UpHill levanta sete milhões e abre escritórios em Espanha e Reino Unido

A Uphill fechou uma ronda série A de 7 milhões de euros e prepara-se para dar novos passos ao nível da internacionalização com a abertura ainda este ano de escritório em Espanha e Reino Unido. Até ao final do ano a health tech quer ainda duplicar a equipa, o que significa contratar cerca de 30 perfis de diversas áreas.

“Tendo em conta todo o crescimento da UpHill nos últimos anos, que nos trouxe a esta ronda com novos investidores (Redstone e Explorer) e confiança redobrada dos anteriores (Brighteye Ventures, Maze, Caixa Capital e Luz Saúde), neste momento os planos são de expansão internacional e são extremamente agressivos. Esta nova ronda de investimento, uma série A de sete milhões de euros, vem dar-lhes resposta, essencialmente, em três vertentes: recrutamento, desenvolvimento de produto e internacionalização”, diz Eduardo Freire Rodrigues, médico, cofundador e CEO, ao ECO.

“Vamos consolidar a nossa posição como a plataforma de orquestração de cuidados líder em hospitais, e iniciar a transformação do modelo de cuidados de saúde de um modelo episódico e fragmentado, para um contínuo — baseado em jornadas de saúde”, refere ainda o cofundador quando questionado sobre os objetivos com esta nova injeção de capital.

“Esta ronda tem também um objetivo bastante ambicioso no que diz respeito à internacionalização, quer do produto – através da implementação em instituições hospitalares internacionais – quer da equipa, através de equipas de caráter local em localizações chave (Espanha e Reino Unido)”, explica.

Espanha e Reino Unido na mira

A maior liquidez vai assim também alimentar a estratégia de expansão internacional da healthtech, em particular, em dois mercados chave para a empresa. “Espanha e Reino Unido são os mercados prioritários para a UpHill. Já estamos em Espanha a trabalhar com o Instituto Guttmann, o centro de referência europeu na área da neurorreabilitação localizado em Barcelona e que viu na UpHill uma oportunidade para elevar a maturidade das suas jornadas clínicas e para aumentar a capacidade das suas equipas clínicas. Espanha apresenta, não só uma grande proximidade cultural e geográfica com Portugal, como uma estratégia nacional para integração e coordenação de cuidados muito alinhada com a visão da UpHill“, descreve o cofundador.

Esta ronda tem também um objetivo bastante ambicioso no que diz respeito à internacionalização, quer do produto — através da implementação em instituições hospitalares internacionais — quer da equipa, através de equipas de caráter local em localizações chave (Espanha e Reino Unido).

“Já no Reino Unido, vemos muitas semelhanças com o SNS português, no que diz respeito a dois desafios interligados – a falta de capacidade de resposta e profissionais de saúde e, consequentemente, listas de espera que crescem consistentemente para consultas, cirurgias e cuidados agudos”, refere ainda.

Nos planos está assim a abertura “ainda este ano” de escritórios nestes dois mercados e “contratar em localizações chave – Espanha e Reino Unido.”

Mas não só. “Queremos duplicar a equipa até ao final do ano, o que significa contratar cerca de 30 perfis de diversas áreas: engenharia de software, engenharia biomédica, desenvolvimento de negócio, gestão e implementação de projetos hospitalares, design de interface, entre outros. Algumas destes processos já estão a decorrer”, diz.

Com esta terceira ronda, a UpHill acumula 12 milhões de euros de investimento. ULS Coimbra, ULS São José, ULS Santa Maria, ULS Litoral Alentejano são algumas das unidades hospitalares com que trabalha em Portugal e, em Espanha, está com o Instituto Guttmann, hospital de Barcelona que é centro de referência europeu na área da neurorreabilitação.