foram reunidas na “Declaração sobre o Uso Inteligente da Água”, que alerta para assimetrias na gestão desse recurso e apela a “solidariedade territorial” na proteção de aquíferos.

Destinado a divulgação pelo Governo e por “todos os agentes económicos com ênfase na sociedade civil”, o documento designado como Declaração de Arouca, a que a Lusa teve acesso esta terça-feira, reúne contributos de especialistas e decisores que na sexta-feira participaram à porta fechada na Assembleia Informal da Água, realizada nessa vila do distrito de Aveiro por iniciativa do município e da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos (APRH).

O documento reflete prioridades apontadas por responsáveis de instituições como a Agência Portuguesa do Ambiente, concessionárias de abastecimento como a Águas do Norte, associações ambientalistas e institutos e departamentos de investigação de universidades como as de Lisboa, Porto, Évora e Aveiro.

Em declarações à Lusa, a presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, defendeu a necessidade de se criar um tarifário único a nível nacional e, vendo refletida no documento a necessidade de discussão pública em torno desse tema, considerou esta declaração um marco importante para sinalizar “ameaças, desafios e oportunidades atuais na gestão da água”.

O presidente da APRH, Jorge Cardoso Gonçalves, disse à Lusa que o documento tem o mérito de compilar as várias perspetivas necessárias a uma “abordagem integrada dos recursos hídricos, promovendo um uso racional da água desde a origem até ao mar, no setor urbano, na agricultura e na indústria”.

Entre os 24 pontos que compõem a Declaração de Arouca, um refere que “é urgente a utilização inteligente da água numa perspetiva integradora e coordenada dos seus diferentes usos, garantindo a proteção das massas de água e dos ecossistemas”.

O documento nota que a utilização da água implica “reforçar a perceção da sociedade sobre a sua crucial importância na saúde pública, na qualidade de vida, no ambiente e nas atividades económicas”, o que, além de educação para a sustentabilidade, exige igualmente “legislação adequada, transformação organizacional e digital, sistemas de informação interoperáveis e gestão integrada” deste recurso.

O manifesto aborda depois as políticas públicas: “É urgente incorporar a criticidade do recurso ‘água’, envolvendo decisores e especialistas, reforçando a discussão, a cocriação, a copromoção e a partilha de conhecimento, promovendo metodologias de trabalho colaborativas e multidisciplinares, e abrindo portas às ferramentas de monitorização, simulação avançada e comunicação, e apoio à decisão”.

Nesse contexto, é “inadiável a reflexão sobre a necessidade de revisão ou adaptação dos instrumentos legais e regulatórios”, entre os quais a Lei da Água, para que seja “mais robusta a resposta em situação de seca”, e o Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e Drenagem de Águas Residuais, “atualizando os critérios e convergindo para o enquadramento europeu, em particular sobre a tutela dos sistemas prediais pelo Ministério da Habitação”.

Defendendo que a utilização da água é um processo de “conciliação de escassez entre utilizadores“, a declaração indica que “a negociação do seu uso terá que ser supra-setorial, com autoridade nacional e cooperação internacional”, e recomenda que, do ponto de vista organizacional, as gestoras de serviços se agreguem em “entidades de maior dimensão e com economias de escala”.

“Conscientes do valor da água potável, é necessário utilizá-la para os fins estritamente necessários, deixando de regar, de lavar ruas e de encher piscinas com a mesma água que bebemos, adaptando as redes prediais dos edifícios construídos e rompendo com a forma como se desenham os novos, fomentando a reutilização e o aproveitamento de águas pluviais, com o necessário enquadramento legal“, lê-se no documento.

O manifesto nota ainda que “é essencial o planeamento e preparação de medidas para compensar a diminuição da disponibilidade de água, tais como o armazenamento adicional, a transferência entre albufeiras, a utilização de origens alternativas — água do mar dessalinizada e água residual tratada — e a possibilidade de ativação de mecanismos tarifários de emergência”.

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Centro Europeu de Música Portugal vai ser publicado amanhã

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  • 24 Outubro 2023

O Centro Europeu de Música Portugal vai ser publicamente apresentado no próximo dia 25 de outubro, às 11 horas, numa cerimónia pública que terá lugar na Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra.

Para o desenvolvimento deste projeto, é celebrado um Memorando de Entendimento entre os Municípios de Braga, Faro, Figueira de Castelo Rodrigo, Lisboa, Mafra e Porto, numa aliança de territórios que se unem em torno da música.

Numa ótica de descentralização, este é o primeiro polo do Centre Européen de Musique (CEM), projeto artístico, cultural, pedagógico e científico europeu, inovador, sediado em Paris, que tem por objeto e missão a transdisciplinaridade em torno da Música, sublinhando o seu papel fulcral na construção duma identidade cultural europeia una e sustentável, em diálogo com o mundo. O Centro Europeu de Música Portugal (CEM Portugal) está a ser implementado com a colaboração da Terrafoundation, plataforma cultural portuguesa sediada em Lisboa e parceira do CEM desde 2021.

“Num momento onde a divisão impera, é para mim uma imensa alegria ver que o meu país, com esta aliança de territórios, aposta pela importância da música como instrumento de unidade, de elo social e de Paz, com a força dessa transdisciplinaridade hoje reconhecida por todos. Essas pontes que o CEM estabelecerá entre as artes, as ciências, as humanidades e as gerações serão a força do CEM Portugal!”, declara o Presidente do CEM, Jorge Chaminé.

O CEM Portugal terá sede em Mafra, considerando a relação histórica entre a vila e a Música, a qual remonta à construção do Real Edifício de Mafra (Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada). Do aparato musical da Basílica, fazem parte dois carrilhões, que formam o maior conjunto sineiro do século XVIII, assim como o único conjunto de seis órgãos históricos concebidos para utilização simultânea. A futura instalação em Mafra do Museu Nacional de Mafra, do Polo de Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa e do Arquivo Nacional do Som permitem reforçar esta ligação.

Ainda que sediado em Mafra, a programação do CEM Portugal terá lugar em diversos territórios portugueses, sempre numa ótica de um trabalho direcionado para o contexto onde opera, a identidade e as necessidades locais.

A cerimónia agendada para o próximo dia 25 de outubro conta com a participação da Secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, do Presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder Sousa Silva, do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Faro, Paulo Santos, do Presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, Carlos Condesso, do Vereador da Câmara Municipal de Braga, João Rodrigues, do Presidente do Centre Européen de Musique, Jorge Chaminé, da Vice-Presidente da Terra Heritage e diretora artística da Terrafoundation, Guta Moura Guedes, e da Secretária Geral da Europa Nostra, Sneška Quaedvlieg-Mihailović.

No âmbito desta cerimónia, é também apresentada a performance “Passarola | Music Variations on the Past and the Future K.87”, por Pedro Emanuel Pereira, Rui Gato e Vítor Joaquim. Composta a partir da Sonata K.87 de Domenico Scarlatti, “a Passarola é o primeiro projeto de pesquisa e criação cultural que integra o Via Scarlatti, numa colaboração entre o CEM e a Terrafoundation. Simboliza o cruzamento matricial entre cultura e ciência, revela o poder da inovação e a relação dinâmica entre o passado, o presente e a definição do futuro”.

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Câmara da Guarda põe em discussão pública nova ligação à cidade

  • Lusa
  • 24 Outubro 2023

Está em discussão pública o Plano de Urbanização do Cabroeiro, que prevê a construção de uma nova variante que vai ligar a VICEG (Via de Cintura Externa da Guarda) ao centro da cidade.

A Câmara Municipal da Guarda aprovou segunda-feira a abertura da discussão pública do Plano de Urbanização do Cabroeiro, que prevê a construção de uma nova variante que vai ligar a VICEG (Via de Cintura Externa da Guarda) ao centro da cidade.

“Hoje foi um dia muito importante para a Guarda. O plano é instrumento territorial que irá permitir fazer a construção da variante da Ti Jaquina. Arrisco-me a dizer que há 30 anos que se fala na variante da Ti Jaquina”, salientou no final da reunião o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa (Movimento pela Guarda).

O autarca explicou que o plano prevê ainda que “o Parque Industrial possa ser ampliado para cerca do dobro” e também a expansão urbanística dos quatro bairros envolventes, do Pinheiro, da Luz, Senhora dos Remédios e da Póvoa do Mileu.

O documento vai entrar em discussão pública por um período de 20 dias.

“Esperemos que possam ser dadas boas sugestões durante a discussão pública e que depois da ponderação dos contributos, o documento possa voltar novamente à Câmara e depois à Assembleia Municipal”, descreve.

Esta é a segunda vez que o Plano de Urbanização do Cabroeiro está em discussão pública. Em 2021 o documento foi aprovado pelo anterior executivo, mas seria rejeitado em Assembleia Municipal.

O presidente da Câmara, que na altura era vereador sem pelouros atribuídos, destaca que nesta nova versão do Plano “há várias diferenças”.

Sérgio Costa aponta “a grande diferença” que levou “todos os partidos na Assembleia Municipal há dois anos a votar contra este plano.

“Tem a ver com o antigo matadouro. O Plano apresentado previa que houvesse construção de habitação coletiva e serviços da área social. E nós assumimos que ali vai ser construído o novo centro escolar”, aponta o autarca.

Outra diferença é que “o traçado da variante da Ti Jaquina é manifestamente diferente, com acessos diferentes”. “E outra das diferenças é que nós auscultámos os proprietários, não só numa reunião mas também por escrito”, salientou Sérgio Costa.

Os quatro vereadores da oposição votaram favoravelmente, mas o social-democrata Carlos Chaves Monteiro criticou o processo recordando os acontecimentos de 2021.

O autarca, que na altura presidia à Câmara da Guarda, considera que foi reparado “um erro crasso de uma Assembleia assassina”.

“Assistimos à reposição de um projeto que já estava aprovado pela Câmara. Foram dois anos que não existiram”, sustentou.

A vereadora do PS, Adelaide Campos, também reconheceu que “foi um tempo perdido” e que apesar de haver “pontos que é preciso clarificar”, “não votar favoravelmente poderia levar a mais dez anos de atraso, nem que fossem dois”.

“A Guarda não tem tempo a perder. Há quantas dezenas de anos que esta situação está em estudo e em elaboração. O projeto pode não ser perfeito, mas a Guarda não pode perder mais tempo seja em que ponto for”, sublinhou.

O executivo municipal aprovou ainda um voto de pesar pelo falecimento do antigo presidente da Junta de Freguesia de Vale de Estrela, António Lobo, tendo sido cumprido um minuto de silêncio.

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IA generativa pode contribuir com 15 mil milhões para economia portuguesa

  • Lusa
  • 24 Outubro 2023

Inteligência artificial (IA) generativa "poderá aumentar a dimensão da economia portuguesa em 15 milhões de euros", o equivalente a 6% do PIB, revela um estudo da Public First encomendado pela Google.

A inteligência artificial (IA) generativa “poderá aumentar a dimensão da economia portuguesa em 15.000 milhões de euros“, o equivalente a 6% do Produto Interno Bruto (PIB), revela um estudo da Public First encomendado pela Google e divulgado esta terça-feira.

De acordo com o relatório, a IA generativa (capaz de gerar texto, imagens e vídeo) “poderá aumentar a dimensão da economia portuguesa em 15.000 milhões de euros (ou o equivalente a 8% do Valor Acrescentado Bruto ou 6% do Produto Interno Bruto) e poupar, em média, mais de 80 horas por ano a cada trabalhador — o equivalente a duas semanas de trabalho”.

Além disso, “ao ajudar todos em Portugal a concentrarem-se em tarefas mais produtivas e criativas, a IA pode acelerar o crescimento económico e, por sua vez, trazer progressos nos desafios sociais”, lê-se no comento.

O estudo da Public First “mostra que 86% dos trabalhadores em Portugal pensam que as ferramentas generativas de IA irão ajudá-los a ser mais produtivos, sendo que este valor sobe para 91% por parte dos trabalhadores de escritório”.

A implementação da IA nas empresas “para ajudar na monitorização preventiva dos riscos e na melhoria das competências dos trabalhadores em matéria de cibersegurança, Portugal poderia mitigar 690 milhões de euros de riscos de cibersegurança”, conclui o estudo.

Sobre a pesquisa e os anúncios da Google, o relatório aponta que estas ferramentas “apoiaram em 400 milhões de euros” as exportações para a economia portuguesa no último ano”, estimando-se ainda que os serviços da tecnológica “estão a produzir uma melhoria de 11.600 milhões de euros na produtividade dos trabalhadores”.

No total, aponta o estudo, “a Google contribuiu para a criação de mais de 86.000 empregos locais no ano passado em empresas terceirizadas”.

De acordo com o relatório, em Portugal “83% das pessoas dizem apoiar a utilização de ferramentas de IA para ajudar as pessoas/governos a reduzir os riscos que enfrentam devido a fenómenos meteorológicos extremos, por exemplo, incêndios florestais, inundações, ondas de calor”, entre outros, com 80% a defender esta ferramenta para reduzir as emissões de carbono através da gestão da utilização de energia.

Mais de metade (58%) apoiam o uso de IA para eliminar tarefas monótonas no trabalho e dois terços para as ajudar a fazer escolhas mais sustentáveis em termos ambientais.

“Desde 2016, formámos mais de 135.000 pessoas em Portugal em competências digitais através do Atelier Digital e trabalhámos com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) para disponibilizar dois milhões de euros em créditos para investigações em IA”, refere a a Google, que acrescenta que distribuiu “6.000 certificados profissionais, em colaboração com a APDC, em cursos como UX, IT Support, project management, e outros”.

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Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 24 Outubro 2023

A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a segunda-feira.

A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a segunda-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta para 4,154%, mais 0,009 pontos do que na segunda-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a agosto de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,7% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,4% e 23,2%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo a 6 de junho de 2022, também subiu esta terça-feira, para 4,102%, mais 0,006 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado a 18 de outubro.
  • No caso da Euribor a três meses, esta desceu face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,941%, menos 0,015 pontos, depois de ter subido a 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, a 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base – tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 4 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, a 27 de outubro e a 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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