Organização Mundial do Turismo distingue Aldeias Históricas pelas boas práticas

  • Lusa
  • 7 Agosto 2023

A OMT faz “várias considerações sobre o panorama atual e os passos a seguir” e é neste contexto que as Aldeias Históricas de Portugal surgem “como exemplo de boas práticas”.

A Organização Mundial do Turismo (OMT) distinguiu o conjunto patrimonial Aldeias Históricas de Portugal como exemplo de boas práticas, anunciou esta segunda-feira esta associação de desenvolvimento. “As Aldeias Históricas de Portugal (AHP) são um dos seis destinos do planeta reconhecidos pela OMT como uma inspiração e um exemplo de boas práticas no setor”, afirma em comunicado a AHP – Associação de Desenvolvimento Turístico (ADT).

O trabalho desenvolvido pela rede Aldeias Históricas de Portugal é distinguido pela OMT “ao lado de iniciativas da Áustria, Vietname, Geórgia, Líbano, Andorra e Malásia”. Trata-se de “um novo reconhecimento por parte da instituição”, após ter premiado a Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo (distrito da Guarda) como uma das ‘Melhores Aldeias Turísticas’ e ter atribuído o mesmo galardão à Aldeia Histórica de Castelo Novo (concelho do Fundão, Castelo Branco), em 2021 e 2022, respetivamente.

No seu mais recente estudo sobre o turismo em áreas rurais, intitulado ‘Turismo e Desenvolvimento Rural: Uma Perspetiva Política’, a OMT faz “várias considerações sobre o panorama atual e os passos a seguir” e é neste contexto que as Aldeias Históricas de Portugal surgem “como exemplo de boas práticas”.

“Num capítulo sobre o tema ‘Como é que os países estão a tomar partido das oportunidades económicas, sociais, culturais e ambientais trazidas pelo turismo?’, as AHP figuram ao lado de mais seis exemplos que a instituição escolheu [Áustria, Vietname, Geórgia, Líbano, Andorra e Malásia], entre o panorama mundial, e é o único projeto mencionado do nosso país”, segundo a nota.

Na fase inicial, a associação portuguesa “focou-se nas infraestruturas, na reabilitação das Aldeias Históricas e no desenvolvimento das atividades económicas ligadas ao turismo”. “Agora – destaca a Organização Mundial do Turismo – as AHP têm feito um esforço para reforçar áreas como a comunicação, a animação turística e as relações com os agentes públicos e privados e as comunidades locais”.

As iniciativas ‘Ciclo 12 em Rede’ e ‘Receitas que Contam Histórias – Gastronomia e Vinhos das Aldeias Históricas de Portugal’ são alguns dos projetos realizados “de modo a promover a gastronomia e a cultura local”.

Este é um reconhecimento que demonstra, mais uma vez, o compromisso da AHP – ADT com a sustentabilidade, em linha com a Agenda 2030 das Nações Unidas e os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Uma missão que tem como objetivo conseguir que as Aldeias Históricas de Portugal alcancem a neutralidade carbónica”, sublinha a associação.

Piódão, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, é uma das 12 Aldeias Históricas de Portugal, a que se juntam Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Sortelha e Trancoso.

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Bolt à procura de responsável do negócio de TVDE em Portugal

Nuno Inácio, o responsável pela operação de ride hailing da Bolt, assumiu em junho a liderança da operação TVDE da empresa na Europa do Sul.

A Bolt tem a decorrer um processo de recrutamento para encontrar o novo responsável no negócio de TVDE em Portugal, depois de Nuno Inácio ter assumido a liderança da operação TVDE da Bolt na Europa do Sul.

“Neste momento, estamos no processo de recrutamento do próximo responsável de ride-hailing em Portugal. Até lá, Nuno Inácio continua a liderar o vertical no país”, refere fonte oficial da Bolt ao Trabalho by ECO.

Nuno Inácio estava desde agosto de 2021 até junho deste ano à frente da operação de TVDE da Bolt, segundo informa o seu perfil no LinkedIn, tendo desde então assumido funções de liderança do negócio na Europa do Sul, com responsabilidade dos mercados de Portugal, Espanha, Malta e Chipre.

“O serviço TVDE tem sido precisamente uma alavanca essencial no sentido de promover essa mudança de mentalidades no que toca à maneira como nos deslocamos diariamente; a minha ambição é expandir este serviço nestas geografias para que cada vez mais pessoas possam usufruir de uma vida em que o transporte lhes é assegurado com qualidade e segurança, sem o sentimento de dependência do carro privado”, diz Nuno Inácio, citado em comunicado.

Com mais de 13 anos de experiência nos setores da mobilidade, comércio eletrónico, retalho e marketing, tendo, lançado a Lime, serviço de trotinetes, em Portugal, Nuno Inácio continua a assegurar a operação de TVE da Bolt em Portugal até ser encontrado um substituto.

No LinkedIn, a empresa tem há várias semanas um anúncio para um country manager para o serviço de ride-hailing. O responsável terá como papel “liderar o mercado e alimentar relacionamentos críticos que irão fazer crescer o nosso negócio, reforçar a nossa posição e fomentar crescimento dos motoristas e riders, envolvimento e retenção, enquanto gere uma equipa de elevada performance”, pode ler-se no anúncio. Entre outros requisitos pretendem um profissional com sete ou mais anos de experiência em funções de gestão operacional ou gestão.

A Bolt começou a operar em Portugal em 2018, cobrindo, atualmente, o seu serviço TVDE todo o território nacional, segundo a empresa. Neste segmento, tem como principal concorrente a Uber, depois da saída em março da FreeNow de Portugal.

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PSP registou 149 crimes associados à JMJ, maioria de furto por carteiristas

  • Lusa
  • 7 Agosto 2023

"Já sabíamos que isso ia acontecer. Esta grande massa de gente atrai os amigos do alheio, nomeadamente os carteiristas, era expectável", disse Manuel Magina da Silva.

A PSP registou 149 crimes associados à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), sendo a maioria da autoria de carteiristas, uma situação que “já era expectável” devido à “grande massa de gente”, indicou esta segunda-feira o diretor daquela força de segurança.

Na conferência de imprensa de apresentação do balanço da operação de segurança da JMJ – que decorreu em Lisboa entre terça-feira e domingo com a presença do Papa Francisco e que chegou a reunir mais de um milhão de pessoas, o diretor nacional da PSP precisou que foram registados 149 crimes, 129 dos quais contra a propriedade, furto por carteiristas.

“Já sabíamos que isso ia acontecer. Esta grande massa de gente atrai os amigos do alheio, nomeadamente os carteiristas, era expectável”, disse Manuel Magina da Silva, dando conta que esteve em Lisboa uma equipa com nove elementos da Europol orientado exclusivamente para o furto por carteiristas, que ajudou a identificar os carteiristas estrangeiros.

Durante a JMJ, a Polícia de Segurança Pública registou ainda quatro crimes contra a integridade física simples, quatro contra a vida em sociedade, oito relacionadas com o consumo ou tráfico de droga e quatro contra a segurança nas comunicações. “Não ocorreram quaisquer ofensas corporais graves a qualquer peregrino, não ocorreu a morte de qualquer peregrino resultante da ação criminosa”, salientou.

Ao falar dos “bruxedos dos autocarros”, Magina da Silva disse que polícia estava receosa sobre o impacto que podia ter na cidade de Lisboa o número de autocarros, mas “foi uma agradável surpresa porque não tiveram qualquer impacto”.

Para a JMJ, a PSP montou o maior dispositivo de sempre, a que Magina da Silva chamou “histórico”, frisando que estiveram em Lisboa 437 viaturas policiais e, entre 01 e 06 de agosto, estiveram envolvidos diariamente, cerca de 3.000 polícias por cada um de quatro turnos, o que totaliza cerca de 12.000.

Na conferência de imprensa, o presidente do INEM, Luís Meira deu conta que foram assistidos um total de 4.600 peregrinos, 4.312 dos quais em Lisboa e 300 no resto do país, tendo sido a maioria das situações resolvida no local dos eventos. Segundo Luís Meira, apenas 3,5% das situações de emergência foram encaminhadas para os hospitais.

Em representação do Centro Nacional da Cibersegurança, Júlio César, indicou que durante a JMJ registaram-se incidentes, mas todos foram “possíveis de identificar e foram prontamente mitigados. Segundo Júlio César, os incidentes estiveram relacionados com tentativas de acessos a servidores da organização e outras entidades.

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Atletas portugueses vão aos Jogos Olímpicos vestidos pela Decenio

A Decenio será responsável pelo desenho e produção dos uniformes da equipa de atletas que vai representar Portugal nos Jogos Olímpicos que decorrem em Paris, de 26 de julho a 11 de agosto de 2024.

A Decenio é a responsável por vestir os atletas portugueses que vão representar Portugal nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. A marca já tinha vestido a comitiva nacional nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021.

“A marca aceitou o desafio de vestir os atletas olímpicos nas cerimónias de abertura e encerramento da competição, assim como em outros momentos formais e informais, assumindo-o com um grande sentido de responsabilidade, tal como fez nos últimos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020″, revela a Decenio, em nota de imprensa.

Esta é assim uma campanha que a Decenio “apoia com orgulho e que vai juntar o coração de todos os portugueses ao longo deste caminho de preparação e qualificação dos atletas“, refere ainda a marca.

A Decenio – que surgiu no panorama nacional em 1993 com o objetivo de se tornar numa marca de moda de luxo acessível – foi adquirida em 2014 pelo Grupo Cães de Pedra (grupo de Guimarães, que é também dono da Lion of Porches) ao grupo Ricon, entretanto falido.

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Museu do Design e da Moda reabre ao público no segundo trimestre de 2024

  • Lusa
  • 7 Agosto 2023

O MUDE encerrou em maio de 2016, para obras do edifício de oito pisos, antiga sede do Banco Nacional Ultramarino.

O Museu do Design e da Moda (MUDE), em Lisboa, encerrado desde 2016 para obras de requalificação integral, deverá reabrir ao público no segundo trimestre de 2024, indicou esta segunda-feira à agência Lusa a diretora, Bárbara Coutinho. “Sete anos depois do início das obras de requalificação integral do edifício do MUDE, saem os telões e os andaimes que revestiam o quarteirão formado pela Rua Augusta, Rua da Prata, Rua do Comércio e Rua de São Julião“, indicou a responsável num comunicado sobre o ponto da situação das obras.

Os atuais telões tinham sido colocados há dois anos, sinalizando o início da segunda empreitada de obras, com as frases “MUDE no presente, desenhando o futuro | MUDE no futuro, desenhando o presente”, e, as fachadas do edifício, restauradas e limpas, “retomam a herança pombalina”, assinalou ainda.

Ainda de acordo com Bárbara Coutinho, “a presente empreitada está prevista terminar no final do corrente ano”, e “neste momento, prosseguem os trabalhos de modo a que as portas [do museu] na Rua Augusta abram ao público no segundo trimestre de 2024”, acrescentando que a data de reabertura “será comunicada em breve”.

Dedicado a todas as expressões do design, que se espelham no seu acervo, o MUDE possui atualmente 11 coleções e mais de 1.000 peças avulsas nas áreas de produto, moda, gráfico, interiores, cenários de teatro e joalharia contemporânea. A coleção do antigo Teatro da Cornucópia, que cessou atividade em 2016, é uma das doações que vieram ampliar o acervo do museu no ano passado, através dos seus diretores, o cofundador Luís Miguel Cintra e a cenógrafa, figurinista e ‘designer’ Cristina Reis.

O conjunto ascende a mais de 1.400 peças de núcleos muito diferentes, nomeadamente bibliográfico, acessórios e adereços, design gráfico, incluindo cartazes e maquetes de espetáculos, muitos deles concebidos por Cristina Reis. O MUDE encerrou em maio de 2016, para obras do edifício de oito pisos, antiga sede do Banco Nacional Ultramarino, mas continuou a atividade numa programação de exposições, dentro e fora da capital, intitulada “MUDE Fora de Portas”.

Em janeiro deste ano, a diretora do MUDE, em entrevista à Lusa, tinha estimado a reabertura para o final deste ano, mas alertava para as “dificuldades nos fornecimentos dos materiais e no aumento do seu custo” na obra, interrompida durante quase três anos, por insolvência da construtora inicialmente selecionada.

As obras do edifício ficaram interrompidas, de 2018 a maio de 2021, “por um motivo totalmente alheio ao MUDE e à Câmara Municipal de Lisboa, devido à insolvência da empresa construtora Soares da Costa, encarregada de fazer a primeira empreitada”, recordou Bárbara Coutinho.

Esta situação “veio provocar atrasos muito significativos e uma necessidade de cumprir toda a legislação em vigor, com a revisão de todo o projeto e a abertura de novo concurso publico internacional, que veio a acontecer em maio de 2021, retomando a obra pela empresa Teixeira Duarte”, relatou.

Apesar de estar encerrado há seis anos, o MUDE continuou até 2022 com uma programação expositiva. Nesse ano, realizou uma exposição dedicada aos cem anos de design gráfico em Portugal através da coleção Carlos Rocha e a outra intitulou-se “Portugal Pop”, com a visão dos últimos 50 anos da história da moda no país.

Este ano não foi organizada uma programação expositiva fora de portas para que as equipas do museu se concentrassem na reabertura, tendo decorrido apenas pequenos eventos, como o lançamento de catálogos ou debates. Outro exemplo de incorporações em 2022, além do Teatro da Cornucópia, foi o da coleção de ‘design’ gráfico de Carlos Rocha (1943-2016), com mais de seis mil unidades arquivísticas, que entrou no MUDE como depósito de longa duração.

Inaugurado em 2009, com base na Coleção Francisco Capelo, o MUDE recebeu, até à data de encerramento do edifício-sede, quase dois milhões de visitantes, em quase 60 exposições e cerca de 170 eventos relacionadas com o seu acervo.

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Administrador financeiro da Tesla abandona cargo e sai da empresa no final do ano

  • Lusa
  • 7 Agosto 2023

Zachary Kirkhorn deixou o cargo na sexta-feira, mas irá continuar na empresa até ao final do ano para “garantir uma transição perfeita”.

O administrador financeiro (CFO) da Tesla, Zachary Kirkhorn, vai deixar a empresa fabricante de automóveis elétricos e de painéis solares no final do ano, tendo deixado o cargo de responsabilidade na sexta-feira.

Para o seu lugar, foi nomeado Vaibhav Taneja, atual responsável de contabilidade, anunciou esta segunda-feira a empresa num documento enviado ao regulador do mercado norte-americano.

De acordo com a empresa sediada em Austin, estado do Texas, Kirkhorn deixou o cargo na sexta-feira, mas irá continuar na empresa até ao final do ano para “garantir uma transição perfeita”. Kirkhorn era administrador financeiro desde março de 2019 e estava na empresa há 13 anos, tendo sido uma presença constante nas teleconferências de apresentação de resultados.

O documento não dá uma razão para a saída de Kirkhorn, mas a Tesla salienta que registou um enorme crescimento durante o seu mandato. Kirkhorn vendeu mais de seis milhões de dólares em ações da Tesla este ano – não apenas como parte de um plano de negociação preestabelecido, mas também para satisfazer obrigações fiscais.

Tenja, 45 anos, é responsável de contabilidade da Tesla desde março de 2019.

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Porto de Lisboa cresce 6,3% no primeiro semestre

  • Lusa
  • 7 Agosto 2023

No primeiro semestre de 2023, um dos destaques vai para o crescimento em 10% de navios que escalaram o porto de Lisboa: 1.086, dos quais 827 de carga.

O porto de Lisboa movimentou, nos primeiros seis meses deste ano, 5,5 milhões de toneladas, um aumento de 6,3% em relação a igual período do ano passado, segundo um comunicado divulgado esta segunda-feira.

De acordo com o porto de Lisboa, a “melhoria no desempenho dos vários segmentos durante este período justifica o crescimento verificado”, destacando a “carga contentorizada, granéis líquidos e granéis sólidos, bem como o aumento do número de navios”.

Na mesma nota, a entidade indicou que, “no primeiro semestre de 2023, um dos destaques vai para o crescimento em 10% de navios que escalaram o porto de Lisboa: 1.086, dos quais 827 de carga”, sendo que “este número representa um aumento de 97 navios comparando com o mesmo período do ano anterior”.

O porto da capital destacou ainda “o crescimento dos granéis sólidos e líquidos, com um aumento de 5% e 18,2%, respetivamente, face aos primeiros seis meses de 2022”, sendo que “nos sólidos foram alcançadas as 2.594.909 toneladas no primeiro semestre do ano, enquanto nos líquidos se atingiram as 742.840 toneladas”.

Paralelamente, o crescimento registado nos granéis líquidos “está relacionado com o bom desempenho do Terminal de Líquidos do Barreiro – Alkion – que passou a movimentar mais carga para Espanha, principalmente amoníaco”, garantiu.

Por outro lado, entre janeiro e junho deste ano, “a carga contentorizada atingiu 1,6 milhões de toneladas, um valor que representa um crescimento de mais 7,4%, face ao período homólogo”, indicou o porto de Lisboa, salientando “o crescimento do Terminal de Contentores de Alcântara – Yilport Liscont – em 21%, sendo que as exportações efetuadas através do mesmo, quando comparadas com o período homólogo cresceram 18%, e as importações 29%”.

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Mais de metade dos jovens mudaria de emprego se obrigado a regressar a trabalho presencial

Grande parte afirma que será muito difícil ou impossível tomar grandes decisões como comprar casa ou constituir família caso a situação económica não melhore. Mais de um terço tem segundo emprego.

Cerca de metade dos jovens portugueses trabalha em modelo híbrido e desses, mais de metade, mudaria de emprego caso fosse obrigado ao trabalho 100% presencial, 39% deseja a semana de quatro dias e mais de um terço tem um segundo emprego, por razões económicas, aponta o “Gen Z and Millennial Survey 2023″, da Deloitte, junto a 22 mil jovens inquiridos em 44 países, incluindo 400 em Portugal.

“Este estudo é um retrato nítido sobre duas gerações que são o presente e o futuro, e que irão liderar tendências que já estão a transformar a sociedade e o mundo do trabalho. O estudo identifica as principais preocupações destas gerações, como sejam o custo de vida, o desemprego e as alterações climáticas, e clarifica as expectativas que têm relativamente à vida profissional, nomeadamente o equilíbrio entre as esferas pessoal e profissional, a saúde mental e o contributo das organizações para a sustentabilidade”, diz Diogo Santos, partner da Deloitte, citado em comunicado.

“Estas conclusões constituem importantes ingredientes para as empresas configurarem novas estratégias de atração e retenção de talento, adaptando-se assim às especificidades destas novas gerações que representarão a maioria da força de trabalho já em 2025”, refere ainda.

Família, amigos são o mais importante

Resultante de um inquérito junto a mais de 20 mil jovens, de 44 países, dos quais 400 em Portugal da geração Z (nascidos entre 1995-2010) e millennials (1980-1994), o estudo dá pistas sobre como as gerações mais jovens olham para o mercado de trabalho e quais as suas expectativas: maior flexibilidade e equilíbrio entre a vida profissional e pessoal são algumas das ambições da nova geração.

Apesar de valorizado, o trabalho não é o elemento mais importante para o sentido de identidade do jovem, com 77% da geração Z e 81% dos millennials portugueses a destacar a família e amigos. O trabalho surge na segunda posição (56% da geração Z e 62% dos millennials).

“Um terço dos inquiridos portugueses (33% de ambas as gerações) aponta a capacidade de manter um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal como um dos aspetos que mais os impressionam nos seus pares, com a dedicação à família e amigos a surgir em segundo lugar na lista. Por oposição, a nível global, o valor é um pouco mais baixo: só 26% da geração Z e 28% dos millennials referem aquela como a qualidade que mais admiram”, aponta o estudo.

Cerca de metade dos jovens portugueses inquiridos – 49% da geração Z e 48% dos millennials – está numa modalidade de trabalho híbrido ou remoto e, em caso de regresso ao trabalho 100% presencial, uma larga maioria, consideraria procurar um novo emprego, uma vontade mais acentuada junto dos trabalhadores millennials (75%) do que na geração Z (69%).

Cerca de um quarto dos inquiridos (25% da geração Z e 26% dos millennials) considera mesmo que permitir o trabalho remoto para os colaboradores que assim o desejem seria “uma boa medida das organizações para fomentar a flexibilidade e equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho”.

A nível global é visível também esse desejo de flexibilidade, com 54% da geração Z e 59% dos millennials a considerar que o modelo híbrido é positivo para a sua saúde mental, permitindo-lhes mais tempo com amigos e família, tratar de responsabilidades fora do trabalho, ter hobbies e reduzir o custo em transportes.

Mas novos modelos de trabalho também suscitam ‘velhas’ preocupações: “18% da geração Z e 15% dos millennials sentem-se excluídos ou prejudicados pelas chefias a favor de colegas que passam mais tempo em regime presencial, e preocupa-os que o modelo híbrido ou remoto possa limitar a sua carreira, isto porque 14% acredita que pode tornar mais difícil estabelecer uma relação com colegas”, aponta o estudo.

Semana de quatro dias: mais de um terço a favor

A semana de quatro dias de trabalho Portugal tem um piloto, promovido pelo Governo, a decorrer até final do ano, com 39 empresas – é vista com bons olhos pela geração mais nova. Mais de um terço (39%) da geração Z e 44% dos millennials portugueses são a favor da implementação desta medida para ajudar a promover um melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, valor acima do registado a nível global, com 32% da geração Z e 31% dos millennials a opinar no mesmo sentido.

Um número crescente de profissionais relata igualmente dificuldade em ‘desligar’ depois da jornada laboral, com cerca de 23% da geração Z e 25% dos millennials a responder todos os dias a emails e mensagens profissionais fora do horário habitual de trabalho; e 22%, pelo menos, um ou dois dias por semana.

“A maioria diz fazê-lo para se manter a par dos últimos desenvolvimentos, ou por serem mensagens provenientes da chefia ou supervisores; mas um número elevado dos jovens inquiridos afirma sentir uma sensação de ansiedade e de dificuldade de se desligar do trabalho (19% da geração Z e 27% dos millennials)”, aponta o estudo.

Números que alinham com o sentimento global, embora, em Portugal, os jovens que afirmam que ‘nunca/ quase nunca’ respondem a emails ter uma percentagem mais elevada, com 33% da geração Z e 40% dos millennials a referir isso contra os 25% da geração Z e 28% dos millennials a nível global.

Os níveis de stress mantêm-se, no entanto, elevados. A nível global, cerca de 46% da geração Z e 39% dos millennials diz sentir-se stressado durante grande parte do tempo ou mesmo todo o tempo, e em Portugal os números são ainda mais elevados: 49% para a geração Z e 43% para os millennials.

A saúde mental (53% e 33%), o futuro financeiro a longo prazo (52 e 48%), a saúde e bem-estar da sua família (52% e 46%) e as finanças do dia a dia (48% e 40%) estão na origem desse sentimento entre os jovens, bem como a intensidade das suas obrigações profissionais (46% e 39%).

Cerca de metade vive de ‘ordenado em ordenado’

O aumento do custo de vida é uma preocupação nestas duas gerações tanto a nível nacional como global. Cerca de metade vive de ordenado em ordenado, situação que afeta 53% da geração Z e 51% dos millennials portugueses – lá fora os números são 51% e 27%, respetivamente.

Depois do custo de vida, saúde mental, a crise climática e o desemprego estão no topo das preocupações dos jovens profissionais, refletindo o clima de grande preocupação com o cenário económico.

Portugal tem uma das taxas de desemprego jovem mais elevadas da Europa – país fechou junho com 17,2% de taxa de desemprego, acima dos 14,1% na UE e de 13,8% na Zona Euro no mesmo período – e os contratos temporários são uma realidade para seis em cada dez (57%) empregados, bastante acima dos 14% que correspondem aos trabalhadores entre os 25-64 anos, revelam os dados da Pordata, relativos a 2022.

“Grande parte dos inquiridos afirma que será muito difícil ou impossível tomarem grandes decisões como comprar casa (72% da geração Z e 67% dos millennials) ou constituir família (60% da geração Z e 57% dos millennials) se a economia não melhorar nos próximos 12 meses”, aponta o estudo.

No tema constituição de uma família, a diferença percentual entre os resultados do inquérito em Portugal é notória: 10 pontos percentuais acima do que a nível global, com 50% da geração Z e 47% dos millennials a referir esse tema.

Para fazer face as estas preocupações económicas, 44% dos jovens da geração Z e 31% dos millennials têm um segundo emprego, sendo as ocupações mais comuns trabalhos esporádicos como entrega de refeições ou aplicações de partilha de boleias (23% e 11%), gaming profissional (23% e 8%), trabalho em retalho ou restauração (21% e 8%) e treino desportivo (16% e 10%).

Se para cerca de metade – 47% da geração Z e 46% dos millennials – a motivação é a procura de fonte de rendimento extra, para um número significativo essa opção visa desenvolver capacidades e relações importantes (26% da geração Z e 13% dos millennials portugueses) e transformar um hobbies numa atividade profissional (23% da geração Z e 18% dos millennials portugueses).

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Paypal lança stablecoin

  • ECO
  • 7 Agosto 2023

A empresa de pagamentos PayPal lançou nesta segunda-feira uma stablecoin em dólares americanos, numa tentativa de impulsionar a adoção de moedas digitais para pagamentos e transferências.

A empresa de pagamentos PayPal lançou nesta segunda-feira uma stablecoin em dólares americanos, numa tentativa de impulsionar a adoção de moedas digitais para pagamentos e transferências, avança a Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

A stablecoin, conhecida como PayPal USD, é suportada por depósitos em dólares americanos e títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo, adiantou a empresa.

As stablecoins são criptomoedas projetadas para estarem protegidas da volatilidade que dificulta o uso de ativos digitais para pagamentos ou como reserva de valor.

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Kiev afirma ter impedido um atentado russo contra Zelensky

  • Lusa
  • 7 Agosto 2023

Os serviços de segurança ucranianos dizem ter detido uma "informadora dos serviços secretos russos que estava a recolher informações sobre a visita planeada do Presidente à região de Mykolaiv".

Os serviços de segurança ucranianos (SBU) informaram esta segunda-feira ter detido uma mulher acusada de ajudar a Rússia a preparar um alegado atentado contra o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma visita a Mykolaiv, no sul do país.

Num comunicado, o SBU afirmou ter detido uma “informadora dos serviços secretos russos que estava a recolher informações sobre a visita planeada do Presidente à região de Mykolaiv”, perto da linha da frente, com vista a um “ataque aéreo maciço” por parte do exército de Moscovo.

Segundo a fonte, a mulher, que trabalhava numa loja de uma base militar, “tentou determinar a hora e a lista dos locais do itinerário provisório do chefe de Estado na região”.

O SBU divulgou uma fotografia desfocada da mulher, detida por agentes, bem como mensagens telefónicas e notas manuscritas sobre atividades militares, cuja veracidade não foi possível confirmar de forma independente.

Já esta segunda-feira, na plataforma Telegram, Zelensky sublinhou que o SBU o tinha informado da tentativa de ataque e que o mantinha atualizado sobre a “luta contra os traidores” na Ucrânia.

O Presidente ucraniano visitou a região de Mykolaiv em junho, após a rutura da barragem de Kakhovka, que inundou grande parte do sul da Ucrânia, e no final de julho, após violentos bombardeamentos.

No comunicado, o SBU afirmou ter adotado “medidas de segurança adicionais” para a visita de Zelensky, mas não deteve imediatamente a mulher, “a fim de obter mais informações sobre os seus ‘patrocinadores’ russos e as tarefas que lhe foram atribuídas”.

De acordo com o SBU, a mulher tentou obter informações sobre a localização de sistemas de guerra eletrónica ucranianos e de armazéns de munições, tendo sido detida “em flagrante delito” quando tentava transmitir as suas informações aos serviços secretos russos.

Nesse sentido, é acusada de divulgação não autorizada de informações sobre armas e movimentos de tropas e pode ser condenada a uma pena de prisão de até 12 anos, segundo os serviços de segurança.

O sistema judicial ucraniano, sem que seja possível confirmar a independência das informações, anuncia regularmente a detenção de pessoas residentes na Ucrânia acusadas de transmitir dados ao exército russo.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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Interessados na privatização da Azores Airlines oferecem 7,026 e 6,60 euros por ação

  • Lusa
  • 7 Agosto 2023

O Atlantic Consortium e o Newtour/MS Aviation melhoraram a sua oferta de 6,5 euros para 7,026 e 6,60 euros por ação, respetivamente.

Os interessados na privatização da Azores Airlines, o Atlantic Consortium e o consórcio Newtour/MS Aviation, melhoraram as propostas iniciais e ofereceram, respetivamente, 7,026 euros e 6,60 euros por ação da companhia área, foi revelado esta segunda-feira.

O anúncio foi realizado durante o ato público de abertura das propostas referentes ao concurso público internacional para a privatização da transportadora, que decorreu na sede do Grupo SATA, em Ponta Delgada.

Na semana passada foram apresentadas duas propostas, pelo Atlantic Consortium (formado pelas empresas Vesuvius Wings, White Airways, Old North Ventures, Consolidador e EuroAtlantic Airways) e pelo consórcio NewTour/MSAviation, que ofereceram 6,50 euros por cada ação da companhia responsável pelas ligações com o exterior dos Açores.

Face às semelhanças entre as duas ofertas, o ato público foi suspenso para permitir aos concorrentes a alteração dos valores, seguindo o que está previsto no caderno de encargos, segundo lembrou aos jornalistas o presidente do júri, Augusto Mateus.

“Havia a possibilidade – não a necessidade – de os concorrentes poderem subir o preço. Coisa que fizeram. Uma proposta mais do que a outra. Tinham o mesmo preço e agora passaram a ter preços diferentes. Ambos superiores aos 6,50 euros que tinham apresentado na primeira proposta”, afirmou o economista e professor universitário.

Apesar das diferenças no preço por ação, os interessados não alteraram as percentagens do capital social a que se propõem adquirir. A proposta do consórcio NewTour/MSAviation pretende adquirir 76% da empresa, enquanto a oferta da Atlantic Consortium é sobre 74,85% do capital social da transportadora.

Augusto Mateus reforçou que o preço por ação é um dos critérios de seleção, mas recordou que a privatização está “sujeita a um conjunto de objetivos” e “não à melhor oferta financeira”. Segundo o júri, a Newtour/MS Aviation pediu para que a fundamentação da proposta fosse classificada como confidencial, uma situação que “não estava prevista”.

“Quanto mais depressa tivermos uma solução, mais depressa divulgamos as propostas e nos podemos concentrar em todos os elementos que são necessários para produzir o relatório”, vincou. Augusto Mateus disse esperar que a divulgação das propostas aconteça o “mais rapidamente possível”, lembrando que a apresentação do relatório do júri está prevista para o final de setembro ou início de outubro.

O Atlantic Consortium é formado pelas empresas Vesuvius Wings, White Airways, Old North Ventures, Consolidador e EuroAtlantic Airways, tendo sido representado por Luís Nunes (gestor responsável pelo portal de viagens Azores Getaways).

A NewTour é uma empresa com sede no arquipélago, ligada ao setor do turismo, liderada pelo empresário Tiago Raiano. Em junho, a Newtour (e a empresa Bestfly) anunciaram a aquisição da companhia austríaca MS Aviation.

Em junho de 2022, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo medidas como uma reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controlo (51%).

O caderno de encargos da privatização da Azores Airlines prevê uma alienação no “mínimo” de 51% e no “máximo” de 85% do capital social da companhia.

(notícia atualizada às 16h08 com mais detalhes das propostas)

 

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Podemos vai despedir metade dos trabalhadores em Espanha

  • ECO
  • 7 Agosto 2023

Partido liderado por Ione Belarra vai despedir metade dos seus funcionários e fechar nove delegações autónomas, no âmbito de um Expediente de Regulação de Emprego.

O Podemos iniciou os trâmites legais para avançar com um Expediente de Regulação de Emprego (ERE) por “razões económicas, técnicas e organizacionais”, que culminará no despedimento de metade dos funcionários e no encerramento de nove delegações autónomas, avança a Europa Press (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Numa carta enviada aos funcionários, o partido liderado por Ione Belarra justifica a decisão com a perda de receitas provocada pelos maus resultados eleitorais e, consequente, perda de representatividade nas eleições autónomas e municipais do passado dia 28 de maio, bem como a menor presença de membros do partido na sequência da coligação com o Sumar para as eleições gerais a 23 de julho. Estas duas situações culminaram numa perda de 70% das receitas a nível nacional e de cerca de 90% a nível das regiões autónomas.

De acordo com a carta, o ERE afetará cerca de 45 trabalhadores que atualmente trabalham nas nove delegações que vão fechar portas (cinco em Aragão, sete nas Astúrias, oito nas ilhas Baleares, seis nas Canárias, quatro em Castilla La Mancha, um em Cantábria, três na Galiza, quatro em Madrid e sete na Comunidade Valenciana).

Paralelamente, também haverá cortes no pessoal presente na sede do partido que se situa em Madrid e que emprega atualmente 61 pessoas, mais de metade do quadro total do partido.

Nas eleições gerais de 23 de julho, o Podemos foi a votos em coligação com o Sumar, tendo esta coligação conseguido 31 mandatos (12,31% dos votos), sendo que destes apenas cinco pertencem ao Podemos. Destas eleições, saíram contas complicadas para os dois maiores partidos: o PP, liderado por Alberto Núñez Feijóo, conseguiu eleger 136 deputados, enquanto o PSOE, liderado por Pedro Sánchez, conseguiu 122 mandatos. Assim, nenhum destes dois partidos conseguiu alcançar os 176 deputados necessários para formar governo sozinho, ficando, por isso, dependentes de acordos pós-eleitorais.

Da mesma forma, o Bloco de Esquerda também avançou com despedimentos, encerramento de sedes e agrupamentos de distritais na sequência do mau resultado nas legislativas de janeiro de 2022 e consequente quebra nas subvenções estatais. O Bloco passou de 19 para cinco deputados e por isso decidiu reduzir para metade o seu número de funcionários.

“No BE há uma grande consciência por parte de todos os aderentes, não só por parte da direção, de que é fundamental a independência do partido. O BE não tem dívida. O BE não pede favores, não está preso a nenhum poder. E, por isso mesmo, tem de trabalhar com as condições financeiras que tem em cada momento. E tem de ter sempre contas certas e contas transparentes”, disse a então líder bloquista, Catarina Martins, em entrevista ao Público e à Rádio Renascença, em setembro de 2022.

Da mesma forma, o CDS quando perdeu a representação parlamentar, na sequência das mesmas legislativas, avançou com um despedimento coletivo, porque a sua subvenção foi cortada em 60% para 20 mil euros mensais.

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