Governo cria 261 Centros Tecnológicos Especializados e cumpre meta do PRR

Executivo diz que o somatório do valor aprovado na 1.ª fase (119 milhões) e o valor estimado das candidaturas submetidas nesta 2.ª fase (307,5 milhões) é de 426,5 milhões, abaixo da dotação prevista.

O Ministério da Educação anunciou esta sexta-feira que foram aprovados 261 Centros Tecnológicos Especializados (CTE), o que permite cumprir a meta prevista no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que no total das duas fases prevê um investimento de 426,5 milhões de euros.

“O objetivo de criar 365 Centros Tecnológicos Especializados – CTE até 2025, meta inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência – PRR, fica integralmente cumprido aquando da finalização dos 261 Centros Tecnológicos Especializados com proposta de aprovação de candidatura desta segunda fase”, revela a tutela liderada por João Costa.

Em comunicado, o Ministério da Educação adianta ainda que as escolas que submeteram a criação destes novos 261 CTE já foram “notificadas”, seguindo-se agora um período de audiência prévia de 10 dias”.

De notar que a criação dos CTE integram a Componente das Qualificações e Competências do PRR destinada “a modernizar a oferta dos estabelecimentos de ensino e da formação profissional através de novos equipamentos e instalações”.

O Executivo nota ainda que o somatório do valor aprovado na primeira fase (119 milhões de euros, onde foram aprovados 104 CTE) e “o valor estimado” das candidaturas submetidas nesta segunda fase (307,5 milhões) “é de 426,5 milhões de euros, montante que fica aquém da dotação total prevista para o investimento, que é de 480 milhões de euros”.

Em termos regionais, nestas duas fases, apenas a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) foi a única que ficou “com um número de CTE significativamente inferior às vagas disponíveis na região”, pelo que o Executivo vai lançar “brevemente” um novo concurso “para a criação de 35 CTE nesta região com um montante de investimento de 53,5 milhões de euros”, lê-se.

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Maersk suspende tráfego de navios na rota do Mar Vermelho após ataque armado

  • Joana Abrantes Gomes
  • 15 Dezembro 2023

Decisão da empresa dinamarquesa surge depois de uma série de ataques armados a navios porta-contentores, reivindicados pelos rebeldes houthis do Iémen.

A Maersk, empresa de transportes marítimos, anunciou esta sexta-feira que vai suspender todos os carregamentos de contentores pela rota que atravessa o Mar Vermelho, nomeadamente através do Canal do Suez, avança a Reuters (acesso pago).

A decisão, segundo um porta-voz da empresa dinamarquesa, surge na sequência do ataque armado de islamitas Houthis do Iémen a um dos navios da Maersk na quinta-feira e ainda um novo incidente esta sexta-feira.

“Demos instruções a todos os navios da Maersk na área que passariam pelo Estreito de Bab el-Mandeb para interromperem a sua viagem até novo aviso“, disse a empresa, num comunicado citado pela agência britânica.

Na quinta-feira, a Maersk afirmou que o seu navio Maersk Gibraltar foi alvo de um míssil quando viajava de Salalah, em Omã, para Jeddah, na Arábia Saudita. A tripulação e o navio foram considerados seguros.

Já esta sexta-feira, a empresa dinamarquesa negou uma alegação do movimento Houthi de que a milícia tinha atingido uma das suas embarcações que navegava em direção a Israel. “O navio não foi atingido”, disse um porta-voz da Maersk à Reuters.

No comunicado, a Maersk afirmou ainda que está preocupada com a escalada da situação de segurança no sul do Mar Vermelho e no Golfo de Aden. “Os recentes ataques a navios comerciais na zona são alarmantes e representam uma ameaça significativa para a segurança e proteção dos tripulantes“, escreveu.

Os Houthis ameaçaram atacar qualquer embarcação que acreditem estar a navegar para ou de Israel, embora vários navios visados não tivessem qualquer ligação aparente. O transporte marítimo mundial tem sido cada vez mais visado, uma vez que a guerra entre Israel e o Hamas ameaça tornar-se um conflito regional mais vasto.

Bab el-Mandeb tem apenas 29 quilómetros de largura no ponto mais estreito, o que limita o tráfego a dois canais de entrada e saída, de acordo com a Administração de Informação sobre Energia dos Estados Unidos.

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Unlock Brands responsável pelo branding do circuito F1 do Qatar

Este não é o primeiro trabalho da Unlock Brands no país árabe. A empresa também foi responsável pelo branding do Campeonato do Mundo FIFA Qatar 2022 e da Expo Doha 2023.

A Unlock Brands foi a responsável pela criação da identidade de marca do Circuito Internacional de Lusail, no Qatar, um dos anfitriões do calendário da Fórmula 1 e de MotoGP. Além das corridas automóveis, o circuito estende-se agora também à experiência do entretenimento, apresentando um calendário de atividades entre gastronomia, música ou exposições.

Na fórmula para a nova identidade da marca, a Unlock Brands combinou três ingredientes de base, que passam pelo desporto motorizado, o entretenimento e a cultura Qatari, visando “alavancar o setor do automobilismo no Qatar, alinhado com o nacional, reforçando assim a notoriedade da marca-destino do país”, refere-se em nota de imprensa.

“Integrar cultura e desporto motorizado e criar algo novo foi um desafio que nos cativou desde o início do projeto. O facto do Circuito de Lusail ser um dos mais antecipados do calendário mundial exigia uma dimensão emocional à nova marca, temperada com a identidade do lugar“, explica Miguel Viana, co-CEO e chief creative officer da Unlock Brands, citado em comunicado.

Já José Cerqueira, executive creative director da Unlock Brands refere que os movimentos de alta velocidade dos carros e motos que correm à noite “serviram de referência no redesenho da marca do Circuito de Lusail, numa combinação delicada de fluidez e precisão“, naquela que é “uma mistura de emoção e razão, de paixão e tecnologia“.

“O resultado é um sistema visual proprietário que assegura uma identidade coerente em todas as expressões da marca, do universo digital à experiência vivida na própria pista”, acrescenta.

A nova identidade contempla um logótipo “inspirado nas superfícies aerodinâmicas dos veículos projetadas para garantir o melhor desempenho, com espaços vazios curvos e linhas horizontais a marcar o seu desenho, e nas luzes noturnas que marcam cada grande corrida neste circuito”, explica-se em nota de imprensa.

A mesma nota adianta ainda que o esquema de cores “reflete a imagética do automobilismo e o seu lado mais tecnológico, a tipografia, contemporânea e humanista, garante singularidade à marca”, sendo que o universo visual “oferece uma sensação única de velocidade aos materiais de comunicação, ao mesmo tempo que presta homenagem ao legado cultural de Lusail e do Qatar”.

O projeto de marca incluiu também a análise e recomendações estratégicas, bem como o desenvolvimento criativo e conteúdos de lançamento da marca. O sistema de brand voice, por seu lado, foi revisitado, culminando com a assinatura de marca “At the Speed of Lights”.

Este não é o primeiro trabalho da Unlock Brands no país árabe. A empresa também foi a responsável pelo branding do Campeonato do Mundo FIFA Qatar 2022 e da Expo Doha 2023.

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Equipa da Evasões cessa produção até receber. CR da TSF fala em “entrada numa via sem retorno”

  • Lusa e + M
  • 15 Dezembro 2023

A Men’s Health, Evasões e Volta ao Mundo saíram da GM e passaram para a Palavras de Prestígio. "Este despedimento que se anuncia, é bom entendê-lo, implica a entrada numa via sem retorno", diz TSF.

A equipa da Evasões notificou a direção da revista de que vai cessar a produção de trabalhos até que os colaboradores recebam os pagamentos em atraso.

Face à ausência de pagamento do mês de outubro e da data para o mesmo ser realizado — a Administração informou esta tarde disso mesmo -, a equipa da Evasões vai cessar a produção de trabalhos — incluindo o ‘online’ — e o envio de textos até a situação dos trabalhadores estar devidamente regularizada”, lê-se num comunicado enviado, quinta-feira à noite, à direção da revista, a que a Lusa teve acesso.

Segundo a mesma nota, os trabalhos vão ser retomados assim que “os pagamentos em atraso das colaborações forem devidamente regularizados”, o que os trabalhadores esperam que aconteça em breve.

A Evasões, que pertencia ao grupo Global Media, é uma revista semanal, que aborda temas como turismo, cultura, gastronomia e televisão.

Como explicou José Paulo Fafe, em entrevista ao +M, a Men’s Health, Evasões e Volta ao Mundo saíram da Global Media e passaram para a Palavras de Prestígio, de Marco Galinha, havendo um acordo de produção dos títulos.

“Deixaram de ser nossos, por uma questão única e exclusivamente burocrática, mas voltarão. Mais de 50% da informação de viagens pertence à Volta ao Mundo, então a AdC levanta problemas. É daquelas coisas surreais em que aquele país é perito”, dizia.

No dia 06 de dezembro, em comunicado interno, o Global Media Group (GMG) avançou que iria negociar “com caráter de urgência” rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.

As direções do Jornal de Notícias (JN), TSF, O Jogo e do Dinheiro Vivo (DV) apresentaram demissão, na sequência do processo de reestruturação.

A administração da Global Media “compreende” que face à dimensão e exigência do “indispensável processo de reestruturação em curso”, as direções dos títulos mais afetados “se sintam sem condições para se manterem”, disse esta sexta-feira à Lusa fonte oficial.

Conselho de Redação da TSF fala em “entrada numa via sem retorno”

Entretanto, o Conselho de Redação da TSF afirmou esta sexta-feira que a demissão das direções do grupo “é elucidativa” sobre a ameaça ao futuro da componente editorial e rejeitou “em absoluto” a forma como a diretora de informação foi tratada pelo CEO.

“Não podem também os membros eleitos do CR [Conselho de Redação] deixar de sublinhar que, após a demissão da direção da TSF, também as direções do Jornal da Notícias, de O Jogo e do Dinheiro Vivo seguiram idêntica opção”, afirma o órgão, em comunicado a que a Lusa teve acesso.

“A ameaça ao futuro da componente editorial é tão evidente que a resposta de todas estas direções é elucidativa. Saudamos daqui os nossos camaradas destas publicações que, tal como nós, sabem que a defesa da liberdade e da democracia passa também pela defesa do jornalismo“, adianta o CR, que rejeita ainda “em absoluto a forma como a diretora de informação Rosália Amorim foi tratada em declarações públicas pelo CEO da GMG”.

“Um modo indigno de um administrador se pronunciar sobre uma diretora que ele próprio nomeou e fez questão de apresentar, em reunião de editores em 02 de outubro, como uma ‘escolha pessoal'”, acrescentam.

As constantes declarações públicas do CEO da GMG sobre a situação do grupo, recorrentemente definida como estando à beira do precipício, são mais um obstáculo ao incentivo para o investimento publicitário, uma componente vital do lado das receitas. Os membros eleitos do CR lembram os exemplos dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e do Euro 2024 e o eventual retorno publicitário que estes dois eventos poderiam representar”, prossegue o comunicado.

“Este despedimento que se anuncia, é bom entendê-lo, implica a entrada numa via sem retorno. Tentar mais tarde reverter o caminho será sempre uma utopia”, afirma o Conselho de Redação da TSF.

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OPA da Sonae sobre finlandesa Musti decorre entre 18 de dezembro e 5 de fevereiro

A oferta, anunciada no passado dia 29 de novembro, deverá estar concluída até ao final do primeiro trimestre do próximo ano.

A Oferta Publica de Aquisição (OPA) lançada pela Sonae sobre a empresa nórdica de produtos para animais de estimação Musti arranca na próxima segunda-feira, dia 18 de dezembro, e decorre até dia 5 de fevereiro, adiantou a empresa em comunicado. A oferta deverá ficar concluída no primeiro trimestre de 2024.

A Sonae anunciou no passado dia 29 de novembro o lançamento de uma OPA sobre a Musti, num consórcio com três membros do conselho de administração da empresa, propondo-se pagar 26 euros por cada ação da companhia nórdica, uma contrapartida que avalia a empresa cotada na bolsa de Helsínquia em 868 milhões de euros.

Segundo o comunicado enviado pela empresa portuguesa, o prazo da oferta termina a 5 de fevereiro, a não ser que seja “prorrogado pela Oferente de acordo com os termos e condições da Oferta incluídos no Documento da Oferta”, sendo que “qualquer possível extensão do Período da Oferta será comunicada pela Oferente através de um comunicado dirigido ao mercado”.

A operação está a ser realizada através da Flybird Holding Oy, uma empresa constituída na Finlândia, em consórcio com Jeffrey David, presidente do conselho de administração da Musti, Johan Dettel, membro do conselho de administração, e o CEO David Rönnberg.

Conselho de administração recomenda vender na OPA

Ainda esta semana, a administração da finlandesa Musti recomendou por unanimidade aos acionistas que aceitem as condições da OPA lançada pela Sonae. Os membros da administração, que não estão envolvidos na operação, consideram a contrapartida de 26 euros “justa”, adiantando ainda que não identificaram interesse de outras empresas para avançarem com ofertas concorrentes.

“O Conselho de administração da Musti considera que a Oferta e o preço da Oferta são, nas circunstâncias prevalecentes, justos para os acionistas da Musti”, divulgou a empresa num comunicado, acrescentando que “os membros do Conselho da Musti que participaram da consideração e tomada de decisão sobre as implicações da Oferta e desta declaração na Musti recomendam por unanimidade que os acionistas da Musti aceitem a Oferta”. O mesmo comunicado esclarece que os membros da administração que participam no consórcio, Jeffrey David e Johan Dettel, não tiveram qualquer participação nesta recomendação.

O preço da oferta, de 26 euros por ação, a liquidar em dinheiro, representa um prémio de 27,1% face ao preço de fecho das ações na bolsa de Helsínquia na véspera do anúncio da OPA (20,46 euros); e de 40,4% face ao preço médio de negociação ponderado pelo volume nos últimos seis meses (18,51 euros).

Segundo o comunicado, a administração “investigou anteriormente de forma confidencial oportunidades estratégicas para a empresa juntamente com a Jefferies GmbH, mas nenhuma dessas oportunidades progrediu”. Na sua recomendação aos acionistas, a administração nota ainda que, à data da declaração, a probabilidade de existirem ofertas concorrentes à da Sonae era “limitada”.

A OPA deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2024, estando a conclusão da oferta dependente da aprovação por parte das autoridades regulatórias e da concorrência, assim como da obtenção do controlo de mais de 90% das ações e dos direitos de voto na Musti.

A Sonae reservara-se o direito de comprar ações da empresa antes, durante e após o período da oferta. Desde o anúncio da oferta, a Sonae comprou 861.806 ações da Musti. O preço mais elevado pago nestas aquisições foi de 26 euros, o mesmo preço da OPA.

 

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Governo búlgaro confirma sequestro de um navio no Mar da Arábia

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2023

A empresa Navibulgar afirmou num comunicado que “há razões para acreditar que não há atualmente nenhuma ameaça imediata à tripulação”, cujos familiares já foram contactados.

O navio búlgaro Ruen, um cargueiro de 45 mil toneladas, foi sequestrado na quinta-feira no Mar da Arábia, cerca de 380 milhas náuticas a leste da ilha iemenita de Socotra, confirmou esta sexta-feira o Governo da Bulgária.

“Temos informações sobre o navio sequestrado e sobre os oito búlgaros a bordo”, informou a ministra dos Negócios Estrangeiros, Maria Gabriel, referindo-se ao navio com 18 tripulantes provenientes da Bulgária, Myanmar e Angola e que pertence à empresa estatal búlgara Navibulgar.

Não se sabe ainda ao certo que organização sequestrou a embarcação, cujo resgate está a cargo da operação Atalanta, coordenada pela União Europeia e que luta contra a pirataria no Oceano Índico. A Base Naval de Rota (Cádis, Espanha) é desde 2018 a sede desta operação europeia e os seus responsáveis admitem que os sequestradores possam ser rebeldes Huthi – uma milícia próxima do Irão, que controla a costa ocidental do Iémen – ou apenas piratas de várias nacionalidades.

No âmbito desta operação, a fragata espanhola Victoria dirige-se a toda a velocidade para o local onde se encontra o navio sequestrado. O primeiro-ministro búlgaro, Nikolay Denkov, já disse que será necessária muita discrição para conduzir as negociações. “Normalmente, nestes casos, é necessário que haja mais silêncio para que as negociações ocorram. Ainda há alguma incerteza sobre como as coisas irão evoluir nos próximos dias”, explicou o chefe de Governo búlgaro.

A empresa Navibulgar afirmou num comunicado que “há razões para acreditar que não há atualmente nenhuma ameaça imediata à tripulação”, cujos familiares já foram contactados.

“A falta de informação sugere que se trata de um ataque de pirataria. Se houver razões políticas, as exigências são anunciadas imediatamente. Nos ataques de pirataria, as coisas evoluem de forma mais lenta e sempre confidencial”, explicou o capitão, Dimitar Dimitrov, presidente da Confederação Europeia das Associações de Capitães do Mar.

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Consulta pública do leilão para as eólicas offshore termina com 148 contributos

Contributos vieram do setor da pesca, das renováveis, municípios, organizações da sociedade civil, da área política e do setor portuário, revela Ministério da Economia.

A consulta pública para o Plano de Afetação para Energias Renováveis Offshore (PAER) encerrou esta terça-feira, dia 13, com 148 contributos.

De acordo com a nota divulgada esta sexta-feira pelo Ministério da Economia e do Mar, a maioria dos contributos são individuais, mas registaram-se colaborações vindas do setor da pesca, das energias renováveis, de municípios e comunidades intermunicipais e ainda de organizações da sociedade civil, da área política e do setor portuário.

“A significativa participação na consulta pública evidencia a atenção que este assunto desperta na sociedade e o interesse de um alargado leque de atores em contribuir para o desenvolvimento da energia renovável offshore, crucial para o cumprimento de metas ambientais e para a promoção de uma economia azul sustentável e descarbonizada”, refere o gabinete de António Costa Silva.

Os contributos recebidos serão analisados e ponderados pela Direção-Geral de Recurso Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) na elaboração da versão final do PAER, que irá definir as áreas e volumes do espaço marítimo nacional para a exploração de energias renováveis de origem ou localização oceânica.

Recorde-se que a primeira fase deverá arrancar em janeiro de 2024 depois de 50 empresas terem manifestado interesse em participar naquele que é o primeiro leilão para a instalação de turbinas eólicas sobre o mar. Viana do Castelo (Norte e Sul), Leixões, Figueira da Foz, Ericeira e Sines são as zonas escolhidas para a exploração, num total de 10 gigawatts (GW) a leiloar até 2030.

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Apoio de emergência à seca discrimina pequenos agricultores, critica CNA

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2023

“É inaceitável” que seja definido um limite mínimo de apoio de 80 euros, que deixa de fora os mais pequenos. A Confederação Nacional da Agricultura disse ter proposto que todos recebessem 80 euros.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) disse esta sexta-feira que o apoio de emergência de 31,58 milhões de euros para mitigar o impacto da seca “volta a discriminar” os pequenos produtores e exclui várias produções. “A medida excecional de apoio de emergência para os setores agrícolas afetados pela seca, que só agora foi implementada, como já se tornou um hábito deste Governo, volta a discriminar os pequenos produtores e exclui várias produções afetadas”, lamentou, em comunicado, a CNA.

Os setores agrícolas afetados pela seca vão ter acesso a um apoio de emergência, no valor global de 31,58 milhões de euros, com pagamentos garantidos até 31 de janeiro de 2024, anunciou, esta quarta-feira, o Governo. As candidaturas podem ser submetidas, de forma eletrónica, no portal do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), desde quinta-feira e até 28 de dezembro.

Para a CNA, “é inaceitável” que seja definido um limite mínimo de apoio de 80 euros, que deixa de fora os mais pequenos. A confederação disse ter proposto que todos recebessem 80 euros, “mesmo que o apoio previsto fosse inferior, mas o Governo ‘fez orelhas moucas’”.

Segundo os agricultores, o mesmo aconteceu com as ajudas extraordinárias, em 2022, que excluíram mais de 44.000 agricultores do Regime da Pequena Agricultura (RPA). Os candidatos ao Pagamento dos Pequenos Agricultores (PPA) não vão receber os apoios atribuídos à pecuária extensiva, mesmo tendo os animais registados no Sistema Nacional de Informação e Registo Animal (SNIRA), apontou.

A CNA disse ter apresentado propostas para alterar esta situação, que não foram tidas em conta. “No que respeita à apicultura, a CNA, que há muito reclamava uma ajuda para o setor, valoriza a criação de uma medida, contudo o valor por colmeia é muito reduzido e deixa de fora os apicultores com menos de 30 colmeias, número significativo no panorama nacional e de elevada importância para a produção agrícola e para a biodiversidade”, sublinhou.

Por outro lado, a confederação avisou que muitos setores afetados ficaram de fora deste apoio, como produtores de milho e arroz ou culturas permanentes de sequeiro. Neste sentido, a CNA reclama um apoio adicional destinado aos agricultores de setores não abrangidos e que as medidas cheguem de forma rápida e desburocratizada.

Para os agricultores é ainda urgente a criação de um pacote de emergência para o setor, com medidas de apoio direto e simplificado. “Perante fenómenos meteorológicos extremos cada vez mais intensos e frequentes, o Governo não pode correr atrás do prejuízo nem demorar tanto tempo em fazer chegar os apoios aos agricultores”, concluiu.

Na quarta-feira, o Ministério da Agricultura e da Alimentação disse, em comunicado, que a decisão passou por ajudar os setores mais expostos às disponibilidades hídricas naturais, a pecuária extensiva, a apicultura e cereais de outono/inverno em regime de sequeiro.

Conscientes dos impactos nefastos da seca que assolou o nosso território, bem como o aumento significativo dos custos dos fatores de produção, e tendo o montante disponível para cada Estado-membro sido fixado com base no respetivo peso no setor agrícola da União Europeia, Portugal reforçou, até ao limite máximo de 200%, a respetiva dotação orçamental”, afirmou, citada na mesma nota, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

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André Pestana reeleito em eleições que direção do Stop considera ilegais

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2023

O processo é considerado ilegal pela "direção em exercício" do Stop que já anunciou que iria apresentar uma queixa ao MP contra André Pestana que, por sua vez, diz que vai processar os "ex-dirigentes"

O coordenador do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), André Pestana, foi reeleito para o cargo em eleições, realizadas na quarta-feira, que a “direção em exercício” considera ilegais.

Nas eleições dos novos órgãos sociais do sindicato para o triénio 2023-2026, foi eleita a única lista candidata, encabeçada por André Pestana, com 98,7% dos votos, registando-se ainda 0,65% de votos brancos e 0,65% de votos nulos.

Em comunicado, o Stop refere que a Assembleia Geral Eleitoral, realizada na quarta-feira, contou com a participação de 318 associados.

As eleições para os novos órgãos sociais realizaram-se menos de três meses depois de uma Assembleia Geral de Sócios, reunida em 30 de setembro, ter decidido destituir os corpos gerentes e ter elegido comissões provisórias, mantendo André Pestana como coordenador.

Todo o processo é considerado ilegal pela “direção em exercício” do Stop que, na quarta-feira, anunciou que iria apresentar uma queixa ao Ministério Público contra André Pestana que, por sua vez, afirma que vai processar os “ex-dirigentes”.

Num comunicado publicado no site oficial do sindicato e assinado pela “direção em exercício” é anunciada a apresentação de uma queixa para “obter respostas, repor a verdade e a legalidade” e devolver o Stop aos associados, acusando André Pestana de não prestar informações sobre a situação financeira do sindicato, declarações falsas nas fichas de inscrição e a ligação política do coordenador ao partido MAS (Movimento Alternativa Socialista).

Questionado pela Lusa sobre esta situação, André Pestana contrapõe que “esses dirigentes já foram destituídos em 30 de setembro” e que, nesse sentido, é o próprio sindicato que “vai processar esses ex-dirigentes que continuam a usar indevidamente o site do Stop e os emails dos sócios, para quem mandam informações falsas”.

Reiterando que a comissão provisória foi devidamente eleita no final de setembro e que já alterou estatutos em 31 de outubro, tendo esses novos estatutos sido “reconhecidos pela DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho] e publicados em BTE [Boletim do Trabalho e Emprego]”, André Pestana lembra ainda que as “entidades competentes reconheceram os pré-avisos” do Stop para a recente greve nacional.

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OMS alerta para risco de propagação internacional da “mpox”

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2023

O número de casos notificados à OMS voltou a aumentar, passando de cerca de uma centena por mês entre junho e agosto para "mais de 1.000 por mês" atualmente.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou esta sexta-feira para o risco de propagação internacional da epidemia da varíola “mpox” a partir da República Democrática do Congo (RDCongo), onde já se registaram mais de 13.000 casos suspeitos. “Receamos que possa haver uma transmissão internacional” a partir da RDCongo, afirmou Rosalind Lewis, médica e especialista em varíola da OMS, numa conferência em Genebra.

Segundo Lewis, o número de casos notificados à OMS voltou a aumentar, passando de cerca de uma centena por mês entre junho e agosto para “mais de 1.000 por mês” atualmente, apontando para os surtos na Ásia, particularmente no Japão, Vietname, China, Indonésia e Camboja, que registou o primeiro caso esta semana. Além disto, a médica disse que a organização foi informada de uma suspeita de surto num navio de cruzeiro que navegava no Sudeste Asiático, mas afirmou não ter informações adicionais.

Vários surtos da variante IIb do vírus foram observados a partir de maio de 2022 na Europa e nos Estados Unidos, para além dos países da África Central e Ocidental, onde a doença é endémica, o que levou a OMS a declarar o nível de alerta máximo em julho de 2022. De acordo com Lewis, neste ano já foram registados mais do dobro dos casos assinalados nos anos anteriores e mais de 600 mortes, apenas na República Democrática do Congo.

A atual epidemia na RDCongo é particularmente preocupante para a OMS, que já tinha dado o alerta no final de novembro, por o vírus estar a chegar a áreas que não são normalmente afetadas, como Kinshasa e Kivu do Sul, para além de ser a primeira vez que se verifica o contágio através de transmissão sexual de pacientes com a variante I do vírus. “O quadro demográfico nas áreas recém-infetadas é, portanto, preocupante, porque é a primeira vez que vemos o vírus afetar mais mulheres do que homens”, disse a especialista.

Segundo a OMS, desde maio de 2022, foram notificados mais de 92.000 casos em 117 países. A doença, também conhecida como varíola dos macacos, registada pela primeira vez em humanos em 1970 na RDCongo, caracteriza-se, em particular, por erupções cutâneas nos órgãos genitais ou na boca e pode ser acompanhada de febre, dor de garganta e/ou dor nos gânglios linfáticos.

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Depois da “canelada” da falência, SAK troca Viseu por Barcelos e entra no têxtil

A SAK, empresa de caneleiras das estrelas de futebol, que faliu em 2020 devido à pandemia, está de regresso depois de ter sido recuperada por três empreendedores portugueses.

As caneleiras “contra pontapés” da portuguesa SAK chegaram às pernas das maiores estrelas de futebol do mundo, mas a pandemia atirou a startup de Viseu para fora das quatro linhas. Três anos depois de ter falido, a SAK está de regresso pela mão de três novos investidores e aponta para a indústria têxtil. Além das caneleiras, vai produzir equipamentos e outros produtos.

A Pandemia Abanou. O Público Pediu. A SAK Voltou”. É desta forma que a marca portuguesa anunciou o seu regresso. Referência na produção de caneleiras personalizadas para as grandes estrelas do futebol mundial, como o francês Pogba, o argentino Messi ou o brasileiro Neymar, a empresa não resistiu à crise de 2020 e acabou por pedir insolvência, tendo seguido para liquidação, com uma dívida de 608 mil euros.

Com os ativos colocados à venda, na sequência do processo de insolvência, um grupo de três empreendedores portugueses juntaram-se e compraram, há cerca de ano e meio, a marca SAK Project. João Pestana Vasconcelos, João Pedro Martins e Joana Serra, antiga jogadora de futebol feminino, são os três investidores e têm vindo desde então a recuperar a empresa, mantendo a sede e a fábrica em Portugal.

“Neste período desde a falência, muitos jogadores de elite mundial continuaram a pedir as nossas caneleiras”, adianta Joana Serra, uma das investidoras e membro da equipa de gestão da SAK Project, que acrescenta que a marca portuguesa, que trabalhava com os principais clubes mundiais, está neste momento a recuperar esses contactos. As caneleiras são usadas pelos “internacionais” portugueses Otávio, Florentino, André Horta, ou Bruno Fernandes.

“É nossa intenção reativar estes acordos [com os três ‘grandes’ do futebol português] e com outros clubes internacionais”, adianta. “É uma marca portuguesa, com produção em Portugal mas com foco mundial”, salienta a antiga jogadora de futebol feminino, lembrando que a SAK tinha presença em 80 países.

Escolhemos Barcelos porque vamos trabalhar outro tipo de produtos ligados à área têxtil e temos aqui todos os meios para termos a melhor empresa e ter os melhores produtos, em termos de equipamentos e meias.

Joana Serra

Investidora e e membro da equipa de gestão da SAK Project

Apesar de continuar em Portugal, a fábrica muda de morada, trocando Viseu pela zona Norte do País. “Escolhemos Barcelos porque vamos trabalhar outro tipo de produtos ligados à área têxtil e temos aqui todos os meios para termos a melhor empresa e ter os melhores produtos, em termos de equipamentos e meias”, adiantou ao ECO Joana Serra, uma das investidoras e membro da equipa de gestão da SAK Project.

Para lá da parte estética, que permite a personalização de caneleiras e modelos que a empresa considera “verdadeiras obras de arte”, a SAK distingue-se pela utilização de tecnologia de ponta. “A empresa reuniu, ao longo dos anos, scans 3D de pernas de milhares de jogadores de elite do futebol mundial. Utilizando algoritmos de inteligência artificial, desenvolveram perfis de perna únicos, permitindo o fabrico de caneleiras feitas sob medida para cada perna, garantindo segurança e conforto, algo que supera os padrões internacionais da indústria”, detalha a empresa.

É precisamente este know-how que a marca quer colocar agora ao serviço da criação de novos produtos, nomeadamente equipamentos e meias, recorrendo ao material 3D usado nas caneleiras para as roupas, conforme explicou Joana Serra ao ECO.

Além das caneleiras, a SAK refere que possui também uma linha de roupa de compressão, a STORM, projetada para melhorar a performance muscular, regular a temperatura corporal e prevenir lesões durante a prática desportiva.

“Na SAK acreditamos no poder da inovação e na capacidade de transformar, não apenas a maneira como os produtos são feitos, mas como se adaptam e elevam a performance dos atletas. O nosso compromisso é impulsionar a excelência, oferecendo soluções que, não só superem expectativas, mas que redefinam os padrões da indústria desportiva globalmente”, adiantou Joana Serra, em comunicado.

Com a produção já a avançar, a empresa está agora a entrar na fase de arranque de vendas e quer vestir os jogadores de renome mundial.

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Centeno “não comprometeu a sua independência”, conclui Comité de Ética do BCE

O Comité de Ética do BCE considera que Mário Centeno cumpriu com os requisitos de conduta do BCE e que não colocou em causa a sua independência, no seguimento do convite para liderar o Governo.

O Banco Central Europeu (BCE) considera que a independência de Mário Centeno como membro do Conselho do BCE não foi colocado em causa, depois de ter sido sondado por António Costa para assumir o cargo de primeiro-ministro de Portugal.

O Comité de Ética é da opinião que Centeno não atuou de forma a comprometer a sua independência como membro do Conselho do BCE nem a prejudicar os interesses da União. Consequentemente, cumpriu os requisitos do Código de Conduta Único do BCE”, refere esta sexta-feira o banco central numa carta enviada aos quatro deputados do Parlamento Europeu que questionaram o banco central sobre esta situação, entre os quais se encontra o português Nuno Melo.

Como tal, “o Comité de Ética é da opinião que não se pode considerar que a independência de Centeno esteja comprometida, uma vez que não lhe foi formalmente solicitado que assumisse o cargo de primeiro-ministro, nem deu qualquer indicação de que estaria inclinado a aceitá-lo”, refere o BCE na carta enviada aos deputados.

O Comité de Ética do BCE revela também que a avaliação agora tornada pública “beneficiou de uma troca de impressões aprofundada e exaustiva com o Presidente da Comissão de Ética do Banco de Portugal”, que há um mês concluiu que Centeno “cumpriu os deveres gerais de conduta”, apesar de sublinhar que, “no plano objetivo, os desenvolvimentos político mediáticos subsequentes podem trazer danos à imagem do Banco de Portugal”.

A Comissão de Ética destaca também que solicitou e obteve esclarecimentos sobre todos os factos subjacentes que envolveram o convite do então primeiro-ministro ao governador do Banco de Portugal e que “recebeu a confirmação de que, no decurso dos acontecimentos que se seguiram imediatamente à demissão de António Costa do cargo de primeiro-ministro de Portugal, o governador Centeno manteve o seu horário de trabalho completo no Banco de Portugal e total discrição com vista a proteger os interesses do Banco de Portugal, tendo sido convidado a refletir sobre as condições que lhe permitiriam assumir o cargo de primeiro-ministro.”

A Comissão de Ética do BCE conclui assim que “não encontrou qualquer indício de que, em qualquer momento, Mário Centeno tivesse manifestado ou confirmado a intenção de aceitar a sugestão de António Costa“, sublinhando ainda que “o facto de Mário Centeno não ter notificado o Presidente do BCE e/ou o Comité de Ética do BCE, tal como seria exigido pelo Código Único, pode ser visto como um apoio à ausência da sua intenção de assumir o cargo de primeiro-ministro ou como um apoio ao facto de as suas reflexões não terem ainda amadurecido o suficiente para exigir uma ação concreta.”

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