EDP abre loja temporária em Madrid com objetos retirados do oceano

Objetivo é "sensibilizar para a necessidade de agir para proteger o planeta e combater as mudanças climáticas". No final, o valor total arrecadado será entregue à ONG The Ocean Cleanup.

Um computador portátil, um tambor de máquina de lavar roupa ou um boneco do Darth Vader são alguns dos objetos a ser exibidos pela EDP na Backwash, a primeira pop-up store do mundo com objetos resgatados do oceano, localizada na Gran Vía (Madrid, Espanha).

No total, a mostra conta com 13 “objetos que ninguém quer”, sendo que a cada um deles está associado um valor. Esse valor não indica o custo de compra, mas sim o “custo para o planeta” (número de anos necessários para o objeto se decompor). O computador portátil ou o tambor da máquina de lavar roupa, por exemplo, precisariam de mais de 500 anos para se decomporem.

Esta loja temporária pode ser visitada gratuitamente até 30 de junho na Gran Vía nº. 66 ou virtualmente, onde estão também disponibilizados os valores associados a cada um deles, os quais podem ser convertidos em doações para fins solidários.

No final, o valor total arrecadado será entregue à The Ocean Cleanup, uma organização não-governamental “que desenvolve e utiliza tecnologias avançadas para remover o lixo de plástico dos oceanos em todo o mundo”, explica a EDP em comunicado.

Os objetos expostos foram todos recolhidos do fundo do mar, em Sesimbra, através de uma limpeza subaquática recorde, organizada pela Oceanum Liberandum, com o apoio da EDP. A ação envolveu 597 mergulhadores e permitiu a retirada de mais de três toneladas de lixo marinho.

“Todos os anos, cerca de 12 milhões de toneladas de plástico, o equivalente a mais de 100 mil baleias azuis, são despejadas nos oceanos, um ecossistema gigante que abriga cerca de 80% de toda a vida no planeta”, recorda a EDP.

A empresa explica que, através destas iniciativas, “reforça o seu compromisso com a sociedade e com a ação climática, alinhado com o posicionamento da empresa e com o seu claim: ‘Nós escolhemos a Terra’”.

“A EDP espera assim contribuir para mitigar o impacto das alterações climáticas nos oceanos e sensibilizar para a urgência de proteger a vida marinha”, acrescenta.

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Caso dos emails do Benfica: Francisco J. Marques condenado a pena suspensa

O caso da divulgação dos emails remonta a 2017 com comunicações entre elementos ligados à estrutura de Benfica e terceiros a serem reveladas no programa “Universo Porto da bancada”, do Porto Canal.

Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, foi condenado esta segunda-feira a um ano e 10 meses de prisão suspensa, no âmbito do processo de divulgação dos emails do Benfica.

O dirigente dos ‘dragões’ foi punido com 10 meses de prisão por violação de correspondência agravada ou telecomunicações, e mais um ano e dois meses por ofensa a pessoa coletiva (o Benfica). Francisco J. Marques ficou com um cumulo jurídico de um ano e 10 meses, com pena suspensa por igual período.

Diogo Faria, diretor de conteúdos dos dragões, foi condenado a nove meses de prisão, também com pena suspensa, enquanto Júlio Magalhães, jornalista e diretor do Porto Canal, foi absolvido. Francisco J. Marques e Diogo Faria foram ainda condenados a pagar de forma solidária uma indemnização de 10 mil euros a Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica.

O caso da divulgação dos emails remonta a 2017 e 2018, com comunicações entre elementos ligados à estrutura de Benfica e terceiros a serem reveladas no programa “Universo Porto da bancada”, do Porto Canal, e começou a ser julgado a 16 de setembro de 2022.

Nas alegações finais, a procuradora do Ministério Público (MP), Ana Pais, pediu a condenação de Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, por três crimes de violação de correspondência não consentida, mas deixou a pena “à consideração do tribunal”, atendendo “à ausência de antecedentes criminais” do arguido.

No que se refere a Diogo Faria, diretor de conteúdos do canal dos “dragões, que responde por um crime de violação de correspondência ou de telecomunicações e um crime de acesso indevido, a procuradora considerou que este terá ajudado Francisco J. Marques, mas defendeu que “o tribunal fará a qualificação dos factos”.

A representante do MP deixou “à consideração do tribunal” uma eventual condenação de Júlio Magalhães, antigo diretor do Porto Canal, defendendo que este “nunca teve participação direta no conteúdo direto no programa, nunca teve conhecimento antecipado dos emails e não participou na sua seleção”.

As defesas dos três arguidos pediram a absolvição, com o advogado de Francisco J. Marques a invocar o interesse público do conteúdo dos emails e questionou a legitimidade do Benfica para apresentar queixa sobre o caso.

Rui Patrício, advogado do Benfica, assistente no processo, pediu a condenação dos arguidos, considerando que estes foram movidos por interesses relacionados com o FC Porto, mas referiu que Francisco J. Marques, Diogo Faria e Júlio Magalhães tiveram “participações e gravidades diferentes” no caso.

Os advogados do Benfica Rui Patrício (E) e João Medeiros (D) falam à comunicação social após a leitura do acórdão do julgamento de Júlio Magalhães, Francisco J. Marques e Diogo Faria, sobre a divulgação dos emails do Benfica no Porto Canal ter sido adiada, no Campus da Justiça, em Lisboa, 27 de março de 2023.ANDRÉ KOSTERS/LUSA

Os advogados de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica à data dos factos, e de Carlos Deus Pereira, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, ambos assistentes no processo, também pediram a condenação dos arguidos.

Francisco J. Marques estava acusado de três crimes de violação de correspondência ou de telecomunicações, três crimes de violação de correspondência ou de telecomunicações agravados, em concurso aparente com três crimes de devassa da vida privada, e um crime de acesso indevido.

O diretor de comunicação do FC Porto respondia ainda por cinco crimes de ofensa a pessoa coletiva agravados e um crime de ofensa à pessoa coletiva agravado na sequência de uma acusação particular.

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Irmãos deixam biologia e engenharia para produzir gelados artesanais em Cascais

Sete anos depois, na fábrica em Cascais são produzidos nove mil gelados por dia. Os sorvetes vegan estão à venda em mais de 600 pontos e até já chegaram ao Palácio de Belém.

Foi numa pequena cozinha alugada que o biólogo marinho Ricardo Cyrne e o irmão Sérgio Garcês, formado em Engenharia Biotecnológica, começaram em 2017 a produzir gelados artesanais, cerca de 300 por dia. Sete anos volvidos, da fábrica da Colé em Cascais, onde trabalham nove pessoas, saem diariamente nove mil gelados. Até ao final do verão quer atingir a fasquia do milhão de gelados e já pensa em expandir o negócio além-fronteiras.

“Queremos que os sorvetes cheguem a todos os portugueses. O mercado nacional está muito concentrado no gelado industrial e o público quer produtos mais naturais, locais e saudáveis. As pessoas estão sedentas de ter um produto diferente”, confia Ricardo Cyrne, um dos fundadores da marca de gelados artesanais feitos com fruta fresca, em declarações ao ECO/Local Online.

Queremos que os sorvetes cheguem a todos os portugueses. O mercado nacional está muito concentrado no gelado industrial e o público quer produtos mais naturais, locais e saudáveis. As pessoas estão sedentas de ter um produto diferente.

Ricardo Cyrne

Fundador da Colé

Apesar de ser formado em Biotecnologia, Sérgio Garcês interessou-se pela cozinha antes de nascer a Colé. Frequentou a escola de culinária Le Cordon Bleu em Paris e posteriormente foi para Itália fazer algumas formações em picolés para se tornar um especialista na arte de produzir gelados artesanais. Afinado o produto final, a história da Colé começa com o biólogo marinho a andar, porta a porta, na costa Alentejana a apresentar os gelados.

Sérgio Garcês e Ricardo Cyrne, fundadores da marca de gelados artesanais Colé

Com a marca já posicionada no mercado, ambos os fundadores deixaram os seus empregos em 2020, o ano da chegada da pandemia de Covid-19, dedicando-se a tempo inteiro ao projeto Colé. Nessa altura, Ricardo Cyrne trabalhava na área da Biologia Marinha, enquanto Sérgio Garcês era proprietário de um restaurante.

Os colés não têm glúten, são 100% vegan e feitos à mão. Estão à venda em mais de 600 pontos, entre bares de praia, restaurantes e na rede de lojas da Padaria Portuguesa. Do limão gengibre e manjericão ao açaí com banana, a marca portuguesa tem nove referências de gelados com um preço recomendado de 2,75 euros a unidade. E acaba de lançar dois novos sabores: beterraba com laranja e maçã verde com espinafres.

Perspetivando o futuro, Ricardo Cyrne revela ao ECO/Local Online que a internacionalização está nos planos para o próximo ano, apesar de ainda não estar definido o país para iniciar esta aventura fora de portas. “Idealmente seria um mercado que funcionasse ao contrário do nosso, tendo em conta a sazonalidade, para termos uma produção anual”, realça Ricardo Cyrne. Os Emirados podem ser uma possibilidade, apesar de não estar descartado o mercado europeu.

Há poucas semanas, depois de António Costa rejeitar o pedido de demissão de João Galamba, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pela Comunicação Social sobre a decisão do primeiro-ministro, tentando fugir à questão enquanto comia um gelado da conhecida marca Santini. Aproveitando o gosto do Presidente da República por gelados, a Colé viu aí uma oportunidade de promover a marca e mandou entregar em Belém alguns sorvetes para Marcelo.

Fundadores dos gelados Colé entregam gelados a Marcelo Rebelo de Sousa em Belém

“Compreendemos a sua vontade de comer um gelado após o jantar de ontem. Momentos quentes como os que vivemos em Portugal pedem cabeça fria e frescura de pensamento. Por isso, a Colé tomou a liberdade de lhe oferecer alguns dos nossos sorvetes, totalmente portugueses e produzidos em Cascais. Além disso, como sabemos que é uma pessoa que se preocupa com a saúde, os nossos gelados de pauzinho artesanais não têm conservantes nem corantes, são isentos de glúten e 100% vegan. Não substituem um almoço, como um Fortimel, mas arrefecem a temperatura e os ânimos. E é disso que todos precisamos”, publicitou a marca portuguesa numa publicação feita no Instagram.

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Setor do mel atravessa “a pior crise em 40 anos” devido à seca

  • Lusa
  • 12 Junho 2023

Portugal perdeu "cerca de 200 mil das mais de 700 mil colmeias" devido ao decréscimo do efetivo de abelhas, dramatiza o o presidente da Federação Nacional de Apicultores, Manuel Gonçalves.

O setor do mel está a enfrentar em Portugal o pior ano em décadas com quebras estimadas de 80%, ainda consequência das sequelas da seca de 2022, afirmou esta segunda-feira o presidente da Federação Nacional de Apicultores, Manuel Gonçalves.

“Estamos a passar a pior crise em 40 anos”, frisou o dirigente, em Mirandela, no distrito de Bragança, à margem da apresentação do novo projeto BeeLand, que foi pensado para estudar o setor e procurar soluções para os problemas, com perto de um milhão de euros financiados pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

Sem solução, explicou o dirigente, está a produção deste ano, que não conseguiu recuperar dos danos causados pela seca em 2022, e apresenta quebras estimadas na ordem dos 80%.

Manuel Gonçalves concretizou que Portugal perdeu “cerca de 200 mil das mais de 700 mil colmeias” devido ao decréscimo do efetivo de abelhas, que vinha sendo registado desde há três anos e se agravou nas quebras do ano passado.

Segundo o presidente da federação, por colmeia é produzida uma média de nove quilos de mel num ano normal. “Neste momento, não passamos dos dois quilos e meio”, indicou.

Esta realidade fará com que muitos apicultores venham a ter de “optar por não extrair mel para manter o seu efetivo de abelhas” porque “se extraírem mel podem levar à morte de abelhas”, como explicou Cristofe Espírito Santo, do Centro Nacional de Competências da Apicultura e Biodiversidade.

“O setor precisa de ajuda para sobreviver este ano, que não se conseguia prever ser tão mau para as abelhas, que fazem um serviço tão importante para a comunidade. Porque sem as abelhas nós não conseguimos ter fruta ou hortícolas”, alertou Cristofe Espírito Santo.

Para o presidente da federação, “isto é uma catástrofe total”. O responsável referiu que já o dissera ao Governo, mas “até agora os apicultores não só não vislumbram ajuda para a campanha deste ano como continuam a ser, entre os parceiros europeus, os únicos sem qualquer apoio direto”.

As ajudas que existem à apicultura em Portugal, segundo disse, são dadas a organizações de produtores, e nenhuma diretamente ao apicultor.

Projeto BeeLand quer preservar abelhas e recuperar estatuto do mel

Um novo projeto propõe-se estudar e procurar soluções para preservar as abelhas e recuperar o estatuto do mel em Portugal, com perto de um milhão de euros para várias ações apresentadas em Mirandela, no distrito de Bragança.

O projeto, denominado BeeLand, é financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e envolve 16 parceiros entre empresas, academia e organizações do setor apícola, com um prazo de execução até 2025.

O propósito, como foi expresso em Mirandela, é estudar o setor e mudanças provocadas por fatores como as alterações climáticas, os incêndios ou a seca, e procurar soluções para as novas realidades que acarretam, nomeadamente ao nível dos méis portugueses com Denominação de Origem Protegida (DOP).

Portugal tem nove regiões DOP onde o mel produzido obedece a uma série de regras definidas há 30 anos e que não se adequam aos tempos atuais, com mudanças nomeadamente ao nível da vegetação, que altera a cor e sabor, como explicaram os responsáveis pelo projeto.

Muitos apicultores não conseguem cumprir os requisitos e o mel certificado tem vindo a perder terreno, com uma queda de cerca de 450 mil quilos em 2010 para 15 mil quilos em 2020, embora a produção total nacional de mel tenha aumentado até 2019.

Os dados foram avançados por Cristofe Espírito Santo, do Centro Nacional de Competências da Apicultura e Biodiversidade, uma das entidades envolvidas no projeto BeeLand. “A culpa não é do apicultor, nem das abelhas”, enfatizou, explicando que uma das prioridades do projeto é atualização do caderno de encargos dos méis DOP, de forma a que responderam às condições atuais.

Além disso, “os DOP indicam tradicionalidade do produto, mas a tecnologia evoluiu. Hoje esses méis são feitos com a mesma qualidade mas 30 anos de experiência”, segundo o presidente da Federação Nacional de Apicultores de Portugal, Manuel Gonçalves.

“Estamos a aperceber-nos que vamos ter que valorizar os nossos méis DOP de produção biológica para conseguirmos manter-nos no mercado. O nosso mercado é o das lojas de produto de qualidade e das lojas de bairro, não é para a grande distribuição”, afirmou.

A federação, também parceira do projeto, destaca que, “neste momento, com a grande transformação que está a acontecer na agricultura, com a plantação de espécies que necessitam de polinização, as condições climáticas, a procura de polinização de abelhas, é necessário começar a ordenar o território”. Para o efeito, defende que é preciso criar em Portugal “uma bolsa de polinização para em qualquer momento estar disponível, para organizar o setor” para que, em situações de crise como a atual, não haja quebras no setor.

O projeto BeeLand procurará saber “se nas nove regiões DOP a caracterização do mel se mantém igual ou se houve alteração” devido, por exemplo, à mudança de vegetação, com plantas que desaparecem e invasoras que se instalam. Outro objetivo é fazer crescer a comercialização dos méis DOP, concretamente “que os produtores consigam que pelo menos 50% da sua produção seja vendida em locais onde tenha uma mais-valia”.

O representante dos apicultores considerou ainda ser imperioso criar em Portugal uma “bolsa de polinizadores para responder à muita procura”, que atualmente está a recorrer a estrangeiros.

O trabalho das abelhas assegura “a maior parte dos alimentos”, como salientou Cristofe Espírito Santo, apontando que o projeto BeeLand visa “apoiar, dar inovação e dinamizar o setor através da regeneração de áreas ardidas, atualização dos cadernos de encargos das DOP e criação de plataformas digitais que sirvam de repositório de informação de trabalhos científicos, investigação aplicada, casos concretos/reais”.

O projeto prevê ainda o desenvolvimento de métodos rápidos para análise de mel e a instalação no polo de inovação da Direção Regional de Agricultura, em Mirandela, de campos experimentais para regenerar áreas incultivável com espécies autóctones, como rosmaninho, urze, para aumentar os efetivos de abelhas e ajudar a polinização desta área”.

“Os resultados que vão ser obtidos aqui, depois também podem ser replicados noutros pontos do país ou mesmo aplicados noutras explorações”, afirmou.

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ISEP recebe financiamento de 5 milhões de euros do PRR para melhorar eficiência energética do campus

  • Lusa
  • 12 Junho 2023

Financiamento de 5 milhões de euros vai permitir "um melhor desempenho ambiental", com uma redução anual de consumo de energia primária em 46,56% e de emissões de dióxido de carbono em 44,33%.

O Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) recebeu um financiamento de cinco milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para melhorar a eficiência energética dos 18 edifícios que compõe o campus, foi esta segunda-feira anunciado.

Em comunicado, o instituto do Porto esclarece que o financiamento, enquadrado no programa “Eficiência Energética na Administração Pública Central” do PRR, visa a adoção de medidas para melhorar a eficiência energética dos edifícios que compõem o campus universitário.

Entre as medidas encontra-se a substituição de “equipamentos AVAC [aquecimento, ventilação e ar condicionado] por equipamentos mais eficientes”, de toda a iluminação interior por iluminação LED, bem como a instalação de um “sistema de gestão técnica centralizada” e de um sistema fotovoltaico para autoconsumo.

O financiamento reforça aquele que é já um forte compromisso que a instituição tem vindo a encetar com vista à sustentabilidade ambiental e a eficiência energética em todos os edifícios do campus.

Maria João Viamonte

Presidente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP)

O financiamento de cinco milhões de euros permitirá contribuir para “um melhor desempenho ambiental“, através da redução anual de consumo de energia primária em 46,56% e de emissões de dióxido de carbono (CO2) em 44,33%.

Citado no comunicado, o presidente do ISEP, Maria João Viamonte, destaca que “o financiamento reforça aquele que é já um forte compromisso que a instituição tem vindo a encetar com vista à sustentabilidade ambiental e a eficiência energética em todos os edifícios do campus“.

O ISEP salienta ainda que este investimento vai ao encontro dos objetivos do Parlamento e Conselho Europeu “para a convergência económica, promovendo o crescimento sustentável e contribuindo para a autonomia estratégia da União Europeia”.

A adoção destas medidas converge também com as metas de redução das emissões de carbono, definidas no Pacto do Porto para o Clima, iniciativa do município do Porto e da qual o ISEP é subscritor.

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Ministros da UE chegam a acordo sobre lei para trabalhadores da Uber e Glovo

  • Lusa
  • 12 Junho 2023

Com a 'luz verde' de hoje, o Conselho está pronto para iniciar negociações com o Parlamento Europeu sobre esta nova lei que visa regular relações entre plataformas e trabalhadores.

Os ministros do Trabalho da União Europeia (UE) chegaram hoje a acordo sobre a nova lei europeia para proteger os trabalhadores das plataformas eletrónicas, como motoristas da Uber ou estafetas da Glovo, iniciando-se agora negociações com os eurodeputados.

“Hoje, os ministros do Emprego e dos Assuntos Sociais chegaram a acordo sobre a orientação geral do Conselho para uma proposta de diretiva destinada a melhorar as condições de trabalho dos trabalhadores das plataformas”, anunciou a presidência sueca rotativa da UE em comunicado.

Com a ‘luz verde’ de hoje, o Conselho está pronto para iniciar negociações com o Parlamento Europeu sobre esta “nova lei que ajudará milhões de trabalhadores de plataformas digitais a aceder aos direitos laborais”, de acordo com a presidência sueca.

Esta proposta define um estatuto correto para quem trabalha nas plataformas digitais e, de acordo com a abordagem geral hoje aprovada pelos ministros, passa a presumir-se legalmente que os trabalhadores são empregados por uma plataforma digital e não trabalhadores por conta própria se, na sua relação com essa plataforma, preencherem critérios referentes aos montantes que obtêm, às restrições em recusar trabalho e às regras que regem a sua aparência ou conduta.

Nos casos em que se aplica a presunção legal, caberá à plataforma digital demonstrar que não existe uma relação de trabalho de acordo com a legislação e a práticas nacionais.

Numa entrevista à Lusa, publicada no final de maio, o comissário europeu do Emprego admitiu divergências na União Europeia sobre o estatuto dos trabalhadores das plataformas digitais, como motoristas da Uber ou estafetas da Glovo, mas disse esperar a nova lei comunitária em vigor até final do ano.

Nicolas Schmit explicou que “a questão principal é, obviamente, sobre o estatuto daqueles que estão a fazer o trabalho, porque muitos dos que fazem este trabalho são considerados ‘freelancers’ e autónomos e, embora não o sejam, […] não obtêm qualquer verdadeiro direito social”.

Para o responsável europeu pela tutela, ter a legislação europeia em vigor até ao final de 2023 seria “o melhor cenário”, embora o responsável ressalve que “o calendário é o fim do [mandato do] Parlamento Europeu”, dadas as eleições europeias em maio de 2024.

Em causa está a proposta da Comissão Europeia, apresentada há dois anos, para uma legislação comunitária sobre direitos dos trabalhadores, que está desde então a ser negociada pelo Parlamento Europeu e Conselho (Estados-membros). Uma vez adotada, os Estados-membros terão mais dois anos para a transpor para a respetiva legislação nacional.

Em Portugal, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, proposta pelo Governo e promulgada pelo Presidente da República em março passado, prevê-se, no caso das plataformas digitais, a presunção de laboralidade entre o trabalhador e a plataforma, que à partida será feita diretamente com as empresas e não com intermediários, embora deixando para os tribunais a decisão final sobre a vinculação.

Estima-se que existam mais de 28 milhões de trabalhadores das plataformas digitais na UE, número que equivale ao dos trabalhadores da indústria transformadora (29 milhões) e que poderá atingir os 43 milhões em 2025.

A grande maioria destes trabalhadores são independentes, mas pelo menos 5,5 milhões têm erradamente este estatuto, situação que Bruxelas quer inverter, combatendo o falso trabalho por conta própria para que estes trabalhadores tenham proteção laboral.

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Promova Talks #12 com Ana Rita Duarte, da Norfin

  • Trabalho + CIP
  • 12 Junho 2023

No último episódio da segunda temporada do Promova Talks, ouvimos Ana Rita Duarte, Diretora de Risco e Compliance na Norfin.

O 12º episódio da segunda temporada do “Promova Talks” tem como convidada Ana Rita Duarte, Diretora de Risco e Compliance na Norfin. Este podcast é o espaço de debate do Projeto Promova, uma iniciativa da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, que pretende alargar o acesso das mulheres a cargos de liderança nas empresas portuguesas e sensibilizar as empresas para o tema da igualdade de género.

Ana Rita Duarte, Diretora de Risco e Compliance na Norfin

Neste episódio, a diretora de Risco e Compliance da Norfin destaca a importância de cada vez mais mulheres marcarem presença em setores tipicamente masculinos e conta o seu testemunho.

Ouça aqui o episódio:

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O Projeto Promova conta com o apoio da ANA Aeroportos, da EDP, da Randstad e da SONAE.

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão lança a 2ª Conversa Com Talento

  • BRANDS' ECO
  • 12 Junho 2023

Nas Conversas Com Talento desta semana, a Lara, a Margarida, a Rita e a Catarina partilham as paixões que saboreiam em comum: a advocacia e a produção de conteúdos digitais.

O 2º episódio das Conversas Com Talento já está disponível no canal do Youtube da Cerejeira Namora, Marinho Falcão. Esta semana, partilha a experiência das “4Foodies” — o grupo de quatro advogadas que, para além da advocacia, saboreiam em comum os melhores restaurantes e o digital.

Lara Gonçalves, Margarida Pereira, Rita Costa e Catarina Alves criaram juntas um perfil na plataforma digital TikTok, onde contam já com mais de 10 mil de seguidores e com conteúdos que já ultrapassam as 200 mil visualizações.

Juntas, as “4Foodies” visitam restaurantes e partilham a sua opinião no digital, onde, através de vídeo, dão uma opinião honesta sobre­ o espaço, a qualidade do atendimento, o tempo de espera, como também os preços praticados por pessoa.

Descubra AQUI o que as une e como surgiu este conceito no canal de Youtube da Cerejeira Namora, Marinho Falcão.

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Morte de Berlusconi abala império económico e deixa partido órfão

  • Lusa
  • 12 Junho 2023

A morte de Silvio Berlusconi, aos 86 anos, deixa o seu partido, Força Itália, sem um sucessor claro, e abala o seu império económico, que será dividido entre os cinco filhos.

A morte de Silvio Berlusconi hoje, aos 86 anos, deixa o seu partido, Força Itália, sem um sucessor claro, e abala o seu império económico, que será dividido entre os cinco filhos.

Apesar da idade, Berlusconi manteve as rédeas do partido que fundou em 1993, enquanto os possíveis sucessores foram desaparecendo ao longo dos anos. Agora, já se fala na convocação de um congresso, que não se realiza desde 1998.

Na corrida à liderança surgem agora nomes como Alessandro Cattaneo e Licia Ronzulli, esta última muito próxima de Berlusconi, ou ainda o atual ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani.

Após as eleições gerais, em 2022, vários analistas defenderam que os 8% obtidos pelo Força Itália foram o resultado do retorno de Berlusconi à política, conseguindo a eleição de 63 senadores e deputados, sem contar os cinco ministros no Executivo da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

Segundo o jornal “La Repubblica”, o Força Itália tem dívidas que rondam os 90 milhões de euros, cobertas por duas garantias pessoais de Berlusconi que os herdeiros terão agora de garantir.

A morte de um dos homens mais ricos do país será um terramoto para a Finninvest, empresa com um faturamento de 5.000 milhões e mais de 20.000 funcionários e dividida em sete ‘holdings’, quatro delas nas mãos de Berlusconi, que representa 60% do império e que agora terá de ser dividido entre os seus cinco filhos.

Atualmente os dois filhos do primeiro casamento de Berlusconi, Marina e Pier Silvio, detêm 8% cada e os filhos do segundo matrimónio, Bárbara, Luigi e Eleonora, somam 22%. Além disso, o património de Berlusconi está avaliado, de acordo com a revista Forbes, em 7.000 milhões de euros. Uma grande parte dos ativos imobiliários, incluindo as residências mais famosas como Arcore ou Villa Grande, é propriedade da empresa Dolcedrago, propriedade exclusiva de Berlusconi.

A sua empresa de meios de comunicação, a Mediaset, agora chamada MediaforEurope, está a reagir ao declínio que sofreu nos últimos anos. Em 2021 registou uma receita líquida consolidada de 2.914 milhões de euros, 11% a mais que em 2020, com um lucro líquido de 374 milhões de euros, 169% a mais que no ano anterior e quase o dobro do valor pré-pandemia da covid-19 em 2019. E as vendas de publicidade em Itália, em particular, cresceram tanto em relação a 2020 (+14,4%) quanto a 2019 (+2,4%).

Na editora Mondadori, a presidência é de Marina Berlusconi. É a maior editora de livros e revistas em Itália e a terceira na publicação de revistas de consumo em França; também possui a mais extensa rede de livrarias do país. Já o grupo Mediolanum, controlado pela Fininvest e pelo Grupo Doris, é o líder do mercado financeiro italiano com 1.129.000 clientes, 70,7 mil milhões de euros em gestão, e 2.171 funcionários.

No momento, Luigi, Barbara e Eleonora não têm nenhum papel operacional no grupo, mas atuam como acionistas da Fininvest e fazem parte do conselho de administração.

No passado, Barbara foi nomeada pelo conselho de administração do Milan como vice-presidente e administradora com responsabilidade por funções sociais não desportivas, mas esta experiência terminou em 2017, após a venda do clube ao empresário chinês Yonghong Li e posteriormente ao fundo de investimento Elliott.

Silvio Berlusconi, que hoje morreu aos 86 anos, foi uma figura polémica, magnata dos ‘media’, conservador e de direita e primeiro-ministro de Itália durante nove anos (1994-1995, 2001-2006, 2008-2011). Foi alvo de acusações de corrupção e esteve no centro de escândalos sexuais que culminariam na sua expulsão do Senado italiano, em 2013.

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SEF faz buscas na casa do presidente da AG da Liga de Futebol Mário Costa

  • Lusa
  • 12 Junho 2023

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) disse estar a acompanhar a situação avançanado as mesmas não estão relacionadas com as suas funções na Liga.

A residência do presidente da Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Mário Costa, é um dos locais alvo de buscas realizadas no âmbito de uma investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Fonte judicial disse à agência Lusa que um dos locais de busca é a casa do presidente da Mesa da Assembleia Geral da LPFP, Mário Costa, e outro uma academia de futebol em Riba D’Ave, concelho de Famalicão, distrito de Braga. Mário Costa foi constituído arguido pelo Ministério Público por suspeitas de tráfico de seres humanos.

Em comunicado, o SEF “confirma que está a decorrer uma operação, na zona do Grande Porto, para cumprimento de vários mandados de busca”. “O SEF não pode, para já, adiantar qualquer outro tipo de informação, dado que o processo se encontra em segredo de justiça. A seu tempo, serão divulgados mais detalhes. Para a operação desta manhã, o SEF empenhou um efetivo de 50 elementos”, lê-se ainda no comunicado do SEF.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) disse estar a acompanhar a situação que envolve o presidente da Assembleia Geral, alvo de buscas, mas que as mesmas não estão relacionadas com as suas funções no organismo.

“Embora os factos relatados em nada estejam relacionados com cargo exercido pelo Dr. Mário Costa na Liga Portugal, está a acompanhar a evolução das diligências, aguardando por mais dados (…) para uma avaliação mais concreta da situação”, começa por dizer o organismo presidido por Pedro Proença.

Na mesma nota, a LPFP lembra o “princípio da presunção de inocência”, ressalvando de “forma intransigente os princípios de ética e transparência da instituição”.

 

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Mercado publicitário deve crescer 5,9%, prevê o GroupM

Entre os principais mercados, destacam-se os crescimentos da Índia (12%) e da China (7,9%) em 2023. Já em 2024 o investimento publicitário em França deve crescer 9,7% devido aos Jogos Olímpicos.

Os investimentos publicitários a nível global devem crescer 5,9% ainda este ano, para cerca de 874,5 mil milhões de dólares (811 mil milhões de euros), prevê o GroupM. Para Portugal é estimado um crescimento dos investimentos publicitários de 6,7% em 2023, ficando pela primeira vez acima dos valores pré-pandemia (5,1%).

Esta previsão é mais risonha para o setor do que a de um recente estudo da Denstu, que previu um crescimento do mercado publicitário global de apenas 3,3%, o qual se deveria maioritariamente à inflação e não a um efetivo crescimento do investimento no setor.

De acordo com o relatório do GroupM “This Year Next Year” (TYNY), entre os dez principais mercados, destacam-se os crescimentos da Índia (12%) e da China (7,9%). Segue-se o Brasil (6,6%), Alemanha (6%), Estados Unidos da América (5,1%), Canadá (5%), Reino Unido e Japão (4,8%), França (4,2%) e Austrália (0,2%).

Já as receitas digitais de publicidade (Search, non-search e retail) continuam a crescer (8,4%) e devem representar 68,8% do total do investimento publicitário, destacando-se especialmente plataformas como a Google, o Facebook, o TikTok, a Amazon e o Alibaba. É estimado que em 2028 estas receitas possam representar 74,4% dos investimentos totais.

“Este crescimento de um dígito prova que há uma desaceleração do crescimento devido à maturidade que este setor está a atingir”, refere-se em comunicado.

Conseguindo superar os níveis de receita de 2019 um ano mais cedo do que era estimado na previsão de dezembro de 2022 (por 11,8 milhões de dólares), o Out Of Home – o canal global fora de casa – deverá crescer cerca de 12,7% em 2023 (incluindo OOH tradicional e digital). Este crescimento deve ser impulsionado por uma recuperação na China, que adicionará 39,7% em 2023 após uma queda de 40,4% em 2022.

As receitas globais da televisão tradicional registam por sua vez um decréscimo de 1,2% (excluindo a publicidade política nos EUA). O relatório refere no entanto que a adoção da smart TV está a crescer rapidamente entre consumidores e anunciantes, acrescentando 10,4% em receitas publicitárias entre 2023 e 2028, numa base anual composta, com uma receita estimada de 42,5 mil milhões de dólares em 2028.

Já os gastos dos consumidores com vídeo por assinatura on demand (SVOD) representam apenas entre um quinto e um terço dos gastos totais com vídeo nos principais mercados, o que “deixa muito espaço para os provedores de streaming aumentarem as assinaturas”.

Os meios de comunicação de retalho são o terceiro canal de publicidade com maior crescimento em 2023, prevendo-se que estes atinjam um crescimento de 9,9%, para cerca de 125,7 mil milhões de dólares (cerca de 116, 6 mil milhões de euros). O estudo antecipa que sejam ultrapassadas as receitas da televisão (incluindo CTV) em 2028.

A previsão para o áudio global em 2023 é de diminuição, em 0,3%, valor que deverá permanecer estável nos próximos cinco anos. Apesar do crescimento contínuo do áudio digital, cujas receitas se estimam que aumentem 10,9% em 2023, atingindo 9,9 mil milhões de dólares (9,18 mil milhões de euros) em 2028 — numa taxa de crescimento anual de 6,9% em cinco anos –, “não é expectável que o áudio recupere os níveis de receitas anteriores à pandemia”.

As extensões digitais de áudio, incluindo formatos digitais em estações de rádio tradicionais e plataformas digitais como o Spotify continuam a aumentar a sua quota de receitas, estimando-se que o digital representará 36,5% do total do áudio até 2028.

O investimento publicitário em jornais e revistas também continua a diminuir, apesar do crescimento das extensões digitais, as quais deverão representar metade das receitas totais da impressão em 2028.

No último ano o setor da impressão diminuiu 2,9% face a 2021 (ano em que se registou um crescimento atípico) e prevê-se que em 2023 diminua mais 4,8%. As revistas – que estão a sofrer declínios mais acentuados – representam pouco mais de um terço das receitas totais da impressão.

A Inteligência Artificial (IA) também é abordada no relatório onde se defende que, embora ainda seja difícil medir seu impacto, esta “irá seguramente influenciar positivamente o crescimento dos investimentos publicitários, com a produção de mais conteúdos”.

Assiste-se, aliás, a um período de rápida experimentação, aprendizagem e otimização e a previsão é de que a IA afete de alguma forma pelo menos metade de todas as receitas de publicidade até ao final de 2023“, lê-se em nota de imprensa.

Em 2024 deve-se ainda registar um crescimento global de 6%, o que fica ligeiramente abaixo da inflação do FMI de 7%. Em França, contudo, o crescimento do investimento publicitário deve alcançar os 9,7%, tendo em conta a realização dos Jogos Olímpicos.

Naquela que é uma previsão a meio do ano, o relatório TYNY “explora a forma como os fatores externos, que abrangem a tecnologia, a cultura, o Governo e a economia, terão impacto na publicidade nos próximos meses e anos”, explica-se ainda em comunicado.

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Câmara dos Peritos explica novas técnicas de reparação automóvel

  • ECO Seguros
  • 12 Junho 2023

Novas técnicas de reparação automóvel serão explicadas em sessão a realizar em Braga pela Câmara nacional de Peritos Reguladores. Numa manhã serão atualizados conhecimentos teóricos e práticos.

A abordagem à técnicas recentes de reparação automóvel, nomeadamente a nível de chapa, vai ser objeto de uma sessão de formação promovida pela Câmara Nacional dos Peritos Reguladores (CNPR), com o apoio do Colégio Automóvel, da Comissão de Formação Profissional/Automóvel e suporte técnico da empresa Perfect Hammer.

A realizar no próximo sábado, dia 17 de junho, no Hotel Mercure Braga Centro, a formação contará com uma parte teórica, em que serão focadas duas condições especiais da apólice de seguro de relevância para o trabalho desenvolvido pelos peritos avaliadores, nomeadamente a cobertura de atos de vandalismo e a cobertura de fenómenos da natureza, com análise às suas condições, garantias e exclusões.

Os formadores serão António Pereira, Perito Avaliador, Profissional da Indústria Seguradora e Vice-Presidente da Comissão de Formação Profissional da CNPR e dois técnicos acreditados pela empresa especializada Perfect Hammer.

Coordenação desta ação está a cargo de Manuel da Silva Castro, Presidente do Colégio Automóvel e Membro do Conselho Diretivo da Câmara Nacional de Peritos Reguladores e de Ernestino Maravalhas, Profissional da Indústria Seguradora e Diretor do Colégio Automóvel da CNPR.

A inscrição pode ser feita aqui .

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