CP antecipa “perturbações significativas” na próxima semana devido a greve na IP
A CP antecipa perturbações significativas na circulação dos comboios a nível nacional a 5 e 7 de março de 2024. A greve da IP pode ainda afetar os serviços nos dias 4, 6 e 8 de março.
A CP – Comboios de Portugal avisou esta sexta-feira que são esperadas “perturbações significativas” nos dias 5 e 7 de março devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP).
“Informamos que, devido a uma greve convocada por um sindicato representativo dos trabalhadores da IP, responsável pela gestão da infraestrutura ferroviária, antecipam-se perturbações significativas na circulação dos comboios a nível nacional nos dias 5 e 7 de março de 2024”, lê-se numa nota da CP.
A empresa alertou também para a possibilidade de a greve afetar os serviços nos dias 4, 6 e 8 de março, ressalvando que a informação pode ser atualizada, caso venham a ser decretados serviços mínimos. Os clientes com bilhetes para viajar nos comboios alfa pendular, intercidades, internacional e inter-regional podem pedir o reembolso total do mesmo ou a sua troca.
Os reembolsos podem ser efetuados no site da CP, até 15 minutos antes da partida do comboio da estação de origem do cliente, ou nas bilheteiras. “Passado esse prazo, e até 10 dias após terminada a greve, pode ser pedido o reembolso através do preenchimento do formulário de contacto online reembolso por atraso ou supressão’, com envio da digitalização do original do bilhete”, acrescentou.
Em janeiro, a Aprofer – Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário já tinha admitido a possibilidade de um regresso à greve, após ter realizado três dias de greve que cancelaram centenas de comboios.
A entidade indicou, na altura, que, “após cinco anos de um primeiro acordo por concluir, em 2022”, a IP rejeitou até setembro de 2023 fechar com a associação um acordo, para “dar cobertura e solução a todo o tipo de perigos profissionais ao nível da saúde física e mental e que ao longo destes anos têm sido o rastilho para a morte precoce e para as doenças incapacitantes”.
Por outro lado, realçou que a IP, no dia 4 de janeiro, disse que “já teria a aprovação de orçamento, para voltar às negociações” e que “simulou uma reunião com a Aprofer” na DGERT (Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho), na qual “afinal o que propunham eram cadeiras, computadores e a reabertura para discussão de questões para as quais já se tinham fechado compromissos em setembro de 2022 e, portanto, no entender da IP e da tutela, seriam estas as razões mais que suficientes, para que a greve do dia 10 de janeiro, não acontecesse”.
A organização disse ainda que a empresa “apresentou cinco ‘cenários’, para a negociação salarial para 2024”, destacando que “em nenhum deles consta o cumprimento dos compromissos para com a Aprofer”. A Lusa contactou a associação, mas não obteve resposta. Também a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) criticou as propostas apresentadas pela administração da IP, falando em “imposição” e em redução do “salário real”.
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