Putin destaca “amizade fraternal” com Bielorrússia no dia da independência de Minsk

  • Lusa
  • 3 Julho 2023

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, destacou a força da aliança russo-bielorrussa ao felicitar o homólogo da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, no dia em que Minsk assinala a Independência.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, destacou esta segunda-feira a força da aliança russo-bielorrussa ao felicitar o homólogo da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, no dia em que Minsk assinala a Independência.

“Esta festa tem um significado especial não apenas para os bielorrussos mas também para os russos por estarmos ligados por um importante acontecimento da nossa história comum: a libertação de Minsk dos invasores fascistas alemães”, disse Putin numa nota publicada no portal oficial do Kremlin.

O chefe de Estado russo sublinhou que a “amizade fraternal forjada nos anos da guerra (1939-1945)” continua a ser o “principal pilar das relações” entre os dois países “aliados”: Rússia e Bielorrússia. “Isto confirma-se plenamente hoje, quando os nossos países enfrentam juntos ameaças e desafios externos muito sérios”, sublinhou. Putin disse ainda que o fortalecimento da união estatal entre os dois países vai permitir “superar qualquer dificuldade” assim como vai defender os interesses “legítimos” de Moscovo e de Minsk no contexto mundial.

O dia da Independência da Bielorrússia assinala a data em que o Exército da Alemanha nazi foi derrotado em Minsk pelo Exército Vermelho da antiga União Soviética: 3 de julho de 1944. A data é celebrada oficialmente como Dia da Independência desde 1996, depois de um referendo convocado por Lukashenko. Anteriormente (desde 1991) o Dia da Independência era celebrado no dia 27 de julho, data da declaração unilateral da soberania da Bielorrússia.

As datas para a celebração da independência do país não são consensuais sendo que movimentos da oposição sugerem o dia 25 de agosto porque que assinala o momento, após o golpe de Estado de 1991 em Moscovo, em que a Rússia concedeu formalmente a soberania à Bielorrússia.

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Dívida pública sobe pelo quinto mês e volta a superar 280 mil milhões

Foi uma subida ligeira de apenas 30 milhões de euros em maio. Ainda assim, a dívida pública voltou a superar a fasquia dos 280 mil milhões, o que acontece apenas pela terceira vez na história.

A dívida pública registou uma subida ligeira de apenas 30 milhões de euros em maio. Foi um aumento, ainda assim, suficiente para Portugal voltar a superar a fasquia dos 280 mil milhões de euros de endividamento público, o que acontece apenas pela terceira vez na história.

Importa sublinhar, contudo, que a dívida pública líquida de depósitos registou um decréscimo de 422 milhões de euros para 256,4 mil milhões, segundo o Banco de Portugal. O que significa que o aumento da dívida resulta, sobretudo, de um reforço dos cofres públicos, como adianta o supervisor: as Administrações Públicas reforçaram os seus cofres com 500 milhões de euros.

A evolução da dívida pública em maio resultou sobretudo do aumento dos Certificados de Aforro em 2,2 mil milhões de euros e, em sentido contrário, da amortização de títulos de dívida de curto prazo na ordem dos 1,9 mil milhões.

Dívida pública volta a subir

Fonte: Banco de Portugal

Os dados do Banco de Portugal mostram que a dívida pública bruta aumenta há cinco meses. Já subiu 7,4 mil milhões desde o início do ano. É a terceira vez que a fasquia dos 280 mil milhões volta a ser superada, como aconteceu eu maio e junho (atingiu recorde nos 280,6 mil milhões) do ano passado.

Após o aumento verificado na primeira metade do ano, que acontece graças à corrida aos Certificados de Aforro, a expectativa é que a dívida pública venha a cair na segunda metade. Portugal tem um cheque de mais de 9 mil milhões de euros para devolver em outubro, e isso determinará um alívio da dívida no cômputo do ano.

Portugal fechou 2022 com um rácio da dívida pública de 113,9% do Produto Interno Bruto (PIB) e deverá cair para 103,4% no final deste ano, de acordo com as previsões do Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 11h50)

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Hotelaria teme que JMJ afaste visitantes de Lisboa e alerta para reservas “muito baixas”

  • Lusa
  • 3 Julho 2023

Associação da Hotelaria de Portugal diz que reservas na Área Metropolitana de Lisboa em junho para a semana da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) "eram muito baixas", de cerca de 50%.

O setor do turismo e hotelaria não tem grandes certezas sobre o impacto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), entre 1 e 6 de agosto, referindo mesmo que o evento pode levar a que viajantes desistam de visitar Lisboa neste período.

Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), adiantou que a associação lançou um inquérito para a área metropolitana de Lisboa nessa altura, mas a informação ainda não está muito consolidada.

Em meados de junho, as percentagens atuais de reservas na área metropolitana de Lisboa para aquela semana de agosto eram muito baixas, ainda estávamos com 50% de reservas. No entanto, a expectativa dos hoteleiros andava à volta dos 86%”, indicou.

Segundo a dirigente associativa, assim, ainda havia muita folga, “o que não é insólito”, tendo em conta que muitas reservas poderão ocorrer mais em cima do evento, e “naquele momento, só estavam inscritos ainda, nem 200 mil [participantes], quando a expectativa é chegar ao milhão”.

No entanto, avisou, “não havia muita informação sobre se eram participantes ou não na jornada”, porque o nível de reservas era ainda “muito baixo”.

Além disso, destacou Cristina Siza Vieira, este tipo de eventos pode ter um efeito contrário ao esperado nos turistas, salientando que “quem não vem para a jornada” pode optar por adiar ou antecipar a viagem.

Citando declarações do bispo Américo Aguiar, que alertou que Lisboa ia estar “um caos” nessa semana, a responsável disse que “talvez não seja a melhor altura para visitar” a cidade.

Cristina Siza Vieira também não acredita que os peregrinos fiquem em hotéis, numa altura em que os preços podem andar pelos 250 euros por noite. “Os jovens, que é para quem isto é virado [a JMJ], não ficam”, referiu, indicando que, por outro lado, jornalistas, membros de igreja e outros possam reservar estadia nos hotéis da capital.

“Temos aqui um bocadinho de mixed feelings”, destacou, quanto ao impacto do evento no setor, “independentemente da vantagem a longo prazo que é para a cidade e para o destino”, indicando que, na hotelaria, diretamente, “prognósticos no fim do jogo”.

Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), não considera que para os seus associados este seja um “evento extraordinário”.

Para o dirigente associativo, tendo em conta “o tipo de cliente que caracteriza” a JMJ, “o setor não terá um muito significativo aumento” do volume de negócios, ainda que reconheça que algumas agências estão envolvidas no evento e que, para essas, terá “significado do ponto de vista da faturação”.

Ainda assim, ressalvou, “há alguma relação do setor com o evento, no sentido em que é verdade que os preços de um modo geral ficaram mais caros”, sobretudo devido “aos transfers e tudo o que é relacionado com a movimentação das pessoas, esses sim ficaram substancialmente mais caros”. Pedro Costa Ferreira aponta para preços 30% mais elevados nesta altura para este segmento.

Quanto à contratação de pessoas, o presidente da APAVT indicou que “há agências que referem contratações adicionais decorrentes do esforço que tiveram que fazer para dar resposta a tudo o que lhes foi pedido para o evento”, mas sem quantificar.

Do lado da AHP, no entanto, não se anteveem grandes contratações para a altura. “Em Lisboa, não diríamos que em agosto é época alta da contratação”, porque “os congressos e eventos não ocorrem em agosto”, por isso “não é normal que esta contratação ocorra em agosto”.

“O que não significa que o stress com os trabalhadores não permaneça, mas isso é o mesmo que temos sentido em toda a Europa, no nosso setor e em outros setores”, disse Cristina Siza Vieira, apontando as já tradicionais dificuldades da hotelaria em contratar.

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No Baixo Alentejo, a barragem não enche há uma década e falta de feno é pesadelo de verão

  • Lusa
  • 3 Julho 2023

População diz que a última vez que viu a barragem cheia foi em 2013. Falta de água na região também ameaça a produção de feno. Agricultores já ponderam vender animais.

A barragem do Monte da Rocha, em Ourique, fornece água para todo o Baixo Alentejo mas está a 9% e não enche há uma década, embora Manuel Caetano acredite que tem muita água ainda para vários anos.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) monitoriza 75 albufeiras e, segundo os dados atualizados na semana passada a maior parte delas (40) estavam com uma capacidade entre os 81 e os 100%. No panorama da retenção de água sobressaem no entanto três, com menos de 20% de água: Bravura (12%), no concelho de Lagos, Campilhas (10%), em Santiago do Cacém, e a pior, Monte da Rocha a 9% da capacidade.

Construída para abastecimento humano e rega, Monte da Rocha nem chegou este ano a disponibilizar água para rega, tal a pouca água que armazenou, destinada apenas a servir os concelhos de Castro Verde, Ourique, Almodôvar, Mértola e Odemira, que num total têm mais de 50 mil habitantes.

Em fevereiro deste ano foi publicado o concurso para a obra que fará chegar a água de Alqueva a Monte da Rocha, prevista para 2025. Mas Manuel Caetano não acredita.

Reservado, Manuel Caetano escuta mais do que fala. É o dono do Restaurante a Rocha, mesmo em frente da barragem, há 42 anos. E socorrendo-se de uma boa memória afirma: “A última vez que a vi cheia foi em 2013, daí para cá tem sido sempre a descer”.

Nível da albufeira da barragem do Monte da Rocha, que fornece água para todo o Baixo Alentejo, mas que está a 10% e não enche há uma década, em Ourique, 26 de junho de 2023. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) monitoriza 75 albufeiras e segundo os dados atualizados na semana passada a maior parte delas (40) estavam com uma capacidade entre os 81 e os 100%.NUNO VEIGA/LUSA

Aquele que já foi um grande reservatório de água trazida pelo rio Sado, para rega e para as pessoas de cinco concelhos, tem agora pequenos lagos no centro, longe de um parque de campismo que já teve desportos náuticos na “ementa”, e longe da aldeia de Chada Velha, que “ficava um ilhéu quando a barragem enchia”, recorda, por seu lado, Adílio Guerreiro, agricultor e trabalhador da Câmara de Ourique.

Parece difícil que aqueles pequenos lagos dispersos forneçam água a cinco concelhos mas Manuel Caetano, anos a olhar a barragem, garante que água não faltará nos próximos anos. E Ilídio Martins, presidente da Associação de Regantes e Beneficiários de Campilhas e Alto Sado (Alto Sado é outro nome para Monte da Rocha), com base em dados técnicos, afiança o mesmo.

A associação é a entidade gestora da barragem e segundo o seu presidente a água não faltará.

Temos reserva para mais um ano, mas esperamos que aquela reserva que lá está seja acrescida com alguma chuva e que haja precipitação no próximo inverno, porque seria muito mau se isso não acontecesse“, diz à Lusa.

Falta de feno é o pesadelo do verão do Baixo Alentejo

João Madeira tem 2.500 animais numa propriedade em Mértola, atualmente com pouca comida e água, e as forragens, quando existem, triplicaram de preço. A falta de alimentos é o pesadelo deste verão dos agricultores do Baixo Alentejo.

“Temos uma situação que é fruto de uma sequência de anos secos. Estamos num ano seco mas podemos dizer, sem grande exagero, numa década seca. E isso, numa exploração como a nossa, que depende essencialmente da pastagem, uma exploração em que mais de 80% da superfície são pastagens, provoca uma disrupção quase total da nossa lógica produtiva”.

A seca contínua em que vivem os agricultores do Baixo Alentejo fez com que as pastagens não tivessem crescido pelo que não há “forragens autoproduzidas”.

João Madeira recorda que há dois anos que não há colheita de forragens, mas também o campo não produziu a erva necessária para as ovelhas se irem alimentando.

Os agricultores, salienta, estão esmagados entre a falta de alimentos no campo e um mercado de alimentos para animais que “está com um nível de inflação quase inacreditável”. “Estamos numa tempestade perfeita que desafia o nosso sentido de sobrevivência”.

Ovelhas protegem-se do calor à sombra de uma árvore no terreno do criador de ovinos João Madeira, onde os termómetros chegam a marcar 42 graus, em Mértola, 26 de junho de 2023. Tem 2.500 animais numa propriedade em Mértola, pouca comida e água, e as forragens, quando existem, triplicaram de preço. A falta de alimentos é o pesadelo deste verão dos agricultores do Baixo Alentejo.Lusa

Para já, vai gerindo as parcelas de terreno e as pastagens que ficaram do inverno e primavera passados, ervas secas e rentes ao chão, quase invisíveis. Quando tudo o que restar for terra há de mudá-las para outra parcela ainda intacta. Mas vai em breve ter de começar a dar-lhe suplementos, que já comprou, e depois serão totalmente alimentadas com produto que ainda não tem.

“Estamos a gerir a crise” até à água do outono, se ela cair, mantendo os animais produtivos. E “estamos a gerir a água, da melhor forma que conseguirmos”.

João Madeira preocupa-se com a preservação da qualidade da água, das pequenas barragens de terra batida, mas sabe que ela vai acabar este verão e que terá de se socorrer de furos artesianos.

Afirma que já tem barragens secas, teme que antes de começar de novo a chover possa ficar totalmente sem água.

Com o calor a chegar em força a Mértola, onde choveu até 17 de dezembro e desde então pouco mais que nada, João Madeira já admite vender ovelhas, como vizinhos seus fizeram, mas diz que por enquanto vai conseguido gerir, “à custa da tesouraria e de um esforço de gestão cirúrgica”.

Porque vender não é a solução. “Há aspetos que não podemos perder de vista enquanto sociedade. O sequeiro, apesar de viver da água da chuva, precisa de água. E a sociedade, mais tarde ou mais cedo, vai ter de olhar para este processo”.

O drama, refere, é a palha a 21 cêntimos o quilo. “É irracional, tem um valor de quatro ou cinco cêntimos e custa 20”. E o feno e outras forragens também triplicaram de preço.

E o borrego também vale hoje mais? João Madeira abana a cabeça, o preço está mais baixo, não ultrapassa os 75 euros por animal.

O drama de João Madeira é o drama dos agricultores do sequeiro do Baixo Alentejo.

Di-lo o presidente da Associação de Agricultores de Almodôvar, Ernesto Botinas, também ele agricultor, com 700 animais, alimentados com água de furos artesianos, porque a das barragens acabou, como, vaticina, vão acabar todas as águas de superfície na região até agosto.

Os furos, acrescenta, são o último recurso, porque os poços e as nascentes de superfície secaram e as pequenas barragens seguem o mesmo caminho.

Na sua exploração Ernesto Botinas produz cereais, forragens, palhas, para alimentar o gado. “Este ano a produção não existiu, basicamente. Não se conseguiu fazer forragens, as palhas não existem e no mercado estão a preços exorbitantes que não são compatíveis com rentabilidade das explorações”.

A Ernesto Botinas e a João Madeira juntam-se outros 300 agricultores do concelho, alguns ainda em pior situação.

Com o termómetro a marcar 42 graus a evaporação é grande na pouca água que resta nas charcas no terreno do criador de ovinos João Madeira, em Mértola, 26 de junho de 2023. Tem 2.500 animais numa propriedade em Mértola, pouca comida e água, e as forragens, quando existem, triplicaram de preço. A falta de alimentos é o pesadelo deste verão dos agricultores do Baixo Alentejo.NUNO VEIGA/LUSA

Tenho pessoas que neste momento têm 50% do efetivo que tinham há um ano ou dois. Porque não têm condições para manter os animais, porque não produziram comida e a comida que existe no mercado está tão cara que não é compatível com manter a exploração”, observa.

Ernesto Botinas defende apoio estatal para que se comprem forragens em países do centro da Europa, porque Espanha tem também falta de alimentos. Mas João Madeira olha mais para perto, para 30 quilómetros a norte, onde há uma zona de agricultura próspera em Alqueva.

“A esses agricultores foram-lhes dadas ferramentas para eles levarem mais além a sua atividade. Nós o que pedimos é que nos deem os mesmos meios”, reclama à Lusa, à sombra de uma azinheira por testemunha, o ténue som das cigarras, mais ao longe uma seara de sequeiro que já não assegura o habitat da abetarda e do sisão.

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Tesla bate recorde de entregas no segundo trimestre com ajuda dos cortes nos preços

  • Joana Abrantes Gomes
  • 3 Julho 2023

A fabricante norte-americana de veículos elétricos liderada por Elon Musk superou as previsões dos analistas ao entregar 466 mil automóveis entre abril e junho.

A Tesla entregou um recorde de 466 mil automóveis no segundo trimestre deste ano, na sequência dos cortes de preços que fez para estimular a procura, noticia o Financial Times. O número equivale a aumentos de 10,4% face aos três meses anteriores e de 83,5% face ao mesmo período de 2022.

Do Model 3 e do Model Y foram entregues, no seu conjunto, 446.915 carros, enquanto o Model S e o Model X totalizaram 19.225 entregas.

A fabricante norte-americana de veículos elétricos tinha estabelecido o objetivo de aumentar o volume de entregas, em média, 50% ao ano. Não só superou este objetivo como também a previsão média dos analistas, que apontava para 455.000 entregas.

Em janeiro, a Tesla anunciou um corte nos preços para fazer crescer a procura. “Um grande número de pessoas quer comprar um carro Tesla, mas não tem dinheiro para o comprar”, justificou, na altura, o CEO da empresa, Elon Musk, prevendo entregas de até dois milhões de veículos este ano — em comparação com 1,3 milhões em 2022.

Os cortes de preços [foram] uma jogada de poker inteligente para a Tesla e estão a pagar grandes dividendos no terreno, especialmente no mercado da China“, disse Dan Ives, analista da Wedbush Securities. “A Tesla continua a jogar xadrez enquanto outras empresas de veículos elétricos jogam damas e este foi mais um trimestre de troféus para Musk e companhia”, acrescentou, citado pelo The Guardian.

O valor de mercado das ações da Tesla superou 820 mil milhões de dólares na passada sexta-feira. Embora abaixo do seu recorde histórico de mais de um bilião de dólares, é, ainda assim, significativamente mais elevado do que o de qualquer outro fabricante automóvel.

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Maior credor privado do BPP diz ter ação parada no Tribunal Administrativo há sete anos

  • Lusa
  • 3 Julho 2023

A Liminorke pediu uma inspeção ao Tribunal Administrativo de Lisboa considerando ser "intolerável" que a ação posta contra a garantia de Estado ao BPP esteja parada há sete anos.

A empresa Liminorke, o maior credor privado do Banco Privado Português (BPP), pediu uma inspeção ao Tribunal Administrativo de Lisboa considerando ser “intolerável” que a ação posta contra a garantia de Estado ao BPP esteja parada há sete anos.

À Lusa, a Liminorke disse que colocou uma queixa no Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais por “inatividade total da ação” judicial que pôs em 2016 contra a garantia de 450 milhoes de euros prestada pelo Estado Português aos bancos credores do BPP”.

Nessa queixa, a empresa pede uma inspeção à Unidade Orgânica três do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa para saber porque passados sete anos não há uma única decisão judicial.

“Decorridos mais de sete anos sobre a propositura da ação, não houve uma única decisão judicial proferida nos autos, nem sobre o mérito da causa, nem sequer sobre a relação processual. Adicionalmente, trata-se ainda de um processo de mera apreciação jurídica, sem testemunhos”, refere a Liminorke à Lusa.

Para o maior credor privado do BPP esta situação “é intolerável” e uma “violação flagrante” do direito, citando que a Constitução da República Portuguesa diz que “todos têm direito a que uma causa em que intervenham seja objeto de decisão em prazo razoável e mediante processo equitativo”.

Em 2016, a Liminorke pôs uma ação contra o Estado Português, o Ministério das Finanças e Mário Centeno, a título pessoal (então ministro das Finanças e hoje governador do Banco de Portugal), por considerar que não cumpriram a decisão, de 2014, do Tribunal de Justiça da União Europeia em que este confirmou a ordem da Comissão Europeia de recuperar a ajuda estatal prestada ao BPP por ser ilegal, pois deveria ter sido acompanhada de um plano de reestruturação do BPP.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, começou com a crise financeira de 2008 e culminou em 2010. Apesar da pequena dimensão do banco, a falência do BPP lesou milhares de clientes e o Estado, tendo ainda tido importantes repercussões devido a potenciais efeitos de contágio ao restante sistema quando se vivia uma crise financeira.

Em dezembro 2008, face à situação de extrema falta de liquidez, o Banco de Portugal nomeou uma administração provisória para o BPP e foram injetados 450 milhões de euros através de um empréstimo bancário concedido por seis outros bancos (CGD, BCP, BES, Santander Totta, BPI e Crédito Agrícola), tendo o Estado prestado uma garantia.

No colapso BPP os bancos exigiram o pagamento ao Estado, tendo este então ficado como credor do BPP. De momento, segundo informações recolhidas pela Lusa, o Estado já recebeu mais de 400 milhões de euros e o provável é que seja ressarcido na totalidade.

A Liminorke é o segundo maior credor do BPP, depois do Estado, e o maior privado mas o provável é que os fundos da massa insolvente do BPP não cheguem para lhe pagar.

A Liminorke também tem sido muito crítica com a Comissão Liquidatária do BPP, acusando-a de falta de transparência e de não cumprir as suas obrigações, e o ano passado pediu mesmo ao tribunal a destituição da Comissão de Credores.

A Liminorke foi criada por João Rendeiro como um veículo de investimento do grupo BPP na área das energias, sendo constituída por 250 acionistas. Em 2008, vendeu uma participação qualificada que tinha na Galp e o dinheiro foi colocado em depósito no BPP. Com o colapso do banco, os acionistas da Liminorke ficaram lesados. Jaime Antunes é o atual presidente da Liminorke e também presidente da associação de lesados Privado Clientes, que também tem tecido duras críticas à Comissão Liquidatária do BPP.

O fundador e antigo presidente do BPP, João Rendeiro, foi condenado a cumprir pena de prisão por crimes relacionados com o BPP. Rendeiro morreu em 12 de maio de 2022 numa prisão na África do Sul, onde estava desde 11 de dezembro de 2021, após três meses de fuga à justiça portuguesa para não cumprir pena em Portugal.

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Banco de Fomento proíbe compra de participações no Programa Consolidar

Banco de Fomento enviou uma carta às capitais de risco a explicar que não é aceitável assumir o controlo de uma empresa através da compra da posição de um ou vários acionistas.

O Banco de Fomento proibiu as capitais de risco de comprar participações no âmbito do Programa Consolidar, por entender que não se trata de um investimento no beneficiário final – as empresas. As capitais de risco contestam a decisão e alertam que isso poderá pôr em causa a própria génese do Programa Consolidar.

“Estamos perante uma espécie de paradoxo porque o Programa Consolidar selecionou sociedades gestoras que tinham nas suas estratégias de investimento buy-outs, que agora estão a ser proibidos”, disse ao ECO o presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI). Luís Santos Carvalho explicou que vai reunir com o Banco de Fomento para tentar chegar a uma “solução de consenso”. O encontro foi pedido há muito pelas várias sociedades gestoras selecionadas, mas só deverá acontecer na próxima semana, disse o também fundador da Vallis Capital Partners.

O pedido surgiu na sequência da carta que o Banco de Fomento enviou às 14 sociedades de risco selecionadas para assegurar a subscrição de fundos com uma dotação mínima de 40 milhões de euros cada financiados pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), na qual esclarece a dúvida de se os fundos podem ou não realizar operações de buy-outs.

“No seguimento das questões que têm vindo a ser levantadas por algumas sociedades gestoras, no âmbito do Programa Consolidar”, o banco comunicou “as seguintes clarificações”: as operações de buy-out “implicam a aquisição de uma participação de controlo, pelo que o montante não é investido no beneficiário final”. Ora, segundo o BPF, as regras determinam que “o investimento indireto (realizado via fundos de fundos) deve ser realizado integralmente no beneficiário final via instrumentos de capital-próprio ou quase-capital”.

O que significa que assumir o controlo de uma empresa através da compra da posição de um ou vários acionistas não é aceitável. Na mesma carta enviada a 31 de maio – na qual também pedia às capitais de risco que comunicassem até 7 de julho os seus níveis de execução e se querem pedir um reforço de capital, tal como o ECO avançou –, o banco alerta que quem não cumprir terá de devolver as verbas.

“Caso no termo do período de investimento o fundo não tenha investido em beneficiários finais a totalidade do montante realizado no fundo pelo FdCR, fica o Fundo obrigado a devolver ao FdCR o montante por si realizado e ainda não investido em beneficiários finais, devendo a sociedade gestora praticar todos os atos necessários para a restituição imediata desses montantes”, sublinhou.

As capitais de risco entendem que é impossível assegurar movimentos de consolidação sem ser possível comprar participações sociais. Realizar estas operações através de um aumento de capital pode não resultar numa verdadeira operação de consolidação. Além disso, querem ter a certeza de que será possível que a empresa, no capital da qual entraram, possa, por sua vez, comprar participações de outras empresas. Porque é esse o “espírito” da consolidação: comprar uma ou duas empresas para que a empresa compradora se torne mais relevante para a economia.

O ECO sabe que o Banco de Fomento já informou várias capitais de risco de que não poderiam avançar com operações concretas por serem contrárias a esta regra. Questionada a instituição financeira sobre este tema, não obteve resposta até à publicação deste artigo.

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Mais de metade dos funcionários públicos dizem que avaliação foi prejudicial

  • ECO
  • 3 Julho 2023

Um inquérito a mais de 2.000 trabalhadores da Função Pública concluiu que mais de metade acredita que o sistema integrado de avaliação de desempenho foi prejudicial e 90% consideram-no injusto.

Um inquérito a 2.066 funcionários públicos revela uma perceção negativa sobre o Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública (SIADAP), em vigor há quase duas décadas: 53% dos inquiridos dizem que foram prejudicados pelo sistema e 90% consideram-no injusto, noticia o Público.

Estas perceções, segundo César Madureira, professor no ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa e um dos autores do estudo, estão relacionadas com a existência de quotas para as notas mais altas, já que a lei prevê que, em cada serviço, só pode haver 25% de trabalhadores com nota relevante e, destes, só 5% podem ter excelente. Isto “mina a credibilidade do sistema, ao fomentar entre os trabalhadores a sensação de que sua classificação não depende do seu esforço ou desempenho, mas de uma série de outros fatores discricionários”, refere o estudo.

Os dados recolhidos comprovam, aliás, que mais de 93% dos funcionários inquiridos estão total ou parcialmente contra o sistema de quotas, 66% consideram que isso os penaliza e 75% percecionam como injusta a forma como a diferenciação de mérito é aplicada. Além disso, depois de conhecerem a sua avaliação, 86% dos trabalhadores não mudaram a sua forma de trabalhar.

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Cofina dispara quase 40% em bolsa após suspensão com oferta que inclui Cristiano Ronaldo

Regulador levantou a suspensão das ações da Cofina e os títulos dispararam quase 40%, tendo chegado a acionar o mecanismo de segurança da bolsa. Subida tem a ver oferta de compra que envolve Ronaldo.

As ações da Cofina, o grupo que detém a CMTV e o Correio da Manhã, disparam quase 40% na abertura da sessão bolsista desta segunda-feira, depois de a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter determinado o levantamento da suspensão imposta na sexta-feira, na sequência de uma notícia avançada pelo +M/ECO.

O salto foi de tal ordem que, de acordo com o site da Euronext, a negociação dos títulos está a ser pontualmente suspensa, devido ao mecanismo de segurança da bolsa que é acionado quando há grandes oscilações no preço de um instrumento financeiro. Pelas 8h30, as ações estavam novamente bloqueadas, subindo 25%, para 45 cêntimos.

Este forte apetite dos investidores pelas ações do grupo de media está relacionado com a notícia de que a Cofina Media foi alvo de uma oferta vinculativa para a compra da totalidade do capital, subscrita por gestores da empresa. A operação vai envolver outros investidores, incluindo, como noticiou o +M/ECO em primeira mão, o jogador português Cristiano Ronaldo.

A CMVM determinou a suspensão das ações da Cofina depois dessa notícia. No mesmo dia, a Cofina Media confirmou num comunicado ter recebido uma oferta liderada por Ana Dias, Luís Santana e Octávio Ribeiro, “a quem se juntará um conjunto de investidores não identificados”.

“A proposta prevê um preço calculado considerando um enterprise value de 75 milhões de euros, sujeito a condições e ajustamentos. Na presente data, a Cofina encontra-se numa fase preliminar de avaliação da proposta e do preço oferecido, tendo já comunicado aos proponentes que o prazo de cinco dias úteis por estes proposto para decisão da Cofina revela-se insuficiente”, acrescentou a empresa nessa nota.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h40)

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Fórum Nacional de Seguros arranca amanhã. Conheça o programa completo aqui

  • ECO Seguros
  • 3 Julho 2023

Ainda se pode inscrever para assistir ao 2º Fórum Nacional de Seguros, um espaço de debate e exposição que começa esta terça-feira na Alfândega do Porto. Conheça o programa e como ter acesso.

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, vai ter a intervenção de abertura do 2º Fórum Nacional de Seguros que esta terça-feira começa no Porto, no edifício da Alfândega. Serão dois dias de exposição e debate com a participação dos mais significativos protagonistas e empresas da indústria portuguesa em Portugal.

O secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, encerrará o 2º Fórum Nacional de Seguros já em 5 de julho, 4ª feira. José Galamba de Oliveira, presidente da APS, e David Pereira, presidente da APROSE, também estarão presentes e farão intervenções públicas.

Este evento que já é um ponto de encontro anual do setor segurador volta a contar com o apoio institucional da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) e da APROSE – Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros, e vai reunir os stakeholders e profissionais de todas as áreas ligadas ao setor segurador e debater os seus principais desafios. O renovado papel dos seguros no aumento da proteção das famílias e empresas portuguesas, será o tema predominante quer dos expositores quer das diversas sessões de debate que irão acontecer ao longo dos dois dias do evento.

Mais de 40 parceiros terão um espaço de exposição e cerca de 20 debates e intervenções especializadas vão ocorrer num movimento diário de mais de um milhar de pessoas, todos profissionais procurando estar a par do melhor que acontece nos seguros em Portugal.

Para terem acesso ao evento, os subscritores da newsletter ECOseguros ainda podem conseguir a sua inscrição seguindo as seguintes instruções:

Instruções para registo dos convites do 2º Fórum Nacional de Seguros – 2023:

1 – Aceder ao Link: Last2Ticket

2 – Utilizar o código: ECO_FNS23

3 – Preencher os dados requisitados pela plataforma (nome e email)

4 – O convidado receberá no seu email um convite, em formato PDF, necessitando apenas de apresentar a versão digital na entrada.

Veja o programa no nosso site dedicado aqui.

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SheerME fecha ronda de 2,3 milhões. “Vamos apostar fortemente na internacionalização no Brasil”

Plataforma de marcação e pagamento de serviços de beleza e bem-estar estima quadruplicar este ano a faturação e já pensa na entrada num quarto país: o Canadá. Quer reforçar vendas e marketing.

A sheerME fechou uma ronda de 2,3 milhões de euros para dar gás ao processo de internacionalização no Brasil e Espanha. A plataforma de marcação e pagamento de serviços de beleza e bem-estar estima quadruplicar este ano a faturação e já pensa na entrada num quarto país: o Canadá.

“Vamos apostar fortemente na internacionalização da sheerME no Brasil e continuar a testar Espanha. Dado o tamanho do país, e interesse por serviços de bem-estar, o Brasil será o nosso país de foco comercial e marketing, pois pelo que já sentimos no nosso arranque, o potencial e oportunidade da sheerME Brasil é gigante”, adianta Miguel Alves Ribeiro, cofundador e CEO da scaleup, ao ECO.

“Temos investidores brasileiros que nos têm dado uma ajuda preciosa no Brasil, dando-nos maior confiança no arranque tendo este apoio local que tem sido fantástico”, acrescenta.

Um desses parceiros, o M4 Ventures, participou nesta nova ronda liderada pela Lince Capital, em que participaram a Olisipo Way, entre outros business angels, de várias nacionalidades, como os Estados Unidos, Canadá, Índia e Brasil.

Injeção de capital que visa impulsionar expansão da sheerMe no mercado brasileiro — onde já avançaram com um soft launch por ocasião da Web Summit Rio de Janeiro, em maio — e Espanha, onde estão “em testes com clientes do nosso parceiro L’Oréal”.

Miguel Alves Ribeiro mostra-se expectante com o impacto da entrada destes mercados nos resultados da companhia. “Embora sejam mercados recentes, já estamos a perceber o potencial que possuem, especialmente o Brasil, com uma população superior a 220 milhões. No primeiro mês completo, o Brasil já representa cerca de 10% da nossa receita, e acreditamos que seja apenas uma ‘amostra’ do que está por vir”, comenta o CEO.

Acreditamos que os mercados internacionais representarão mais de 70% da faturação da sheerME nos próximos dois anos. Para 2023, temos como ambição quadruplicar a faturação que tivemos em 2022.

Miguel Alves Ribeiro

CEO da sheerME

A sheerME, neste momento, “já passou das 100 mil app downloads, mas com o arranque do Brasil e Espanha ambicionamos passar de um milhão de app downloads até ao final do ano”.

A empresa já tem “cerca de dois mil parceiros e mais de 150 mil serviços ativos na plataforma para marcações e pagamentos online”, mas até ao final do ano ambiciona “ter mais de cinco mil parceiros e mais de 500 mil serviços ativos.”

“Acreditamos que os mercados internacionais representarão mais de 70% da faturação da sheerME nos próximos dois anos. Para 2023, temos como ambição quadruplicar a faturação que tivemos em 2022”, acrescenta.

Novos mercados na mira

Depois de Brasil e Espanha, a empresa — um das oito scaleups no Scaling Up programme da Unicorn Factory Lisboa, participação da qual o CEO faz um balanço “altamente positivo” — admite que tem ambições de levar a sua proposta de valor a novos mercados.

Estamos com intenções de abrir mais alguns mercados europeus e, eventualmente, o Canadá, todas estas geografias fazem sentido no plano de crescimento da empresa, mas também é muito importante crescermos de uma forma sustentada para assegurarmos uma otimização de todos os recursos da empresa”, comenta Miguel Alves Ribeiro.

Com esta ronda, “a nossa ambição passa por desenvolver o negócio no Brasil e Espanha, se conseguirmos, sem comprometer o crescimento de Portugal, Brasil e Espanha, podemos pensar num quarto país, sempre de forma sustentável”.

Triplicar no mercado nacional

Por outro lado, o mercado português continua a manter um papel relevante. “Portugal vai continuar a ser o nosso mercado piloto, em que desenvolvemos, inovamos e testamos estratégias. Porém, o foco comercial será maior em mercados maiores, tal como já fizemos em projetos anteriores. Acreditamos que vamos triplicar a receita em Portugal em 2023″, refere o CEO.

Portugal tem um potencial tremendo, mas a nossa ambição é maior, pois dado o nosso histórico de equipa, temos um ADN de crescimento e internacionalização rápido, mas vamos manter Portugal como o polo de desenvolvimento e inovação.

Miguel Alves Ribeiro

CEO da sheerME

Portugal tem um potencial tremendo, mas a nossa ambição é maior, pois dado o nosso histórico de equipa, temos um ADN de crescimento e internacionalização rápido, mas vamos manter Portugal como o polo de desenvolvimento e inovação. A nossa ambição passa por tornar a sheerME uma referência na indústria de bem-estar mundial”, diz o cofundador.

Planos de crescimento que passam também pela equipa, embora esteja “basicamente criada”, admite Miguel Alves Ribeiro. “Vamos apenas reforçar a equipa de vendas e marketing nesta fase, pois temos vindo a reforçar a equipa há algum tempo para estarmos preparados para escalar rapidamente”.

A plataforma também está num processo de transformação, assumindo componentes mais sociais. “O nosso objetivo é criar a maior comunidade de wellness do mundo, incentivando cada vez mais pessoas a cuidarem de si. A sheerME vai-se tornar mais social e apostar no desenvolvimento de novas funcionalidades que alimentem a carteira virtual, pois entendemos que a existência de valor na carteira virtual incentiva à utilização”, explica.

A companhia “está a criar o conceito de comunidade de bem-estar e a encorajar os nossos utilizadores a convidarem os amigos para se juntarem à sua comunidade”, e desta forma, “ganhar dinheiro na sua carteira virtual sempre que alguém da sua comunidade marcar um serviço.”

“Vamos também dar a possibilidade de utilizadores carregarem a sua carteira virtual ganhando benefícios, bem como a possibilidade de carregar a carteira dos seus familiares, amigos ou como simples ofertas” e continuar a apostar no sheerME Benefits, levando “mais vantagens para os colaboradores das empresas que subscrevem este ‘subsídio de bem-estar'”.

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Hoje nas notícias: Turismo, Função Pública e novo aeroporto

  • ECO
  • 3 Julho 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Faltam 45 mil trabalhadores no setor do turismo, num ano em que a atividade pode bater recordes. Um inquérito a mais de 2.000 funcionários públicos concluiu que mais de metade considera ter sido prejudicada pelo sistema de avaliação da Função Pública. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Secretário de Estado contraria Galamba e defende novo aeroporto em Santarém

Houve mais um governante a opinar sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa. Numa altura em que esta ainda está a ser estudada por uma comissão técnica independente designada pelo Governo, e depois de o ministro das Infraestruturas, João Galamba, ter defendido que Santarém fica demasiado longe, o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, integrado no Ministério do Ambiente, disse num evento que “em Santarém, ou nesta região, o aeroporto fará muito mais sentido”. As declarações de João Paulo Catarino foram captadas pelo jornal O Mirante e noticiadas pelo Observador.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago).

Turismo com falta de 45 mil trabalhadores em possível ano recorde

Num ano em que o turismo pode bater recordes, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) estima que haja 45 mil trabalhadores em falta no setor para responder à elevada procura. “Este ano, que estamos a crescer mais, temos ainda mais dificuldade em responder a estas solicitações. Estamos com os quadros de pessoal muitíssimo esticados”, afirma Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP.

Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre).

Só 12% das câmaras têm Plano Diretor Municipal atualizado

Até ao final do ano passado, apenas 36 das 308 autarquias portuguesas tinham o Plano Diretor Municipal (PDM) atualizado, segundo o Relatório do Estado do Ordenamento do Território. Significa que só 12% das câmaras têm o seu principal documento de ordenamento do território de acordo com o novo Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, que foi publicado em 2015. Na prática, a revisão destes planos implica o fim da figura dos solos “urbanizáveis” para todos os terrenos que não tenham operações urbanísticas aprovadas.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Mais de metade dos funcionários públicos diz que avaliação foi prejudicial

Um inquérito realizado a 2.066 funcionários públicos revela uma perceção negativa do Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública (SIADAP), em vigor há quase duas décadas: 52,7% dos inquiridos dizem que foram prejudicados pelo SIADAP e 90% consideram o sistema injusto. César Madureira, professor no ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa e um dos autores do estudo, considera que estas perceções estão relacionadas com a existência de quotas para as notas mais altas.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Caixa devolve toda a ajuda do Estado até 2025 caso “não haja alterações de mercado”

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) quer devolver ao Estado, até 2025, os 825 milhões de euros que ainda faltam da injeção de 2,5 mil milhões de euros feita em 2017 no âmbito da recapitalização do banco público. A nova administradora da CGD com o pelouro financeiro, Paula Geada, diz que essa “é uma meta possível de alcançar”, desde que “não se verifiquem alterações significativas de mercado”. A gestora indicou ainda que a entrega da sede ao Estado sob a forma de dividendo em espécie pode “acontecer a curto prazo”, estando sujeita à aprovação do Banco Central Europeu. A sede foi avaliada em 361 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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