PS aponta economia a crescer 2% em 2028 e dívida a cair para 80,1%
A economia portuguesa deverá crescer 2% em 2028. Nas contas do PS, a dívida pública vai cair para um valor em torno dos 80%, com um saldo orçamental equilibrado.
Um crescimento económico de 2% em 2028, um saldo orçamental (literalmente) equilibrado e um nível de dívida pública a cair para 80,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Estes são os principais indicadores do cenário macroeconómico apresentado pelo PS no Programa Eleitoral às eleições de 10 de março. São projeções em linha com as expectativas já apontadas pelo Governo no Programa de Estabilidade, assinadas por Fernando Medina e que participou na apresentação pública deste programa às legislativas. “Nós temos condições para cumprir tudo o que está no programa eleitoral do PS“, disse o ministro socialista, em referência crítica às projeções da AD.
“Destas perspetivas económicas resulta um aumento do peso do investimento público e privado na riqueza produzida, bem como das exportações de bens e de serviços, com o desempenho destas últimas a beneficiar de continuados ganhos de quota de mercado, tal como observado nos anos mais recentes“, lê-se no programa eleitoral apresentado por Pedro Nuno Santos este domingo e que tem mesmo como primeira missão “Uma economia em transformação assente em contas equilibradas“. “Não prometemos aquilo que não poderíamos fazer. Foi esta a nossa resposta àqueles que disseram que não havia alternativa”, disse Fernando Medina na apresentação do programa eleitoral. “O programa económico do PSD é um embuste“, afirmou.
No programa eleitoral, com cinco capítulos que correspondem a cinco missões (a última das quais é a posição de Portugal na Europa e no mundo), o secretário-geral do PS assinala o crescimento económico nestes últimos oito anos de governação socialista. “Portugal cresceu persistentemente acima da média da União Europeia. Uma economia aberta e qualificada alcançou a convergência económica há muito ambicionada. Nos primeiros 15 anos do século, Portugal só convergiu com a União Europeia em 2009; desde 2015, convergiu todos os anos, exceto nos anos da pandemia. Em termos de PIB per capita em paridade de poder de compra, a Comissão Europeia estima que Portugal se aproxime cinco pontos percentuais de França e da Alemanha e sete de Espanha“, mas sem referir que Portugal acabou por cair no ranking global da União Europeia, porque algumas das economias da Europa central cresceram a um ritmo superior à portuguesa.
“O cenário macroeconómico apresentado assenta nas projeções das principais instituições económicas nacionais e internacionais. É, pois – ao contrário do cenário apresentado pela direita – um cenário credível, realista e prudente“, refere o PS no programa eleitoral. A Aliança Democrática, recorde-se, aponta para um crescimento económico de 3,4% em 2028, suportado em reformas prometidas e num choque fiscal de IRS e IRC. “Entre a recuperação de rendimentos, a redução sustentável da tributação do trabalho e das pensões, a previsibilidade no caminho com que íamos fazer, reforçada agora com acordos de rendimentos com o setor privado e público, e o aumento consistente das pensões e dos apoios sociais, foi esta a nossa política, a nossa resposta àqueles que durante anos disseram que não havia alternativa“, afirmou Medina.
De acordo com o programa eleitoral do PS às legislativas, “perspetiva-se a manutenção de saldos orçamentais em equilíbrio, um crescimento da despesa corrente primária em torno dos 4%, próximo do crescimento nominal potencial da economia, bem como uma redução sustentada da dívida pública”.
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