Governo apela que protestos dos agricultores não ponham em causa direito de mobilidade
“Devemos evitar que se coloquem em causa direitos fundamentais, como direito de mobilidade”, avisou José Luís Carneiro.
O ministro da Administração Interna manifestou-se esta quarta-feira preocupado com os protestos que estão a ser organizados por agricultores, com máquinas agrícolas em várias estradas do país, e apelou a que não ponham em causa o direito de mobilidade.
“Tomámos conhecimento de que há a intenção de bloqueios de algumas estradas e condições de mobilidade no país. O meu apelo é que todos procurem cumprir e garantir o cumprimento desse dever”, disse José Luís Carneiro, em declarações aos jornalistas antes de uma reunião com a PSP, a GNR e a Proteção Civil.
O ministro da Administração Interna participa esta quarta numa reunião de alto nível com a PSP, a GNR e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil a propósito dos protestos convocados para quinta-feira. Os agricultores portugueses vão manifestar-se a partir das 06:00 com máquinas agrícolas nas estradas de várias zonas do país, reclamando “condições justas” e a “valorização da atividade”, numa iniciativa do Movimento Civil Agricultores de Portugal.
“Devemos evitar que se coloquem em causa direitos fundamentais, como direito de mobilidade”, avisou José Luís Carneiro, pedindo também que os organizadores dos protestos os comuniquem devidamente às autoridades competentes.
Questionado sobre a resposta das forças de segurança aos protestos e de que forma esse tema seria discutido na reunião, o ministro afirmou que “desde as primeiras horas em que se começaram a desenvolver expressões de ocupação do espaço público que as forças de segurança estão a acompanhar com atenção”.
O governante alertou ainda para “tentativas de instrumentalização” dos protestos, sem esclarecer a que se referia e sem fazer menção à manifestação anti-islâmica, marcada para sábado na zona da Mouraria.
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