Bancos baixam juros dos depósitos a prazo pelo terceiro mês
Depois de ter superado a fasquia dos 3% em dezembro, os juros dos novos depósitos a prazo de particulares já corrigiram para 2,78% em março.
A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares caiu em março pelo terceiro mês consecutivo, atingindo os 2,78%, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.
Depois de ter superado a barreira dos 3% em dezembro, o valor mais elevado em quase 12 anos, a rentabilidade dos depósitos a prazo tem vindo a descer desde o início do ano, tendo já recuado 0,3 pontos percentuais desde janeiro.
Esta evolução reflete sobretudo a perspetiva de descida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE), que guiam as taxas do mercado, incluindo as Euribor. O que acontece é que há uns meses havia a expectativa de vários cortes nas taxas diretoras do BCE, a terem lugar a partir deste verão, o que levou os bancos a ajustarem as taxas com que remuneram os depósitos.
Ainda assim, o mercado aponta agora para menos cortes este ano. A próxima reunião do conselho de governadores do BCE acontece no dia 6 de junho e pode estar em cima da mesa a primeira e única baixa de juros deste ano. Resta saber como se vão adaptar os bancos à nova realidade.
Juros dos depósitos em queda
Fonte: Banco de Portugal
A taxa de juro média caiu em todas as classes de depósito a prazo. Nas novas aplicações com prazo até um ano, a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e representou 96% dos novos depósitos em março, a queda foi de 0,01 pontos percentuais em relação a fevereiro para 2,81%.
Nos novos depósitos de 1 a 2 anos, a taxa de juro média diminuiu 0,18 pontos percentuais, passando de 2,39% em fevereiro para 2,21% em março, enquanto a remuneração média dos novos depósitos a mais de 2 anos decresceu de 2,06% para 1,96%.
Em comparação com a Zona Euro, onde os juros dos novos depósitos a prazo baixaram para 3,16%, Portugal mantém-se com a sétima taxa mais baixa da região. Irlanda, Espanha, Chipre, Croácia, Eslovénia e Grécia são os países com taxas mais reduzidas.
De acordo com o supervisor, ainda que a taxa de juro dos novos depósitos tenha baixado, as famílias aplicaram 7,767 mil milhões de euros neste produto de poupança, mais 219 milhões em relação a fevereiro.
No que diz respeito ao segmento das empresas, as novas operações de depósitos totalizaram os 6,4 mil milhões em março, mais 948 milhões do que em fevereiro. Estas aplicações tiveram uma taxa de juro de 3,38%, aumentando 0,06 pontos percentuais em comparação com fevereiro.
(Notícia atualizada às 12h23)
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