Ministério Público acusa 124 arguidos por burlas bancárias através de phishing

  • Lusa
  • 15 Junho 2023

O esquema fraudulento, através de phishing, terá causado um prejuízo superior a um milhão de euros. Arguidos são acusados de crimes de associação criminosa e branqueamento, entre outros.

O Ministério Público (MP) acusou 124 arguidos por burlas bancárias através de phishing, num esquema fraudulento que terá causado um prejuízo superior a um milhão de euros, adiantou esta quinta-feira a Procuradoria-Geral da República.

Segundo a nota publicada na página da Procuradoria da República da comarca de Lisboa, em causa estão os crimes de associação criminosa, branqueamento, burla informática e nas comunicações, falsidade informática e acesso ilegítimo.

O phishing é o nome dado ao esquema fraudulento em que o infrator se faz passar por uma instituição legítima para levar as pessoas a partilharem dados sensíveis (palavras-passe, números de cartões de crédito ou outros dados) para se apropriar de dinheiro.

Resulta da investigação que contactavam telefonicamente titulares de contas bancárias, a fim de capturar credenciais de autenticação forte com o intuito de realizar operações a débito, sem a autorização e contra a vontade dos respetivos titulares”, pode ler-se na nota divulgada.

Segundo o MP, a prática dos crimes terá decorrido entre junho de 2021 e maio de 2022, tendo este processo sido descrito “de especial complexidade” e ao qual foram apensados 146 inquéritos, numa investigação coordenada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

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Grupo RAR fecha duas fábricas da Colep na Alemanha

A Colep Consumer Products, que tem sede em Vale de Cambra e fabrica produtos de cosmética e higiene pessoal para multinacionais, corta produção alemã e reforça aposta em Portugal e na Polónia.

A portuguesa Colep Consumer Products (CCP) vai encerrar duas das fábricas que tinha na Alemanha, em Bad Schmiedeberg e Laupheim, com o objetivo de “otimizar a sua presença industrial”. A empresa detida pelo grupo RAR decidiu descontinuar as operações de enchimento de aerossóis naquelas localizações e reforçar a aposta no segmento de líquidos e cremes, em Portugal e na Polónia.

No relatório de gestão relativo ao exercício de 2022, dirigido aos acionistas e consultado pelo ECO, a contract manufacturer de produtos para cosmética, cuidado pessoal, cuidados para o lar e produtos farmacêuticos de venda livre detalha que a unidade de Bad Schmiedeberg continuará as suas operações em Regensburg, enquanto a empresa de Laupheim vai continuar ativa, mas sem atividade produtiva a partir do final do primeiro semestre.

Além de Portugal (Vale de Cambra) e da Polónia (Kleszczów), tem também fábricas no Brasil (Louveira, São Paulo) – onde admite que “o plano de melhoria para habilitar a operação a enfrentar condições de mercado difíceis ainda não produziu os resultados esperados” – e no México (Santiago de Querétar), através da qual abastece os clientes norte e centro-americanos e que no ano passado atingiu pela primeira vez o objetivo de 60 milhões de unidades produzidas. No Oriente tem uma parceria (ACOA) que envolve sócios japoneses, australianos e indianos.

No ano passado, a fornecedora de grandes marcas e multinacionais liderada atualmente por Pierfranco Accardo, que passou antes pela gestão das italianas Art Cosmetics e Chromavis Fareva, aumentou as vendas em 28%, para 283,5 milhões de euros, “sobretudo devido ao reflexo do aumento dos preços das matérias-primas e volumes produzidos”. Por outro lado, sublinha que a “gestão eficaz” dos custos operacionais permitiu que o EBITDA passasse de 21,9 milhões em 2021 para 27,3 milhões de euros em 2022. O número de trabalhadores baixou nesse período de 1.392 para 1.188 pessoas.

No verão de 2021, a Colep concretizou a cisão das unidades de negócio de produtos de consumo (Consumer Products) e de embalagens (Packaging). Vítor Neves, o antigo CEO, assumiu o cargo de chairman das duas empresas.

“A implementação com sucesso de metodologias de melhoria contínua tornou possível o aumento da eficiência operacional e a compensação parcial da subida dos custos dos serviços públicos essenciais e das matérias-primas, designadamente, no segmento de Liquids & Creams, setor em que a empresa fez investimentos significativos nas instalações de Portugal e da Polónia”, descreve o relatório e contas do grupo RAR, comandado por Nuno Macedo Silva, que não se mostrou disponível para responder às questões feitas pelo ECO.

Este foi o primeiro exercício completo desde que, no verão de 2021, a Colep concretizou a cisão das unidades de negócio de produtos de consumo e de embalagens. Na sequência desta operação, a antiga Colep Portugal passou a designar-se Colep Consumer Products – assume estar agora a apostar na inovação do produto nas categorias de cosmética e cuidado pessoal –, enquanto a área de embalagens assumiu a designação Colep Packaging e passou a ser liderada por Paulo Sousa, um “homem da casa”. O antigo CEO da Colep, Vítor Neves, passou a ocupar o cargo de chairman das duas novas empresas.

Paulo Sousa, CEO da Colep Packaging

Apresentado como um dos principais produtores europeus na indústria de embalagens metálicas e em plástico para diversas indústrias, foi “essencialmente como resultado do efeito do aumento de preço das matérias-primas” que a Colep Packaging faturou 148,8 milhões de euros em 2022, o que compara com 119,2 milhões no ano anterior. Emprega atualmente 668 trabalhadores nas fábricas em Portugal (Vale de Cambra), na Polónia (Kleszczów) e em Espanha (San Adrián), onde em agosto do ano passado adquiriu uma participação de 40% na catalã ALM Envases, que faturava dez milhões de euros e tinha 45 trabalhadores, o que permitiu à empresa portuguesa entrar no mercado de aerossóis de alumínio.

Em termos consolidados, a holding alcançou vendas de 996 milhões de euros em 2022 (+28% em termos homólogos). O grupo detém também a Vitacress (saladas e ervas aromáticas), a histórica e original RAR Açúcar (refinação e comercialização), a empresa de comércio de matérias-primas para a indústria agroalimentar Acembex – reclama o estatuto de “maior importador de cereais e coprodutos do país”, com uma quota de 22% do mercado nacional – e ainda a RAR Imobiliária, direcionada para o segmento alto do mercado habitacional.

O grupo empresarial sediado no Porto viu os lucros subirem 2%, para 16,5 milhões de euros e calcula que as exportações pesam “perto de 60%” no volume de negócios. Emprega agora um total de 3.750 colaboradores e, no conjunto dos negócios, tem presença em Portugal, Alemanha, Brasil, Espanha, México, Países Baixos, Polónia e Reino Unido.

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Beneficiários da ADSE com mais de 65 anos representam 53% da despesa em 2022

  • Lusa
  • 15 Junho 2023

A ADSE sublinha que "o impacto do aumento do envelhecimento e da longevidade é transversal a praticamente todos os setores da sociedade e a ADSE não é exceção".

A despesa realizada pelos beneficiários da ADSE ascendeu a 580 milhões de euros, em 2022, com mais de metade (53%) do valor situado no escalão etário dos mais de 65 anos de idade, avançou esta quinta-feira o instituto.

“O Relatório de Atividades 2022 conclui que a despesa realizada por todos os beneficiários totalizou 580 milhões de euros”, realça o instituto de proteção e assistência na doença dos trabalhadores e aposentados da administração pública, na newsletter de junho. Segundo o documento, o escalão etário dos mais de 65 anos de idade representa 28,1% dos beneficiários e “apresenta a despesa mais significativa, no montante de 310 milhões de euros, ou seja, 53% da despesa total”. Neste grupo, a despesa per capita é de 917,60 euros.

Já o escalão etário dos beneficiários da ADSE com idades entre 45 e 64 anos totaliza 172 milhões de euros, com uma despesa per capita de 421,40 euros. “Se compararmos estes dois escalões, constatamos que no grupo etário 65+ a despesa é 80% mais elevada e a despesa per capita é 117% superior”, realça o instituto.

Os beneficiários da ADSE, entre titulares e familiares, totalizavam 1.275.582, em 2022. A ADSE sublinha que “o impacto do aumento do envelhecimento e da longevidade é transversal a praticamente todos os setores da sociedade e a ADSE não é exceção”.

O estudo sobre a sustentabilidade da ADSE, que será realizado pela PlanAPP – Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública, “avaliará estas e outras variáveis e procurará definir novas estratégias, oportunidades de crescimento e melhorias a implementar”, indica o instituto.

Na newsletter, a ADSE refere ainda que o novo Conselho Diretivo para o triénio 2023-2026 iniciou funções no dia 06 de junho. Maria Manuela Faria continua a presidir ao Conselho Diretivo da ADSE, sendo acompanhada pelos vogais Diogo Serras Lopes (ex-secretário de Estado da Saúde entre 2020 e 2022) e António Manuel Núncio Faria Vaz, indicado pelos membros do Conselho Geral e de Supervisão (CGS).

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Português Virgílio Bento integra top 50 dos CEO de tecnológicas de saúde

Elaborada pelo The Healthcare Technology Report, a lista posiciona o CEO da Sword Health no 18.º lugar, distinguindo a sua liderança e reconhecendo o impacto do unicórnio na sociedade.

O fundador e CEO da Sword Health, Virgílio Bento, foi eleito um dos 50 principais CEO de tecnológicas que atuam na área da saúde em 2023. A lista, elaborada anualmente pelo The Healthcare Technology Report, posiciona o gestor português no 18.º lugar mundial, distinguindo a sua liderança e reconhecendo o impacto do unicórnio português, que presta serviços digitais de fisioterapia, na sociedade. É o único português na lista.

“Virgílio Bento dedicou a sua carreira a trazer mudanças positivas aos cuidados de saúde, utilizando a tecnologia para melhorar a experiência dos pacientes, bem como os resultados e o valor”, destaca a entidade responsável pela lista.

Virgílio Bento, CEO da Sword HealthD.R.

“Desde o primeiro lançamento do Fisioterapeuta Digital até às revelações mais recentes — a Predict e a Bloom –, as soluções da Sword atendem a questões específicas relacionadas com a dor. No mais recente movimento inovador da empresa, os produtos Sword foram unificados sob a Plataforma Sword, que trabalha para prever, prevenir e tratar a dor de forma abrangente”.

Salientando que o fundador e CEO da empresa é autor de mais de 40 artigos de investigação, o The Healthcare Technology Report destaca ainda que “o seu trabalho tem sido apresentado nas publicações científicas mais conceituadas do mundo e em várias conferências MedTech”.

Com mais de 600 colaboradores, cerca de metade dos quais nos Estados Unidos e os restantes em Portugal, a Sword Health faz planos para continuar a reforçar a sua equipa. Até ao final deste ano, a empresa pretende recrutar mais de 300 profissionais, dos quais cerca de metade em Portugal.

Os lugares do pódio do “The Top 50 Healthcare Technology CEOs of 2023” pertencem, por sua vez, a Michael Mahoney,
CEO da Boston Scientific, Michelle Keefe, CEO da Syneos Health, e Helen Giza, CEO da Fresenius Medical Care.

“Os indivíduos selecionados trouxeram algumas das soluções de saúde mais avançadas para o mercado, de plataformas de software inovadoras a dispositivos médicos e terapêuticos, melhorando a experiência e os resultados do atendimento de pacientes. Estas personalidades personificam o que significa ser um grande líder na era moderna, tirando partido de uma perspicácia empresarial apurada e de uma vontade constante de tornar o mundo mais saudável.”

Conheça aqui a lista completa.

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Investimento em publicidade no YouTube pode alcançar os 30,4 mil milhões de dólares este ano, prevê a Warc

Diariamente são visualizadas mais de mil milhões de horas de vídeo no YouTube, sendo que a plataforma tem um alcance estimado de 2,07 mil milhões de pessoas, o dobro do TikTok.

O investimento em publicidade no YouTube deve crescer cerca de 4% este ano e atingir o valor de 30,4 mil milhões de dólares (cerca de 28,36 mil milhões de euros), de acordo com uma previsão da Warc Media. Esta subida vem contrariar o panorama do final de 2022, tendo em conta a queda de 8,8% nas receitas publicitárias da plataforma no último semestre do último ano.

A Warc Media prevê que o crescimento seja ainda maior em 2024, ano em que a receita publicitária do YouTube deverá aumentar 10,3%, alcançando o total de 33,5 mil milhões de dólares (cerca de 31,2 mil milhões de euros) no final desse ano.

O YouTube está a dar prioridade aos Shorts (vídeos curtos da plataforma) e ao envolvimento com as smart TVs, apostando em anúncios de 30 segundos (que não podem ser passados à frente) e “experiências de pausa” na televisão de forma a “ajudar os marketeers a envolverem as audiências nos ecrãs e alcançarem os objetivos tanto de performance como de construção de marca”, refere a Warc.

“Os últimos 12 meses foram um período complicado para o YouTube, que está cada vez mais a lutar em duas frentes, contra as plataformas de vídeos curtos, como o TikTok, e contra as plataformas de streaming de formatos de longa duração conectadas às televisões. No entanto, à medida que as condições comerciais da publicidade digital melhoram, o YouTube pode esperar um aumento no crescimento de receita“, refere Alex Brownsell, head of content da WARC Media, citado pela B&T.

Segundo a previsão, os anúncios de produtos continuarão a constituir a maior fatia de investimento em publicidade no YouTube, pelo que em 2023 este setor deve representar cerca de 4,1 mil milhões de dólares (cerca de 38,2 mil milhões de euros). Seguem-se setores como media, serviços financeiros, negócios e industrial ou telecomunicações.

As 10 principais categorias de investimento publicitário no YouTube

Diariamente, são visualizadas mais de mil milhões de horas de vídeo no YouTube, sendo que a plataforma tem um alcance estimado de 2,07 mil milhões de pessoas, quase o dobro do TikTok ou Instagram, refere a Warc.

O YouTube Shorts, embora dê aos marketeers mais oportunidades para alcançar novas audiências, com 50 mil milhões de visualizações diárias, não consegue recolher tantas visualizações como os reels do Instagram, que atingem 140 mil milhões de visualizações todos os dias. Os utilizadores com idade inferior a 18 anos também gastam 60% de mais tempo no TikTok do que no YouTube, avança a Warc Media.

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Trabalhadores da Nobre marcam novas greves para 28 de junho e 31 de julho

  • Lusa
  • 15 Junho 2023

A decisão de avançar para a greve, a 28 de junho e 31 de julho, foi unânime. Trabalhadores exigem aumento dos salários, diferenciação por categorias profissionais, 25 dias de férias, entre outras.

Os trabalhadores da Nobre Alimentação, em Rio Maior, decidiram esta quinta-feira avançar para mais dois dias de greve, no próximo dia 28 e a 31 de julho, face à ausência de resposta da empresa às suas reivindicações, disse fonte sindical.

Diogo Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura, Alimentação, Bebidas e Tabaco (SINTAB), disse à Lusa que nos dois plenários realizados de manhã, que contaram com a presença de cerca de 300 trabalhadores, a decisão de avançar para a greve foi unânime.

Segundo afirmou, a mesma postura é esperada nos dois plenários marcados para a tarde desta quinta, o primeiro, a partir das 15:00, com os trabalhadores da logística, e o segundo, às 17:00, com os do último turno da parte fabril, sendo que o segundo plenário da manhã contou com a presença da secretária-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP Intersindical), Isabel Camarinha.

Na última greve, realizada em 28 de abril, os trabalhadores aprovaram uma moção dando à empresa um prazo de 30 dias para terem uma resposta às suas reivindicações, declarando-se, já então, determinados a “voltar à luta”, caso não fossem iniciadas negociações. Diogo Lopes disse à Lusa que a administração da Nobre manteve “a mesma postura”, não tendo sequer reunido com os sindicatos.

Os trabalhadores, que fizeram greve, pelos mesmos motivos, em 8 de março de 2017 e, este ano, a 9 de fevereiro e 28 de abril, exigem o aumento dos salários, a diferenciação por categorias profissionais, 25 dias de férias, 35 horas de trabalho semanal, direito ao dia de aniversário e diuturnidades.

No final de maio, os trabalhadores europeus do grupo mexicano Sigma, que detém a Nobre Alimentação, em Portugal, manifestaram “repúdio e indignação” pela postura da administração da empresa instalada em Rio Maior (Santarém), declarando-se solidários com as reivindicações dos trabalhadores portugueses.

Ao tomar conhecimento de que a empresa Nobre atualizou o subsídio de alimentação em apenas 70 cêntimos nos últimos 14 anos e rejeitou todas as propostas apresentadas no caderno reivindicativo dos trabalhadores, manifestamos o nosso total repúdio e indignação”, afirmava a moção aprovada numa reunião do Comité de Empresa Europeu do Grupo Campofrío, realizada em 29 de maio em Madrid.

Os trabalhadores das empresas do grupo situadas na Europa declararam-se “profundamente preocupados” com a postura da administração da Nobre, salientando que a Sigma, “líder mundial em produtos alimentares”, tem “um compromisso com a justiça e a valorização dos seus trabalhadores em todas as suas operações”. Manifestavam, ainda, “consternação” com o facto de, mesmo depois da greve realizada no passado dia 28 de abril, a empresa continuar sem responder às reivindicações dos trabalhadores.

Questionada pela Lusa aquando da greve de abril, a Nobre Alimentação disse estar “sempre atenta às necessidades” dos “colaboradores e da empresa”, as quais discute com os sindicatos, “de forma positiva e transparente”, em “reuniões frequentes”. “Reiteramos o nosso compromisso de disponibilidade para dar continuidade às reuniões regulares e, juntos, olharmos para o caminho a seguir”, afirmava a empresa.

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Polónia defende referendo sobre proposta migratória da UE

  • Joana Abrantes Gomes
  • 15 Junho 2023

O presidente do PiS, o partido no poder na Polónia, defende que "o povo polaco deve pronunciar-se" sobre a proposta da UE para o acolhimento de refugiados.

O presidente do Lei e Justiça (PiS), partido no poder na Polónia, anunciou esta quinta-feira que pretende realizar um referendo sobre o plano de acolhimento de refugiados proposto pela União Europeia (UE), numa altura em que faltam cerca de quatro meses para as eleições legislativas polacas, avança a Bloomberg (acesso pago).

Segundo Jaroslaw Kaczynski, a última proposta do bloco comunitário, que prevê que os Estados-membros que se recusem a acolher requerentes de asilo paguem cerca de 20 mil euros por pessoa a um fundo gerido por Bruxelas, “discrimina” a Polónia, país que aceitou milhões de refugiados ucranianos que fugiram da invasão russa no ano passado.

A Polónia, juntamente com a Hungria, votou contra a proposta da UE, com o partido conservador de direita polaco a condenar o esquema de relocalização. “Não vamos concordar com isto, nem a nação polaca, e isto deve ser objeto de um referendo… e nós vamos organizar esse referendo”, disse Kaczynski diante do Parlamento polaco.

O povo polaco deve pronunciar-se sobre este assunto“, acrescentou, durante um debate sobre o acordo do bloco comunitário para a migração.

A Polónia acolheu mais de um milhão de refugiados ucranianos que fugiram do seu país na sequência da invasão russa em fevereiro de 2022, mas as autoridades há muito que se opõem à transferência de migrantes da Grécia ou de Itália.

Para o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, “não se trata de um pacto de migração, mas sim de um diktat (imposição) que visa mudar culturalmente a Europa”.

“É o Sejm (Parlamento polaco), não o Bundestag (Parlamento alemão), e temos todo o direito e obrigação de votar a favor dos interesses da Polónia”, afirmou. “Nós, polacos, sabemos perfeitamente o que é a compaixão e a solidariedade. Ninguém nos vai ensinar o que é a solidariedade, e muito menos os alemães“, acrescentou Morawiecki.

A Polónia vai realizar eleições legislativas no final deste ano, com o partido Lei e Justiça, atualmente no poder, a liderar as sondagens em relação ao bloco liberal da oposição, a Coligação Cívica.

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Decisão de restringir ou banir Huawei ou ZTE em 10 países da UE é justificada, avança Bruxelas

  • Lusa
  • 15 Junho 2023

Thierry Breton apontou que, após as recomendações da Comissão Europeia feitas há três anos, “apenas 10 Estados-membros utilizaram propriedades para restringir ou excluir fornecedores de alto risco”.

A Comissão Europeia considerou que as medidas adotadas por 10 Estados-membros da União Europeia (UE) para restringir ou banir fornecedores de alto risco das redes móveis de quinta geração (5G), como Huawei e ZTE, “é justificada e adequada”.

“A Comissão Europeia acaba de publicar uma comunicação que confirma que a decisão tomada por alguns Estados-membros de restringir ou excluir completamente a Huawei e a ZTE das suas redes 5G é justificada e está em conformidade com as regras”, disse o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, numa declaração à imprensa em Bruxelas.

No dia em que os países da UE fizeram um ponto de situação sobre a aplicação da caixa de ferramentas sobre a cibersegurança relativa às redes 5G, Thierry Breton apontou que, após as recomendações da Comissão Europeia feitas há três anos, “apenas 10 Estados-membros utilizaram propriedades para restringir ou excluir fornecedores de alto risco”, sendo que três países estão atualmente a trabalhar na aplicação da legislação nacional pertinente.

Para o responsável, “isto é demasiado lento e representa um grande risco para a segurança […], uma vez que cria uma grande dependência para a UE”. “Apelo a todos os Estados-membros e aos operadores de telecomunicações para que tomem as medidas necessárias sem mais demoras porque é claro que a segurança das redes 5G é essencial”, realçou o responsável europeu pela tutela sem precisar os Estados, embora Portugal seja um dos países que tenha avançado com restrições.

“É claro que vamos continuar a trabalhar com determinação com os Estados-membros que estão a ficar para trás e com os operadores de telecomunicações e não posso deixar de sublinhar a importância de acelerar as decisões de substituição dos fornecedores de alto risco das redes 5G”, adiantou.

A posição surge depois de, no início deste mês, a Comissão Europeia ter elogiado as conclusões das autoridades portuguesas sobre o risco para segurança de alguns equipamentos 5G, que podem resultar em exclusão ou aplicação de restrições a fornecedores, vincando que “ameaças não têm lugar na Europa”.

“Louvo o Conselho [Superior] de Cibersegurança de Portugal pela sua decisão ponderada de implementar o conjunto de ferramentas de segurança 5G da UE”, reagiu a vice-presidente executiva do executivo comunitário com a pasta do Digital, Margrethe Vestager, numa publicação rede social Twitter.

Partilhando uma notícia de um jornal português sobre a possível exclusão portuguesa da Huawei das redes móveis de quinta geração (5G), Margrethe Vestager salientou que “as ameaças não têm lugar e não dissuadirão a Europa de tomar medidas legítimas para proteger as suas infraestruturas críticas”.

Esta foi a primeira reação europeia à deliberação divulgada na semana passada pela Comissão de Avaliação de Segurança, no âmbito do Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço, sobre o “alto risco” para a segurança das redes e de serviços 5G do uso de equipamentos de fornecedores que, entre outros critérios, sejam de fora da UE, NATO ou OCDE e que “o ordenamento jurídico do país em que está domiciliado” ou ligado “permita que o Governo exerça controlo, interferência ou pressão sobre as suas atividades a operar em países terceiros”.

Em janeiro de 2020, a Comissão Europeia aconselhou os Estados-membros da UE a aplicarem “restrições relevantes” aos fornecedores considerados de “alto risco” nas redes 5G, incluindo a exclusão dos seus mercados para evitar riscos “críticos”.

Esta foi uma caixa de ferramentas divulgada com recomendações para os Estados-membros implementarem para mitigar possíveis ciberataques, ações de espionagem ou outro tipo de problemas relacionados com o desenvolvimento desta nova tecnologia.

Na altura, o executivo comunitário garantiu que estas ações “não têm como alvo nenhum fornecedor ou país em particular”, mas certo é que a fabricante chinesa Huawei tem estado desde então no centro de polémica por alegada espionagem em equipamentos 5G, o que a tecnológica tem vindo a rejeitar, reiterando a falta de provas. A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China.

Assumida como uma prioridade europeia desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança. Em março de 2019, Bruxelas pediu que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, na qual os Estados-membros detetaram a possibilidade de ocorrência de casos de espionagem ou de ciberataques vindos, nomeadamente, de países terceiros.

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Comunicar é – de novo – a praia do WYgroup

  • Conteúdo Patrocinado
  • 15 Junho 2023

Com a chegada do Verão, chega também a terceira temporada das Conversas de Praia, que reúnem à conversa profissionais apaixonados pela construção e vida das marcas, com histórias para contar.

As Conversas de Praia são uma iniciativa promovida pelo WYgroup desde 2021, em parceria com o ECO, que pretendem abordar temas transversais da atualidade, como tecnologia, comunicação, inovação e media, em conversas descontraídas (quase) com o pé na areia.

Este ano, a terceira temporada das Conversas de Praia inclui 7 episódios cheios de insights sobre marketing e comunicação de marcas, as suas metas, estratégias, os desafios que enfrentam e o seu impacto na sociedade. E além disso, como numa conversa ligeira à beira-mar, histórias engraçadas de bastidores, partilhas de experiências, tendências e visões de futuro.

A Música no Coração, a MEO/ALTICE, a NERVO, a Ok!seguros, a WYcreative, o Imovirtual, a WYperformance, a Associação Salvador, a Lisbon Digital School, o Greater Porto, a White Way, a Tetra Pak Iberia, a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, a BloomCast, o Pingo Doce e a Bliss são as marcas que partilham connosco as suas histórias nestas conversas, conduzidas pela moderadora Ana Filipa Rosa do ECO.

Prepare-se para mergulhar nas Conversas de Praia, todas as terças-feiras, a partir do dia 20 de junho, às 11h.

Agenda

20 de Junho às 11h
MOCHE com NERVO no MEO Sudoeste: um case de crescimento partilhado.

Ana Filipa Rosa (ECO) à conversa com Luís Montez (Música no Coração), Miguel Guerra (MEO/ALTICE), Miguel Pires (NERVO) e Tiago Tarracha (NERVO)

Pode assistir à conversa AQUI.

27 de Junho às 11h
Rebranding ok!seguros: O mundo está a mudar. E a ok! também.

Ana Filipa Rosa (ECO) à conversa com Marta Vicente (OK!seguros), Luísa Manso (WYcreative) e Carlos Pontes (WYcreative)

Assista à conversa AQUI.

4 de Julho
Capacitar e identificar talentos em Marketing Digital & inovação.

Ana Filipa Rosa (ECO) à conversa com Mariana Corrêa Nunes (Associação Salvador), Marta Kong Nunes (Associação Salvador) e Paulo Rossas (Lisbon Digital School).

Assista à conversa AQUI.

11 de Julho
Greater Porto: um case de branding territorial.

Ana Filipa Rosa (ECO) à conversa com Ana Vasconcelos (Greater Porto), Filipa Montalvão (White Way) e Marta Vasconcelos (White Way).

Não perca a conversa AQUI.

18 de Julho
Imovirtual: da estratégia ao conteúdo.

Ana Filipa Rosa (ECO) à conversa com Diogo Lopes (Imovirtual) e Luís Nunes (WYperformance).

Assista à conversa AQUI.

25 de Julho
TetraPak e Banco Alimentar: uma causa comum.

Ana Filipa Rosa (ECO) à conversa com Ingrid Falcão (Tetra Pak), Isabel Jonet (Banco Alimentar) e Rodolfo Oliveira (BloomCast).

1 de Agosto
App O Meu Pingo Doce: da estratégia ao produto digital.

Ana Filipa Rosa (ECO) à conversa com Gonçalo Menezes (Pingo Doce), Diogo Cunha (Bliss) e Samir Valimamede (Bliss).

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Só procura do Metro de Lisboa está abaixo dos níveis pré-pandemia até maio

Entre janeiro e maio, a procura pelos transportes coletivos urbanos superou em 1% os valores pré-pandemia. Entre todos os meios de transpores, apenas o Metro de Lisboa ainda está abaixo do pré-Covid.

Nos primeiros cinco meses deste ano, a procura pelos transportes coletivos urbanos superou em 1% os valores pré-pandemia. Entre todos os meios de transpores, apenas o Metro de Lisboa ainda está abaixo do pré-Covid, de acordo com os dados provisórios divulgados esta quinta-feira pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

Entre janeiro e maio, o Metro do Porto transportou 32.412 passageiros, isto é, um aumento de 29% face aos 25.112 passageiros transportados em igual período do ano passado. Já comparando com o valor pré-pandemia, trata-se de mais 3.983 passageiros (14%).

Ao mesmo tempo, a Transtejo/Soflusa transportou 7.908 passageiros durante os primeiros cinco meses deste ano, o que representa uma subida de 26% face aos 6.284 registados no período homólogo. Trata-se de uma estabilização face aos valores registados em igual período de 2019.

Quanto ao Metro de Lisboa, transportou 66.956 passageiros entre janeiro e maio, isto é, um aumento de 33% face aos 50.440 registados em igual período de 2022. Ainda assim, a procura no metro de Lisboa está ainda 5% abaixo dos 70.296 passageiros transportados em 2019, isto é, no pré-pandemia.

Na prática, o Metro do Porto foi, assim, o maior impulsionador para que a procura dos transportes urbanos ultrapassasse os valores pré-pandémicos. Em comunicado, a tutela liderada por Duarte Cordeiro sublinha que estes dados são ainda provisórios, mas “confirmam a tendência de recuperação do número de passageiros registada ao longo do último ano”.

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Câmara de Lisboa celebra contratos com juntas de freguesia no valor de 50 milhões até 2025

  • Lusa
  • 15 Junho 2023

As freguesias que recebem um valor mais elevado são Arroios (CDS-PP), com 3,59 milhões, Lumiar (PSD), com 3,57 milhões, Benfica (PS), com 3,18 milhões, e Alvalade (PSD), com 3,04 milhões.

A Câmara Municipal de Lisboa assinou, esta quinta-feira, contratos interadministrativos de delegação de competências e de cooperação com as 24 juntas de freguesia da cidade, com a transferência de 50 milhões de euros até 2025, para a realização de 389 intervenções.

A renovação do espaço público, investimento em parques e jardins, requalificação de mercados e equipamentos culturais, desenvolvimento de projetos em escolas e construção de novos equipamentos desportivos são algumas das intervenções previstas nos contratos de delegação de competências (CDC). As intervenções têm por base cinco eixos programáticos, em linha com os objetivos estratégicos do município, “para uma cidade mais próxima, sustentável, dinâmica, solidária e saudável”.

Na cerimónia de assinatura dos contratos, que decorreu nos Paços do Concelho, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), destacou a relação “de igual para igual” com os 24 presidentes de juntas de freguesia, independentemente dos partidos políticos, afirmando que o compromisso assumido é de “proximidade, ambição e confiança”, com a missão de “servir o interesse público em conjunto”.

“O motivo que nos junta hoje aqui é uma opção estratégica muito clara: o governo descentralizado da cidade, por uma cidade mais próxima das pessoas, uma opção que tem como expoente máximo esta cooperação institucional e leal entre nós”, declarou o social-democrata, enaltecendo a eficiência e eficácia do trabalho de cooperação com as juntas de freguesia, que têm uma intervenção maior proximidade do território.

Carlos Moedas disse que está previsto “um vasto conjunto de pequenos e médios investimentos, com impacto real, concreto, significativo na vida de todos os lisboetas” e salientou que o “CDC é mesmo contrato de confiança”. A proposta de CDC prevê a transferência de um valor global de 50 milhões de euros, entre 2023 e 2025, para as 24 juntas de freguesia de Lisboa, em que 13 são presididas pelo PS, que no total vão arrecadar 23,4 milhões, 10 são PSD/CDS-PP, que vão receber 24,9 milhões, e uma é governada pelo PCP (Carnide), que irá ter 1,6 milhões.

As freguesias que recebem um valor mais elevado são Arroios (CDS-PP), com 3,59 milhões, Lumiar (PSD), com 3,57 milhões, Benfica (PS), com 3,18 milhões, e Alvalade (PSD), com 3,04 milhões, segundo a proposta da câmara, indicando que as que recebem menos são Misericórdia (PS) e São Vicente (PS), ambas com um milhão de euros.

Os critérios na distribuição da verba global de 50 milhões de euros pelas 24 freguesias tiveram em conta a dimensão populacional (70%) e a execução dos contratos anteriores (30%), que representam 70%, a que acresce 30% para avaliação das intervenções propostas pelas juntas.

O vereador com o pelouro da Relação com as Juntas de Freguesia, Diogo Moura (CDS-PP), realçou o processo “transparente de diálogo”, para uma resposta “mais próxima dos lisboetas, das suas necessidades e das suas expectativas”. A verba de 50 milhões é distribuída pelos cinco eixos de intervenção, nomeadamente 22,6 milhões para territórios próximos; 7,8 milhões para territórios sustentáveis; 7,5 milhões para territórios dinâmicos; 6,2 milhões para territórios solidários; e 5,9 milhões para territórios saudáveis.

Na cerimónia, as quatro forças políticas que presidem às juntas de freguesia de Lisboa – PS, PSD, CDS-PP e PCP – falaram obre os contratos assinados com a câmara, com o socialista Davide Amado a defender a necessidade de aprofundar a reforma administrativa de Lisboa, aprovada em 2012, com a devida atualização das verbas a atribuir às juntas, equacionando a transferência de novas competências.

Estamos prontos para uma reforma 2.0 para aprofundar o quadro de competências próprias das juntas de freguesia, eliminando as esquizofrenias da primeira reforma, assegurando a continuidade territorial da manutenção do espaço público, bem como a continuidade operacional das competências de gestão do território”, acrescentou Luís Newton, do PSD.

Madalena Natividade, do CDS-PP, realçou a capacidade das juntas de freguesia de “resolver as preocupações de primeiro grau, os anseios mais imediatos e as necessidades mais prementes”, enquanto Fábio Sousa, do PCP, partido que é contra a transferência de competências, afirmou que “os presidentes de junta serão sempre parte da solução e nunca do problema” e sugeriu que sejam estabilizadas as verbas dos CDC complementares.

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São Tomé e Príncipe adere a fundo do Afreximbank para desenvolver exportações

  • Lusa
  • 15 Junho 2023

"Acreditamos que a parceria vai levar ao aumento dos investimentos em setores críticos para a jornada de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe", disse ministro são tomense.

O Governo de São Tomé e Príncipe assinou o acordo de criação do Fundo para o Desenvolvimento das Exportações em África (FEDA), juntando-se a 40 outros países africanos que esperam potenciar os investimentos externos.

“Acreditamos que a parceria vai levar ao aumento dos investimentos em setores críticos para a jornada de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe“, disse o ministro do Planeamento, Finanças e Economia Azul, Ginésio da Mata, citado num comunicado do FEDA.

O Fundo é o braço do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank) para o financiamento das exportações no continente africano, aproveitando a implementação da zona de livre comércio em África (AfCFTA, na sigla em inglês).

“Este é um passo crítico que vai abrir caminho para a ratificação do acordo em breve, o que, por seu turno, vai facilitar as intervenções do FEDA no país; estamos ansiosos por apoiar os investimentos transformacionais em São Tomé e Príncipe que estão alinhados com a estratégia de investimento do FEDA”, disse a diretora executiva do Fundo, Marlène Ngoyi.

“A assinatura do acordo, alcançada através da orientação do primeiro-ministro, Patrice Trovoada, demonstra o apoio do país aos esforços do Afreximbank para alargar a eficácia do FEDA pela mobilização dos estados membros para assinarem e ratificarem o acordo de criação e para apoiarem os objetivos de investimentos com impacto da organização”, lê-se ainda no comunicado de imprensa enviado à Lusa.

Citado no documento, o presidente do Afreximbank, Benedict Oramah, diz que “o Banco comprometeu-se a providenciar apoio financeiro e aconselhamento para ajudar São Tomé e Príncipe a alcançar uma transformação estrutural que se foque na expansão e diversificação da sua economia azul”, pelo que a adesão “cria a fundação para intervenções mais coordenadas, de futuro”.

O FEDA é a subsidiária de investimentos com impacto do Afreximbank para garantir capital e financiamento de milhões de dólares para colmatar o défice de financiamento que existe no setor do comércio em África.

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