Conheça os 21 valetes de Montenegro para as legislativas de 10 de março
O líder do PSD encabeça, pela primeira vez, a lista pelo distrito de Lisboa para as eleições legislativas. Aguiar-Branco é o número um por Viana do Castelo e Leitão Amaro lidera as tropas de Viseu.
O conselho nacional do PSD aprovou esta segunda-feira à noite as listas de deputados às eleições legislativas de 10 de março da Aliança Democrática (AD), coligação que junta o partido social-democrata, CDS e PPM. Há independentes, passistas, mas também antigos apoiantes do ex-líder social-democrata Rui Rio.
Pela primeira vez, Luís Montenegro, presidente do PSD e líder do grupo parlamentar quando Passos Coelho era primeiro-ministro, não concorre por Aveiro, e vai encabeçar a lista do distrito de Lisboa, retomando assim a tradição passista.
E quem são os valetes escolhidos pelo líder social-democrata para comandar as tropas dos restantes 21 círculos eleitorais?
Da era de Passo Coelho, regressa ao palco José Pedro Aguiar-Branco, antigo ministro da Defesa, que vai encabeçar a lista por Viana do Castelo. O líder parlamentar, entre 2017 e 2018, durante a era geringonça, e agora secretário-geral do PSD, Hugo Soares, é o número um por Braga. E António Leitão Amaro, que foi secretário de Estado da Administração Local, entre 2011 e 2015, e que hoje é ‘vice’ de Montenegro, vai encabeçar a lista de candidatos a deputados do distrito de Viseu.
Miguel Pinto Luz, vice-presidente do PSD e número dois na Câmara de Cascais, chefiada por Carlos Carreiras, é o valete apontado por Montenegro para liderar as tropas de Faro, escolha que tem gerado controvérsia entre as concelhias do Algarve.
Teresa Morais, antiga secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade do primeiro governo de Pedro Passos Coelho e apoiante de sempre de Luís Montenegro, será a candidata número um por Setúbal.
Ainda na linha passista, José Cesário, antigo secretário de Estado das Comunidades, entre 2011 e 2015, é o rosto do partido pelo círculo Fora da Europa. Até 2019, foi cinco vezes consecutivas cabeça de lista do PSD pelo mesmo círculo.
Emídio de Sousa, atual presidente da Câmara de Santa Maria da Feira e apoiante desde a primeira hora de Montenegro, vai liderar a lista da AD em Aveiro.
Dos cabeças de lista anunciados, apenas dois são atualmente deputados: Paulo Moniz, pelos Açores, e Sónia Ramos, por Évora. A líder da comissão política da distrital de Évora foi apoiante do ex-líder do PSD, Rui Rio.
Gonçalo Valente, presidente da distrital de Beja e vereador, sem pelouros, na Câmara de Ourique, será cabeça de lista por aquele círculo eleitoral. O autarca foi apoiante de Rui Rio nas diretas de 2018, mas depois mudou para as tropas de Paulo Rangel na disputa pela liderança do PSD em 2021.
Rogério Silva, líder da distrital do PSD de Portalegre e presidente da Câmara de Fronteira, vai encabeçar a lista de Portalegre. Hernâni Dias, atual presidente da Câmara de Bragança, será o candidato número um da coligação pelo mesmo distrito. E Amílcar Castro de Almeida, presidente da Câmara Municipal de Valpaços, vai por Vila Real.
Pedro Coelho, presidente de Câmara de Lobos, vai liderar a candidatura pela Madeira. Carlos Alberto Gonçalves, presidente da secção do PSD de Paris, será cabeça de lista pelo círculo da Europa.
Mas também há independentes entre as apostas de Montenegro. Para encabeçar as listas do Porto e de Santarém, a AD escolheu Miguel Guimarães, ex-bastonário da Ordem dos Médicos, e Eduardo Oliveira e Sousa, ex-presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), respetivamente.
Por Castelo Branco, avança a independente Liliana Reis, professora universitária de Ciência Política e Relações Internacionais. Rita Júdice é outra independente que vai liderar a lista por Coimbra. É advogada e atualmente já é coordenadora do Conselho Estratégico Nacional (CEN) para a área da habitação. Na Guarda, foi escolhida para número um a professora universitária Dulcineia Moura.
Por Leiria, foi escolhido o antigo presidente da Câmara de Óbidos Telmo Faria, que em 2018 foi um dos principais apoiantes de Santana Lopes na disputa da liderança com Rui Rio, que viria então a ganhar o partido.
De acordo com o Estatuto dos Deputados, são incompatíveis com o exercício do mandato de deputado à Assembleia da República as funções de presidente e vice-presidente de câmara municipal e de membro dos órgãos executivos das autarquias locais em regime de permanência ou em regime de meio tempo. Sendo eleitos deputados podem, no máximo, pedir uma suspensão de funções por seis meses, tendo depois que renunciar a uma das duas funções.
Em relação às eleições legislativas de 2022, o PSD indica menos uma mulher cabeça de lista, já que há dois anos tinham sido seis a liderar os círculos e em 2024 apenas serão cinco: Teresa Morais, Liliana Reis, Rita Júdice, Sónia Ramos e Dulcineia Moura.
CDS: Nuno Melo e Paulo Núncio em lugares elegíveis
O líder do CDS-PP, Nuno Melo, vai ser candidato a deputado pelo Porto nas listas da Aliança Democrática (AD) às próximas legislativas e o vice-presidente, Paulo Núncio, por Lisboa.
Os nomes dos dois dirigentes têm vindo a ser sido apontados como possíveis candidatos e a sua inclusão nas listas foi confirmada ao ECO por fonte oficial do CDS, sem adiantar, no entanto, em que lugares.
Esta segunda-feira de manhã, o vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz disse, na CNN Portugal, que Melo e Núncio serão os segundos nomes das listas por Lisboa e pelo Porto, respetivamente.
“Nuno Melo será o número dois [pelo Porto], essa foi a negociação que foi feita para a constituição da AD, e em Lisboa teremos o doutor Luís Montenegro, líder desta Aliança Democrática, com o número dois também do CDS, o doutor Paulo Núncio”, afirmou o social-democrata, que encabeçará a lista de Faro.
Até agora, foi confirmado que o CDS terá dois lugares “claramente elegíveis” nas listas por Lisboa e pelo Porto, o 16.º em cada um desses círculos eleitorais, além do 10.º lugar na lista por Aveiro e o 11.º por Braga, ficando reservado para o PPM o 19.º lugar pela capital.
Este acordo permite o regresso do CDS à Assembleia da República, depois de nas últimas eleições legislativas, em 2022, não ter conseguido eleger, pela primeira vez na história do partido, qualquer deputado.
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