Pequenos negócios de serviços, construção e retalho lideram insolvências em 2023
Distritos de Braga, Madeira e Viseu acumularam o maior crescimento de casos no ano passado. COSEC antecipa estabilização dos pedidos de insolvência, apesar da instabilidade no arranque de 2024.
Os pedidos de insolvência aumentaram 14% em 2023, segundo os cálculos da COSEC, a companhia de seguro de crédito da Allianz Trade. Este crescimento foi liderado por micro e pequenas empresas dos setores dos serviços, construção e retalho.
O último ano ficou marcado por um aumento do número de empresas a avançarem com um processo de insolvência, com estes pedidos a registarem um aumento de 0,7%, no último mês do ano, de acordo com a COSEC.
Em termos geográficos, em dezembro, a tendência no registo de insolvências continua a ser verificada em maior escala nos grandes centros urbanos do Porto, seguido de Lisboa, tendo sido registado um maior número de insolvências em ambos os distritos face ao período homólogo. Já os distritos de Braga, Madeira e Viseu registaram o maior crescimento acumulado até dezembro.
Uma análise às empresas mostra que o maior número de insolvências foi registado por micro e pequenas empresas, com volumes de negócios inferiores a 500 mil euros, sendo os setores dos serviços, construção e retalho os que registaram os valores mais elevados de insolvências.
Acreditamos que as tendências de crescimento homólogo nas insolvências possam ainda durar mais algum tempo até estabilizar, mas existem alguns indicadores que dão, para já, alguma expectativa de que possamos caminhar para uma estabilidade maior.
“Assistimos a um ano de 2023 pautado por várias dinâmicas que originaram alguma incerteza a nível económico. Acreditamos que as tendências de crescimento homólogo nas insolvências possam ainda durar mais algum tempo até estabilizar, mas existem alguns indicadores que dão, para já, alguma expectativa de que possamos caminhar para uma estabilidade maior, como é o caso do crescimento do PIB e até da inflação”, explica André Granado.
O administrador executivo da COSEC reconhece, porém, que “2024 será um ano que começa com a continuidade de conflitos na Europa e Médio Oriente, assim como com alguma incerteza, uma vez que os países que representam 60% do PIB mundial vão ser chamados às urnas. Acreditamos, por isso, que deve continuar a existir alguma cautela até o cenário económico e político ser mais claro”, remata André Granado.
A COSEC antecipa um crescimento de 1,3% da economia portuguesa em 2024, enquanto para a inflação a previsão desta organização apontam para um valor em torno de 2,4%.
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