Plataforma estima 15.000 elementos da PSP e GNR em manifestação histórica
Depois de uma marcha ordeira quase sem bandeiras e palavras de ordem, os manifestantes cantaram três vezes o hino nacional em frente à Assembleia da República.
Cerca de 15.000 elementos da PSP e da GNR participaram esta quarta-feira na manifestação, em Lisboa, convocada pela plataforma de sindicatos policiais, disse à Lusa fonte da estrutura, que considerou o protesto de histórico.
Depois de uma marcha ordeira quase sem bandeiras e palavras de ordem, os manifestantes cantaram três vezes o hino nacional em frente à Assembleia da República e entoaram a frase “polícia unida já mais será vencida”.
A primeira vez que foi cantado o hino os oito polícias que estão de guarda à escadaria do parlamento viraram-se para a porta principal da Assembleia da República, um gesto que tinha sido pedido nas redes sociais. Noutra das vezes em que foi cantado o hino os elementos das forças de segurança acenderam as luzes dos telemóveis. Os polícias da PSP e os militares da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.
Os primeiros manifestantes chegaram à Assembleia da República cerca das 19:30, uma hora depois de terem iniciado o percurso, enquanto o final da manifestação ainda estava a alguma distância, na Calçada do Combro. Quando o desfile chegou ao largo em frente ao parlamento foi aplaudido por centenas de outros elementos das forças de segurança que os esperavam.
Foi também aplaudido o agente da PSP Pedro Costa que há mais de duas semanas iniciou sozinho o protesto em frente à Assembleia da República e originou um movimento que se alargou ao resto do país. A manifestação foi organizada pela plataforma composta por sete sindicatos da Polícia de Segurança Pública e quatro associações da Guarda Nacional Republicana.
Esta plataforma foi criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança e o protesto surge na sequência “da luta pela dignificação das carreiras da PSP e GNR, que os sindicatos e associações consideram que têm sido desconsideradas pelo Governo, com a ‘machadada final’ a ser a secundarização da PSP e GNR na atribuição do suplemento de missão da PJ”.
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