“O consumo já não é uma força tão poderosa como era”, diz Lagarde
A presidente do BCE considerou também que o mercado laboral "permanece tenso, mas menos do que antes".
A presidente do Banco Central Europeu (BCE) disse esta sexta-feira em Davos que o consumo já não impulsiona tanto o crescimento como “no passado” devido ao início da “normalização” das condições económicas a partir de 2023.
“O consumo, em todo o mundo e não apenas na zona euro, continua a ser uma força importante para o crescimento, mas os ventos favoráveis de que beneficiámos estão a desaparecer gradualmente”, afirmou Christine Lagarde, durante um debate sobre a economia mundial no encerramento da reunião do Fórum Económico Mundial. Lagarde considerou também que o mercado laboral “permanece tenso, mas menos do que antes” e que “o excedente de poupança que existia em quase todas as economias avançadas está a diminuir” seguindo perto de “quase zero”.
“Se combinarmos estes dois fatores, menos rigidez no emprego e menos poupança, é evidente que o consumo já não é uma força tão poderosa como era”, observou. Christine Lagarde agradeceu a sua inclusão no painel de encerramento do Fórum de Davos, mas salientou que não podia falar das coisas a que dedica 100% do seu tempo.
“Temos reunião de política monetária na quarta e na quinta-feira e durante a semana anterior não posso falar do que faço”, justificou, em alusão às regras do BCE.
Sobre os desafios para a competitividade europeia que eventos como a possível vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas de novembro colocam, Lagarde defendeu que “a melhor defesa é o ataque”, sublinhando a importância de contar com um mercado forte, “ter um verdadeiro mercado único”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
“O consumo já não é uma força tão poderosa como era”, diz Lagarde
{{ noCommentsLabel }}