Vendas da Tesla derrapam pela primeira vez em quase quatro anos

O relatório trimestral de vendas da Tesla mostrou uma queda, a primeira desde 2020, na entrega de carros por parte da fabricante de veículos elétricos. A concorrência chinesa parece ser uma das principais causas desta derrapagem.

A fabricante automóvel entregou 386.810 veículos nos primeiros três meses de 2024, numa quebra de 20,2% face ao trimestre anterior. Numa comparação homóloga, o mais recente número de vendas da Tesla representa uma queda de 8,5%.

Este número ficou assim abaixo das expectativas dos analistas, que antecipavam perto de 449 mil unidades vendidas entre janeiro e março. Durante este período a marca produziu 433.371 unidades.

A Tesla não registava uma queda nas vendas de automóveis desde o segundo trimestre de 2020, altura em que a empresa foi forçada a parar a produção devido à pandemia. Depois de anunciar a quebra nas suas vendas trimestrais, os títulos da fabricante de automóveis elétricos derraparam 6,5%.

Segundo a Reuters, esta queda deve-se aos esforços empenhados no aumento da produção do seu renovado Modelo 3 na fábrica de Fremont, na Califórnia, e às paralisações nas fábrica em resultado dos desvios de navios por causa do conflito no Mar Vermelho.

Além disso, a marca de Elon Musk tem enfrentado uma concorrência crescente, vinda principalmente da China, como acontece no caso da BYD. No entanto a marca norte-americana conseguiu manter-se à frente da rival asiática, que vendeu 300.114 carros elétricos no primeiro trimestre do ano.

Também a Xiaomi alargou recentemente o seu negócio, já tendo inclusive lançado o seu primeiro veículo elétrico, o SU7. A marca de smartphones chinesa promete um investimento de 10 mil milhões de dólares ao longo de dez anos para desenvolver veículos elétricos.

Em novembro passado, cinco das dez marcas de veículos elétricos mais vendidas no mundo eram chinesas.