Gigante americana da logística abre escritório em Lisboa. Miguel Mesquita vai liderar a operação

A PSA BDP Portugal vai trabalhar em parceria com PSA Sines, prometendo "oferecer aos clientes um conjunto abrangente e contínuo de serviços e soluções para a cadeia de abastecimento".

A PSA BDP, uma das principais fornecedoras de soluções globais de logística e cadeia de abastecimento, anunciou a abertura do primeiro escritório em Lisboa. Com esta aposta, o grupo quer “reforçar a presença na Europa e explorar novas oportunidades noutros mercados globais”. As operações da PSA BDP Portugal serão lideradas pelo country manager, Miguel Mesquita.

“A PSA BDP Portugal irá reforçar a nossa presença na Europa e permitir-nos-á explorar novas oportunidades noutros mercados globais. Estamos entusiasmados com a parceria com a equipa da PSA no terreno e com o fornecimento de soluções logísticas de ponta a ponta sem paralelo aos nossos valiosos clientes em Portugal”, apontou Yves Letange, diretor-geral para a Europa da PSA BDP.

Esta nova estrutura vai trabalhar em parceria com PSA Sines com vista a “oferecer aos clientes um conjunto abrangente e contínuo de serviços e soluções para a cadeia de abastecimento”, afirma em comunicado o grupo com sede em Filadélfia. Em funcionamento desde 2004, o Terminal de Contentores da PSA Sines está localizado 150 quilómetros a sul de Lisboa, o que garante “acessibilidade e facilidade de transporte”.

“Com uma posição geográfica estratégica no cruzamento de duas grandes rotas marítimas – a Norte-Sul e a Este-Oeste, esta localização única faz com que o terminal de contentores seja o porto de escala preferencial onde estas rotas comerciais se cruzam, reforçando o seu papel vital como porta de entrada atlântica para Portugal e para a Península Ibérica“, acrescenta a mesma nota.

A gigante americana da logística realça ainda que as ligações rodoviárias e ferroviárias entre a PSA Sines e o interior do país aumentam a eficiência da rede da cadeia de abastecimento. “A infraestrutura robusta facilita a circulação de mercadorias sem problemas e de forma ecológica, otimizando os tempos de trânsito e reduzindo os custos para os clientes”, indica o grupo.

A PSA BDP Portugal promete trabalhar em conjunto com a PSA Sines para fornecer serviços que incluem carga aérea, transporte marítimo, transporte rodoviário internacional de mercadorias, transporte de carga com dimensão extra e cargas pesadas, ou conformidade aduaneira e comercial e distribuição doméstica.

A localização estratégica da PSA BDP em Lisboa, trabalhando em colaboração com o Terminal de Contentores da PSA Sines, permite uma abordagem integrada que combina os pontos fortes de ambas as localizações para promover a eficiência operacional e abrir novas vias de crescimento na região dinâmica de Portugal e da Península Ibérica“, realça o grupo.

O grupo concluiu que a decisão de estabelecer uma presença em Lisboa “expande ainda mais a estratégia de crescimento global da PSA BDP, ao mesmo tempo que reforça o seu compromisso de ser um líder da indústria em soluções globais de cadeia de abastecimento”.

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Receita da Segurança Social cresce acima do previsto com melhoria dos salários e redução do desemprego

Aumento dos salários declarados explica subida da receita da Segurança Social. Desemprego chegou a dar contributo positivo no arranque do ano, mas tendência inverteu-se desde o verão.

A Segurança Social conseguiu captar mais receita do que estava previsto nos primeiros dez meses do ano, por efeito da melhoria dos salários, mas também da redução do desemprego registada no arranque de 2023. No entanto, desde julho que tem aumentado o número de portugueses sem trabalho, o que tem feito agravado, em paralelo, a despesa da Segurança Social.

“A receita efetiva ajustada da Segurança Social cresceu 7,4% (+2.088 milhões de euros) face ao período homólogo. É uma cifra acima da variação positiva de 2,3% prevista no referencial que consta do Orçamento do Estado para 2023″, salienta a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), num relatório divulgado esta terça-feira.

A explicar essa evolução está o “crescimento bastante expressivo” da receita arrecadada em contribuições e quotizações (10,8% em termos mensais e 12,9% em termos acumulados), que também superou as expectativas.

Uma vez que o Governo não mexeu no valor dessas taxas — continuaram a equivaler a 23,75% dos salários para os empregadores e a 11% dos salários para os trabalhadores –, essa melhoria da receita das contribuições e quotizações resulta, destaca a UTAO, do “incremento em termos homólogos no número e valor médio das remunerações declaradas relativamente aos trabalhadores dependentes“.

Em concreto, subiu em 3,6% o número de remunerações declaradas à Segurança Social até outubro, face ao mesmo período de 2022. E cresceu em 5,2% o valor desses salários, o que fica alinhado com o referencial de 5,1% para os aumentos salariais do privado que foi acordado na Concertação Social entre o Governo, as quatro confederações patronais e a UGT, no âmbito do acordo de rendimentos.

A UTAO realça que também o decréscimo ao longo do primeiro semestre de 2023 do número de desempregados registados contribuiu para o engordar das receitas da Segurança Social.

No entanto, em julho deu-se a inversão dessa tendência, numa altura em que a atividade económica tem abrandado e os empregadores enfrentam múltiplos desafios. Segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), desde esse mês que o número de indivíduos inscritos nos centros de emprego tem crescido.

Resultado: desde o verão que o tem crescido a despesa da Segurança Social com prestações de desemprego e apoio ao emprego, nota a UTAO (ver gráfico abaixo). Por exemplo, até outubro já tinha crescido 3,3% face ao período homólogo. Ainda assim, essa subida está abaixo do referencial previsto no Orçamento do Estado para 2023 (5,2%).

Além disso, também a despesa com pensões tem crescido ao longo deste ano: subiu 3,1%, a um ritmo superior ao estimado inicialmente para o ano todo (1,6%). E a despesa com outras prestações — nomeadamente medidas contra a inflação — aumentou em 152 milhões de euros, em termos homólogos, como é sublinhado no mesmo relatório.

Em contraponto, os encargos com a Covid-19 emagreceram e a despesa com o Rendimento Social de Inserção também decresceu (-2% em termos homólogos), por efeito da redução do número de beneficiários.

Contas feitas, a despesa efetiva da Segurança Social acumulada até outubro cresceu 4,2% em termos homólogos, “um ritmo inferior aos 9,5% previstos na estimativa de execução para o ano como um todo”.

Ora, com as receitas a aumentar, mas as despesas também a crescer, a Segurança Social registou até outubro um salto excedentário em 4.338 milhões de euros, o que corresponde a um incremento de 1.034 milhões de euros face ao período homólogo.

“Este resultado encontra-se acima da meta prevista no referencial do Orçamento do Estado para 2023 ( 3.902 milhões de euros) e abaixo da reportada na estimativa de execução orçamental (4.553 milhões de euros)”, assinala UTAO.

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Rússia garante que vai contornar sanções impostas aos diamantes

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

“Não acredito que não existam formas de contornar estas sanções e nós vamos usá-las”, avisa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

A Rússia garantiu esta terça-feira que usará todas as formas disponíveis para contornar as sanções aos diamantes russos adotadas pelo Grupo dos Sete países mais industrializados (G7) e pela União Europeia.

“No que diz respeito [às sanções] aos diamantes russos, já era de se esperar e estamos preparados”, afirmou o porta-voz da presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.

O Kremlin reagia ao 12º. pacote de sanções contra a Rússia anunciado pelo Conselho Europeu em retaliação pela guerra na Ucrânia.

“Não acredito que não existam formas de contornar estas sanções e nós vamos usá-las”, reiterou.

“Faremos tudo para defender e garantir os interesses da Rússia”, sublinhou Peskov, acrescentando que “já se esgotaram os setores a que poderiam ser impostas sanções”.

A partir de 1 de janeiro será proibida a importação de diamantes da Rússia, que fatura cerca de 4,5 mil milhões de euros anuais com a venda destas pedras preciosas.

A proibição de comprar diamantes russos lapidados num terceiro país entrará em vigor a partir de 1 de março de 2024 e, a partir de 1 de setembro a proibição será alargada para abranger diamantes, joias e relógios que contenham diamantes produzidos em laboratórios russos.

As restrições são as mesmas adotadas pelo G7 no dia 6, durante uma reunião virtual dos líderes dos sete países mais ricos.

As sanções impostas abrangem também produtos químicos, baterias de lítio, termóstatos, motores de corrente contínua e servomotores para veículos aéreos não tripulados (‘drones’), máquinas-ferramentas e peças de máquinas.

Foi ainda reforçada a proibição já em vigor de importação de petróleo bruto transportado por mar e de determinados produtos petrolíferos da Rússia para a UE e o seu teto máximo.

Além disso, com as novas medidas restritivas, passarão a ser abrangidas mais de 120 pessoas e entidades, entre as quais mais 29 entidades que “apoiam diretamente o complexo militar e industrial da Rússia”.

Entretanto, na passada terça-feira, a Comissão Europeia propôs uma iniciativa para identificar os recursos relacionados com ativos soberanos russos congelados devido às sanções da UE, com vista a poderem ser utilizados para a reconstrução da Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

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Governo autoriza abate de sobreiros para acabar polo industrial em Ponte de Lima

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

Governo sustenta a autorização de abate das árvores com o "relevante interesse público, económico e social do empreendimento", como a "expectável criação de postos de trabalho diretos".

O Governo declarou, esta terça-feira, a imprescindível utilidade pública do polo industrial de Calvelo, em Ponte de Lima, autorizando o abate de 30 sobreiros adultos e dois sobreiros jovens para permitir a conclusão do empreendimento.

De acordo com o despacho publicado em Diário da República (DR), o ministro da Economia e do Mar, e o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, condicionam o abate dos sobreiros a uma área de 0,2250 hectares identificada no pedido feito pela Câmara de Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo.

Como “compensação”, a autarquia terá de arborizar com sobreiros uma parcela de 0,350 hectares do parque florestal da Quinta de Pentieiros.

No despacho, consultado pela Lusa, o Governo sustenta a autorização de abate das árvores com o “relevante interesse público, económico e social do empreendimento”. As “áreas empresariais existentes no concelho já não comportam a instalação de empresas que necessitem de áreas mais significativas, a que acresce o facto de haver manifestações de interesse por parte de empresas que pretendem instalar-se no concelho de Ponte de Lima”.

A Bosch era uma das empresas que se pretendia instalar-se no polo de Calvelo, mas acabou por desistir.

Vasco Ferraz

Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima

O novo polo industrial de Calvelo, cuja construção começou em 2022, tem cerca de 15 hectares, divididos em 42 lotes, num investimento superior a 2,4 milhões de euros, financiado em 1,5 milhões de euros pelo Norte 2020.

O Governo justifica ainda a autorização de abate dos sobreiros com a “expectável criação de postos de trabalho diretos, parte dos quais para técnicos altamente qualificados, permitindo a fixação de população“.

O polo industrial “não está sujeito a procedimento de avaliação de impacte ambiental (AIA)”, a “área a converter não se encontra abrangida por qualquer servidão administrativa ou restrição de utilidade pública e está classificada, segundo o Plano Diretor Municipal (PDM) em vigor, como Espaço urbano e urbanizável e como Área industrial ou de armazenagem”.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Ponte de Lima, Vasco Ferraz, explicou que a obra do polo industrial, destinado a empresas do setor tecnológico, deveria ter terminado este ano, mas “constrangimentos com o abate dos sobreiros, aparecimento de rocha e desentendimentos com o empreiteiro”, atrasaram a sua conclusão.

O autarca do CDS-PP disse não ter previsão para o final da empreitada, agora estimada em três milhões de euros, “por estar dependente da resolução dos diferendos entre a câmara e o empreiteiro” e, lamentou as consequências que o atraso já teve.

“A Bosch era uma das empresas que se pretendia instalar-se no polo de Calvelo, mas acabou por desistir”, frisou. Segundo Vasco Ferraz, “as manifestações de interesse que a autarquia recebeu por parte de empresas ultrapassam a capacidade do empreendimento (42 lotes)”.

O novo polo industrial está próximo do nó de Anais de ligação à autoestrada A3, entre o Porto e Valença, e a “infraestrutura permite o acesso a grandes centros urbanos, como Braga e Porto e, à fronteira com a Galiza”.

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Fisco já apurou o valor do IMI a cobrar aos donos das barragens

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais revelou que a Autoridade Tributária já "concluiu a avaliação" da generalidade das infraestruturas. Os proprietários podem agora contestar em tribunal.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, revelou esta terça-feira, no Parlamento, que a Autoridade Tributária (AT) já apurou o valor do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) a cobrar aos proprietários das barragens.

A última informação que recebi do final do mês passado da AT sobre esta matéria […] vai no sentido de ter sido concluída a avaliação da generalidade das barragens”, referiu o governante.

A partir de agora, os proprietários, como a francesa Engie, que comprou seis barragens à EDP, podem contestar esse valor nos tribunais. Como o secretário de Estado indicou aos deputados, “os sujeitos passivos podem agora exercer os seus direitos de defesa nesta matéria”.

Questionado pelo deputado do PCP, Duarte Alves, se a contestação será dirimida nos tribunais arbitrais ou estaduais, temendo que o processo judicial se possa arrastar no tempo, Nuno Félix esclareceu que, por norma, “a jurisdição arbitral decide de forma mais célere do que os tribunais estaduais”.

Assim, “é normal que quem tenha a expectativa de ganhar vá para os tribunais arbitrais, quem queira ganhar tempo e adiar o processo terá interesse em ir pela via que demore mais tempo”, isto é, os tribunais estaduais, indicou o governante, acrescentando que “a diferença não é muito significativa” entre “a percentagem de vitórias que a AT tem nos tribunais arbitrais e estaduais”.

Em 2023, e tendo em conta o valor económico dos processos, “a AT obteve vencimento nem 50,2% dos montantes disputados no tribunal arbitral”, sublinhou.

Em causa estão não só as seis barragens do Douro, vendidas, em 2020, pela EDP à francesa Engie por 2,2 mil milhões de euros, uma operação que não deu origem ao pagamento de impostos, nem IMI, nem imposto de selo. “Não são seis barragens, como possa parecer à opinião pública, já estamos a avaliar 166”, revelou em outubro a diretora-geral da AT, Helena Borges, durante uma audição no Parlamento.

De recordar que, inicialmente, o Fisco considerava que, por estar em causa bens do domínio público, não haveria lugar ao pagamento de IMI, entendimento que foi contrariado, já este ano, através de um despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Nuno Félix lançou mão de um parecer da Procuradoria-Geral da República para considerar que as elétricas que exploram as barragens beneficiam de um “direito de propriedade temporário ou resolúvel” sobre um prédio e que, enquanto durar, então devem pagar IMI.

Com a nova orientação, o Fisco alterou a sua atuação e “esteve sempre a cumprir o despacho”, garantiu há dois meses, no Parlamento, Helena Borges, explicando que primeiro era preciso saber “quem são os concessionários” e que foi preciso esperar por dados pedidos à Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Havia dúvidas, também, sobre o que deveria ser feito naqueles casos em que o próprio contrato de concessão das barragens prevê que se trata de bens do domínio público, tendo sido essa questão ultrapassada por um segundo despacho do secretário de Estado, em agosto.

(Notícia atualizada às 12h08)

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Raquel Goldschmidt é a nova aposta da MFA Legal

Raquel Goldschmidt fez todo o seu percurso profissional no Departamento de Direito Criminal, Contraordenacional e Compliance da Morais Leitão.

A MFA LEGAL acaba de anunciar a contratação de Raquel Goldschmidt. A advogada, que integra a sociedade na qualidade de associada, irá reforçar a área de Direito Penal, Contraordenacional e Compliance, liderada por João Medeiros.

Raquel Goldschmidt fez todo o seu percurso profissional no Departamento de Direito Criminal, Contraordenacional e Compliance da Morais Leitão, onde se iniciou como estagiária, tendo, em 2022, subido a associada daquele escritório.

“Estamos muito satisfeitos pelo facto de a Raquel ter aceitado o convite para se juntar ao nosso projeto. Apesar de jovem, acreditamos que a sua formação, experiência e conhecimento se irão revelar uma mais-valia, não só para os nossos clientes, como para toda a equipa”, afirma João Medeiros, Sócio Sénior da MFA Legal. “Nos últimos anos, a área do Direito Penal, Contraordenacional e Compliance tem vindo a registar uma procura crescente, em matérias cada vez mais complexas, que exigem uma forte expertise e conhecimento por parte dos advogados”, revela.

Segundo Samuel Fernandes de Almeida, managing partner da MFA Legal: “A aposta na Raquel espelha o investimento do escritório na excelência dos seus advogados, tendo como objetivo final a qualidade do serviço que prestamos aos nossos clientes”, sublinhando, ainda, que “a integração da Raquel deixa-nos muito confiantes no nosso projeto e resulta da nossa estratégia de aposta num crescimento sustentado”.

Raquel Goldschmidt licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Na mesma instituição de ensino superior, posteriormente, tirou uma pós-graduação em Law Enforcement, Compliance e Direito Penal nas atividades bancária, financeira e económica, e um mestrado em Direito e Ciência Jurídica (Especialidade em Direito Penal e Ciências Criminais).

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Taxa de juro dos novos créditos à habitação desce pela primeira vez em quase dois anos

A taxa de juro dos contratos de crédito à habitação celebrados nos últimos três meses baixou de 4,38% em outubro para 4,366% em novembro. Foi a primeira queda em 20 meses.

A correção das taxas Euribor em outubro gerou, pela primeira vez em 20 meses, uma queda da taxa de juro implícita nos novos créditos à habitação.

De acordo com dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro dos contratos celebrados nos últimos três meses baixou de 4,38% em outubro para 4,366% em novembro. No entanto, o INE revela o valor médio da prestação destes contratos subiu 11 euros face ao mês anterior, para 655 euros em novembro (aumento de 29,2% face ao mesmo mês do ano anterior), por conta de um aumento de 0,8% do capital em dívida.

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Com um comportamento distinto continua a taxa de juro implícita do conjunto dos contratos de crédito à habitação, que acumulou em novembro o vigésimo aumento mensal consecutivo, com a taxa de juro a fixar-se nos 4,524% em novembro, “o valor mais elevado desde março de 2009, traduzindo uma subida de 9,1 pontos base face a outubro (4,433%)”, refere o INE em comunicado.

No entanto, “pelo sexto mês consecutivo, os aumentos da taxa de juro implícita têm vindo a ser progressivamente menos intensos”, refere o INE.

Na generalidade dos contratos, os dados do INE destacam que a prestação média fixou-se em 396 euros em novembro, “o valor máximo desde o início da série (janeiro de 2009), mais 4 euros que em outubro e mais 108 euros que em novembro de 2022, o que traduz um aumento mensal de 1,0% (1,6% no mês anterior).”

Além disso, o INE refere ainda que, em novembro, a parcela da prestação da casa relativa a juros representou 61% da prestação média, o que compara com 29% em novembro de 2022.

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+M

As apostas das marcas de distribuição para o Natal

O Continente quer "simplificar" a comunicação com o cliente, com menos mensagens, e o Intermarché procura "novas formas de envolvimento" e um reforço no digital. O Pingo Doce lançou um jogo virtual.

O Natal é uma época especialmente importante em termos de comunicação para grande parte das marcas, incluindo o retalho que aproveita esta altura do ano para tentar reforçar a ligação aos consumidores. A aposta parece continuar a recair sobre o reforço das ligações emocionais ao consumidor, mas também cada vez mais no universo digital.

Segundo dados de investimento auditados partilhados por Sandra Alvarez, diretora da Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM), a época de Natal tem ganho relevância em termos de investimento publicitário ao longo dos últimos três anos (2019-2022), tendo o investimento nos meses de novembro e dezembro aumentado cerca de 50% em relação à média mensal dos restantes 10 meses do ano. Este valor representa uma subida significativa face aos anos anteriores, em que a diferença registada era de cerca de 25%.

O Continente – que a par da Nos, L’Oréal, Worten e Meo – foi uma das cinco marcas que mais investiu no Natal em 2022.

O Natal é uma forma de reforçar o posicionamento do Continente enquanto marca e da nossa maneira de encarar o negócio, que vai muito além dos números e que se centra, acima de tudo, nas pessoas e no seu bem-estar”, refere ainda o Continente ao +M.

Este ano – e naquela que é uma tendência que a marca pretende manter ao longo do próximo ano – o Continente diz estar a “simplificar” mais a comunicação com o cliente, com menos mensagens.

A cadeia de supermercados da Sonae lançou três campanhas – todas assinadas pela Fuel – desde logo a “Quem acredita no Pai Natal, acredita em todos” que tem como mote “Há muitos Natais e o Continente quer fazer parte de todos”, mostrando no filme vários tipos de Pais Natal, desde a Mãe Natal; Vizinha Natal, Amigo Natal, até ao Ex-Natal ou o Desconhecido Natal.

Relacionada com a primeira, a campanha “A ajuda mora ao lado”, promovida pela Missão Continente e assinada pela Fuel, visa apoiar cerca de mil instituições locais (na proximidade das mais de 300 lojas Continente em todo o país), decorrendo até ao dia 7 de janeiro em todas as lojas Continente, Continente Modelo, Continente Bom Dia e Continente Online, através da venda de vales de 1 e 5 euros.

Aos clientes é dada, pela primeira vez, a escolha de qual a instituição local que querem apoiar (independentemente do local onde vive e entre três opções por loja), valorizando a proximidade, podendo os mesmos utilizar o saldo do Cartão Continente para comprar vales.

Acreditamos que este modelo de angariação é o mais adequado para a lógica de proximidade e intervenção direta em cada comunidade, visto que os clientes têm oportunidade de contribuir para a instituição da sua área geográfica, que possivelmente até já conhecerão”, refere o Continente, acrescentando que dessa forma a população pode até ter “uma vontade adicional de fazer a sua contribuição, cujos resultados também poderá comprovar numa fase posterior”.

No ar até ao dia 24 de dezembro está também a campanha “Dá vida ao teu Natal”, que promove mais de quatro mil brinquedos em promoção e que traz de volta a mascote Popota. “Queremos continuar a fazer parte da magia que acompanha esta época e reunimos num só lugar todas as novidades, ao melhor preço, para ajudar a realizar os sonhos das famílias que nos visitam”, refere a marca.

Para o Intermarché este período representa uma “oportunidade para reforçar a nossa relação com os clientes, transmitindo mensagens de gratidão, partilha e apoio“, diz Cristina Figueiredo, membro do conselho de administração do Intermarché ao +M, mostrando-se o grupo focado em comunicar “não apenas campanhas de preços acessíveis, mas também os valores e o compromisso do Intermarché em proporcionar experiências memoráveis“.

Acreditando que “a inovação, a criatividade e a autenticidade são fundamentais“, a insígnia do grupo Mosqueteiros diz está a apostar em campanhas que vão além das tradicionais, “procurando novas formas de envolvimento, seja através de experiências interativas online ou de iniciativas que refletem a nossa responsabilidade social”, diz Cristina Figueiredo.

Este ano, e tendo em conta que esta é uma época “em que os desafios económicos são maiores e o poder de compra menor”, refere Cristina Figueiredo, o Intermaché lançou a campanha “Um Natal cheio de preços baixos no Intermarché”.

Contando com a criatividade da Grafe Publicidade e produção da Still, a nova campanha de Natal do Intermarché aproveita a essência dos momentos familiares durante a quadra natalícia para a promoção de fatores como a proximidade, variedade e acessibilidade da marca junto dos clientes. Associadas a esta campanha estão também outras iniciativas, como o primeiro calendário do advento digital do Intermarché, no Instagram, que atribui prémios.

Em simultâneo, o Grupo Mosqueteiros juntou pela primeira vez as marcas Intermarché, Bricomarché e Roady numa única campanha, onde as insígnias se unem num compromisso de baixar o preço a mais de cinco mil artigos, demonstrando “a solidariedade e força coletiva do Grupo”.

A criatividade é da WYcreative, que explicou em nota de imprensa que o filme “interrompe literalmente os habituais anúncios natalícios para revelar este compromisso”, naquela que é um “conceito que extravasa uma normal campanha de publicidade”, segundo Tiago Varino, diretor criativo da agência.

Em relação aos anos anteriores, Cristina Figueiredo refere que é observável uma “mudança significativa na preferência por experiências mais personalizadas e interativas“, num reconhecimento da crescente presença online dos consumidores, pelo que foi feito um reforço na comunicação digital, com ênfase nas redes sociais e no marketing digital.

Já por parte do Pingo Doce, Maria João Coelho, diretora de marketing, diz que a marca quis celebrar o Natal em conjunto com os clientes através da oferta de prémios, pelo que lançou o Jogo da Glória Pingo Doce – numa versão virtual disponível na app – através do qual se encontra a sortear 40 mil euros por semana e mais dois mil prémios até 31 de dezembro.

Para a campanha de Natal, a marca optou por trazer de volta o jingle “Quem Trouxe”, através de uma colaboração com Fernando Daniel, artista responsável por dar voz à campanha. A campanha conta com a criatividade da BBDO Portugal e produção da Krypton Films.

Segundo Maria João Coelho, o Natal é de facto um momento do ano em que existe um grande volume de comunicação por parte das marcas, principalmente com mensagens que apelam mais aos valores emocionais, sendo que “no Pingo Doce temos a vantagem de ter uma relação muito próxima com os portugueses e de estar ao seu lado há décadas”.

Segundo a diretora de marketing, essa vantagem “está relacionada com o facto de sermos um supermercado de bairro e do dia-a-dia de quem nos visita, onde todos se conhecem e em que os clientes, em muitos dos casos, são reconhecidos pelos nossos colegas de loja quando entram“, o que justifica o “impacto” que o referido jingle “teve e tem nas pessoas”.

A Mercadona, por seu lado, não aposta neste tipo de comunicação, como explicou Anabela Pontes, responsável de comunicação em Portugal, ao +M, mas, à semelhança do que fez em anos anteriores, utiliza os seus canais oficiais para divulgar “de forma mais fácil, prática e cómoda”, uma seleção de produtos, receitas, propostas de decoração e ideias de presentes, contando com uma secção dedicada ao Natal no seu site.

Mas enquanto nos Natais anteriores, nas lojas da Mercadona, era possível encontrar uma revista de receitas e outra com produtos da Perfumaria, este ano, com o objetivo de “tornar a informação mais prática e acessível para o cliente”, as revistas foram unificadas numa só, “feita a pensar nas necessidades do cliente, com uma leitura leve, fotos, receitas e muitos conselhos”.

Esta que é a primeira revista de Natal da Mercadona – e que inclui novidades como ideias de molhos e guarnições, preparação de tábuas de enchidos ou patés, provas de queijos, combinações de vinhos e cocktails, ideias para pôr a mesa, refeições prontas, vídeos de receitas e dicas úteis – está disponível gratuitamente em todas as lojas e online.

Quanto a valores de orçamento e investimento dedicados à comunicação desta época, apenas o Intermarché respondeu. Cristina Figueiredo refere que o investimento em comunicação nesta época do ano “reflete a importância deste período, representando uma parcela significativa do nosso orçamento anual, dada a intensidade das atividades promocionais e a diversidade das campanhas em vigor”. Segundo a responsável, o investimento em comunicação para esta altura do ano “tem sido gradualmente maior“.

Já o Lidl, lembra na sua campanha de Natal que são os pequenos gestos que importam e os que fazem da quadra festiva uma época ainda mais mágica. Adaptada do internacional, a campanha que tem como mote “Um Natal mágico”, conta com a criatividade da BBDO Germany.

O spot começa por mostrar uma criança triste pelo facto de uma das suas decorações de Natal preferidas se ter partido. Para o compensar e animar, a mãe compra um peluche numa loja Lidl, mas o peluche perde-se pelo caminho e é um pequeno guaxinim que vive no jardim da família que leva o peluche à criança, tendo para isso de percorrer um longo caminho para acabar a ser afugentado pelo cão da família. Já na ceia de Natal o cão, ao ver a felicidade da criança com o peluche, acaba por ir ter com o guaxinim para uma “refeição natalícia”.

A Aldi, por sua vez, apresentou um jingle natalício, que conta com a participação da Skoola, uma academia de música urbana para jovens entre os 10 e 18 anos que visa a promoção da inclusão social e a igualdade de oportunidades de crianças e jovens da Área Metropolitana da capital.

Com o objetivo de apoiar a missão desta Academia – que perdeu este ano o financiamento que assegurava a atribuição de bolsas que permitem que os jovens prossigam o seu sonho de estudar música – a AIdi desafiou estes jovens a colocarem a sua criatividade, irreverência e identidade artística ao serviço da sua mensagem de Natal, num trabalho com assinatura da Uzina.

“Esta é a primeira música de Natal da Aldi Portugal e não podíamos estar mais satisfeitos com o que representa e acarreta. Decidimos arriscar com propósito, trazendo uma visão mais humana e real do Natal“, refere Ricardo Santos, managing director marketing & communication da Aldi Portugal.

Contactados, a Auchan, a Aldi e o Lidl não responderam às questões enviadas pelo +M.

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“Não está previsto qualquer aumento em sede de IMI”, garante Nuno Félix

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais assegurou que nem o Orçamento do Estado para 2024 nem o Programa de Estabilidade 2023-2027 preveem um agravamento do imposto.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Félix, garantiu esta terça-feira que “não está previsto qualquer aumento em sede de IMI”, na sequência do requerimento potestativo do PSD sobre um eventual agravamento do Imposto Municipal sobre Imóveis como resultado da futura atualização do coeficiente do zonamento ou localização do valor patrimonial tributária (VPT) dos prédios que influencia o valor do imposto a liquidar.

Não está previsto no Orçamento do Estado para 2024 qualquer aumento em sede de IMI ponto final parágrafo. Não está previsto no Programa de Estabilidade (2023-2027), que tem um horizonte mais alargado, qualquer aumento em sede de IMI, ponto final parágrafo”, assegurou o governante.

Ainda assim, o secretário de Estado reconhece que “existe um desalinhamento do VPT face aos valores de mercado”, indicando que, segundos os últimos dados da Autoridade Tributária (AT), “o VPT médio a nível nacional é de 66 mil euros e no município de Lisboa é de 126 mil euros”. “Para quem conhecer a realidade do mercado imobiliário facilmente concordará que, na zona de Lisboa, o preço médio das habitações não estará nesse valor”, salienta.

Por isso, e tal como está previsto no Código do IMI, o Governo decidiu avançar para a revisão do coeficiente do zonamento do VPT. “Esta revisão do zonamento está prevista na lei, o próprio Código do IMI determina que a Comissão Nacional para a Avaliação dos Prédios Urbanos deve proceder a esta revisão trienalmente”, esclarece o governante.

Ainda assim, entre o trabalho técnico e a decisão política existe “um hiato temporal” alargado, salvaguardou Nuno Félix. “Estamos a falar de uma comissão técnica que elabora o seu trabalho, a sua proposta é remetida ao Governo. Em caso de aprovação, o resultado dessa proposta é refletido nas avaliações que tenham lugar no ano seguinte e na liquidação do imposto do ano a seguir”, detalhou o secretário de Estado.

Governo confirma atualização automática em 6,75% para as habitações alvo da avaliação trienal

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Félix, confirmou que o IMI vai subir, no próximo ano, 6,75% na habitação e 9% nos serviços, comércio e indústria para os prédios que sejam alvo da atualização trienal automática do VPT que é feita pelo Fisco, segundo a portaria, publicada em novembro em Diário da República, e que atualiza os coeficientes de desvalorização da moeda de acordo com a inflação, tal como o ECO noticiou.

Nuno Félix esclareceu, no entanto, que apenas “um conjunto de imóveis, que foram avaliados pela última vês há três anos, serão atualizados face à inflação”. Contudo, o governante considera que não se trata efetivamente de uma subida do IMI: “Quando falamos de uma atualização que corresponde à inflação verificada naquele período, não estamos nem a aumentar nem a diminuir, mas a refletir, do ponto de vista da realidade económico-financeira, o nível de tributação”.

Afastando um eventual travão a esta atualização, reivindicado pelas associações de proprietários, o governante sugere outra forma para contornar o aumento do IMI para os prédios alvo da avaliação automática trienal através do pedido de uma reavaliação do imóvel que irá atualizar o coeficiente de vetustez, isto é, a antiguidade do imóvel, diminuindo assim o seu valor : “Os proprietários podem sempre pedir a reavaliação do VPT e, nessa nova avaliação é tida em consideração o coeficiente de vetustez. Ou seja, o contribuinte tem a faculdade de escolher, porque nuns casos pode ser mais favorável”.

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Colmeia premeia projeto de mobilidade elétrica em Matosinhos

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  • 19 Dezembro 2023

A startup EaVy Charging, um piloto de carregamentos elétricos, recebeu o primeiro prémio do programa Colmeia. Já o WindCredible e o Kumulus receberam o segundo e terceiro prémios, respetivamente.

O programa Colmeia , lançado formalmente em junho deste ano na QSP Summit e criado pela Galp, pela Fundação Galp e pela Câmara Municipal de Matosinhos com o objetivo de impulsionar o empreendedorismo e a transição energética neste município, atribuiu, esta terça-feira, vários prémios a startups que se candidataram a este programa de inovação colaborativa.

O primeiro prémio, de 50 mil euros, foi atribuído ao projeto da startup EaVyCharging, idealizado para impulsionar a mobilidade elétrica ‘Made in Matosinhos’ através do carregamento automático, inteligente e adaptado à conveniência dos utilizadores de veículos elétricos. Já o segundo (15 mil euros) e o terceiro (10 mil euros) prémios deste programa foram atribuídos respetivamente aos projetos WindCredible, um protótipo inovador na área da energia renovável especializada na produção de microturbinas eólicas para ambientes urbanos, e Kumulus, uma máquina que extrai humidade do ar para produzir até 30 litros de água potável por dia.

Foram mais de 50 as startups nacionais e internacionais que se candidataram ao programa Colmeia. Depois de analisadas as candidaturas, um júri composto por elementos da Galp, da Fundação Galp, da Câmara Municipal de Matosinhos e dos parceiros Yunus Social Innovation Center e iMatch – Innovation Collective selecionou, em novembro, os cinco projetos finalistas. E os três vencedores, escolhidos pela comunidade através de um processo de votação online que decorreu durante duas semanas, foram anunciados esta terça-feira, dia 12 de dezembro, numa cerimónia final que decorreu na Câmara Municipal de Matosinhos.

O programa Colmeia tem uma dotação total de meio milhão de euros destinados a desenvolver os projetos vencedores durante três anos, com o objetivo de colocar as suas ideias ao serviço da transição energética em Matosinhos.

"Os três projetos vencedores desta edição do programa Colmeia corporizam de forma perfeita as premissas que estiveram na génese desta iniciativa. São ideias inovadoras, com um potencial de impacto muito direto na qualidade de vida da comunidade e que permitem testar soluções que podem acelerar a transição energética em Matosinhos. Vamos agora trabalhar em conjunto para apoiar estes projetos, estimular o seu desenvolvimento e fazer desta Colmeia um exemplo de trabalho colaborativo para a promoção de um mundo mais sustentável.”

Sandra Aparício, Fundação Galp

Marta Pontes, Vereadora da Câmara Municipal de Matosinhos, manifestou “orgulho” pela dimensão do trabalho desenvolvido e pela ligação entre os setores público e privado e comunidade.

"Vocês são já uma parte da comunidade Matosinhos. Ao longo deste processo, interessaram-se pela nossa história, pelas nossas raízes, pela nossa cultura, pela nossa identidade, pelos problemas da nossa comunidade.”

Marta Pontes, Vereadora da Câmara Municipal de Matosinhos

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Inflação na Zona Euro abrandou para 2,4% em novembro, confirma Eurostat. Portugal abaixo da média

Portugal registou uma inflação, medida pela variação do índice harmonizado de preços, de 2,2%, abaixo tanto da média da Zona Euro como da comunitária.

A inflação na Zona Euro recuou para 2,4% em novembro, revelam os dados do Eurostat divulgados esta terça-feira, confirmando a estimativa rápida divulgada no final do mês passado. A taxa de inflação homóloga na área do euro atingiu assim um valor que não era tão baixo desde setembro de 2021.

Já a taxa de inflação na União Europeia abrandou para 3,1% no penúltimo mês do ano, de acordo com o gabinete de estatísticas europeu. Portugal registou uma inflação, medida pela variação do índice harmonizado de preços — que permite a comparação europeia, de 2,2%, abaixo tanto da média da Zona Euro como da comunitária.

As taxas homólogas mais baixas foram registadas na Bélgica (-0,8%), Dinamarca (0,3%) e Itália (0,6%). Por outro lado, a inflação está mais elevada na República Checa (8,0%), Hungria (7,7%), Eslováquia e Roménia (ambas 6,9%). “Comparado com outubro, a inflação anual caiu em vinte e um Estados-Membros, manteve-se estável em três e aumentou em três”, indica o Eurostat.

Este é já o sétimo mês consecutivo de abrandamento da inflação média dos países da área do euro. A inflação está assim a aproximar-se da meta de 2% do Banco Central Europeu, que decidiu este mês pela segunda vez consecutiva não mexer nas taxas de juro diretoras.

Em novembro, “o maior contributo para a taxa de inflação anual da área do euro veio dos serviços (+1,69 pontos percentuais, pp), seguido por alimentos, álcool e tabaco (+1,37 pp), bens industriais não energéticos (+0,75 pp) e energia (-1,41 pp)”.

(Notícia atualizada às 10h20)

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Rentabilidade e incentivos serão chave na massificação do armazenamento energético

  • Capital Verde
  • 19 Dezembro 2023

Na conferência organizada pelo ECO, em parceria com a Huawei, players do mercado apontam a rentabilidade e os incentivos como impulsionadores da aposta em soluções de armazenamento nos próximos anos.

O licenciamento e a burocracia são o “típico calcanhar de Aquiles” que atravessa vários setores, incluindo o do armazenamento energético, que se vê simultaneamente condicionado pelos elevados custos de investimento.

Em Portugal, o mercado das baterias de lítio a nível comercial e industrial ainda está em desenvolvimento. Mas o elevado custo das baterias tem dificultado uma verdadeira massificação desta solução, tal como aconteceu com os painéis solares para autoconsumo ou a venda de carros elétricos, duas indústrias chave para a transição energética.

Perante esta realidade, para o diretor dos serviços energéticos da Construção e Manutenção Eletromecânica (CME) uma coisa é certa: enquanto os preços não baixarem, a aposta nas soluções de armazenamento não vão crescer ao ritmo previsto.

“A rentabilidade económica é o que vai pautar o crescimento das baterias“, alertou Alexandre Cruz durante a sua intervenção na conferência Catch the Sun, promovida pelo ECO em parceria com a Huawei, rejeitando a noção de que compromissos internacionais ligados à descarbonização e neutralidade carbónica, como Acordo de Paris ou o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), sejam veículos que potenciem essa aposta.

Durante a sua intervenção no painel sobre o tema “Armazenamento de energia comercial e industrial”, o responsável apontou que, por esta altura, seria “expectável” que o preço médio dos sistemas de armazenamento já fossem mais baixos. Não sendo ainda o caso, Alexandre Cruz aponta que “a rentabilidade do negócio vai ser o driver absoluto nos próximos anos para a introdução das baterias“, uma vez que estes investidores poderão vender à rede a energia acumulada nos períodos mais caros, rentabilizando, desta forma, o investimento feito.

“A vertente do custo ainda é algo que impede um deployment dos projetos em que se inclua o fotovoltaico e o armazenamento”, admitiu o CEO da Engie Hemera, Duarte Sousa, na sua intervenção, referindo, no entanto, que a gigante francesa tem 200 megawatts (MW) de projetos de baterias já em fase de implementação e outros 700 MW a serem construídos, na Austrália e no Chile. A ambição da Engie Hemera é chegar a 2030 com 1,2 gigawatts (GW) de projetos de armazenamento a nível comercial e industrial instalados, a nível global.

Em alternativa, as empresas podem também recorrer à compra da energia ao invés de investir no sistema. “Existem empresas que permitem fazer o energy as a service salientou o CEO da Engie Hemera.

“Para este tipo de soluções, de grosso modo, temos legislação para a implementar, mas a burocracia — o acompanhamento dos serviços que prestam o licenciamento para estas soluções — tarda a ter a eficiência necessária que o ritmo da transição energética pede”, acrescentou.

Por seu turno, Pedro Carvalho, managing partner da Greenvolt Next Portugal, aponta que os incentivos serão um instrumento que, à semelhança dos projetos de painéis solares, poderão fazer disparar a aposta nas baterias.

“Quando começamos com a massificação do fotovoltaico, em 2008, foi muito graças ao apoio dos subsídios, as feed in tariffs. E isso foi importante para desenvolver a tecnologia ao ponto que hoje já não é necessário [subsídios] porque ela já é rentável por si própria. No armazenamento vai acontecer a mesma coisa“, anteviu durante a sua intervenção.

Mas, a agravar os obstáculos, surge também a falta de recursos humanos, mais concretamente em entidades como a Direção-Geral de Energia e Geologia, a Agência Portuguesa do Ambiente e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas que são essenciais para a aprovação de projetos.

Sinto a necessidade de pessoas, acima de tudo“, refere o responsável da Greenvolt Next Portugal. “Os processos informatizados precisam de pessoas e também temos sofrido imenso com isso”, admite.

Veja aqui a conferência Catch the Sun na íntegra:

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