Investimento nos Certificados de Aforro cai pelo quinto mês
Desde que o Governo cortou a remuneração em junho do ano passado que os Certificados de Aforro deixaram de interessar às famílias. Aplicações caem há cinco meses seguidos.
O investimento das famílias nos Certificados de Aforro recuou pelo quinto mês em março, baixando da fasquia dos 34 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.
No mês passado, entre subscrições e resgates, saíram 20,5 milhões de euros destes certificados, confirmando-se a tendência de perda de popularidade depois de o Governo ter cortado a remuneração em junho do ano passado. As aplicações nos Certificados de Aforro atingiram os 33,996 mil milhões de euros em março, depois de ter batido o recorde de 34,07 mil milhões em outubro.
Também o stock de Certificados do Tesouro “encolheu” pelo 29.º mês consecutivo, registando saídas líquidas de subscrições de 103,51 milhões de euros em março. Durante este longo período de saídas, estes certificados já perderam quase 7,3 mil milhões de euros, com os portugueses a terem aplicados agora cerca de 10,6 mil milhões.
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Os certificados (tanto de Aforro como do Tesouro) representam uma forma de o Estado se financiar e de promover a poupança junto das famílias.
Os portugueses detinham 44,58 mil milhões de euros em certificados no final de março, menos 124,04 milhões em relação a fevereiro. Trata-se do valor mais baixo em quase um ano, depois das saídas de mais de 500 milhões que se regista nos três primeiros meses do ano.
Para este ano, o Governo já não está a contar com as poupanças das famílias para se financiar. O Orçamento do Estado prevê uma contribuição nula dos Certificados de Aforro e dos Certificados do Tesouro no financiamento do Estado para 2024.
(Notícia atualizada às 11h18)
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