Seguradoras portuguesas pagam 1.295 euros por cada reparação de um automóvel

  • ECO Seguros
  • 14 Dezembro 2023

Na Península Ibérica é em Portugal que as seguradoras mais pagam por reparação de veículos. O que não impede os consumidores de preferirem pagar um carro novo a prestações.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) deu conta que o custo médio por cada reparação de veículos por sinistros é de 1.295 euros em Portugal. Este valor é superior em cerca de 60% às reparações em Espanha, que totalizam por processo aberto 810 euros, de acordo com as conclusões da Gestroauto, avançadas pelo jornal Infotaller. Os dados relativos a Portugal têm em conta valores não diretamente imputáveis a reparações de veículos em oficinas, como a atribuição de veículos de substituição, acrescenta a associação.

Segundo o Infotaller, em França o custo por reparação é, em média, 1.400 euros e na Alemanha esse valor é de 2.400 euros.

Antonio Escribano, CEO da empresa de gestão de sinistros, Gestroauto, aponta várias justificações pelo baixo preço pago pelas seguradoras às oficinas em Espanha, nomeadamente, uma visão particular dos espanhóis sobre os seguros, que, habitualmente, usam as suas poupanças para arranjar o carro e trocam rapidamente de seguradoras (às vezes por uma diferença de 10 euros).

Para resolver o problema e para que o valor médio das reparações seja maior, Antonio Escribano incentiva as oficinas a envolver o cliente e dar-lhe a conhecer os seus direitos.

Carro novo, novo seguro?

A troca de seguros é também praticada entre os consumidores portugueses. Só no ano passado foram registados mais 185.291 veículos, segundo os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP). Com a compra de um novo automóvel, muitos clientes que já possuam veículo próprio podem optar por “contratar um novo seguro para o novo veículo, por procurarem ter uma cobertura mais completa” e também se receberem uma melhor oferta, afirma a DS Auto, marca do setor automóvel do Grupo Decisões e Soluções, ao ECOseguros.

Ainda assim, “há clientes que optam por transferir o seguro anterior para o novo carro”, por estarem satisfeitos com a seguradora, por ser mais conveniente dar continuidade à cobertura sem interrupções e, em alguns casos, pelos “benefícios ou descontos oferecidos pela seguradora para os clientes existentes”, explica a marca.

De acordo com a DS Auto, é comum a escolha do cliente entre manter o seguro ou contratualizar um novo é motivado pela vontade do consumidor em preservar o seu recente investimento e, por isso, pesquisa mais e compara as ofertas das seguradoras. Os consumidores acabam por escolher a apólice que identifiquem como sendo a mais abrangente ou a mais vantajosa quanto aos prémios, franquias e benefícios adicionais.

Portugueses preferem comprar carro a crédito

A maioria dos portugueses prefere comprar carro recorrendo a crédito (62%). Assim, não é de espantar que também a maioria dos portugueses prefiram adquirir um novo veículo em stands que ofereçam soluções de intermediação de crédito (68%), como revela um estudo conduzido pela DS Auto.

Segundo a DS auto, quando se recorre ao crédito na compra de um veículo, é comum este “ter incluído o seguro de proteção ao crédito, que cobre o valor do crédito em caso de morte ou invalidez e aí há vários tipos de cobertura diferente”. Podendo o seguro cobrir o saldo do devedor total ou parcialmente, por exemplo.

O mesmo estudo dá conta das preferências dos consumidores quanto à tipologia dos stands: a maioria dos inquiridos (cerca 80%) prefere comprar um carro numa marca que tenha uma rede de stands, desses 53,5% prefere stands multimarca e 28% de stands de marca própria e 18% elegem os stands de usados.

Segundo Luís Rosa, Diretor Coordenador Nacional da DS AUTO, “nos tempos que correm, poucos são os portugueses que conseguem comprar um automóvel sem recorrer a financiamento, por isso, é normal que valorizem tanto os stands que disponibilizem um serviço de intermediação de crédito”.

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Marcelo diz que respeitou “escrupulosamente a ética e o direito” no caso das gémeas

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2023

"O Presidente da República fez o que devia fazer, fez para todos igualmente, como aliás o primeiro-ministro reconheceu. No mesmo dia foram enviados vários casos para o Governo", disse Marcelo.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta quinta-feira ter respeitado “escrupulosamente, quer a ética, quer o direito” no caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria e reiterou que “filho de presidente não é presidente”.

“Não sou o doutor Nuno Rebelo de Sousa. Ele tem 50 anos, vive no Brasil há 10 anos, é uma pessoa que não é o Presidente da República, não foi eleito. Filho de presidente não é presidente, irmão de presidente não é presidente. Só há uma pessoa em Portugal eleita para ser Presidente que sou eu”, afirmou o chefe de Estado, à entrada para uma reunião do Conselho de Fundadores de Serralves, no Porto.

Afirmando não estar envolvido “em nenhuma polémica”, Marcelo Rebelo de Sousa considerou ter respeitado “escrupulosamente quer a ética, quer o direito” relativamente ao caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital Santa Maria. “O Presidente da República fez o que devia fazer, fez para todos igualmente, como aliás o primeiro-ministro reconheceu. No mesmo dia foram enviados vários casos para o Governo”, afirmou.

Questionado com quem falou a então assessora dos assuntos sociais, Maria João Ruela, o Presidente da República disse não saber, referindo apenas que foi o chefe da Casa Civil que “definiu a doutrina de que deveria haver prioridade [no tratamento] de portuguesas, residentes em Portugal, relativamente a outras”.

Quanto ao que motivou o envio do pedido, conhecendo-se já a posição negativa da Casa Civil, o chefe de Estado afirmou que “os particulares têm direito a que sejam enviados aos departamentos que são competentes para decidir”.

A questão é muito simples. Os cidadãos são todos iguais. Quem decidiu isso foi o chefe da Casa Civil e que foi, como, aliás, o primeiro-ministro explicou, e muito bem, um tratamento igualitário de todos os portugueses”, afirmou, acrescentando que o pedido foi sem o seu apelido para evitar que o tratamento fosse desigual.

O caso duas crianças gémeas residentes no Brasil que, entretanto, adquiriram nacionalidade portuguesa e vieram a Portugal em 2019 receber o medicamento Zolgensma para a atrofia muscular espinhal, com um custo total de quatro milhões de euros, foi divulgado pela TVI, em novembro.

O assunto está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e é objeto de uma auditoria interna no Hospital de Santa Maria. Marcelo Rebelo de Sousa, que já entregou documentação à PGR sobre o assunto e confirmou que o seu filho o contactou sobre a necessidade de tratamento das crianças, negou ter tido qualquer intervenção no processo.

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Dentsu Creative conquista terceiro lugar no ranking de agências dos ADCE Creative Rankings

Portugal é o terceiro país mais premiado do ADCE, atrás da Alemanha e do Reino Unido. A Portugal, no top5 de países mais premiados, segue-se a Itália e a Espanha.

A Dentsu Creative Portugal conquistou o terceiro lugar no top 10 das agências do ano dos ADCE Creative Rankings – atrás das alemãs Serviceplan Germany Munich e Innocean Berlin – depois de ter conquistado um ouro, três pratas, um bronze e o Prémio Especial European Star-Johannes Newrkla nos prémios Art Director’s Club of Europe (ADCE).

A agência ocupa agora o 49º lugar nos Rankings Globais do One Club, o mais importante ranking mundial do setor, refere o Clube da Criatividade em comunicado.

No top 10 das agências do ano segue-se a Leo Burnett Company srl Turin, a LePub Milan, a Saatchi & Saatchi Düsseldorf, a Accenture Song Germany Hamburg, a Uncommon Creative Studio London, a Saatchi & Saatchi Ukraine (Kyiv) e a Havas London.

Entre as agências portuguesas, o Graficalismo Design Studio (15º) e a Judas (19º) integram ainda os primeiros 20 lugares do ranking e a This is Pacifica (25º), Deadinbeirute (28º), Solid Dogma (38º), Havas Portugal (55º), Uzina (55º), Stream and Tough Guy (75º), O Escritório (118º) e Leo Burnett Lisboa (136º) também integram a lista.

Já no que diz respeito ao ranking das agências independentes (operam de forma independente e não pertencem a nenhum grupo), o Graficalismo Design Studio ocupa a quinta posição. O primeiro lugar foi conquistado pela Serviceplan Germany Munich, seguindo-se a Uncommon Creative Studio London, a Run Barcelona e a Jung von Matt DONAU Vienna. As portuguesas Judas, This is Pacifica, Deadinbeirute e Solid Dogma entram ainda no top 20 desta lista.

Portugal é o terceiro país mais premiado do ADCE, atrás da Alemanha e do Reino Unido, depois de ter conquistado três ouros, 13 pratas e oito bronzes nos prémios Art Director’s Club of Europe (ADCE). A Portugal, no top 5 de países mais premiados, segue-se a Itália e a Espanha.

Os rankings divulgados destacaram ainda as empresas mais bem classificadas em diversas categorias, nomeadamente:

  • Brand-Side agency: Apple London
  • Brand: Stellantis brand Fiat
  • Non-profit client: Wer Braucht Feminismus?
  • Production company: Twister Film, Rome
  • Music & Sound company: Hastings Audio Network Hamburg/Berlin
  • Agency network: Publicis
  • Agency holding company: Publicis Groupe
  • Creative: Ricardo Wolff, ECD, Innocean Berlin
  • Highest ranked work (tie): “The Vulva Spaceship”, da Innocean Berlin para a Wer Braucht Feminismus? e “No Grey”, da Leo Burnett Company Turin para a Stellantis brand Fiat

O ranking, lançado este ano pela primeira vez, baseia-se nos pontos ganhos pelos prémios atribuídos na Cerimónia do ADCE Awards. As classificações são calculadas a partir dos pontos cumulativos dos prémios ADCE 2023 da seguinte forma: Ouro 30 pontos, Prata 14, Bronze 6, Shortlist 2, Prémios Especiais 60 e Grand Prix 90, explica o Clube da Criatividade.

Com a junção do The One Club for Creativity e do Art Directors Club of Europe concretizada em junho deste ano, todos os vencedores do ADCE incorporam o Global Creative Rankings.

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UE chega a acordo para reduzir a reserva de capital das seguradoras

  • ECO Seguros
  • 14 Dezembro 2023

A união também pretende que as seguradoras apresentem mais informações acerca dos riscos relacionados com a sustentabilidade e que comuniquem aos clientes esses mesmos riscos.

A União Europeia acordou, esta quarta-feira, em reduzir as margens de risco nas provisões técnicas das seguradoras, isto é, percentagem de dinheiro que a empresa deve ter de reserva para cobrir possíveis sinistros esperados, para 4,75% (baixando 1,25% de 6%), avançou a agência Reuters, esta quinta-feira.

Segundo a Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários da União Europeia, que conduziu as negociações em nome do parlamento, o alívio nas reservas de capital nas empresas libertará para a economia mais de 100 mil milhões de euros, o equivalente a 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) da UE.

Tratam-se de alterações às regras sobre os recursos financeiros e regras em matérias de supervisão e gestão de risco, reguladas pela derivativa Solvência II, e ainda carecem da votação formal dos Estados-membros e do Parlamento.

Markus Ferber, membro do Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários da União Europeia, confessou que “o Solvência II é a norma de ouro mundial para a regulamentação dos seguros, mas a sua calibração tem sido demasiado conservadora”, citou a agência britânica.

De acordo com os legisladores do bloco mencionados pela Reuters, esse dinheiro poderá até servir para investimento em tecnologias e infra-estruturas ecológicas que estimularão o crescimento.

As mudanças previstas vão além da redução da reserva de capital das empresas. Também se decidiu que para as próximas previsões apresentadas, as empresas deverão ter em conta os riscos relacionados com sustentabilidade e terão que comunicar mais informações sobre esses riscos para que os segurados possam perceber as credenciais ecológicas das empresas, afirmou a comité, citada pela Reuters.

A Insurance Europe, federação europeia de seguros e resseguros, já revelou a sua recetividade ao acordo. De acordo com Olav Jones diretor-geral adjunto da federação num comunicado citado pela Reuters, a alteração “ajudará o setor a manter-se como um dos principais investidores a longo prazo que atuam como uma força estabilizadora durante os períodos de volatilidade do mercado”.

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Sword Health é a tecnológica portuguesa de crescimento mais rápido

Daniela Braga, CEO da Defined.ai, venceu na categoria “Women in Leadership” na primeira edição do “Technology Fast 50 Portugal”, da Deloitte.

A unicórnio Sword Health é a tecnológica de crescimento mais rápido em Portugal, segundo a Deloitte. A Addvolt e a knok completam o top 3 do ranking da primeira edição do “Technology Fast 50 Portugal”, da Deloitte. As empresas vencedoras alcançaram um volume de negócios agregado superior a 550 milhões de euros, tendo tido um crescimento médio de 400%.

“É com muito orgulho que recebemos esta distinção atribuída pela Deloitte. Em 2023, a Sword Health foi reconhecida nos Estados Unidos e, agora, em Portugal, como uma das empresas que mais cresce à escala global. Este reconhecimento pertence, em absoluto, a toda a equipa da Sword, porque só com o seu talento e dedicação é possível atingir este nível de resultados. Continuaremos focados em impactar positivamente a vida de todos os pacientes e na nossa missão: libertar dois milhões de pessoas da dor”, reage Virgílio Bento, fundador e CEO da Sword Health, citado em comunicado.

A unicórnio, que atua na prevenção e tratamento de patologias músculo-esqueléticas, lidera o ranking das 50 tecnológicas mais rápidas, seguida da Addvolt – que desenvolveu uma solução que permite recuperar, produzir e armazenar energia elétrica a bordo de camiões de transporte sob temperatura controlada – e da knok, que atua na área da telemedicina com base em inteligência artificial.

As empresas do Top 50 geraram um volume de negócios agregado superior a 550 milhões de euros em 2022, mais 265% do que em relação a 2019, tendo as exportações atingido os 250 milhões de euros (+179%). No período em análise, número de colaboradores aumentou 141%, para um total agregado de 3.675.

“A primeira edição portuguesa do ‘Technology Fast 50’ destaca diversos exemplos notáveis de um setor cada vez mais estratégico para a economia nacional e cujas empresas estão cada vez mais vocacionadas para o mercado global. Neste ranking estão representadas empresas de 11 distritos diferentes, o que demonstra que o crescimento acelerado, a inovação e o empreendedorismo não são um exclusivo das grandes cidades. São empresas que praticamente não existiam e que no seu agregado já têm algum significado para a economia nacional, e também é muito interessante que quase 80% já apresentem resultados positivos”, destaca Pedro Brás da Silva, associate partner da Deloitte, citado em comunicado.

Daniela Braga vence em “Women in Leadership”

Além das 50 empresas, foram ainda distinguidas cinco empresas e uma personalidade nesta edição do ranking da consultora.

Daniela Braga, CEO da Defined.ai, é a vencedora na categoria “Women in Leadership”; tendo a Sensei, a Bloq.it e Musiversal a ganhar na categoria “Rising Stars”.

A unicórnio Feedzai ganhou na categoria “Tech Rocketship”, enquanto a Doutor Finanças foi reconhecida na categoria “Impact”.

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Campanha de Natal da Liberty conta uma história de superação e apoia a ONG Semear

  • ECO Seguros
  • 14 Dezembro 2023

Homenageando os clientes e reforçando a visão da seguradora, a Liberty lança “Emília”, nome da avó que dá nome à peça a divulgar nos canais da seguradora.

A Liberty Seguros lança o vídeo “Emilia” no âmbito da sua campanha de Natal, estando disponível nos canais internos da seguradora e nas redes sociais dos mercados onde opera, nomeadamente, em Portugal, em Espanha, na Irlanda e na Irlanda do Norte, avança a seguradora num comunicado lançado esta terça-feira.

“Emilia” retrata a relação entre a capacidade de superação e as relações e experiências vividas. A história é protagonizada por “Ana” que se depara com problemas e receios durante a preparação para a abertura do seu próprio estabelecimento e, no meio do flagelo, são as memórias que guarda da sua avó, Emília, pessoa com deficiência auditiva, “com quem aprendeu as melhores receitas e a cuidar sempre dos seus clientes”, assim como o apoio dos familiares e amigos que lhe dão força para continuar, lê-se no comunicado.

Veja aqui a campanha:

Segundo a Liberty, a campanha serve para homenagear os seus clientes e alinhar “Emilia” com o propósito da empresa: “ajudar pessoas a aproveitar o presente e olhar com confiança para o futuro”.

De acordo com Santos Suárez, Diretor de Comunicação, Reputação Corporativa e Sustentabilidade na Liberty Europa, “Emília é uma história com a qual, na Liberty, queremos reconhecer todas as pessoas que dão sentido a quem somos e a tudo o que fazemos: colegas, clientes, mediadores, parceiros… Todos aqueles com quem estamos ansiosos para continuar a aprender e a partilhar um futuro empolgante. A história de Emília e Ana permite-nos transmitir a poderosa mensagem de que as pessoas que nos inspiram e acompanham, aquelas que nos dão a mão para seguirmos em frente, são o verdadeiro best place to be (melhor sítio para estar)”.

Apoio a ONG’s com 20 mil euros

Há 15 anos a apoiar organizações de apoio a pessoas com deficiência, a seguradora garante a continuação desse apoio ao colaborar, no âmbito da campanha de Natal, com três organizações a nível europeu de apoio e promoção ao emprego de pessoas com deficiência: a Semear, em Portugal, a Fundación Prevent, em Espanha e a Kare, na Irlanda. No total, a seguradora doará 20 mil euros, segundo a Liberty.

A Semear é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) que visa a capacitação, formação e integração socioprofissional de pessoas com deficiência intelectual. Para alcançar esse objetivo foram criados vários projetos, nomeadamente, a Academia Semear, que disponibiliza formações a pessoas com deficiência; Agricultura Biológica, situada em Oeiras é um espaço onde colaboradores, formados e estagiários com deficiência trabalham, com o objetivo de os integrar no mercado de trabalho e promover a sustentabilidade; a Mercearia é um dos negócios sociais da organização, capacitando e integrando no mercado os jovens com deficiência através da preparação, embalamento de venda de produtos gourmet; Cerâmica, é um espaço onde a criatividade é explorada e expandida e Restaurante Único, situado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

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PS corrige lapso para autarquias não perderem receita do IUC

Os socialistas eliminaram o aumento do imposto para carros anteriores a 2007, mas deixaram passar o corte de 30% nas verbas para os municípios. Penalização pode chegar a 40 milhões de euros.

O grupo parlamentar do PS retirou da proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2024 o agravamento do Imposto Único de Circulação (IUC) para carros anteriores a julho de 2007, mas aprovou, “por lapso”, o artigo que reduz de 100% para 70% a receita que as autarquias recebem da tributação sobre a cilindrada dos automóveis entre 1981 e junho de 2007 e motociclos com matrícula desde 1992, admitiu ao ECO o deputado socialista, Miguel Cabrita, no final da fixação da redação final do OE, cujo processo ficou concluído esta quinta-feira. Mas, em breve, o partido vai apresentar uma iniciativa para corrigir o erro.

A penalização, a manter-se, poderia significar um corte de 40 milhões de euros para as câmaras, segundo estimativas da Associação Nacional dos Municípios (ANMP) no parecer à proposta do OE, ou seja, é quase metade do encaixe de 84 milhões de euros que o Estado iria arrecadar com o aumento do IUC para viaturas anteriores a 2007, que entretanto caiu.

Para evitar esta perda de receita, os socialistas “vão apresentar, nos próximos dias, uma proposta de alteração”, revelou o também coordenador do grupo parlamentar do PS na Comissão de Orçamento e Finanças. Ainda que o Governo esteja já em modo de gestão, a Assembleia da República continua em plenitude de funções até 15 de janeiro, data em que é dissolvida.

O erro foi detetado esta quarta-feira durante o arranque da redação final do Orçamento do Estado, tendo o PS proposto a eliminação do artigo que muda a afetação de receitas do IUC entre municípios e Administração Central. Os restantes partidos opuseram-se, sendo que uma alteração desta dimensão só poderia avançar com a anuência de todos os deputados. Ou seja, aqui não basta a maioria absoluta socialista.

“O PCP pediu então ao PS uma explicação por escrito, no sentido de perceber se o artigo em causa se tornaria inviável com a eliminação do aumento do IUC”, afirmou ao ECO o deputado comunista Duarte Alves, esclarecendo que, “durante a fixação da redação final do Orçamento não é possível alterar sentidos de voto, é ilegal”.

Na reunião desta quinta-feira, o PS acabou por apresentar a justificação apenas verbalmente, sem um documento escrito. Miguel Cabrita indicou que o grupo parlamentar “tentou explicar aos deputados que, tendo caído o agravamento do IUC pela introdução da componente ambiental, de CO2, na tributação dos veículos anteriores a 2007, não fazia sentido manter a redistribuição de verbas entre autarquias e Estado”. Ou seja, “o artigo estava feito para que o adicional de receita fosse também para o Estado, não existindo esse adicional deve ficar tudo como está”, sublinhou.

Mas o PSD manifestou imediatamente a oposição à eliminação do artigo que diminui a receita do IUC dos carros anteriores a 2007 a transferir para as autarquias. Uma vez que uma alteração destas requer a aprovação por unanimidade, aquela penalização acabou por ficar plasmada na redação final do OE.

“É ilegal mudar o sentido de voto durante a fixação da redação do Orçamento. Isto é uma vigarice”, atirou o deputado do PSD, Hugo Carneiro. “O PS chumbou duas propostas, uma do PSD e outra da Iniciativa Liberal (IL), que eliminavam todos os artigos do IUC, nomeadamente o que diminui a distribuição das receitas para as câmaras municipais, e preferiu aprovar a sua própria proposta. O PS não pode agora querer apagar o inverno do passado”, constatou o parlamentar.

Ora o PS decidiu rejeitar as alterações apresentadas por PSD e IL, “porque implicavam também a revogação da atualização das taxas do imposto em 2,9%”, em linha com a inflação esperada para 2024, e o partido de António Costa queria manter esse aumento, justificou Miguel Cabrita, reforçando que a aprovação do artigo que penaliza as autarquias “foi mesmo um lapso durante as votações”.

Para evitar, então, perda de receita para as autarquias, o PS “vai usar o processo legislativo ainda em curso e apresentar nos próximos dias uma alteração, de forma a assegurar que os municípios não são prejudicados”, garantiu Cabrita.

De facto, se os socialistas não tentassem corrigir o erro, as câmaras iriam ser afetadas na parte da receita do IUC que incide sobre a cilindrada, ainda que o impacto sobre a componente ambiental fosse neutro, pelo menos para já.

Caindo a componente de CO2, “parte do artigo deixa de ser aplicável”, nomeadamente no que diz respeito à receita gerada pela componente do IUC relativa ao nível de emissão de dióxido de carbono incidente sobre os veículos anteriores a 2007 (de categoria A) e motociclos com matrícula desde 1992 (de categoria E) que iria para os cofres do Estado, confirmou ao ECO o fiscalista João Espanha, sócio-fundador da Espanha & Associados.

Porém, há um ponto que, a manter-se, iria efetivamente prejudicar os municípios. “Até agora, a totalidade da receita do IUC relativa à cilindrada dos carros anteriores a 2007 vai para as autarquias. Segundo o articulado, esta receita passa para 70%, ou seja, há uma amputação de 30% das verbas”, explica o especialista em Direito Fiscal.

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Acordo alcançado é “passo decisivo” para acelerar transição energética, aponta EDP

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2023

Acordo da COP28 é "um passo decisivo" para acelerar a transição energética, por incluir a ambição de triplicar as renováveis até 2030 e o compromisso de abandonar os fósseis, diz a EDP.

A EDP defendeu esta quinta-feira que o acordo alcançado na COP28 é “um passo decisivo” para acelerar a transição energética, por incluir a proposta de triplicar as energias renováveis até 2030 e o compromisso de abandonar os combustíveis fósseis.

“O acordo alcançado no final da COP28 deu um passo decisivo no sentido de acelerar a transição energética, ao incluir a proposta de triplicar a capacidade de energias renováveis até 2030, em paralelo com um compromisso para fazer a transição de todos os combustíveis fósseis (incluindo petróleo e gás, não apenas carvão) no setor energético”, apontou a EDP, em comentário escrito às conclusões da 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), que terminou na quarta-feira no Dubai.

A empresa portuguesa, que participou na cimeira com uma comitiva liderada pelo presidente executivo, Miguel Stilwell d’Andrade, e pelo administrador com o pelouro da sustentabilidade, Rui Teixeira, sublinhou que promoveu a mesma ambição expressa no acordo durante a COP28, “defendendo que se triplique a capacidade global de energia renovável para um mínimo de 11.000 GW de energia renovável até 2030, a par de políticas que permitam duplicar a eficiência energética”.

Para a empresa, o acordo indica “uma direção clara, que agora terá de ser implementada pelos governos nacionais, reguladores, empresas e cidadãos para que seja possível alcançar, em tempo e de forma equilibrada, o nível de redução de emissões necessário à neutralidade carbónica” até 2050.

O plano de negócios da EDP, revisto este ano, prevê um investimento global de 25.000 milhões de euros até 2026, com as metas estratégicas de abandonar o carvão até 2025, ser 100% renovável até 2030 (85% atualmente) e de ser neutro em emissões de dióxido de carbono até 2040.

Os países reunidos na cimeira do clima aprovaram, na quarta-feira, “por consenso”, uma decisão que apela a uma transição no sentido de abandonar os combustíveis fósseis.

Trata-se de uma “decisão histórica para acelerar a ação climática“, afirmou o presidente da conferência da ONU, Sultan Al Jaber.

A Cimeira do Clima do Dubai (COP28) acordou em iniciar uma transição para o abandono dos combustíveis fósseis, após duas semanas de intensas negociações em que cerca de 200 países debateram a forma de enfrentar coletivamente a crise climática.

No entanto, até à sessão plenária, havia incerteza na COP28 sobre se um acordo que marcasse o fim da era dos combustíveis fósseis seria aceite pelos países ricos em petróleo, como a Arábia Saudita.

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Claudia Cordioli nomeada Chief Financial Officer do grupo Zurich

  • ECO Seguros
  • 14 Dezembro 2023

A nova Chief Financial Officer irá levar para o grupo duas décadas de experiência em cargos de liderança de departamentos financeiros e comerciais da resseguradora Swiss Re.

Claudia Cordioli foi nomeada para o cargo de Chief Financial Officer e será membro da comissão executiva da Zurich Insurance Group a partir de 1 de março de 2024. Após ocupar cargos de liderança em departamentos financeiros e comerciais da resseguradora Swiss Re ao longo de 20 anos, Claudia Cordioli irá substituir George Quinn que, após 10 anos como CFO do grupo, decidiu afastar-se.

Esta informação consta no site da Zurich Insurance Group, publicado esta quinta-feira.

Claudia Cordioli
Claudia Cordioli, atualmente diretora financeira da Swiss Re, ocupará o cargo de Chief Financial Officer e será membro da comissão executiva da Zurich Insurance Group.

Segundo o grupo, George Quinn, antes de abandonar o cargo no grupo, irá supervisionar o relatório dos Resultados Anuais da Zurich 2023 e vai garantir uma transição de poder “sem sobressaltos”- e que ainda está sujeita a aprovação regulatória da nomeação.

Se aprovado, Claudia Cordioli irá levar para o grupo a experiência como diretora financeira, como CFO da unidade de resseguros durante dois anos e como Head of Western & Southern Europe da Swiss Re, lê-se no comunicado.

Mario Greco, Chefe-executivo do grupo, diz que Claudia Cordioli “traz uma vasta experiência em funções nas áreas financeiras e comercial, e um historial de resultados comprovadamente importantes na construção de equipas eficazes e a guiar a mudança”, acrescenta.

No mesmo discurso, o CEO agradeceu o trabalho realizado por George Quinn: “Teve uma contribuição marcante para a Zurich nos últimos 10 anos, que é refletida na forte posição financeira da Zurich, um notoriamente robusto Swiss Solvency Test (ou SST, que é um relatório enviado para a autoridade de regulação financeira da Suíça para avaliar a solvência de uma companhia de seguros), boa capitalização e um bom posicionamento em ratings”, concluiu.

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Meta lança na Europa a nova rede social Threads

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2023

A nova rede, que pretende ser a grande rival do X (antigo Twitter), chega agora a vários países da Europa, com Portugal incluído.

A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou esta quinta-feira a implementação da sua rede social Threads, que promete ser a grande rival do X (antigo Twitter), em vários países da Europa, com Portugal incluído.

“O Threads é uma aplicação desenvolvida pela equipa do Instagram para partilhar atualizações de texto e participar em conversas públicas” e a “Meta está entusiasmada em facultar a mais pessoas a oportunidade de acompanharem e participarem nas conversas que lhes interessam“, refere a tecnológica, em comunicado.

Desde o lançamento do Threads em julho, “foram feitas melhorias significativas na aplicação, incluindo a experiência na ‘web’, um ‘feed‘ de acompanhamento, a capacidade de editar uma publicação, pesquisar com palavras-chave, marcar tópicos e muito mais“, adianta a meta.

“As pessoas na União Europeia podem optar por criar um perfil Threads que esteja conectado à sua conta do Instagram – o que significa que terão a mesma experiência que todas as outras pessoas no mundo – ou usar o Threads sem um perfil”, explica a tecnológica.

Pessoas que usam o Threads sem perfil podem navegar pelo conteúdo do Threads, pesquisar contas, partilhar conteúdo através de uma cópia de link ou partilha de plataforma e reportar conteúdo do Threads, mas não podem interagir com o conteúdo“, aponta.

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Área governativa das finanças tem de reduzir consumo de energia primária em 15% até final de 2024

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2023

As entidades da área governativa das finanças têm de reduzir o consumo de energia primária em 15% e o de água em 10% até final de 2024, face a 2019.

As entidades da área governativa das finanças têm de reduzir o consumo de energia primária em 15% e o de água em 10% até final de 2024, face a 2019, segundo um despacho publicado esta quinta-feira em Dário da República.

O despacho, assinado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, estabelece os objetivos e metas da área governativa para 2024 no âmbito do Programa de Eficiência de Recursos na Administração Pública – ECO.AP 2023, tendo como referência o ano de 2019.

No domínio da eficiência energética, o despacho estabelece que “o consumo de energia primária nas instalações (envolvendo edifícios e equipamentos) e frotas deve ser reduzido em 15%“.

Com o objetivo de aumentar a eficiência hídrica, o diploma estabelece que o consumo de água nas instalações das entidades da área governativa das finanças deve ser reduzido em 10% até 31 de dezembro de 2024.

Na área da eficiência material, é estabelecido que o consumo de papel deve ser reduzido em 20% e o consumo de materiais de plástico de uso único em 30%.

O despacho define ainda que “2% da energia final consumida deve provir de sistemas de energia renovável para autoconsumo.”

Fica ainda previsto no diploma que deve ser assegurada a intervenção para a melhoria da eficiência energética e hídrica em pelo menos 2.000 metros quadrados (m2) de área ocupada por entidades do Ministério das Finanças, abrangidas pelo Programa ECO.AP 2030.

Por sua vez, como o objetivo de sensibilizar as pessoas para a eficiência energética, hídrica e de materiais, “devem ser realizadas pelo menos duas ações de informação e sensibilização” sobre o tema, abrangendo pelo menos 50% dos trabalhadores.

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Conselho Europeu decide abrir negociações para a adesão da Ucrânia e da Moldova

  • Joana Abrantes Gomes
  • 14 Dezembro 2023

O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Só 26 Estados-membros aprovaram a abertura de negociações, com Orbán a sair da sala no momento da votação.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou esta quinta-feira que os líderes dos Estados-membros da União Europeia (UE) chegaram a acordo para iniciar as negociações formais para a adesão da Ucrânia e da Moldova ao bloco comunitário. Porém, a decisão não envolveu o primeiro-ministro da Hungria, que saiu da sala antes da votação.

Reunidos em cimeira europeia, a última deste ano, os responsáveis europeus concordaram também em conceder à Geórgia o estatuto de país candidato à UE, seguindo, assim, a recomendação da Comissão Europeia, que tinha sido feita em paralelo com a da abertura de negociações com a Moldova e a Ucrânia.

A recomendação de passar a Geórgia para o estatuto de candidato oficial à União Europeia surge cerca de um ano e meio depois de o país ter sido nomeado “candidato potencial”.

Além disso, os 27 acordaram a abertura de negociações com a Bósnia-Herzegovina “assim que for alcançado o grau necessário de cumprimento dos critérios de adesão”, escreveu Charles Michel, na rede social X (antigo Twitter), acrescentando que o Executivo comunitário foi convidado “a apresentar um relatório até março com vista a tomar tal decisão”.

Para Charles Michel, estas decisões são “um sinal claro de esperança” para as populações destes países, bem como para o continente europeu.

O acordo surge apesar de a Hungria se ter comprometido a bloquear esta decisão durante a reunião do Conselho, que decorre esta quinta e sexta-feira. Aliás, segundo avança a imprensa europeia, o primeiro-ministro húngaro saiu da sala antes do momento da votação.

Num vídeo publicado nas redes sociais após a reunião, Viktor Orbán reiterou a sua posição de que a Ucrânia não está preparada para iniciar as negociações de adesão à UE.

“A Hungria não vai mudar a sua posição”, disse Orbán, acrescentando que os outros 26 Estados-membros insistiram em dar o passo para a abertura de negociações com Kiev enquanto Budapeste se manteve afastada da decisão que considera “sem sentido, irracional e incorreta”.

Reagindo à posição húngara, o chefe de Governo português afirmou que Viktor Orbán saiu da sala no momento da votação por sugestão do chanceler alemão, Olaf Scholz, com a qual concordou.

Em declarações transmitidas pela RTP3, António Costa disse que os tratados preveem que possa haver unanimidade sem estarem todos os líderes dos Estados-membros na sala, assinalando que “a Hungria não queria bloquear a decisão, mas não se queria associar à decisão”.

“Depois da discussão, que foi longa, concluiu-se que, não querendo bloquear a decisão, mas também não se querendo associar, havia uma forma elegante de resolver, que era não estar na sala no momento da votação desse ponto”, sustentou o primeiro-ministro demissionário.

Os pormenores do acordo não foram imediatamente esclarecidos e não há confirmação sobre se as negociações terão início agora ou em março.

Presidentes da Moldova e da Ucrânia agradecem decisão do Conselho

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já reagiu à decisão do Conselho Europeu de avançar com as negociações de adesão à UE, descrevendo o dia como histórico para todos os que “lutam pela liberdade”.

“O Conselho Europeu decidiu iniciar as negociações com a Ucrânia e a Moldova, agradeço a todos os que trabalharam para que isto acontecesse e a todos os que ajudaram. Hoje felicito cada ucraniano”, escreveu Zelensky na rede social X (antigo Twitter), instantes depois de o presidente do Conselho, Charles Michel, anunciar a decisão.

Numa publicação na mesma rede social, a Presidente da Moldova, Maia Sandu, agradeceu a decisão dos líderes europeus de iniciar as negociações formais à adesão do seu país, sublinhando que sente “o abraço caloroso da Europa”.

A Moldova vira hoje uma nova página com o sinal verde da UE para as negociações de adesão. (…) Estamos empenhados no trabalho árduo necessário para nos tornarmos membros da UE. A Moldova está pronta para enfrentar o desafio”, escreveu.

Von der Leyen diz que abertura de negociações com Ucrânia e Moldova vai ficar na história da UE

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também saudou a abertura de negociações de adesão à União Europeia com a Ucrânia e a Moldova, considerando que é uma decisão estratégica que vai ficar na história do bloco comunitário.

“Os líderes [europeus] decidiram abrir negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldávia e conceder o estatuto de país candidato à Geórgia. [É] uma decisão estratégica e um dia que ficará gravado na história da nossa União”, declarou Von der Leyen, numa mensagem na sua conta na rede social X (antigo Twitter).

 

Também a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, reagiu à decisão tomada esta quinta-feira pelo Conselho Europeu, através de uma curta mensagem, em inglês e ucraniano.

“A Europa é Ucrânia, a Ucrânia é Europa”, escreveu igualmente no X, onde publicou um vídeo com frases que proferiu em favor da adesão ucraniana à UE desde 1 de março de 2022, uma semana após a invasão russa – fazendo o mesmo em relação à Moldova.

 

(Notícia atualizada pela última vez às 20h29 com declarações do primeiro-ministro, António Costa)

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