Rácio de malparado da banca recua para 2,9% em setembro

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

O rácio de crédito malparado no crédito total recuou para 2,9% em setembro. Já a rentabilidade dos capitais próprios praticamente duplicou no último ano.

O rácio de crédito malparado no crédito total recuou para 2,9% em setembro, contra 3,1% em junho, segundo dados do Banco de Portugal (BdP) sobre o sistema bancário português relativos ao terceiro trimestre.

De acordo com o regulador e supervisor bancário, numa análise trimestral ao setor bancário, a diminuição do rácio na banca que opera em Portugal deveu-se à queda do crédito malparado (créditos de difícil cobrança) em cerca de 6,6%.

Por sua vez, o rácio de crédito malparado líquido de imparidades fixou-se em 1,3% em setembro, mantendo-se face a junho.

O rácio de crédito malparado bruto de empresas recuou 0,4 pontos percentuais para 5,9% e o dos particulares baixou 0,1 pontos percentuais, para 2,3%, mantendo-se em 1,2% na habitação e reduzindo-se para 6,4% (-0,7 pontos percentuais no consumo e outros fins.

Sobre o rácio de cobertura do malparado por imparidades, este recuou 0,4 pontos para 56,3%, “refletindo uma redução das imparidades acumuladas superior à redução” do crédito malparado.

Nos primeiros três trimestres de 2023, a rendibilidade do ativo (ROA) e a rendibilidade do capital próprio (ROE) aumentaram, em termos homólogos, 0,6 e 6,3 pontos, para 1,25% e 14,6%, respetivamente.

“A melhoria da rendibilidade alicerçou-se na subida expressiva da margem financeira (contributo de +1,10 pontos percentuais para o ROA), parcialmente compensada pelo aumento dos custos operacionais e das provisões e imparidades (contributo de -0,32 pontos percentuais e -0,11 pontos percentuais, respetivamente)”, explica o regulador no documento.

No que à solidez bancária diz respeito, no terceiro trimestre os rácios de fundos próprios totais e de fundos próprios principais de nível 1 (CET 1) “mantiveram-se relativamente estáveis em 18,9% e 16,4%, respetivamente”.

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PRR

PRR: Infraestruturas de Portugal lançou 20 obras num investimento global de 300 milhões

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

Do conjunto de 20 obras lançadas no âmbito do PRR, “10 estão em fase de contratação” e “uma está já concluída”.

A Infraestruturas de Portugal (IP) revelou esta quinta-feira que já lançou 20 obras rodoviárias pelo país no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), num investimento global de cerca de 300 milhões de euros. Em comunicado, a empresa disse estar “a executar de forma empenhada os projetos” da sua responsabilidade no âmbito do PRR, contando, atualmente, com “20 obras lançadas”.

Contactada pela agência Lusa, fonte da IP indicou que estas obras “correspondem a um total de cerca de 300 milhões de euros de investimento no âmbito do PRR”, que a empresa “tem já em fase adiantada de concretização”. Do conjunto de 20 obras lançadas, “10 estão em fase de contratação” e “uma está já concluída”, concretamente a empreitada de construção da Ligação Rodoviária à Área Industrial de Fontiscos e de Reformulação do Nó de Ermida, em Santo Tirso (Porto), enquanto “nove encontram-se em execução no terreno”.

Alguns dos projetos com obras no terreno são a variante à Estrada Nacional 210 (EN210) – Via do Tâmega, os troços da EN14 entre a Via Diagonal, localizada no concelho de Maia, e o Interface Rodoviário da Trofa, do Itinerário Complementar 35 (IC35) entre o cruzamento com a EN15, em Penafiel, e a freguesia de Rans, ou da EN344 na zona de Pampilhosa da Serra, entre os quilómetros 67,800 e 75,520.

As outras empreitadas em curso são a Ligação ao Parque Industrial do Mundão – Eliminação de constrangimentos na EN229 Viseu/ Sátão, a construção das Acessibilidades à Zona Industrial de Riachos, a Variante à EN248 em Arruda dos Vinhos, a Melhoria das acessibilidades à Zona Industrial de Campo Maior e a Ligação da Zona Industrial de Cabeça de Porca (Felgueiras) à A11.

“A IP continuará a materializar o planeamento definido para o PRR”, começando mais duas empreitadas “no início de 2024”, referiu a empresa. No comunicado, a Infraestruturas de Portugal anunciou ainda que, esta quarta-feira, foi assinado o contrato para a requalificação do corredor do Itinerário Principal 8 (IP8) entre Santa Margarida do Sado e Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja, no valor de aproximadamente 30,8 milhões de euros, no âmbito do PRR.

“Este é o quinto contrato de empreitada assinado pela IP no âmbito do investimento em ‘Missing links e aumento de capacidade na rede’, permitindo cumprir um desafiante marco de monitorização pela Comissão Europeia, o qual teria de ser assegurado até final de 2023”, argumentou. O contrato irá ainda ser remetido para avaliação prévia do Tribunal de Contas e, após a atribuição do Visto Prévio por parte desta entidade, será possível realizar a consignação e dar inicio à obra no terreno, assinalou a IP.

No âmbito do PRR, a Infraestruturas de Portugal indicou estar a concretizar os investimentos definidos na Componente Infraestruturas, que integra três vertentes: construção das ligações rodoviárias em falta (“Missing links”) e aumento da capacidade da rede, reforço das ligações rodoviárias transfronteiriças e melhoria das acessibilidades rodoviárias às áreas de acolhimento empresarial.

Segundo a empresa, foi “recentemente” estabelecido “um novo contrato de financiamento” com a Estrutura de Missão Recuperar Portugal “visando agora o investimento na área ferroviária”.

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Portugal foi o segundo maior exportador para Angola no terceiro trimestre de 2023

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

Os principais parceiros comerciais de Angola foram a China, com uma quota de 13%, seguido de Portugal (10,4%) e o Togo (10%).

O saldo da conta corrente de Angola manteve-se superavitário, fixando-se em 2,5 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros), no terceiro trimestre de 2023, com Portugal a ser o segundo maior exportador para o país.

O comportamento da conta corrente foi influenciado, “essencialmente, pelo aumento do saldo da conta de bens e pelo desagravamento dos saldos deficitários das contas de serviços, rendimentos primários e secundários”, diz o Relatório da Balança de Pagamentos e Posição do Investimento Internacional referentes ao terceiro trimestre de 2023.

De acordo com o documento disponibilizado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), a que a Lusa teve acesso, o saldo da conta de bens passou de 4,6 mil milhões de dólares (4,1 mil milhões de euros) no trimestre anterior para 6,2 mil milhões de dólares (5,6 mil milhões de euros) no trimestre em análise.

As receitas de exportação, nos meses de julho, agosto e setembro de 2023, aumentaram em 17,3%, fixando-se em 9,8 mil milhões de dólares (8,8 mil milhões de euros) contra os 8,3 mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros) do trimestre anterior. “O referido aumento é justificado essencialmente pelo aumento da receita de exportação de petróleo bruto, de gás e dos diamantes”, lê-se no relatório do BNA.

No domínio das importações de bens, neste período, o banco central angolano refere que o valor gasto foi de 3,5 mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros), representando uma diminuição de cerca de 4,1% em relação ao trimestre anterior.

Os principais parceiros comerciais de Angola, no que diz respeito à procedência das importações, foram a China, com uma quota de 13%, seguido de Portugal (10,4%), Togo (10%), os Emirados Árabes Unidos (7,9%) e a Itália, com 6,7%.

A conta de serviços apresentou, no terceiro trimestre de 2023, uma redução do seu saldo deficitário na ordem de 13,8% ao passar de 1,8 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) no segundo trimestre para 1,6 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) no trimestre em análise.

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EUA apresentaram plano ao G7 para confiscar bens russos

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

Os EUA, apoiados pelo Reino Unido, Japão e Canadá, propuseram avançar com os trabalhos preparatórios para que as opções estivessem prontas para uma potencial reunião de líderes do G7 em fevereiro.

Os Estados Unidos apresentaram um plano ao G7 para confiscar 300 mil milhões de dólares (270 mil milhões de euros) em ativos russos, coincidido com o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, noticiou esta quinta-feira o diário Financial Times (FT).

O jornal britânico cita fontes que foram informadas sobre videoconferências entre os ministros das Finanças e seus adjuntos dos países do G7 realizadas para abordar a medida de confiscar os bens russos e a avaliação dos riscos envolvidos. O G7 é o grupo dos países mais industrializados que integra os Estados Unidos da América (EUA), Alemanha, Canadá, Itália, França, Japão e Reino Unido, e em que a União Europeia (UE) está representada.

Os EUA, apoiados pelo Reino Unido, Japão e Canadá, propuseram avançar com os trabalhos preparatórios para que as opções estivessem prontas para uma potencial reunião de líderes do G7 próxima do dia 24 de fevereiro, data do segundo aniversário da invasão da Ucrânia lançada pelas forças russas. “Os três grupos de trabalho propostos por Washington examinariam as questões jurídicas em torno do confisco, o método de aplicação desta política e de mitigação de riscos e opções sobre a melhor forma de canalizar o apoio para a Ucrânia”, refere o jornal.

A Alemanha, a França, a Itália e a UE colocaram algumas reservas e destacaram a necessidade de avaliar cuidadosamente a legalidade do confisco dos bens, bem como de alto sigilo sobre os trabalhos, de acordo com relatos das reuniões assinalados pelo FT. As opções incluem o confisco e gastos dos ativos do banco central russo, ou utilizá-los como garantias para empréstimos.

Até agora, a UE não conseguiu confiscar ela própria os ativos russos, preferindo em vez disso explorar formas de desviar os lucros gerados para instituições financeiras, como a Euroclear, onde estão retidos 191 mil milhões de euros em ativos soberanos. Washington também não apoiou publicamente a apreensão de bens russos, mas, observa o jornal, fez circular de forma privada um documento de discussão este ano no G7 sugerindo que as apreensões dos ativos congelados de Moscovo seriam legais e “uma contramedida para induzir a Rússia para acabar com a sua agressão” contra a Ucrânia.

No entanto, o FT ressalva que vários líderes da Europa, onde se encontra a maioria dos ativos, mostram-se mais cautelosos e receosos de possíveis implicações para a estabilidade financeira, bem como de ações retaliatórias por parte do Kremlin (Presidência russa). “A Itália, que assume a presidência do G7 em 2024, está entre os preocupados com uma potencial retaliação às suas empresas ativas na Rússia, algo que Moscovo já ameaçou fazer. A Rússia também avisou que cessaria as relações diplomáticas com os Estados Unidos em resposta a qualquer confisco de bens”, afirma o FT.

A UE, o Reino Unido e a França, prossegue o jornal, também sublinharam que o dinheiro não ficaria prontamente disponível e seria insuficiente para cobrir as necessidades de reconstrução da Ucrânia, e defenderam que os ativos não devem ser usados à custa do fornecimento de apoio financeiro a Kiev em 2024.

A pressão para confiscar ativos soberanos russos, num momento em que o Congresso norte-americano não conseguiu aprovar um vasto pacote de ajuda a Kiev, reflete, por outro lado, “um desejo partilhado de mostrar a Moscovo que não conseguiria sobreviver à determinação ocidental de ajudar a Ucrânia, tanto económica como militarmente”. No passado, recorda o FT, o G7 conseguiu superar diferenças entre os seus membros diversas vezes a propósito de medidas económicas contra a Rússia nos últimos dois anos, incluindo no primeiro pacote de sanções e na fixação de um limite máximo para o preço do petróleo russo.

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Portagem da A1 entre Lisboa e Porto sobe 45 cêntimos em 2024

A tarifa vai passar para 23,9 euros. Já a passagem pela autoestrada A2 entre Lisboa e Algarve vai aumentar 30 cêntimos para 22,7 euros. Brisa indica que 65% das taxas vão manter-se inalteradas.

No próximo ano, viajar pela autoestrada A1, entre Lisboa e Porto, vai custar 23,9 euros, mais 0,45 euros face ao preço atual, de acordo com o comunicado da concessionária Brisa divulgado esta quinta-feira.

Já a portagem da A2, entre Lisboa e o Algarve, vai aumentar 0,30 euros, passando para 22,7 euros. Ainda assim, 65% das taxas aplicadas a veículos de classe 1 vão manter-se inalteradas, de acordo com o mesmo comunicado.

“A Concessão Brisa informa que no dia 1 de janeiro de 2024 entra em vigor o novo tarifário de portagem na sua rede. Neste sentido, e de acordo com os mecanismos previstos na legislação aplicável, as tarifas de portagem vão registar em 2024 uma atualização de 2,1%“, de acordo com a mesma nota.

Esta atualização tem como referência, conforme estipulado no contrato de concessão, “a taxa de inflação homóloga de outubro no Continente sem habitação e o adicional de 0,1% previsto no Decreto-Lei n.º 87-A/2022 através do qual se limitou em 2023 a atualização das portagens”, esclarece a concessionária.

De acordo com a taxa de inflação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) de outubro sem habitação, as portagens podem subir, no próximo ano, 1,94% ao qual será somado o acréscimo de 0,1% acordado no ano passado como contrapartida ao travão de 4,9% aos preços deste ano. Se não tivesse existido esse teto, os valores poderiam ter disparado entre 9,5% e 10,5% este ano.

Existem casos de taxas de portagem que apresentam uma variação inferior à média ou mesmo nula, sendo que, noutros casos, as taxas de portagem apresentam uma variação superior à média, por não terem sido objeto de atualização em anos anteriores, indica a Brisa.

Assim, “apenas 33 das 93 taxas de portagem aplicadas a veículos de classe 1 serão atualizadas”. Do total de portagens aplicáveis na rede Brisa Autoestradas, 65% das taxas de classe 1, que dizem respeito às que são aplicáveis a motociclos e veículos ligeiros de passageiros com altura inferior a 1,1 metros, mantêm os valores de 2023.

Contabilizando todo o tipo de veículos, 40% das portagens não vão sofrer alterações, ficando os preços congelados no próximo ano.

Brisa Autoestradas vai investir perto de 62 milhões de euros em 2024

Em 2024, a Brisa Autoestradas prevê investir 61,8 milhões de euros na manutenção da sua rede. “As principais obras a realizar no novo ano vão abranger autoestradas em todo o País, nomeadamente, na A1, A2, A3, A5, A9 e A12, com obras de beneficiação em pavimentos e reabilitação de viadutos e taludes, entre outros trabalhos”, segundo o comunicado divulgado esta quinta-feira.

Na A3 e na A4, ambas na região norte, vão ser feitas obras para melhorar a mobilidade em barreiras de portagem e em nós de ligação.

No Alentejo, vão ser remodelados edifícios de áreas de serviço da A6 para os adaptar ao novo conceito de áreas de conforto Colibri, um exclusivo da rede Brisa Autoestradas.

(Notícia atualizada às 17h32)

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Borrell é o convidado do Seminário Diplomático em Lisboa

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

O Seminário Diplomático, que decorre em Lisboa nos dias 3 e 4 de janeiro, contará também com a participação do ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura, Vivian Balakrishnan.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, será um dos convidados da próxima edição do Seminário Diplomático, que decorre em Lisboa nos dias 3 e 4 de janeiro, para debater o atual contexto geopolítico, anunciou esta quinta-feira o Governo.

O Seminário Diplomático – que é organizado anualmente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros português – contará também com a participação do ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura, Vivian Balakrishnan, em algumas das sessões do encontro, cujo objetivo será fazer o balanço dos acontecimentos internacionais mais relevantes de 2023.

A abertura dos trabalhos será feita pelo chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, e por Borrell, que, como Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, discutirá o posicionamento da comunidade perante as questões de natureza estrutural para a Europa, “como o alargamento a leste, bem como questões que exigem respostas urgentes e emergentes, destacando-se, no panorama internacional, as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente”, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

O segundo dia de trabalhos do seminário – que decorrerá na Fundação Oriente, em Lisboa – dará destaque às relações entre a Europa e a Ásia, onde o mais alto diplomata singapurense debaterá as relações comerciais entre a UE e a comunidade de países do sudeste asiático (ASEAN, na sigla em inglês), bem como o papel que Portugal poderá desempenhar como ponte entre os dois continentes.

Esta edição do Seminário Diplomático discutirá ainda questões regionais e servirá para atribuir o prémio Francisco de Melo Torres ao diplomata económico do ano.

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Gazprom vai aumentar fornecimento de gás à China e Ásia Central

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

Só este ano Moscovo vai entregar mais de 22.500 milhões de metros cúbicos daquele combustível à China, valor que supera o estimado no contrato entre os dois países.

O consórcio estatal Gazprom anunciou esta quinta-feira planos para aumentar o fornecimento de gás natural à China e aos países da Ásia Central nos próximos anos. Segundo o diretor da empresa de gás, Alexei Miller, só este ano Moscovo vai entregar mais de 22.500 milhões de metros cúbicos daquele combustível à China, valor que supera o estimado no contrato entre os dois países, avançou a agência de notícias russa TASS.

“O volume de fornecimentos à China em 2023 vai ultrapassar os 22.500 milhões de metros cúbicos, sendo as nossas obrigações contratuais de 22.000 milhões”, afirmou o responsável, durante uma reunião sobre os resultados do trabalho da gigante russa do gás este ano. O gestor está também confiante que a empresa vai fornecer à China 38.000 milhões de metros cúbicos de gás em 2025, conforme estipulado no respetivo contrato.

Relativamente às relações com os países da Ásia Central, Alexei Miller revelou que em 2024 a Gazprom planeia assinar contratos de 15 anos com o Cazaquistão, Quirguizistão e Uzbequistão. “Os contratos de médio prazo de quinze anos que acordámos com os nossos parceiros no Quirguistão, Cazaquistão e Uzbequistão serão assinados em meados do próximo ano, no Fórum Económico de São Petersburgo e, em 1 de novembro de 2025, terá início o fornecimento confiável e estável, ao abrigo desses acordos”, apontou.

Na opinião de Miller, o crescimento da procura de gás é uma tendência que vai aumentar. “Especialistas dizem que o crescimento da procura de gás vai continuar, com um aumento de 43% em 25 anos”, disse ele. Neste sentido, o responsável garantiu que a indústria russa “está preparada” para satisfazer as necessidades de gás dos seus parceiros.

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Como a banca perdoou mais de 100 milhões ao Sporting

Só nos VMOC, o Sporting conseguiu um perdão de 96 milhões do Novobanco e do BCP, mas também teve desconto na dívida bancária. Fundo Apollo financiou operação. SAD pisca o olho a novo investidor.

O Sporting obteve um perdão do Novobanco e do BCP na ordem dos 96 milhões de euros por conta dos chamados Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) da SAD sportinguista, mas os leões conseguiram recomprar outros financiamentos junto dos dois bancos com desconto. Como fez? Estes cinco números ajudam a explicar a operação financeira.

Novobanco perdoa 36 milhões nos VMOC…

Esta quarta-feira, o clube liderado por Frederico Varandas anunciou um acordo com o Novobanco para recomprar 51,4 milhões de VMOC da SAD pelo preço de 15,4 milhões de euros, com quase 36 milhões a serem perdoados pelo banco.

No âmbito deste acordo, os leões irão pagar ao Novobanco apenas 30 cêntimos por cada VMOC cujo preço original era de 1 euro, assegurando um desconto de 70%. Este desconto já estava previsto no acordo de reestruturação financeira assinado em 2019.

Estes VMOC (e os do BCP também) remontam a 2014, quando os dois bancos acordaram transformar empréstimos nestes títulos que se transformariam em capital da SAD no final do seu vencimento (iam expirar em 2026). Mas ao longo da última década o Sporting foi renegociando os termos destes VMOC com as duas instituições, culminando nesta operação com o Novobanco.

E BCP perdoa outros 60 milhões

O negócio fechado agora com o Novobanco tem implicações numa operação do mesmo género que foi fechada em março de 2022 com o BCP.

Na altura, os leões negociaram a compra de 83,4 milhões de VMOC ao BCP, pagando apenas 16,8 cêntimos por cada um, tendo então desembolsado 14 milhões de euros, com o banco a tentar fazer a sua defesa para uma operação em que ia perder quase 70 milhões. Mas ficou então estabelecido um ajustamento do preço a pagar pelos VMOC em função de um futuro contrato a ser celebrado com o Novobanco.

Por causa deste mecanismo, o preço dos VMOC a pagar pelo Sporting subiu agora para os 27,9 cêntimos por título, o que permite agora ao banco liderado por Miguel Maya receber mais 9,3 milhões, num total de 23,3 milhões. Ainda assim, contas feitas, o BCP perdoou 60,1 milhões aos leões na questão dos VMOC (desconto de 72%).

Há mais perdões além dos VMOC

O acordo com os dois bancos permitiu ainda à SAD do Sporting comprar outros créditos bancários na ordem dos 100 milhões de euroscom desconto. Não foram adiantados valores em relação ao haircut nestas dívidas.

No caso do Novobanco, a Sporting SAD adiantou esta quarta-feira que recomprou uma dívida bancária de 35,4 milhões de euros (referindo-se apenas ao capital em dívida, sem contabilizar juros) através da sociedade Sagasta Finance, um veículo financeiro do fundo Apollo, por via da antecipação de receitas televisivas.

O mesmo havia feito no ano passado com o BCP em relação a um crédito de 40 milhões.

Quase 114 milhões do fundo Apollo substituem bancos

Como é que o Sporting financiou estas operações? Através da antecipação de receitas relativas aos direitos televisivos dos jogos de futebol (o chamado factoring) junto da referida Sagasta Finance, do fundo Apollo, que já adiantou aos leões um montante total de 113,9 milhões de euros (dos quais 50 milhões foram adiantados agora). Este dinheiro serviu para comprar a dívida bancária e os VMOC aos dois bancos.

Após o acordo com o Novobanco, a SAD leonina “alterou a sua exposição financeira para apenas a Sagasta, exceto locações financeiras” na ordem dos sete milhões de euros. Nos relatórios e contas do Sporting, onde antes se lia Novobanco e BCP, vamos passar a ler apenas Sagasta Finance.

Sem esquecer que a administração de Frederico Varandas tem um empréstimo obrigacionista de 40 milhões de euros que terá de ser reembolsado/refinanciado em novembro próximo ano.

Clube passa a deter 88% da SAD e pisca o olho a investidores

Voltando à questão dos VMOC do Novobanco, quando for acionado o direito de opção de vencimento antecipado, o Sporting ficará com ações da Sporting SAD correspondentes ao valor nominal dos VMOC (1 euro cada).

Em resultado da conversão dos VMOC em ações, através de um aumento de capital, o clube leonino passará a deter 87,994% do capital da sua SAD – face aos 83,895% que detém atualmente –, sendo que Álvaro Sobrinho (13,283%) e a Olivedesportos (1,418%) vão ver as suas participações diluídas.

Esta quarta-feira, após anunciar o acordo com o Novobanco, o Sporting revelou que deu um passo para arrancar com “a fase 2.0 do planeamento estratégico” que visa a entrada de um investidor para “uma parceria estratégica minoritária no capital na SAD”.

Recorde-se que a dívida do Novobanco chegou a atrair vários interessados internacionais, incluindo a RedBird Capital Partners, acionista da Fenway Sports, fundo que detém o clube inglês Liverpool.

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ENSE lança concurso de 1,1 milhões para seguros

A ENSE procura novos contratos para seguros de Danos Materiais para as reservas de Gasóleo armazenadas em Portugal, Danos Materiais para as infraestruturas, Responsabilidade Civil Geral e Ambiental.

A Entidade Nacional para o Setor Energético, E. P. E. (ENSE) anunciou a abertura do concurso público no valor de 1.148.295,77 euros para aquisição de apólices de seguro. As propostas devem ser enviadas até ao final de 13 de janeiro do próximo ano, dá conta o anúncio lançado no Portal Base.

O concurso prevê um contrato dividido por lotes, que podem ser todos adjudicados a um concorrente. O primeiro lote é de seguros de Acidentes de Trabalho, Seguro Automóvel e Seguro Multirrisco no valor de 100.273,89 euros. O segundo lote agrega o Seguro de Danos Materiais para as reservas de Gasóleo armazenadas em Portugal, Seguro de Danos Materiais para as infraestruturas em Portugal, Seguro de Responsabilidade Civil Geral e Seguro de Responsabilidade Civil Ambiental, no valor de 1.046.448,18 euros. O terceiro lote corresponde ao seguro de Responsabilidade Civil Profissional com o preço base de 1.573,70.

“Todas as empresas de âmbito nacional ou internacional, e que se enquadrem nos requisitos mencionados, podem concorrer, sendo que as propostas serão posteriormente avaliadas pelo Júri”, explicita a ENSE ao ECOseguros.

Neste momento, a ENSE tem contratualizado os seguros de Responsabilidade Civil Profissional com a Innovarisk, de Acidentes de Trabalho e Seguro Automóvel com a Lusitânia e o Seguro Multirrisco com a Fidelidade, esclarece a entidade.

Já o seguro de Danos Materiais para as reservas de Gasóleo armazenadas em Portugal, o seguro de Danos materiais para as infraestruturas em Portugal, o Seguro de Responsabilidade Civil Geral e o Seguro de Responsabilidade Ambiental é contratualizado pela Fidelidade de acordo com o Portal Base.

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Rede de Transportes Urbanos Torrejanos passa a ser gratuita em 1 de janeiro

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2023

A medida em como objetivo "aliviar as despesas das famílias e a promover a utilização do transporte coletivo de passageiros, contribuindo para que se atinja a neutralidade carbónica do concelho".

A rede rodoviária de Transportes Urbanos Torrejanos (TUT) vai passar a ser gratuita a partir de 1 de janeiro, anunciou esta quinta-feira a Câmara Municipal de Torres Novas.

Em comunicado, a autarquia refere que a medida será implementada “de modo a aliviar as despesas das famílias e a promover a utilização do transporte coletivo de passageiros, contribuindo para que se atinja a neutralidade carbónica do concelho”.

Embora sem custos, continuará a ser necessário ativar todos os meses o passe na bilheteira da Rodoviária do Tejo e validar a viagem ao entrar na viatura. No caso dos passageiros pontuais, ser-lhes-á emitido um bilhete único para monitorização da utilização do sistema.

A TUT é composta por três percursos de ida e volta na cidade de Torres Novas: a linha azul entre o centro de saúde e o hospital, a linha vermelha entre o Bairro da Cabrita e o Nicho dos Riachos e a linha verde entre a Gare R. Tejo e a Estação de Riachos.

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Aldi quer recrutar mais 120 trabalhadores até abril de 2024

Aldi fez aposta forte no recrutamento em 2023 e promete continuar expansão em 2024. A pensar nisso, já atualizou política de benefícios, aumentando, por exemplo, os dias de férias disponíveis.

Depois de ter contratado cerca de 700 trabalhadores ao longo de 2023, o Aldi está a contar recrutar mais 120 até abril do próximo ano. A intenção foi anunciada esta quinta-feira, como parte do plano de “expansão e crescimento a nível nacional“.

“Atualmente, o retalhista já tem mais seis espaços em fase de construção, prevendo, assim, o recrutamento de cerca de 120 colaboradores para loja, até abril do próximo ano”, informou o Aldi, numa nota enviada às redações.

Neste momento, este retalhista tem em Portugal uma equipa de 2.800 pessoas, que estão distribuídas pelas lojas, escritórios e centro logístico. Isto depois de ao longo do ano ter recrutado cerca de 700 novos trabalhadores.

Além disso, “como parte da estratégia de recursos humanos e consolidação da marca“, criou também este ano um programa de estágios, no qual estão enquadrados 19 jovens, que estão a ter “a sua primeira experiência no mercado de trabalho”.

Por outro lado, a pensar nos trabalhadores com os quais já contava, o Aldi alimentou em 2023 o seu programa de mobilidade interna (foram feitas 140 destas transferências ao longo do ano), permitindo aos trabalhadores ocupar cargos superiores ou funções diferentes. Nesse âmbito, foi também reforçada a formação, de modo a explorar o potencial das equipas.

“Em 2023, fizemos uma grande aposta no nosso recrutamento, de forma a encontrarmos os melhores perfis para sustentar a expansão da nossa marca. Para reforçar este crescimento da equipa em 2024 e continuar a motivar os nossos colaboradores atuais, atualizámos e aumentámos os benefícios que oferecemos a todos os que trabalham connosco”, sublinha Vera Martinho, responsável pelos recursos humanos do Aldi Portugal.

Por falar em benefícios, a partir de janeiro, os trabalhadores do Aldi terão, por exemplo, mais um dia de teletrabalho por semana (dois no total). Além disso, passarão a poder tirar o dia 24 ou 31 de dezembro, à sua escolha.

“Relativamente às férias anuais, o Aldi já oferecia 25 dias – mais três do que por lei –, e serão agora dados 26 dias, uma vez que o dia de aniversário passa a ser oferecido mesmo quando este ocorre ao fim de semana“, salienta o retalhista.

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Empresa saudita na corrida à Altice na “lista negra” de fundo de pensões da Noruega

A Saudi Telecom é uma das 12 empresas excluídas da lista de investimentos do fundo de pensões da Noruega KLP.

A Saudi Telecom é uma das empresas colocadas na “lista negra” do fundo de pensões norueguês KLP, na sequência de uma revisão realizada pelo Fundo e que resultou na exclusão de 12 empresas do Golfo Pérsico, onde se inclui a empresa de telecomunicações na corrida à compra dos ativos da Altice em Portugal.

O fundo de pensões da Noruega anunciou hoje a exclusão de 12 títulos cotados no Golfo Pérsico, avaliadas em 15 milhões de dólares, avança a Reuters.

A Saudi Telecom é uma das seis operadoras excluídas pelo fundo da Noruega, que desinvestiu ainda em cinco empresas do setor imobiliário e a petrolífera Saudi Aramco.

O fundo, que gere ativos avaliados em 70 mil milhões de dólares, justifica a exclusão destes títulos com o facto de identificar o risco destes países autoritários exercerem vigilância e censura através destas empresas de telecomunicações, com a ajuda do desenvolvimento da inteligência artificial.

A Saudi Telecom está na lista de potenciais compradores dos negócios da Altice Portugal, num momento em que procura expandir o negócio na Europa.

Após ter sido noticiado o interesse da empresa saudita nos ativos da dona da Meo, já surgiram outras empresas na corrida pela companhia detida por Patrick Drahi.

Uma das ofertas concorrentes estará a ser preparada pela private equity americana Warburg Pincus, que se associou ao ex-presidente do Credit Suisse, António Horta Osório, numa oferta de mais de seis mil milhões de euros pelos ativos de telecomunicações da Altice Portugal. Outro potencial interessado na empresa lusa é o multimilionário francês Xavier Niel, juntando-se ao rol de investidores de olho na operação portuguesa do grupo de Drahi.

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